O envelhecimento da população brasileira é um fato conhecido:
conforme o Relatório Mundial de Saúde e Envelhecimento da Organização
Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com mais de 60 anos, no
Brasil, deverá crescer muito mais rápido do que a média internacional.
Até 2050, a expectativa é de que a quantidade de idosos no mundo
duplique. Por aqui, o número quase que triplicará. A porcentagem atual,
de 12,5% de idosos no total da população, deverá alcançar os 30% até a
metade do século.
De acordo com o médico neurologista Daniel Paes, membro titular da
Associação Brasileira de Neurologia, “com mais idosos, agravos como
Acidente Vascular Cerebral – AVC, epilepsia, demências (Alzheimer) e
neoplasias (tumores), que são mais comuns a pessoas com mais de 60 anos,
também terão maior incidência”. Paes explica que a linha de cuidados
para o tratamento de qualquer doença vai desde a prevenção primária, o
diagnóstico, o tratamento da fase aguda, o tratamento da fase crônica,
até a reabilitação.
Mesmo sendo o Brasil, atualmente, um país envelhecido e de doenças
crônicas, a porta de entrada mais comum do idoso no sistema de saúde
ainda é o hospital, quando a doença crônica já está instalada. Segundo
Célia Caldas, enfermeira com pós-doutorado em Gerontologia, “é preciso
estabelecer um modelo de rede que tenha como foco a identificação
precoce do risco e ofereça abordagens educativas com apoio social, para
desacelerar o processo de fragilização da pessoa”. Célia é professora
associada da UERJ.
O idoso deve ser avaliado de forma integral, por profissionais que
identifiquem suas necessidades de forma multidimensional. Por isso, é
importante que, após o acolhimento, o idoso seja encaminhado a um Centro
de Referência em Geriatria, com capacidade de oferecer atendimento
amplo em termos de especialidades.
Em relação à prevenção primária relacionada a doenças neurológicas
crônicas, a especialista diz que é importante prevenir a pressão
arterial elevada, especialmente na meia-idade, prevenir a diabetes, o
colesterol alto e os sintomas depressivos.
No caso específico das demências, Caldas afirma que as melhores
formas de prevenção são: práticas de atividades, estimulação cognitiva,
aprendizado de novas habilidades e capacidades, participação em
atividades de lazer mentalmente desafiadoras, vida social ativa, dieta
com baixo teor de gordura saturada e cessação do tabagismo.
O modelo de saúde do país deve contemplar o aumento do fluxo de ações
de educação e promoção de saúde, de forma a proporcionar qualidade de
vida para a população, visando, sempre, a postergar a moléstia e
aumentar a longevidade.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
"Me perguntaram onde está o meu Deus quando chegam as dores,as aflições e as angústias. Eu respondi que Ele está no mesmo lugar de sempre: No Controle de tudo. Berna Almeida
March 29, 2018 - Na doença de Parkinson
(DP), muitas coisas diminuem. Um dos mais notáveis é a velocidade de
caminhar, mas as pessoas também podem piscar ou engolir com menos
frequência. Engolir com menos frequência pode levar ao acúmulo de
saliva, o que, por sua vez, pode levar a babar, especialmente nos anos
posteriores com a DP. Babar pode ser embaraçoso e interferir nas
interações sociais. Quando significativo, babar também pode afetar a
pele perto da boca e até mesmo causar infecção.
Os tratamentos são, infelizmente, um pouco limitados. Os médicos podem
prescrever medicamentos que você toma por via oral, como o Robinul
(glicopirrolato). Ou eles podem injetar uma droga chamada Myobloc
(rimabotulinumtoxinB), que é feita a partir da bactéria que causa o
botulismo, nas glândulas salivares para bloquear temporariamente a
produção de saliva. Mas não existem quaisquer terapias aprovadas pela
Food and Drug Administration (FDA) dos EUA especificamente para babar na
DP.
Isso pode mudar em breve. O FDA está agora analisando uma requisição
para Xeomin (incobotulinumtoxinA) - também feito a partir da bactéria
que causa o botulismo - para tratar baba na doença de Parkinson.
Drogas como a Xeomin, que são chamadas de toxinas botulínicas, impedem a
liberação da substância química acetilcolina para diminuir
temporariamente a produção de saliva (por cerca de três ou quatro
meses). A decisão da FDA de aprovar esta terapia para baba na DP está
prevista para o final de 2018.
