Você está preparado para a volta às aulas? Dia a Dia com diabetes para adolescentes e pais - 6/fevereiro - quinta-feira - 14h - Inscrições Gratuitas: 11 3675-3266 ou pelo whatsapp 11 97148-0465 - Na ADJ - Rua Padre Antonio Tomas, 213 - Água Branca - São Paulo
Para funcionar corretamente, o corpo
humano precisa manter um certo equilíbrio entre diferentes sais
minerais. Caso não haja esse equilíbrio, o paciente pode apresentar uma
série de sintomas e doenças, como a hipercalemia.
A hipercalemia é um excesso de eletrólitos de potássio circulando no sangue do paciente.
Quais são as causas da hipercalemia?
As causas de hipercalemia são
variadas, sendo que até mesmo o uso de determinados medicamentos pode
desencadear essa condição. Outros quadros médicos, como a insuficiência
renal e a doença de Addison, também podem ocasionar a hipercalemia.
Quais os sintomas da hipercalemia?
Nos casos mais brandos, a hipercalemia não desencadeia nenhum sintoma significativo no paciente.
Conforme o desequilíbrio permanece no
corpo, o paciente pode apresentar uma fraqueza muscular progressiva,
que pode resultar até mesmo em uma paralisia de certos movimentos.
Nos quadros mais graves, a
hipercalemia resulta em alterações no ritmo de batidas do coração e pode
até mesmo fazer com que o coração pare de bater.
Como é o tratamento da hipercalemia?
De modo geral, o tratamento da hipercalemia busca restabelecer o equilíbrio de potássio no corpo do paciente.
Assim, o paciente pode fazer o uso de
medicamentos que estimulem a eliminação do potássio, pode realizar
sessões de diálise para ajudar o processo de filtragem dos rins e pode
também ter que fazer, ainda que temporariamente, certas alterações em
sua dieta.
A Rede D’Or possui hospitais
espalhados pelo Brasil. Todas as instituições possuem selos de qualidade
nacionais e internacionais, como o que é oferecido pela Organização
Nacional de Acreditação (ONA), que são uma garantia de excelência no
atendimento hospitalar.
Ao todo, são mais 80 mil médicos das
mais diversas especialidades, disponíveis para auxiliar no tratamento e
no diagnóstico de condições diversas.
O aquecimento global é uma questão complexa e multifacetada, e os
impactos na saúde das pessoas idosas são apenas uma parte das muitas
consequências que podem ocorrer devido às mudanças climáticas
Existem duas megatendências que vão
predominar no mundo ao longo do século XXI: 1) o aumento da temperatura
média global do Planeta; e 2) O aumento da quantidade de pessoas idosas
com 60 anos e mais de idade. O choque entre as duas tendências ocorre porque o calor extremo não é bom para a saúde dos idosos.
O gráfico abaixo mostra que havia 200
milhões de idosos no mundo, com 60 anos e mais de idade, em 1950,
representando 8% da população global. Este número passou para 1,14
bilhão em 2023 (representando 14,2% do total populacional). A Divisão de
População da ONU projeta 3,1 bilhões de idosos, representando 30% da
população global de 10,4 bilhões de habitantes, em 2100.
Portanto, o mundo tinha 200 milhões de
idosos em 1950, chegou a 1 bilhão em 2018 e deve alcançar mais de 3
bilhões de idosos em 2100. Não custa lembrar que as crianças de hoje
serão os anciões do futuro. Nos próximos 80 anos serão cerca de 2
bilhões de idosos
a mais no mundo. O desafio será evitar o desequilíbrio climático que,
se ocorrer de maneira descontrolada, afetará a sobrevivência e a
qualidade de vida da população da terceira idade.
O outro evento que tem marcado o Planeta
é o aquecimento global. O gráfico abaixo da NOAA (Administração
Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA) mostra que até cerca de 1940 as
temperaturas anuais (em azul) estavam abaixo da média do século XX e
depois de 1970 as temperaturas anuais (em vermelho) ficaram
consistentemente maiores do que a média do século XX. Na década de 1950
houve uma variação positiva de 0,12º Celsius.
Mas a partir dos anos 70, o aquecimento
global iniciou uma subida espetacular. Na década de 1970 a variação
decenal da temperatura foi de 0,23º C. Nas três décadas seguintes a
variação decenal ficou em torno de 0,15º C. Mas na década passada
(2011-20) o aumento decenal saltou para 0,44º C, um ritmo nunca visto na
série de 1880-2020 e nem em qualquer momento do Holoceno (últimos 12
mil anos).
