Berna Almeida II
Um compromisso de amor, cuidado e presença
Introdução
A
Doença de Alzheimer não afeta apenas quem recebe o diagnóstico. Ele
atinge toda a estrutura familiar, exigindo reorganização de rotinas,
papéis e emoções. Neste cenário desafiador, a presença ativa da família é um dos pilares mais importantes para garantir bem-estar, dignidade e qualidade de vida à pessoa com demência.
1. Entender para Cuidar
Compreender
a Doença de Alzheimer é o primeiro passo. Trata-se de uma doença
neurodegenerativa progressiva, que afeta a memória, o comportamento e as
habilidades funcionais. Ter esse conhecimento evita julgamentos e abre
espaço para o acolhimento.

2. Acolhimento Familiar: base emocional do cuidado
A pessoa com Alzheimer precisa sentir-se amparada emocionalmente.
Palavras doces, toques leves e o simples ato de estar presente fazem
toda a diferença. Mesmo quando ela não reconhece mais os familiares, o
afeto permanece como ponte silenciosa de conexão.

3. Divisão de Tarefas: o cuidado não deve recair sobre um só
É
comum que apenas um membro da família assuma o cuidado, mas isso gera
sobrecarga física e emocional. O ideal é haver revezamento, apoio mútuo e
reconhecimento do esforço de quem está na linha de frente.

4. Comunicação afetuosa e paciência
Com
a evolução da doença, a pessoa pode repetir frases, esquecer
informações ou se perder em pensamentos. Evite corrigir ou repreender.
Pratique a escuta sensível e valide os sentimentos dela.

5. Manutenção da rotina e da autonomia
Mesmo
com limitações, é importante estimular que a pessoa participe da
rotina. Tarefas simples como dobrar roupas, mexer em plantas ou ouvir
música ajudam a preservar habilidades e geram sensação de utilidade.

6. O cuidador também precisa de cuidado
Cuidar
exige energia. Por isso, o cuidador deve buscar pausas, acolhimento,
terapia, apoio de grupos e momentos de descanso. Ninguém consegue doar o
que não tem.

7. Adaptação do ambiente familiar
Ambientes
seguros e acolhedores são essenciais. Retire tapetes soltos, proteja
áreas perigosas e estimule a iluminação natural. Adapte a casa à nova
realidade, sem tirar o sentimento de lar.

8. Buscar apoio profissional
Médicos,
terapeutas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e grupos de apoio são
aliados no processo. O cuidado não precisa (nem deve) ser solitário. A
rede de apoio é fundamental.

9. Preservar a dignidade
Respeite
os gostos, memórias e histórias da pessoa. Vista-a com carinho, cuide
de sua aparência, ofereça escolhas sempre que possível e celebre
pequenas conquistas.

10. Conversar sobre o futuro com delicadeza
Planejar
o futuro, as finanças, os cuidados paliativos e a tomada de decisões é
um gesto de responsabilidade. Quanto antes for conversado, mais leve
será o caminho.

Conclusão
Na
Doença de Alzheimer, a presença familiar não é apenas desejável, é
essencial. Amor, paciência, empatia e conhecimento são as ferramentas
mais poderosas para atravessar esse percurso. O Instituto Berna Almeida
caminha ao lado de cada cuidador, reconhecendo sua luta, sua entrega e
seu amor.


FONTE: https://www.facebook.com/groups/mentesedemencias/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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