Os pesquisadores avaliaram o benefício do Xeomin na DP com um ensaio de
Fase III, duplo-cego e controlado com placebo de 184 pessoas. Alguns
voluntários receberam placebo, enquanto outros receberam uma das duas
doses de Xeomin injetadas nas glândulas salivares. Aqueles que receberam
a dose mais alta tiveram menos saliva e relataram menos baba. Nem o
participante nem o pesquisador sabiam quem estava recebendo placebo ou
droga de estudo. (Essa é a parte "duplo-cega".) Um projeto duplo-cego
controlado por placebo ajuda a dar mais confiança nos resultados.
O Xeomin já está aprovado e é usado para tratar outras condições,
incluindo a distonia cervical (contrações musculares que causam uma
posição anormal da cabeça e dor no pescoço). Se o Xeomin for aprovado
para baba no Parkinson, será a primeira e única terapia com essa indicação específica. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Michael J Fox.
A Policlínica da Universidade Metodista de São Paulo está com inscrições
abertas para o PRAIDI (Programa de Atendimento Interdisciplinar ao
Paciente com Diabetes) que terá início em agosto de 2018.
O PRAIDI é gratuito e oferece acompanhamento com profissionais e
estudantes de Educação Física, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição e
Psicologia que visam orientar os pacientes e promover atividades que
auxiliem no cuidado da saúde e maior conhecimento a respeito da doença.
Interessados devem se inscrever na triagem, que acontecerá entre 2 e 15 de maio.
Acesse aqui: http://emkt.metodista.br/emkt/tracer/?2,4780468,938a5ce8,b27c,2
A nefropatia membranosa, também chamada de glomerulonefrite
membranosa ou glomerulopatia membranosa, é uma doença de origem renal
que provoca lesão nos microscópicos filtros dos rins, levando à perda de
grandes quantidades de proteínas na urina e, frequentemente, ao
desenvolvimento da síndrome nefrótica. Nos casos mais graves, essa
nefropatia pode levar à insuficiência renal crônica terminal e
necessidade de hemodiálise.
A nefropatia membranosa é uma das
formas mais comuns de doença glomerular, sendo mais frequente em adultos
do sexo masculino acima dos 30 anos de idade. Existe tratamento para a
glomerulopatia membranosa, mas nem todos os pacientes precisam, pois a
doença evolui de forma benigna em cerca de 70% dos casos.
Nesse artigo vamos tentar explicar a nefropatia membranosa com uma linguagem simples, abordando os seguintes pontos:
O que é a uma doença glomerular.
O que é a síndrome nefrótica.
O que é a nefropatia membranosa.
Quais são os seu sintomas.
Quais são as suas causas.
Como é feito o diagnóstico.
Qual é o tratamento mais indicado.
O que é uma doença glomerular
Não há como falar sobre uma doença glomerular sem antes explicar o que é um glomérulo. Portanto, vamos começar pelo básico.
Todos
os nossos órgãos são compostos por unidades básicas de funcionamento:
temos os neurônios no cérebro, os hepatócitos no fígado, os alvéolos no
pulmão, os miócitos cardíacos no coração e assim por diante. Nos rins, a
unidade básica funcional é chamada de néfron.
Cada rim possui
cerca de um milhão de néfrons. Essas unidades microscópicas são as
responsáveis pela filtração do sangue e por alguns hormônios produzidos
pelos rins. Cada néfron é composto por um glomérulo e seu respectivo
túbulo renal. É nos glomérulos que fica a membrana basal, os verdadeiros
filtros dos nossos rins. É lá que o sangue é filtrado e as substâncias
em excesso ou desnecessárias direcionadas para a urina.
Um dos
principais sinais de doença dos glomérulos é a presença de proteínas
urinas. Em situações normais, quase não perdemos proteínas na urina
porque elas são grandes demais para passarem pelos pequenos poros da
membrana basal. Porém, quando há lesão da membrana basal, como a ocorre
na nefropatia membranosa, as proteínas que antes eram barradas pelo
filtro e permaneciam no sangue passam agora a ser eliminadas
inapropriadamente na urina. A analogia mais fácil de ser feita para essa
situação é com um coador ou uma peneira furada.