O que estava ruim na década passada
piorou na atual década. O mês de julho de 2023 registrou a maior
temperatura mensal dos últimos 120 mil anos. A temperatura da água
marinha na ponta da Flórida atingiu os níveis das banheiras de
hidromassagem, ultrapassando 37,8 graus Celsius por dois dias seguidos, o
que os meteorologistas dizem que pode ser a água do mar mais quente já
medida. A temperatura bateu recordes nos continentes e nos oceanos. No
Atlântico Norte, a temperatura ultrapassou os 25º Celsius em agosto de
2023, pela primeira vez nos registros da civilização humana. O Homo
sapiens nunca conviveu com temperaturas tão elevadas.
Se o aquecimento global continuar no
ritmo atual, a civilização estará, no longo prazo, no caminho de uma
catástrofe. As ondas letais de calor e de fogo vão se intensificar e
temperaturas acima de 40º Celsius vão se tornar mais comuns e mais
duradouras. Todas as populações humanas e não humanas vão sofrer. Estudo
publicado na revista acadêmica Nature Medicine, indicou que 61 mil
morreram em onda de calor de 2022 somente na Europa. O calor excessivo
está se tornando um problema de saúde pública, além de ameaçar o
desempenho da economia.
A consultoria Deloitte revela que a
inação sobre a mudança climática pode custar à economia mundial US$ 178
trilhões até 2070, mas, por outro lado, a economia global poderia ganhar
US$ 43 trilhões nas próximas cinco décadas, acelerando rapidamente a
transição energética para emissões líquidas zero.
Se
as temperaturas elevadas aumentam os riscos para todas as pessoas,
entre os indivíduos mais velhos podem ser mortais. Os idosos não suam ou
esfriam tão eficientemente quanto os mais jovens. O estresse por calor
pode piorar as condições subjacentes, como doenças cardíacas, pulmonares
e renais e o calor extremo pode desencadear delírios.
Os efeitos do aquecimento global e das
ondas letais de calor sobre a saúde dos idosos são preocupantes, pois,
sem dúvida, as pessoas mais velhas são particularmente vulneráveis aos
extremos de temperatura, especialmente aquelas com alguma comorbidade. A
seguir estão alguns dos impactos que podem ser observados:
1 – Aumento das doenças cardiovasculares:
O calor extremo coloca um estresse adicional no sistema cardiovascular
dos idosos, aumentando o risco de ataques cardíacos, derrames e outras
complicações relacionadas ao coração.
2 – Desidratação: Os
idosos têm uma capacidade reduzida de regular a temperatura corporal e
podem não sentir sede adequadamente, tornando-os mais suscetíveis à
desidratação durante períodos de calor intenso.
3 – Insolação e golpe de calor:
Os idosos são mais propensos a sofrerem insolação e golpes de calor,
uma vez que têm menos capacidade de se resfriar por meio do suor e podem
não perceber os sinais iniciais dessas condições.
4 – Agravamento de condições crônicas:
Temperaturas extremas podem agravar condições de saúde preexistentes,
como doenças respiratórias, diabetes e hipertensão arterial, tornando a
gestão dessas condições mais difícil.
5 – Aumento de infecções relacionadas ao clima:
O aquecimento global também pode afetar os padrões de doenças
infecciosas, como doenças transmitidas por mosquitos, carrapatos ou
outros vetores, e os idosos podem ter maior suscetibilidade a essas
infecções.
6 – Problemas respiratórios:
A qualidade do ar pode ser afetada pelo aumento das temperaturas, o que
pode agravar problemas respiratórios, como asma e doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC).
7 – Estresse térmico:
Os idosos podem ter dificuldade em regular sua temperatura corporal
durante ondas de calor, levando a estresse térmico e exaustão.
8 – Mobilidade reduzida:
Com o envelhecimento, muitos idosos têm mobilidade limitada, o que pode
dificultar a busca por abrigo ou áreas mais frescas durante episódios
de calor extremo.
9 – Isolamento social:
O calor excessivo pode levar ao isolamento social, pois os idosos podem
evitar sair de casa para evitar os riscos associados ao calor, o que
pode impactar negativamente sua saúde mental.
