Patrocinado pela BD – líder global em tecnologia
médica que proporciona há mais de 90 anos as melhores experiências para
tratamento e controle da diabetes – o estudo teve como principal
objetivo analisar a forma como os doentes insulino-dependentes fazem uso
do medicamento e quais as interferências da forma de aplicação na
eficácia do tratamento.
O estudo detectou que 64% das pessoas com diabetes
avaliadas apresentaram lipo-hipertrofia, que são deformidades nos
locais de aplicação da insulina decorrentes da aplicação constante no
mesmo ponto, bem como o reuso de agulhas descartáveis. Além de
proporcionar visivelmente o aumento de gordura subcutânea, a
lipo-hipertrofia é alarmante porque impossibilita que o organismo
absorva a insulina adequadamente.
De todos os pacientes com lipo-hipertrofia, 49,1% tiveram variabilidade glicêmica e 39% apresentaram hipoglicemia – fator preocupante, pois a queda de açúcar no sangue pode levar a pessoa rapidamente à perda de consciência, implicando em risco de vida imediato.
Outro dado alarmante é que 98% não realizavam o rodízio adequado dos
locais de aplicação. “Por isso é importante que a pessoa com diabetes
faça aplicações de insulina alternando as regiões para que o organismo
consiga absorver adequadamente o medicamento
injectado, sem comprometer o tecido subcutâneo, local onde o
medicamento deve ser aplicado”, explica Ana Carolina Gomiero, diretora
da área de Diabetes da BD.
Outro fator detectado pela pesquisa é que as pessoas com
lipo-hipertrofia necessitaram de doses maiores de insulina (em torno de
15 unidades de insulina mais por dia), devido à má absorção do
medicamento injetado no tecido lesionado (lipo-hipertrofia), aumentando o
custo do tratamento e ocasionando variabilidade na glicemia.
Aplicação correta de insulina
De acordo com outro estudo clínico patrocinado pela BD, realizado em Junho de 2010 nos EUA com 388 participantes com diabetes tipo 1 e tipo 2 – com diferentes perfis físicos e étnicos, a espessura da pele raramente ultrapassou 3 mm.
“Isso significa que o comprimento da agulha deve somente ultrapassar a
pele para atingir o tecido subcutâneo, local recomendado para a
aplicação da insulina, e nunca à região intramuscular, onde a absorção é
mais rápida
e pode ocasionar a hipoglicemia”, explica Augusto Pimazoni Netto,
médico Coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do Rim e Hipertensão da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Uma das formas ideais de aplicação é a utilização de agulhas e seringas curtas.
Além do dispositivo correto, a pessoa com diabetes deve realizar a
técnica de aplicação correta de acordo com o dispositivo utilizado. Para
agulhas com 4 mm, é mais fácil, porque não é necessário realizar a
prega subcutânea (dobra realizada na pele para minimizar o risco de
aplicações no músculo) e o ângulo de aplicação é de 90° (reto).
Para a seringa de 6 mm, é necessário realizar a prega subcutânea e o ângulo de aplicação recomendado para adultos
é de 90° e em crianças e adolescentes, o ângulo é de 45°. Desta forma, o
medicamento será aplicado no tecido subcutâneo e a pessoa com diabetes
poderá ter um melhor controle glicêmico.
Regiões mais recomendadas para aplicação de insulina
O rodízio dos locais de aplicação deve considerar as regiões laterais
do abdômen (distantes três dedos do umbigo), regiões frontal e lateral
externa das coxas (três dedos abaixo da virilha e três dedos acima do
joelho), região posterior dos braços (três dedos abaixo da axila e três
dedos acima do cotovelo) e região superior externa das nádegas.
Prevenção
O risco da aplicação incorreta de insulina também está ligado ao reuso de seringas e agulhas descartáveis.
Além de aumentar os riscos de infecções na pele, devido à perda da
esterilidade do dispositivo, a prática também pode ocasionar erros no
registro da dose da insulina, desperdício do medicamento e lesões na
pele (lipo-hipertrofia), que prejudicam o controlo glicêmico – fator que
pode levar ao surgimento de complicações da diabetes.
A perda da visão e o mau funcionamento dos rins são exemplos de
problemas que podem ser desencadeados pelo mau controlo glicêmico
crônico, e diminuem consideravelmente a qualidade de vida das pessoas
que convivem com a diabetes.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs,
Carla
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