O que é síndrome nefrótica
Quando
a lesão da membrana basal do glomérulo é grave, a perda de proteínas na
urina – chamada de proteinúria – pode ser severa. Quando a eliminação
de proteínas na urina é maior que 3500 mg (3,5 gramas) por dia, dizemos
que o paciente tem proteinúria nefrótica.
Esse elevado grau de
proteinúria costuma provocar urina espumosa, queda dos níveis de
proteínas no sangue, edemas por todo o corpo e elevação do colesterol sanguíneo, alterações que caracterizam a síndrome nefrótica.
O que é a nefropatia membranosa
Feitas
as devidas introduções aos temas glomerulopatia, proteinúria e síndrome
nefrótica, podemos agora começar a falar especificamente da
glomerulopatia membranosa.
A nefropatia membranosa é uma doença de
origem glomerular, caracterizada por lesão da membrana basal, com
consequente proteinúria, que pode ou não chegar a níveis nefróticos.
Cerca
de 30% dos pacientes adultos com síndrome nefrótica têm como
diagnóstico a nefropatia membranosa. A doença ocorre habitualmente em
adultos acima dos 30 anos e é duas vezes mais comum em homens do que em
mulheres.
A evolução clínica dessa glomerulopatia costuma ser
váriável, pois existem desde os casos com cura espontânea até aqueles
que não respondem a nenhum tipo de tratamento e acabam perdendo
completamente a função dos seus rins. Em geral, a história natural (i.e.
o que acontece se não for tratada) da glomerulopatia membranosa pode
ser descrita da seguinte forma:
Até 30% dos pacientes podem ter remissão total da proteinúria de forma espontânea dentro de 5 anos.
25
a 40% dos pacientes podem ter remissão parcial da proteinúria de forma
espontânea dentro de 5 anos (a proteinúria melhora, mas não desaparece
totalmente).
A ocorrência de doença renal terminal surge em
aproximadamente 14% dos pacientes nos primeiros 5 anos, 35% em 10 anos e
41% em 15 anos.
Portanto, a nefropatia membranosa é uma
doença habitualmente pouco agressiva, com mais da metade dos pacientes
livres de hemodiálise nos primeiros 15 anos. Falaremos dos sinais que
indicam uma forma mais agressiva da doença mais à frente nesse artigo.
Causas da nefropatia membranosa
A
glomerulopatia membranosa pode ser dividida em formas primária e
secundária. A nefropatia membranosa primária é aquela que surge sem que
haja uma causa por trás. O paciente não tem nenhuma outra doença,
apresentando apenas essa lesão glomerular. A nefropatia membranosa
secundária, por sua vez, é obrigatoriamente provocada por alguma outra
doença, que pode ser desde infecções virais até tumores.
Vamos começar falando sobre a nefropatia membranosa secundária, que é a forma mais fácil de ser entendida.
Causas de nefropatia membranosa secundária
Cerca
de 75% dos casos de glomerulopatia membranosa são primários. Apenas 25%
apresentam uma causa identificável por trás. As mais comuns são:
Fármacos
(penicilamina, anti-inflamatórios, sais de ouro, probenecida, captopril
em doses muito elevadas, terapia com inibidores do fator de necrose
tumoral – etanercept, infliximab ou adalimumab).
É
importante destacar que apenas uma pequena parcela dos pacientes com as
condições listadas acima acabam por desenvolver nefropatia membranosa. A
maioria dos pacientes com hepatite B, hepatite C, câncer ou sífilis,
por exemplo, nunca desenvolvem lesão dos glomérulos.
Nos casos secundários, o controle da doença de base costuma ser suficiente para tratar a nefropatia.
Causas de nefropatia membranosa primária
A origem das formas primárias são menos claras e mais complexas.
A
nefropatia membranosa primária é uma doença de origem imunológica.
Tudo
indica que a doença surja porque o sistema imunológico passa a produzir
anticorpos contra estruturas presentes na membrana basal, provocando
deposição de complexos imunes que provocam danos à membrana filtradora. A
nefropatia membranosa é, portanto, uma doença de origem autoimune (se
você quiser entender melhor o que é uma doença autoimune.
Recentemente,
foi descoberto que até 80% dos pacientes com nefropatia membranosa
primária apresentam anticorpos contra os receptores de fosfolipase A2,
uma proteína presente na membrana basal glomerular. Esse anticorpo só
existe nos pacientes com a forma primária da doença e já pode ser
pesquisado através de exames de sangue. Quanto mais alto forem os
títulos no sangue, mais agressiva costuma ser a doença.
Sintomas da glomerulopatia membranosa
Os
principais sintomas da nefropatia membranosa decorrem da perda de
proteínas na urina. Quanto mais grave for a proteinúria, mas intensos
costumam ser os sinais e sintomas.
80% dos pacientes têm
proteinúria suficientemente elevada para apresentarem síndrome
nefrótica, sendo o inchaço dos membros inferiores (que pode evoluir para
todo corpo) e uma urina bastante espumosa os sinais mais fáceis de
serem detectados pelo paciente. Sangue visível na urina (hematúria
macroscópica) é raro, mas pode acontecer em alguns casos. Hipertensão arterial surge em cerca de 30% dos casos.
Se
a perda de proteínas for muito grande, geralmente acima de 10 gramas
por dia, o risco de complicações torna-se mais elevado, sendo as
infecções, principalmente pneumonia, e os eventos trombóticos os mais comuns. Trombose venosa profunda, trombose da veia renal e tromboembolismo pulmonar são muito mais frequentes nesses pacientes do que na população em geral.
Uma proteinúria elevada também está relacionada ao risco do paciente desenvolver insuficiência renal crônica.
Quanto maior for a perda de proteínas e quanto mais tempo ela existir,
maior é o risco do paciente entrar em falência renal e acabar ficando
dependente de hemodiálise.
Achados laboratoriais
Nas
análises laboratoriais, os principais achados são: elevação do
colesterol, níveis baixos de albumina sanguínea e presença de proteínas
nos exames de urina. Hematúria
microscópica, ou seja, sangue na urina detectável apenas através do
exame de urina, está presente em cerca de 50% dos casos.
Elevação da creatinina no sangue no
início do quadro só ocorre em uma minoria dos pacientes, mas, quando
presente, indica uma doença mais agressiva e um pior prognóstico.
Sinais de bom prognóstico
Os
pacientes com proteinúria menor que 3,5 gramas por dia e com função
renal normal (creatinina sanguínea normal) são aqueles que costumam
apresentar doença mais branda, com bom prognóstico e elevada chance de
melhora parcial ou total da doença mesmo sem tratamento.
Sinais de mau prognóstico
Proteinúrias
persistentemente acima de 8 gramas por dia e elevação da creatinina no
inicio do quadro, ou ao longo dos primeiros meses, são sinais de uma
doença mais agressiva. Se após 6 meses não houver melhoria do quadro, a
chance do paciente desenvolver insuficiência renal terminal* dentro dos
primeiros 5 anos de doença é de 75%.
*Obs:
raros são os casos em que o paciente morre devido à nefropatia
membranosa. O que costuma acontecer na pior das hipóteses é o rins do
paciente pararem de funcionar e ele ficar dependente de hemodiálise.
Diagnóstico da glomerulopatia membranosa
A
nefropatia membranosa deve ser pensada em todos os pacientes adultos
com síndrome nefrótica (nas crianças, a causa mais comum costuma ser
outra doença glomerular, chamada doença de lesão minima). O médico indicado para conduzir a investigação e o tratamento é o Nefrologista.
Historicamente, todos os pacientes com síndrome nefrótica eram submetidos à biópsia renal,
pois essa era a única forma de se fazer o diagnóstico. Porém, desde a
descoberta do anticorpo anti-receptor da fosfolipase A2 (anti-PLA2R), o
diagnóstico das formas primárias ficou mais fácil e seguro. Atualmente, a
dosagem sanguínea desse receptor é feita antes de se pensar na biópsia.
Se o paciente tiver um quadro clínico compatível, se não houver
suspeita de causas secundárias e o anti-PLA2R for positivo, não é mais
necessário levar o paciente à biópsia.
A biópsia renal hoje em dia
fica reservada para os casos com apresentação atípica, doença muito
agressiva desde o início ou para quando há suspeita de causas
secundárias.
Tratamento da nefropatia membranosa
1. Nefropatia membranosa primária
Assim
como quase toda doença de origem auto-imune, o tratamento da nefropatia
membranosa primária é feito com imunossupressores, que são fármacos
fortes e com elevada taxa de efeitos colaterais. Entretanto, como até
70% dos pacientes apresentam melhora parcial ou total, mesmo sem
tratamento, nem todos os pacientes acabam sendo candidatos à terapia
imunossupressora. Se o Nefrologista achar que os riscos do tratamento
superam os riscos da própria doença, esse tipo de tratamento não é
indicado.
Portanto, pacientes com níveis baixos de proteinúria de
forma persistente (i.e. menos de 4 gramas por dia por pelo menos 6
meses) são considerados de baixo risco, apresentam bom prognóstico e não
costumam ser tratados com imunossupressores.
Pacientes com
proteinúria entre 4 a 8 gramas por dia, que não apresentam melhora após 6
meses de observação, são considerados de moderado risco e costumam ser
tratados com terapia imunossupressora.
Pacientes com mais de 8
gramas de proteinúria por dia ou com elevação da creatinina sanguínea
são considerados de alto risco e costumam ser tratados desde o início
com terapia imunossupressora.
Terapia imunossupressora para glomerulopatia membranosa
A
forma de imunossupressão mais utilizada para a nefropatia membranosa é o
chamado esquema de Ponticelli modificado, que consiste na administração
de corticoides em doses elevadas e ciclofosfamida, administrados
mensalmente, de forma alternada, por 6 meses (corticoides nos meses 1,3 e
5 e ciclofosfamida nos meses 2,4, e 6).
Como um dos efeitos
colaterais mais comuns da ciclofosfamida é a infertilidade, nos
pacientes jovens que ainda pretendem ter filhos, o tratamento pode ser
feito com ciclosporina.
Terapia não imunossupressora para glomerulopatia membranosa
Todos
os pacientes, sejam eles de baixo, médio ou alto risco, devem ser
tratados com medicamentos que reduzem a proteinúria. As duas principais
classes de fármacos para esse fim são:
Inibidores da enzima de conversão da angiotensina – iECA (ex: enalapril, lisinopril, ramipril, captopril e perindopril).
Antagonistas do receptor da angiotensina II – ARA2 – (ex: losartana, candesartana, olmesartana, valsartana e telmisartana).
Ambas
as classes são igualmente eficazes, não havendo estudos que mostrem
superioridade de um qualquer um desses fármacos sobre os outros.
2. Nefropatia membranosa secundária
Nos
pacientes com a forma secundária da doença, o tratamento é direcionado
para a doença de base. Ou seja, se o paciente tem hepatite C e
desenvolve glomerulopatia membranosa, o tratamento deve ser feito para
hepatite C. Se ele tiver sífilis, deve tratar a sífilis. Se a causa for
algum medicamento, o tratamento passa pela suspensão do medicamento.
Na maioria dos casos, a nefropatia membranosa secundária desaparece conforme a doença de base é controlada.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
Muitas pessoas dizem que a medicina não é uma profissão e sim uma
missão. Esta frase se adéqua muito a um médico maravilhoso que tive a
oportunidade de conhecer na Austrália há alguns anos. Dr. Gabriel
Lijteroff nasceu em uma família argentina, onde pai, tios, tias e primos
são médicos. Seu pai com 83 anos continua a praticar com amor e
dedicação a profissão e continua a inspirá-lo em suas decisões. Ele
sente que a medicina é sua essência, não é uma simples profissão, mas um
modo de vida.
Dr. Gabriel decidiu se especializar em diabetes, mesmo sendo um
médico internista, pois seu avô tinha a condição e precisou amputar seu
pé, devido ao mau controle. Anos depois, conheceu o Dr. Maximino Ruiz e
sua equipe do Hospital Nacional de Clínicas, em Buenos Aires. O amor
pela profissão, o apego ao pensamento científico e à humanidade no
tratamento de pessoas com diabetes o fizeram tomar a decisão por esta
especialidade para sempre.
Com dois anos formados, há 26 anos, Dr. Maximino o convidou para
participar de uma associação de diabetes. “Estava ainda na Residência
Médica, memorizando protocolos de tratamento de patologias infinitas,
entre muitos outros assuntos, quando me adotaram como conselheiro
médico. Me senti muito honrando pelo convite e pela confiança
depositada, e fui treinado como educador. Eu estava entre os primeiros
doze mestres em diabetologia na Argentina. Mas na Associação, eu tive
muito mais conhecimento, funcionando como programa de pós-graduação em
diabetologia, pois tinha contato com mães de crianças com diabetes, que
compunham a instituição”.
“Conheci a luta diária delas. Já naquela época faltavam insulina e
insumos; vivenciei a angústia e a vigília noturna permanente ao temer
uma hipoglicemia; o valor de um bom tratamento e saber como ouvir na
consulta médica; a necessidade de ser perseverante e trabalhar em
conjunto com profissionais de saúde e a comunidade para o bem-estar da
pessoa com diabetes. Em suma, eu aprendi a nunca perder de vista o fato
de que o diabetes se instala em uma pessoa e, ao mesmo tempo, precisa
ser tratado com doçura. Enfim, comecei a participar das reuniões da
Federação Argentina de Diabetes (FAD), representando a ASADIA, outra
instituição que representa pacientes na Argentina”, recorda Dr. Gabriel.
“Lá conheci pessoas maravilhosas, representantes exemplares de todas
as províncias argentinas. Juntos, entre pessoas com diabetes e
profissionais de saúde, lutamos e conseguimos, entre outras coisas, a
regulamentação da lei do diabetes e que cada vez mais pessoas aprendem a
ter uma vida melhor. Fui eleito presidente no período entre 2006 e
2008. Desde então e até a data, fui honrado com a direção de seu comitê
científico para os esforços sucessivos. Há alguns anos, coordeno os
assuntos internacionais da instituição e faço parte do seu comitê
honorário na minha qualidade de ex-presidente da instituição”, relata o
médico.
O médico internista trabalha no serviço de diabetologia no Hospital
Santamarina, em Buenos Aires, desenvolveu junto com sua equipe um plano
de alfabetização de adultos com diabetes, que oferece o diploma da
escola primária, e ensinam os cuidados essenciais para a sua saúde de
todos os associados. Além disso, oferece um curso anual para pessoas com
diabetes e sua família focado na prevenção, junto com shows artísticos,
que precedem a atividade, porque sabemos que as pessoas aprendem mais
com alegria.
Os desafios da Federação Argentina de Diabetes são enumerados pelo
médico “gerar consciência, motivar, educar em diabetes. Nós sempre
lutamos pela inclusão da pessoa com diabetes para ser útil para si, como
para a comunidade onde mora. Para isso, realizamos uma reunião anual
que reúne mais de 800 pessoas de todas as idades, além de reuniões
juvenis organizadas pela própria Federação ou por mais de 50 membros das
associações que compõem. Foi criado para a rede juvenil FAD.
Participamos no Comitê Consultivo Nacional sobre Diabetes CONAD, para
que a legislação acompanhe os avanços da medicina e da tecnologia”.
Na sua visão, a população deveria fazer a seguinte reflexão: “a
ignorância é o prelúdio do preconceito. O preconceito é o prelúdio da
discriminação. Mas a pior discriminação a autodiscriminação e não a
discriminação externa, a pessoa pensa que o diabetes por si só pode
limitar a estudar, trabalhar, se apaixonar, formar uma família, ter
projetos de vida. E isso se combate com a educação. O conhecimento é
poder. Com o devido cuidado, é possível ter uma vida plena. Esta é uma
realidade. Aprendo todos os dias com pessoas com diabetes”.
Como mensagem o médico diz “falo para as pessoas com diabetes que não
se isolem, aprendam. O diabetes é uma doença e, como tal, não merece
ser o centro da vida de ninguém. Estamos aqui para sermos felizes. Para
que seja possível, é necessário se informar, desenvolver o hábito de
estar atento aos seus cuidados, integrar-se. Se você negligencia os
cuidados, você acaba orbitando ao redor do diabetes. Não dê protagonismo
ao que não merece, somente o que é saudável e prazeroso. Com diabetes,
você pode. É o que deve ser repetido pelas pessoas assim que começam
seus dias”.
Sempre buscamos linkar diabetes com boa parte das notícias, que são
publicadas pela mídia. Um assunto que chamou a atenção foi glicogenose.
Para sabermos o que é, quais os problemas ocasionados para quem tem o
diagnóstico desta patologia e qual a ligação com diabetes, procurei as
principais respostas.
Glicogenose é uma doença resultante de deficiências enzimáticas, que
afetam o processo de fabricação do glicogênio, estoque de energia rápida
do organismo, forma em que a glicose, principal fonte energética das
células, é armazenada nos músculos e no fígado.
Ou seja, o fígado proporciona a liberação da glicose para vários
órgãos, incluindo os órgãos e o cérebro. Quando o glicogênio não
consegue ser quebrado, devido à deficiência de alguma destas enzimas,
este ser acumulado no órgão e acarreta uma série de consequências.
Uma delas é a glicogenose tipo 1, doença em que as enzimas são
incapazes de manter os níveis adequados de glicemias nos períodos de
jejum, o que acarreta hipoglicemias, entre outros sintomas. O
diagnóstico ocorre por meio de análise laboratorial. Para o tratamento, é
necessário fazer uma alimentação com o consumo de amido cru,
transplante hepático, entre outras medidas. A glicogenose tipo 3,
chamada de doença de Cori, causada pela deficiência da enzima amilo-1, é
muito parecida com a glicogenose tipo 1 e seu tratamento é semelhante
com esta patologia.
Já a glicogenose tipo 4, chamada também de doença de Andersen, é
causada pela deficiência da enzima amilo-1,4-1,6-glicosidase. É
acometida pelo fígado e há aumento do fígado e do baço, além de
alterações neuromusculares variadas. O transplante do fígado é o único
tratamento viável.
Outra variação da patologia é a glicogenose tipo 5, cuja outra
denominação é a doença de MacArdle. Ela acarreta deficiência da enzima
fosforilase muscular, cujos sintomas são: câimbras e dor muscular. Por
outro lado, a glicogenose tipo 6, chamada de doença de Hers, é causada
pela deficiência da enzima fosforilase hepática. Seus sintomas são leve
retardo de crescimento, elevação de triglicérides, de colesterol e de
ácido úrico. Seu tratamento consiste no consumo de amido cru.
A glicogenose tipo 7 é causada pela deficiência da enzima
fosfofrutoquinase e seus sintomas e tratamento são semelhantes à
glicogenose tipo 7. Já a glicogenose tipo 9 ocorre com a deficiência da
enzima fosforilase quinase. Acomete o fígado e em alguns casos o
músculo. Seu tratamento é semelhante à glicogenose ao tipo 6.
Por último, a glicogenose tipo 10 acomete o fígado e músculos. O
tratamento consiste em uma dieta específica, repleta de frutas vegetais e
grãos integrais, diminuindo o consumo de gordura. Podem-se utilizar
medicamentos.
A cardiopatia isquêmica (estreitamento das artérias coronárias, que
levam sangue rico em oxigênio para o coração). Os países envolvidos
neste estudo foram: Colômbia, Brasil, Chile, México, Equador, El
Salvador, Panamá, Peru e Venezuela. A Organização Mundial da Saúde
propõe sensibilizar a população sobre os riscos de doenças
cardiovasculares, entre eles o consumo prejudicial de álcool e de sódio,
inatividade física e o diabetes.
No Brasil, em 2015, foram registradas 2.845.722 pessoas com
insuficiência cardíaca e 23.259 mortes por este problema, representando
aproximadamente 2% da população de mais de 20 anos de idade.
São estimados que o custo de insuficiência cardíaca foi de R$22,1
bilhões, sendo que R$14,5 bilhões foram gastos para a saúde,
representando 2,2% do gasto com atenção médica do Brasil. O custo médico
por pessoa com insuficiência cardíaca foi de R$7.777,00.
Como conclusão deste estudo, os transtornos cardíacos causam a perda
do bem estar e geram custos financeiros na América Latina. O infarto
impulsiona o maior custo financeiro, seguindo da insuficiência cardíaca e
da hipertensão.
Esta região se destaca por uma falta de existência e aplicação de
políticas públicas, que contribuem com o tratamento das enfermidades
cardiovasculares. Sendo assim, a prevenção é o melhor controle dos
transtornos cardíacos, pois geram benefícios importantes como maior
bem-estar para o paciente e para seus cuidadores, como benefícios
econômicos.
Medidas como a utilização da telemedicina e apoio telefônico
estruturado são as melhores opções para o paciente de insuficiência
cardíaca controlar melhor sua saúde. Outra orientação importante é
desenvolver controles e educação para o tratamento das doenças. Além
disso, outra medida é promover campanhas de conscientização da
população, que contribuam com o diagnóstico adequado, cumprimento do
tratamento e fortalecimento das ferramentas disponíveis para melhorar a
qualidade de vida da população afetada.
Em muitos casos, a pessoa com Alzheimer passa boa parte do tempo em casa. Isso acontece, principalmente, quando os cuidadores são pessoas da família. Há também aqueles que são cuidados por profissionais em suas próprias casas. Em qualquer um dos dois exemplos, é importante manter a segurança do ambiente. Mesmo que haja alguém sempre por perto, acidentes acontecem. A melhor atitude é evitá-los!
Veja essa lista com 7 formas de melhorar a segurança nos lares onde moram pessoas com Alzheimer:
1 – Evite tapetes
Essa dica simples pode evitar muitas complicações. Ter tapetes em casa oferece o risco do idoso escorregar. Quedas, em determinada faixa etária, podem trazer problemas mais sérios à saúde.
2 – Utilize piso antiderrapante
Pelo mesmo motivo citado acima, é uma boa ideia colocar um piso antiderrapante, como os emborrachados, por exemplo, em locais onde a pessoa com Alzheimer circula com mais frequência. Você pode optar também por colocá-lo em locais críticos, como banheiro, área de serviço ou outros lugares com pisos que podem causar risco de escorregamento.
3 – Instale barras de apoio
Barras de apoio em locais específicos podem ajudar o idoso com Alzheimer e dar uma segurança extra. Elas servem como apoio, ajudam na locomoção e também evitam quedas. São bem indicadas para a área do chuveiro e próximo ao vaso sanitário.
4 – Evite mesinhas de centro
As mesas de centro, principalmente as mais baixas, podem levar a pessoa com Alzheimer a tropeçar e até se machucar. Retire-as ou coloque-as nos cantos do cômodo.
5 – Deixe luzes acesas à noite
Durante a noite e a madrugada, deixe acesa alguma luz que ilumine o caminho para o banheiro e a cozinha, locais que a pessoa com Alzheimer pode precisar acessar enquanto os outros moradores estão dormindo.
6 – Telefones de emergência
Tenha sempre à mão um telefone ou celular para usar em caso de emergências. Anote e guarde em um lugar de fácil acesso números de emergência e quaisquer outros que você possa precisar em casos urgentes.
7 – Informe as pessoas ao redor
Além das pessoas que moram na mesma casa da pessoa com Alzheimer, é importante que aqueles ao redor também tenham conhecimento que ali se encontra alguém com a doença. Vizinhos, porteiro, síndico e outros podem ajudar em caso de emergências, já sabendo do que se trata, ou mesmo ficar atentos no caso do idoso sair de casa e se perder.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
Não deixe de participar nesse excelente evento, onde terá a oportunidade de sanar dúvidas com palestrantes capacitados em cada tema, faça sua inscrição gratuita pelo email: superandolupus@gmail.com ou pelo telefone (11) 5574-6438, vagas limitadas
Sábado, 12 de maio às 8:30 – 14:30
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Rua Machado Bittencourt, 361, Saúde, São Paulo - SP, 04044-000, Brasil
Anotem na agenda. Increvam-se pelo email e não percam. O tratamento do diabetes avança e precisamos aprender sempre. A contagem de carboidratos é libertadora. Aproveitem. Vagas limitadas. #adila2018
A ADILA e seu Serviço de Nutrição orgulhosamente apresentam: eu! 🙋🏽♀️
Hahahahaha... 🤸🏽♀️😛
Agora serinho: dia 08/maio, às 10:00, eu espero vocês lá na sede da ADILA, no Hospital da Lagoa, pra nossa aula do mês + abraços. 😍
O tema de maio é Introdução a Contagem de Carboidratos. Legal, né! 😄
Nossos encontros são gratuitos e abertos para diabéticos tipo I e II, acompanhantes e qualquer pessoa interessada no assunto. Para se inscrever, é só mandar e mail pra adila.rj.br@gmail.com