10 – Impacto na saúde mental:
O estresse e as preocupações relacionadas ao calor extremo e às
mudanças climáticas em geral podem afetar a saúde mental dos idosos,
contribuindo para a ansiedade e depressão.
É
importante destacar que o aquecimento global é uma questão complexa e
multifacetada, e os impactos na saúde dos idosos são apenas uma parte
das muitas consequências que podem ocorrer devido às mudanças
climáticas. Ações para mitigar o aquecimento global e proteger os grupos
vulneráveis, como os idosos, são essenciais para preservar a saúde e o
bem-estar das futuras gerações, pois as ondas de calor podem se
constituir em uma pandemia muito mais letal e prejudicial do que a
Covid-19.
As crianças também são muito vulneráveis
ao aumento da temperatura. Mas as projeções da ONU indicam que, em
2100, haverá cerca de 560 milhões de crianças de 0 a 4 anos (cerca de 5%
da população total) e 3,1 bilhões de idosos de 60 anos e mais de idade
(cerca de 30% da população total).
O melhor é prevenir para não precisar
remediar. Ações para mitigar o aquecimento global são essenciais, pois a
quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera já ultrapassou os
limites para evitar romper a barreira de 1,5º C em relação ao período
pré-industrial. Políticas de adaptação também serão cada vez mais
necessárias para minimizar a morbidade e a mortalidade. A humanidade
terá que aprender a lição de que o bem-estar das pessoas, especialmente
dos idosos, dependerá, cada vez mais, do bem-estar ambiental e da
estabilidade climática.
Foto destaque de Evelyn Chong/pexels.
FONTE
:
https://portaldoenvelhecimento.com.br
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
Milhões de pessoas idosas estão vulneráveis ao uso inadequado de medicamentos, comprometendo sua saúde.
O Brasil está caminhando rapidamente
para se tornar um país de pessoas idosas. De acordo com o IBGE, a
população com mais de 60 anos deve ultrapassar 40 milhões até 2030,
representando cerca de 18% dos brasileiros. Contudo, a infraestrutura de
saúde do país não acompanhou esse crescimento, expondo fragilidades
graves no cuidado a essa população, especialmente na gestão de medicamentos.
Um dos principais desafios é a escassez
de geriatras. Dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
(SBGG) mostram que há menos de 2.500 geriatras ativos no Brasil, o que
equivale a um profissional para cada 5.000 idosos. Esse número está
muito abaixo do necessário para atender à demanda crescente. Sem o
suporte desses especialistas, a maioria das pessoas idosas fica sem
avaliação adequada, resultando em uma maior exposição a problemas como
interações medicamentosas, reações adversas e hospitalizações evitáveis.
Além disso, há um problema grave de
desconhecimento sobre o papel e a relevância do farmacêutico clínico no
acompanhamento farmacoterapêutico. Esse profissional é fundamental para
garantir o uso seguro e eficaz dos medicamentos, mas seu serviço ainda é
subvalorizado no Brasil. Muitos profissionais de saúde e gestores
desconhecem que o farmacêutico clínico vai além da dispensação: ele
analisa detalhadamente a terapia medicamentosa de cada paciente,
identifica e corrige problemas relacionados ao uso de medicamentos, e
previne complicações que afetam diretamente a qualidade de vida.
A ausência de geriatras e a falta de
integração dos farmacêuticos clínicos criam um cenário preocupante:
milhões de idosos estão vulneráveis ao uso inadequado de medicamentos,
comprometendo sua saúde e contribuindo para o aumento dos custos do
sistema de saúde.
O Brasil precisa urgentemente
implementar mudanças estruturais, incluindo a valorização e inserção do
farmacêutico clínico nas equipes de cuidado, para assegurar que o
envelhecimento populacional seja acompanhado de segurança, saúde e
qualidade de vida. Somente assim será possível enfrentar os desafios de
um país de pessoas idosas de maneira ética e eficiente.
Foto de Towfiqu barbhuiya/pexels.
Luiz Antonio Assunção
Luiz Antonio da
Assunção é farmacêutico clínico CRF 23.110. Pós-graduado em
acompanhamento farmacoterapêutico. Pós-graduado em gastroenterologia
funcional e nutrigenômica. E-mail: luizclinicaassuncao@gmail.com. Insta: https://www.instagram.com/luizassuncaofarmaceutico/
FONTE
:
https://portaldoenvelhecimento.com.br
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
Desenvolver estratégias de comunicação é fundamental para a qualidade de vida e o bem-estar emocional das pessoas.
Laydiane Alves Costa e Thais Bento Lima da Silva (*)
A comunicação com indivíduos com quadros da doença de Alzheimer e outras demências
é um desafio que exige sensibilidade e adaptação por parte dos
cuidadores. A deterioração progressiva das funções cognitivas e da
memória impacta diretamente a capacidade de compreensão e expressão
verbal das pessoas. Portanto, desenvolver estratégias eficazes de
comunicação é fundamental para melhorar a qualidade de vida e o
bem-estar emocional dessas pessoas.
Primeiramente, é essencial que os
cuidadores utilizem uma abordagem comunicativa que seja calma, clara e
concisa. Falar devagar e de maneira articulada pode ajudar a minimizar a
confusão e aumentar a compreensão. Além disso, é recomendável utilizar
frases curtas e diretas, evitando a sobrecarga de informações que possam
causar ansiedade ou frustração nas pessoas com demência.
Apesar da complexidade existem algumas estratégias que podem facilitar o processo:
Fale devagar e seja paciente
– Utilize um tom de voz moderado e fique na mesma altura da pessoa, olhando nos olhos.
– Evite falar depressa; o ritmo mais lento ajuda na compreensão.
Utilize frases curtas e diretas
– Frases curtas são mais fáceis de entender. Repita as informações quantas vezes forem necessárias.
– Faça uma pergunta de cada vez para não sobrecarregar a pessoa.
Atenção à comunicação não verbal
– O tom de voz, os gestos, e expressões faciais são tão importantes quanto as palavras.
– Utilize toques suaves, carinhos e olhares para expressar afeto e segurança.
Evite confrontos e discussões
– Não corrija ou desafie a pessoa. Ao invés disso, redirecione a conversa ou mude de assunto se necessário.
– Nunca faça piadas ou brinque com o esquecimento da pessoa.
Identifique-se e não infantilize
– Sempre garanta que a pessoa saiba com quem está falando. Se necessário, apresente-se no início da conversa.
– Trate a pessoa com respeito, evitando infantilizá-la.
Outro aspecto importante é a maneira
como os cuidadores lidam com a realidade das pessoas com demência.
Entrar em confronto ou corrigir constantemente a pessoa pode ser
contraproducente, resultando em agitação e resistência. Em vez disso, é
aconselhável redirecionar a conversa de forma suave e evitar discussões
que possam desencadear reações negativas.
Ademais, tratar a pessoa com dignidade e
reconhecer sua individualidade, apesar das limitações cognitivas, é
fundamental para preservar sua autoestima e dignidade. Finalmente, a
paciência e a empatia são virtudes indispensáveis para os cuidadores,
que devem estar preparados para adaptar suas abordagens conforme
necessário, respeitando o ritmo e as necessidades da pessoa com
demência.
Referências Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Orientações para cuidadores. Belo Horizonte: ANCC HC-UFMG, 2021. Disponível em: <arquivo pessoal>. Acesso em: 27 ago. 2024. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Manual para cuidadores da Doença de Alzheimer. São Paulo: SBGG, 2022. Disponível em: <arquivo pessoal>. Acesso em: 27 ago. 2024.
(*) Laydiane Alves Costa –
Gerontóloga pela Universidade de São Paulo (USP), Especialista em
Neurociências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e membro
do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo (GETEC). Assessora científica do
projeto de pesquisa de validação do Método SUPERA. Thais Bento Lima da Silva-Gerontóloga
formada pela Universidade de São Paulo (USP). Mestra e Doutora em
Ciências com ênfase em Neurologia Cognitiva e do Comportamento, pela
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Docente do curso de
Bacharelado e de Pós-Graduação em Gerontologia da Escola de Artes,
Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP),
pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica
da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da
Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É parceira
científica do Método Supera. Coordenadora do Grupo de Estudos em Treino
Cognitivo da Universidade de São Paulo.
Foto de Kampus Production/pexels.
FONTE
:
https://portaldoenvelhecimento.com.br
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
Manter uma rotina definida, mesmo neste período de festas, proporciona estabilidade para as pessoas com a doença de Alzheimer.
Gabriela dos Santos e Thais Bento Lima da Silva (*)
Apesar de não haver cura para a doença
de Alzheimer, ações farmacológicas e não farmacológicas podem auxiliar
no manejo dos sintomas, especialmente comportamentais. Uma dessas ações
diz respeito à adoção de uma padronização da rotina diária, de modo que
proporcione estímulos, bem-estar e melhor qualidade de vida para as
pessoas envolvidas.
A doença de Alzheimer
é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta milhões de
pessoas em todo o mundo. Os principais sintomas incluem alterações em
habilidades cognitivas como a memória e alterações comportamentais,
comprometendo gradualmente a independência e a autonomia da pessoa
acometida. Além disso, a DA pode comprometer significativamente as
condições de vida e saúde dos cuidadores e familiares que convivem com a
pessoa diagnosticada.
Por isso, manter uma rotina definida
proporciona estabilidade e previsibilidade, aspectos que podem reduzir
os sentimentos de confusão e ansiedade comuns entre pessoas com DA.
Nesse sentido, ambientes organizados e rotinas consistentes ajudam a
preservar a autonomia e a independência por mais tempo, minimizando o
impacto das perdas cognitivas. Além disso, a repetição de atividades
pode reforçar padrões de comportamento e habilidades, contribuindo para o
bem-estar emocional e mental das pessoas diagnosticadas e dos
cuidadores.
A padronização da rotina deve
contemplar, sempre que possível, horários fixos para as refeições e
rotina do sono, a prática de atividades cognitivas estimulantes, como
jogos, tarefas e exercícios, bem como a inclusão de atividades físicas e
de lazer que despertem interesse e prazer. É importante que essas
práticas sejam adaptadas às capacidades e ao contexto específico da
pessoa com DA, considerando também a disponibilidade e as condições dos
cuidadores e familiares envolvidos. Essa abordagem permite criar um
ambiente estruturado, mas flexível, que favorece o bem-estar e a
qualidade de vida.
Cabe destacar também a importância de
incorporar momentos de interação social na rotina. A socialização pode
incluir visitas de familiares, encontros em grupos terapêuticos ou
atividades comunitárias. O convívio social contribui para a redução da
apatia, do isolamento e de sintomas depressivos, fatores que podem
acelerar o avanço dos sintomas da doença. Por outro lado, a falta de
estímulo social está associada ao aumento do declínio funcional e
cognitivo.
É importante considerar que os sintomas
da DA, apesar de semelhantes, podem variar entre os indivíduos e podem
ser mais ou menos intensos em dias variados. Por esse motivo, é
necessário que haja flexibilidade e adaptação constante na rotina. Essa
flexibilidade permite que as atividades sejam ajustadas de acordo com o
nível de interação, humor e estado geral do indivíduo em um determinado
momento, evitando frustrações e promovendo uma experiência mais
positiva.
Referências Associação Brasileira de Alzheimer. Lidando com os sintomas [s.d.]. Disponível em: https://abraz.org.br/orientacao-a-cuidadores/lidando-com-os-sintomas/. Acesso em: 21 nov. 2024. Bernardo,
L. D.; Raymundo, T. M. Physical and social environment in the
occupational therapeutic intervention process for elderly with
Alzheimer’s disease and their caregivers: a systematic review of the
literature. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, v. 26, n. 2, p. 463–477, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1064. Acesso em: 21 nov. 2024. Brucki, S. M. D.; Feretti, C. E. L.; Nitrini, R. Manual para cuidadores da Doença de Alzheimer. Centro de Referências em Distúrbios Cognitivos. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. [s.d.], 19 p.
(*) Gabriela dos Santos – Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Gerontologia pela Universidade de São Paulo (USP), Graduada em Gerontologia
pela USP, com Extensão pela Universidad Estatal Del Valle de Toluca.
Membro do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo da Universidade de São
Paulo. E-mail: santosgabriela084@gmail.com Thais Bento Lima da Silva –
Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Mestra e
Doutora em Ciências com ênfase em Neurologia Cognitiva e do
Comportamento, pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Docente do curso de Bacharelado e de Pós-Graduação em Gerontologia da
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
(EACH-USP), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do
Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e
diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG).
Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São
Paulo. É parceira científica do Método Supera. Coordenadora do Grupo de
Estudos em Treino Cognitivo da Universidade de São Paulo. E-mail: thaisbento@usp.br
Foto de Ron Lach/pexels.
FONTE
:
https://portaldoenvelhecimento.com.br
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico