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segunda-feira, 30 de maio de 2011


PESSOAS COM DIABETES TÊM SEUS DIREITOS GARANTIDOS

A coordenadora da Comissão Jurídica e vice-presidente da ADJ, Dra. Ione Taiar Fucs, concedeu mais uma entrevista para o Jornal da ADJ. Desta vez, a advogada fala do sucesso de pacientes que estão garantindo que seus direitos sejam cumpridos. Jornal da ADJ: Existem leis que garantem o fornecimento gratuito de gêneros para o tratamento e controle do diabetes a seus portadores? Dra. Ione: Sim. A Constituição Federal é a nossa Lei Maior e também nossa Constituição Estadual repete o que a Federal determina. Além disso, temos em São Paulo, a Lei Estadual nº 10.782/2001. Jornal da ADJ: Elas são municipais, estaduais ou federais? Quais são elas? Elas funcionam na prática? Dra. Ione: São Federais, Estaduais e Municipais. A seguir, cito algumas leis de São Paulo e de outros Estados, que localizamos no site da SBD. Se as leis não funcionam, o cidadão tem mecanismos jurídicos para obter o seu funcionamento, uma vez que estamos falando de direitos fundamentais. As leis são:

Lei Estadual nº 1751, de 26/11/1990 - Dispõe sobre a obrigatoriedade do poder público instituir, como direito do cidadão, uma política de saúde preventiva do diabetes no Rio de Janeiro.

Lei Distrital 640, de 10/01/94 - Dispõe sobre a distribuição de medicamentos e tiras reagentes no Distrito Federal.

Lei Estadual nº 3436, de 03/07/2000 - Dispõe sobre a criação de campanhas permanentes de prevenção, controle à diabetes pelo poder executivo em todo Estado do Rio de Janeiro.

Lei Estadual nº 10782, de 09/03/2001 - Define diretrizes para uma política de prevenção e atenção integral à saúde da pessoa portadora de diabetes, no âmbito do Sistema Único de Saúde, no Estado de São Paulo.

Lei Estadual nº 14533, de 28/12/2002 - Institui política estadual de prevenção do diabetes e de assistência integral à saúde da pessoa portadora da doença no Estado de Minas Gerais.

Lei Estadual nº 3885, de 26/06/2002 - Define diretrizes para uma política de prevenção e atenção integral à saúde da pessoa portadora de diabetes, no âmbito do Sistema Único de Saúde, no Rio de Janeiro, e dá outras providências.

Portaria nº 74, de 27/12/2002 - A Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul aprovou a concessão de insumos adicionais necessários à monitorização domiciliar da glicemia capilar aos usuários do Sistema Único de Saúde, que estejam sendo atendidos pelos serviços públicos e/ou conveniados, dentro da área de abrangência de cada coordenadoria de saúde. Fica estabelecido, então, que serão fornecidos glicosímetros e 100 fitas reagentes, mensalmente, para indivíduos portadores de Diabetes Mellitus tipo 1 em tratamento intensivo com insulina.

Lei Municipal nº 2661, de 30/09/2002 - Define diretrizes para uma política de prevenção e atenção integral à saúde da pessoa portadora de diabetes, no âmbito do município de Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná.

Lei Estadual n° 4119, de 1º/07/2003 - Dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos e materiais necessários a sua aplicação e à monitorização da glicemia capilar aos portadores de diabetes. Para receber o benefício, o paciente deve estar inscrito no cadastro para pessoas com diabetes em unidade de saúde do Estado do Rio de Janeiro.

Decreto Municipal nº 43.237, de 22/05/2003 - Regulamenta a Lei n° 13.285, de 09-01-2002, que cria o Programa de Prevenção ao Diabetes e à Anemia Infantil na Rede Municipal de Ensino da cidade de São Paulo, e dá outras providências

Lei Estadual nº 12565, de 26/04/2004 - Define diretrizes para uma política de prevenção e atenção integral à saúde da pessoa portadora de diabetes, no âmbito do Sistema Único de Saúde, e dá outras providências, no Estado de Pernambuco. Jornal da ADJ: O que as pessoas com diabetes fazem para garantir o fornecimento em locais onde as leis não são cumpridas? Quem deve ser procurado? Dra. Ione: As pessoas devem sempre se dirigir aos Postos e Secretarias de Saúde. Se não forem atendidos, deverão ingressar com ações judiciais, seja através de advogados particulares ou públicos (Procuradoria de Assistência Judiciária, em São Paulo ou Santa Catarina ou ainda, nos demais estados na Defensoria Pública ou convênios com a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil). Jornal da ADJ: Após conseguir a liminar o fornecimento está garantido? Em São Paulo, quantas pessoas já receberam a liminar? Dra. Ione: Sim. Após a concessão de liminar o fornecimento de medicamentos e insumos está garantido enquanto ela perdurar. Não temos levantamento estatístico exato, mas sabe-se que já são milhares de ações judiciais propostas. Muitos associados já ingressaram com ações e já estão recebendo tudo o que seus médicos solicitaram para o seu controle, conforme noticias que chegam diariamente a ADJ. Jornal da ADJ: Quais os passos posteriores à liminar? Dra. Ione: Esta é parte processual. Diz respeito ao andamento do processo judicial e cada advogado sabe como proceder, pois enquanto o processo tem seu andamento normal, o autor da ação estará recebendo mensalmente todos os medicamentos e insumos prescritos pelo seu médico. Jornal da ADJ: Se a pessoa conseguir a liminar e mais para frente perder, ela terá que devolver tudo o que recebeu? Dra. Ione: Não será necessário devolver, uma vez que o que se está pleiteando é que o Estado custeie o tratamento adequado. Quem obteve a liminar, já fez uso dos medicamentos e insumos, pois estamos falando de vida e saúde e não de impostos. Jornal da ADJ: Algum processo já foi julgado em última instância? Foi favorável? Dra. Ione: Não temos conhecimento de nenhum processo de fornecimento de medicamentos e insumos de diabetes que já tenha chegado a última instância. Jornal da ADJ: Se um processo for favorável, o direito está garantido por quanto tempo? Caso as leis sejam cumpridas, cessa o fornecimento? Dra. Ione: Enquanto houver a necessidade de quem requereu o fornecimento, o direito lhe estará garantido. No caso de que as leis sejam cumpridas o fornecimento continua da mesma forma, pois essa é a finalidade delas. Jornal da ADJ: A senhora tem conhecimento de alguma Ação Civil Pública no Estado de São Paulo?

Dra. Ione: Sim. A PAJ (Procuradoria de Assistência Judiciária) distribuiu uma Ação Civil Pública (Proc. nº 83/053.05.001305-2), em 26 de janeiro de 2005, perante a 13ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de São Paulo contra o Município e o Estado de São Paulo. Foi requerida Antecipação de Tutela, que por ora foi negada e pende recurso no Tribunal de Justiça. Aguarda-se a defesa a ser apresentada pelo Município e pelo Estado. ADJ OFERECE ORIENTAÇÃO JURÍDICA GRATUITA EM DIABETES De acordo com a advogada Dra. Ione Taiar Fucs, coordenadora da Comissão Jurídica responsável por responder as questões do ADJ Jur, neste serviço são respondidas dúvidas jurídicas relacionadas ao diabetes, referente ao fornecimento de medicamentos, insulinas, tiras reagentes, bomba de infusão, discriminação no trabalho, e outras.

As dúvidas são respondidas, pela Comissão Jurídica da ADJ, responsável pelo ADJ Jur, via e-mail, fax ou correio.

Todos os portadores de diabetes e outros interessados podem usufruir o serviço, basta preencher um formulário com a dúvida e encaminhá-lo para a ADJ. Ele pode ser encontrado no site da entidade www.adj.org.br, ser solicitado para ser enviado via fax pelo fone: (11) 3675-3266 R 11, ou ainda retirado pessoalmente em sua sede: Rua Padre Antonio Tomas, 213, Água Branca, São Paulo, SP.

Fonte: Associação de Diabetes Juvenil – ADJ

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Aproveitando melhor a consulta geriátrica


Está bem claro que a dependência do idoso está diretamente relacionada com o grau de saúde que ele apresenta. Em outras palavras, quanto maior o número de doenças incapacitantes o idoso apresentar (como doenças do coração, déficit de visão, demência, Parkinson…), maior é o cuidado e a atenção que os familiares e os cuidadores terão com ele. Complementando, quanto maior o grau de dependência funcional de um idoso, certamente maior o número de médicos que o assistem. E é aí que mora o perigo.


A medicina está alcançando, nos dias atuais, um grande avanço no que diz respeito aos diagnósticos mais precisos e à tratamentos mais eficazes para inúmeras patologias. Entretanto, ela ficou muito segmentada, muito dividida em várias especialidades, cada uma preocupada somente com seu órgão, seu sistema e suas doenças. Não olha a pessoa como um todo. “Olha, a sua pressão está controlada, mas esta parte da gastrite você dever ver com o gastro!”

”Dona Maria, seu intestino solto não é causado pela vesícula. Talvez, seria melhorar procurar um proctologista e examinar melhor seu intestino.” “O médico ortopedista pediu para ir ao reumatologista ver esta minha coluna, que não pára de doer!”

Os exemplos acima mostram claramente como a medicina funciona, nos dias de hoje. Na grande maioria das vezes, funciona até muito bem, quando a pessoa é mais jovem ou tem poucos problemas de saúde para resolver. Já com o idoso e, principalmente com o idoso mais dependente, esta fórmula é causadora de inúmeros transtornos e efeitos colaterais. Explico: quanto maior a dependência do idoso, maiores e mais severos são os problemas de saúde, maior o número de medicamentos que ele toma, maior a quantidade de exames que ele faz e, para fechar esta conclusão, maior o número de médicos que o acompanha. Cada um tratando da sua parte, do seu órgão, da sua doença!

A visão do médico generalista, do clínico geral, do médico da família, neste caso, é sempre bem vinda, pois ao tratar o idoso como uma pessoa, ele vê sua saúde como parte de um todo, racionalizando o tratamento e evitando excessos de medicamentos e exames. Este é o trabalho e a função primordial do geriatra. Lembrando, a geriatria é a especialidade da medicina que trata das pessoas da terceira idade.

Algumas vezes, o próprio geriatra solicita auxílio de outros colegas especialistas, para ajudar em enfermidades que, sozinho, não consegue tratar. Exemplo: o oftalmologista, o urologista, o oncologista e os cirurgiões. Porém, a racionalização do plano geral de tratamento e reabilitação de um idoso dependente é responsabilidade do geriatra. Com uma visão mais holística, olhando o idoso como pessoa, procurando diagnosticar e tratar o que realmente vai melhorar sua qualidade de vida, o geriatra busca estreitar laços de respeito e confiança com seus clientes e com a família, resgatando a imagem do médico da família.

Tanto em consulta domiciliar, muito comum no caso do idoso dependente e imobilizado, quanto no consultório médico, é muito importante a família atentar para as seguintes recomendações, aproveitando melhor o tempo e as orientações do médico:


  1. Chegue com alguma antecedência à hora marcada para consulta (10 minutos). Digo isso, pois é muito comum ver familiares e idosos chegarem aos consultórios com muita antecedência, às vezes de mais de uma hora. Enche a sala de espera e cria um desconforto para o idoso e para outros clientes que estão com hora marcada antes e acham que o seu idoso será passado na frente.

  2. O tempo do médico é de ouro. Não há justificativa para atender um cliente em 10 minutos, principalmente o idoso que demanda uma atenção maior e um exame mais apurado. Porém, trazer vários membros da família, fazer inúmeras perguntas ao médico, principalmente que não tem relação com a saúde do idoso, é atrasar uma consulta além do necessário.

  3. Tragam escrito no papel as dúvidas, as queixas e os questionamentos sobre o idoso, se for uma consulta de rotina e de controle. Se for uma consulta inicial com o geriatra, faça em casa um relatório escrito com toda a história de saúde e de doenças do seu familiar idoso, com detalhes sobre datas de internamentos e cirurgias, medicações que já tomou e as medicações atuais que está tomando. Este procedimento irá facilitar muito a consulta inicial e ajudar no diagnóstico do médico e no posterior tratamento.

  4. Fale de todos os médicos que estão acompanhando o idoso atualmente, com as suas respectivas medicações e exames já feitos (os mais atuais).

  5. Evite que o seu idoso, principalmente se for mais dependente, tenha inúmeros médicos acompanhando. Como frisado acima, o geriatra poderá encaminhar, se necessário, para o especialista.

  6. Se você tiver dúvida em relação à medicação que o idoso está tomando, traga a sacola com todos os medicamentos e converse com o geriatra. Ele irá te orientar quais os medicamentos corretos que o idoso deve tomar, otimizar as doses e facilitar os horários da administração dos remédios.


  7. Procurem ter uma relação de cordialidade e confiança com o médico do idoso. Lembrar que os exames complementares (exames de sangue, rx, tomografias, ultrassons, dentre outros) são para ajudar no diagnóstico. Eles não substituem o médico e nem são a última palavra em relação ao diagnóstico. Muitos exames desnecessários trazem prejuízo para a saúde do idoso e encarecem o tratamento.

  8. Finalmente, lembrar que o médico é um ser humano como qualquer outro. Tem sua família, seus problemas pessoais e um tempo extremamente curto para lazer, hobbies e convívio com a família. “Endeusar” a figura do médico pode não ser mais uma maneira de elogiar o seu trabalho (antigamente isto era muito comum: Pra mim, é Deus no céu e o Dr. Fulano na terra!).

Falamos em melhorar o rendimento de uma consulta geriátrica, mas também devemos lembrar que o idoso dependente requer um cuidado mais complexo e, por isto, a presença de uma equipe multidisciplinar geriatra, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo, enfermeiro, odontogeriatra, nutricionista, assistente social, dentre outros, é fundamental e certeza de sucesso na condução de cada caso.


abs,

Carla

fonte:www.cuidardeidosos.com.br/ A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização do Portal Cuidar de Idosos

Envelhecimento e dignidade humana


São as experiências de toda a vida que determinarão se a velhice será uma oportunidade para a liberdade e consolidação da experiência adquirida ou uma prisão de todo potencial humano. Atingimos a terceira idade na sexta década. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o envelhecimento ocorre de forma diferenciada para cada pessoa e tem múltiplas dimensões (física, mental, social, política, econômica e cultural).

Observa-se hoje um momento na sobrevida da população. Prevê-se que, ainda neste século, com os avanços científicos e técnicos permitirão ao indivíduo atingir a idade de 110 anos – uma idade que corresponde aos limites biológicos do ser humano. Essa previsão traz a preocupação em garantir aos idosos não apenas maior longevidade, mas felicidade, qualidade de vida e satisfação pessoal. Tal revolução demográfica formula aos especialistas, às pessoas públicas e à coletividade um desafio social e uma demanda por definições de políticas públicas para a promoção da saúde no envelhecimento.

Quando nos relacionamos às questões ligadas à terceira idade ao debate acerca da cidadania, partimos da prerrogativa de que a idade de alguém não se pode tornar parâmetro para a exclusão do indivíduo em qualquer nível. O Estatuto do Idoso (aprovado em 2003, com 118 artigos) é um marco importante na luta pelos direitos dos idosos, prevendo penas severas nos casos de desrespeito e abandono. A partir da promulgação do Estatuto, discriminação ao idoso em qualquer situação passou a ser encarada como crime, o que permite a justiça punir famílias que abandonam seus idosos em hospitais e Clínicas de saúde.

Nossa sociedade cultiva o mito da eterna juventude, de um lado, e incrementa a obsolescência programada, de outro. Acaba marginalizando os idosos como feios, seres improdutivos e os joga em asilos ou em fundos de quintais descartando-os como um produto perecível qualquer. Temos muito, o que aprender a partir das luzes do entardecer da vida, na sabedoria que brota da experiência que entende a vida não como um problema a ser resolvido nos circuitos requintados da eletrônica digital, mas como um mistério a ser descoberto e partilhado na gratuidade do amor a cada dia. Este é o segredo do envelhecer de forma graciosa, elegante e digna, que mais que acrescentar anos a vida acrescenta vida aos anos!

Luiz Carlos Ribeiro – Filósofo/Teólogo/Filósofo Clínico


abs,

Carla


fonte:www.cuidardeidosos.com.br/ A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização do Portal Cuidar de Idosos

Ninguém escapa da velhice


Guardem bem estes nomes: Carolina Maranhão, de 98 anos, e a um mês de completar 99; Laura Andrés Ribeiro Caram, de 91, e Maria Helena Andrés, de 88. Elas vão ensinar como chegar à longevidade suavemente, sem ficar pensando na morte o tempo inteiro, sem reclamar das dores, sem se assustar com as mudanças no corpo e no espírito. Elas vão mostrar que, na última etapa do crescimento humano, têm a oportunidade única de mergulhar nas profundezas do ser.

Como anunciou o teólogo Leonardo Boff, quando completou 70 anos, em seu artigo Oficialmente velho: “A velhice é a última chance que a vida nos oferece para acabar de crescer, madurar e finalmente terminar de nascer. Nesse contexto, é iluminadora a palavra de São Paulo. Na medida em que definha o homem exterior, nesta mesma medida rejuvenesce o homem interior. A velhice é uma exigência do homem interior.


O que é o homem interior? É o nosso eu profundo, o nosso modo singular de ser e de agir, a nossa marca registrada, a nossa identidade mais radical. Esta identidade devemos encará-la face a face”.

Para conhecer Carolina, Laura e Maria Helena Andrés, só marque a hora, porque quem conta o tempo são elas. O relógio das horas não interessa mais. Na casa de Carolina, é preciso ficar algum tempo na varanda do 7º andar do prédio onde mora, no alto da Avenida Afonso Pena. Junto com ela, a convidada vai chegar à janela enorme e admirar o que ela chama de “meu quintal particular”, árvores enormes que formam uma pequena floresta diante do olhos. “Veja a dança das árvores, elas dançam e conversam”, proclama a senhora que está quase chegando aos 100 anos, quando vê o vento balançando os galhos e as folhas das árvores.

Não se apressem, porque Carolina tem muito a conversar e a mostrar, desde a biblioteca com livros em português, francês e inglês até o computador estrategicamente colocado no seu quarto, ao lado das linhas de crochê e da manta que está tecendo para o batizado do bisneto. A convidada precisa ter tempo para a geleia de jabuticabas que ela acabou de preparar com torradas e café. Precisa percorrer as fotos de sua galeria particular com a família já criada e ouvi-la declarar: “Posso ficar sem comer, mas não fico sem ler”.Pessoas como Carolina, Laura e Maria Helena poderiam muito bem estar na dissertação de mestrado da professora de psicologia da PUC Minas Anna Cristina Pegoraro de Freitas sobre Espiritualidade e sentido de vida na velhice tardia.

As três provam que a espiritualidade dá sentido à vida, principalmente na idade avançada. Uma espiritualidade exercida a cada amanhecer, quando os olhos se abrem e elas percebem que estão vivas e que tudo vale a pena. Desde o horizonte escancarado na janela da casa da artista plástica Maria Helena Andrés, no Retiro das Pedras, até o momento em que ela espalha as cores pelas telas para pintar mais um quadro. “Este é o meu jeito de meditar. É o meu deus interior”, garante ela, que é vegetariana, morou na Índia, tem um blog, uma espécie de diário de suas viagens externas e internas.

Em sua dissertação de mestrado, Cristina fala também da feminização da velhice. “São mais mulheres do que homens que chegam à idade avançada.” Na contagem feita em 2007 pelo IBGE em 5.435 municípios brasileiros, o número de idosos com mais de 100 anos era de 11.422, dos quais 7.950 eram mulheres e 3.473 homens. Prova disso é que Carolina, Laura e Maria Helena Andrés são viúvas.

Anna Cristina mostra que “estamos envelhecendo e atingindo a longevidade, mesmo que muitos não acreditem nessa realidade. É só prestar atenção nos dados: O Brasil está em franco envelhecimento populacional. Segundo o IBGE, em 2008 eram 30 velhos para cada 100 crianças. A projeção para 2050 é de 172 velhos para 100 crianças”. Quem sabe depois de ler essa reportagem, a gente aprenda que envelhecer não é um desastre, mas um processo natural da vida. E só não envelhece quem morre antes. Com Carolina, Laura e Maria Helena é preciso aprender que, quanto mais o corpo envelhece, mais o espírito se fortalece.

Jornalista Déa Januzzi

Extraído de:
http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2011/03/27/interna_tecnologia,217944/ninguem-escapa-da-velhice-mas-a-longevidade-pode-ser-atingida-de-forma-digna.shtml
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abs,

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Dicas para Viajar com Crianças Diabéticas.



Viajar com crianças é sempre um desafio, e levar uma criança diabética pode ser estressante para os pais. Mas suas férias não precisam se transformar em desventura. A família que viaja com uma criança diabética pode ter momentos mais agradáveis do que espera.


Tente manter seu senso de humor. Lembre-se da Lei de Murphy: o que tiver que dar errado irá dar errado. E se você for para o exterior, lembre-se da mesma lei só que em outra língua.


Mas a solução é simples. "Planejar, planejar e planejar", é o que diz Maury Rosenbaum, editor e redator de O viajante Diabético. "Planeje levar mais insulina e suprimentos do que o suficiente. Informe-se onde adquirir insulina e suprimentos no local de destino. Planeje o ajuste da dosagem de insulina quando mudar os horários devido ao fuso horário. Planeje quando comer as refeições normais e os lanches. E quando estiver em trânsito, se prepare para os atrasos".


Rosenbaum passou sua carreira em viagens, e quando soube que estava com diabete, isso há mais de 20 anos, ele continuou a viajar, e a entender melhor sobre a viagem de um diabético. "Diabete é uma condição controlável, não tem que interferir em uma viagem".


Para continuar com as dicas para os viajantes diabéticos, aqui estão algumas considerações para quem viaja com criança:






  • Faça ou improvise uma sacola para a criança, de maneira que a insulina e outros suprimentos fiquem bem acondicionados e sejam suficientes enquanto durar a viagem. Em seguida embrulhe um estoque de reserva, que pode vir a substituir uma eventual perda.




  • Atualize as vacinas da criança. Há quanto tempo ela tomou a última vacina contra tétano? Pólio? Atualize as vacinas das outras crianças também.




  • Certifique-se que a criança com diabetes – e outras – usem sapatos confortáveis para os passeios. Bolhas podem acabar com uma excursão. E no caso da criança diabética adquiririr bolhas, e a mesma infeccionar, a infecção pode complicar o controle da glicose no sangue.




  • Deve-se organizar tudo e todos. Cada pessoa da família tem que ter tarefas preestabelecidas durante a viagem: fazer e desfazer bagagens, montar e desmontar tendas, fazer os lanches, etc...




  • A cada parada combine um lugar para se encontrar, no caso de alguém se perder. Crianças muito novas muitas vezes não têm interesse em ver lugares bonitos, isto é , paisagens.




  • Vista as crianças com roupas uma por cima da outra (se estiver frio). Este é o melhor jeito de lidar com a temperatura muito fria e que pode mudar durante o dia. As crianças devem carregar uma mochila para ir colocando as peças de roupa que não precisam mais vestir.




  • Não deixe a criança diabética comer demais, principalmente comidas diferentes, exóticas. Pode deixar experimentar coisas novas, mas quanto menos você souber sobre as comidas que seu filho consome, será mais difícil manter o controle da glicose no sangue. Ainda bem que a maioria das crianças não liga para comidas exóticas.




abs,


Carla


Crianças com Diabetes respondem melhor ao "Pode Fazer" que a ameaças.



Médicos e outros profissionais de tratamento de saúde sempre avisam os pacientes sobre as conseqüências de não seguir os seus tratamentos, mas pesquisadores afirmam agora que eles podem estar indo pelo caminho errado.


Nicole Palardy e colegas da Universidade de Alabama, Tuscaloosa e Birminghm, pesquisaram 101 adolescentes com idade entre 11 e 17 anos, que foram diagnosticados com diabetes mellitus dependente de insulina. Eles sugerem que esses jovens respondem melhor a tratamentos com mensagens construtivas do que aqueles que enfatizam as conseqüências negativas de não seguir o tratamento. "A não aderência a tratamentos médicos é um problema que cria vários riscos a saúde de pacientes com doenças crônicas", foi escrito em Janeiro no Journal do Development and Behaviour Pediatrics. "Os profissionais tentam resolver os problemas comunicando aos seus pacientes as conseqüências de não aderirem".


Sabendo que a atitude com a saúde do paciente influencia significativamente se o paciente seguirá ou não o seus planos de tratamento, os pesquisadores se concentraram a comparar atitudes e ligá-las a níveis diferentes de aderência. Eles mediram a freqüência de adesão as seus tratamentos por sete dias anteriores, e depois compararam a resposta do adolescente a cinco fatores, dois sobre ameaças:






  • Riscos Severos - Quanto doentes eles ficarão se eles não seguirem os tratamentos? Eles irão perder um dia de escola? Vários dias ? Eles irão morrer ?




  • Vulnerabilidade - Quais são as chances que eles fiquem doentes se eles não seguirem o tratamento? Eles terão uma reação a insulina, terão gangrena, ou falha renal ?


E outros três de análise:






  • Eficácia de Resposta - Como efetivamente eles consideravam os quatro maiores componentes de seus tratamentos (insulina, monitoramento da glicose no sangue, dieta e exercícios).




  • Eficácia Própria - Quanto eles acreditavam ser capazes de levar as tarefas do tratamento ?




  • Custos de Resposta - Quanto importante são os custos pessoais do tratamento tais como dor, inconveniência e embaraço ?


Os pesquisadores concluíram que a maioria dos adolescentes que acharam que seguir o tratamento inclui algum tipo de custo pessoal, tinham menos disposição a aderir ao tratamento completo. Eles sugeriram que mensagens que levem incentivos aos pacientes, tais como sobre os custos pessoais, podem ser mais efetivos para aumentar a aderência que mensagens de ameaças. Mostrar de maneira desafiadora que os custos pessoais não alteram o modo de vida do adolescente podem aumentar a aderência ao tratamento.




abs,


Carla


quinta-feira, 12 de maio de 2011









ADAPTAÇÃO AO DIABETES: UMA CRIANÇA FELIZ!



O diagnóstico de diabetes na criança quase sempre vem acompanhado de um forte stress por toda a família. Na fase inicial existem vários sentimentos, muitas dúvidas e até mesmo revolta (Por que eu? O que fiz? De quem é a culpa? Como irei me tratar, aplicar insulina, etc...).



O que nós observamos é que as crianças mostram uma extrema capacidade de adaptação, mais rápida que os adultos. No nosso ambulatório no SUS, certa vez perguntei ao Luiz Fernando, atualmente com 16 anos, como era ser diabético desde os 30 dias de vida? E ouvi a mais normal das respostas: “Eu sempre fui diabético e as coisas para mim sempre foram desse jeito. Não tive problemas!”. Vale lembrar que ele é e sempre foi muito bem controlado e adaptado à sua condição.


A aceitação por parte da família, a união, a solidariedade, conseguem fazer milagres. É fundamental não haver uma superproteção. As respostas devem ser dadas de forma direta, claras. Quanto mais cedo a criança puder fazer a auto-aplicação e monitorização, maior será o processo de independência e conscientização. A criança bem controlada se apresenta saudável, tranqüila, com bom desenvolvimento estatural, psicológico e escolar. O equilíbrio no ambiente que freqüenta é fundamental para a adaptação ‘a nova realidade. Quando a família aceita bem o diagnóstico, as coisas tendem a fluir melhor.


Muitas vezes, apesar da orientação alimentar adequada, da insulinoterapia bem feita, atividade física regular, o controle ainda é instável. Isso acontece devido aos inúmeros fatores que interferem no controle glicêmico e é nesta fase, principalmente, que a monitorização várias vezes ao dia é tão importante.



Somente compaciência, dedicação, conhecimento, seremos capazes de superar as dificuldades que surgem no dia-a-dia dos diabéticos. A criança e o adolescente diabético bem controlados podem fazer tudo o que uma pessoa não-diabética faz: brincar, trabalhar, divertir-se, fazer esportes, namorar, ter filhos no momento certo.


Existem muitos avanços que irão em breve modificar a monitorização e o tratamento do diabetes, tais como os novos glicosímetros não invasivos, as novas insulinas por inalação. Embora a promessa do transplante de pâncreas esteja aumentando, o tratamento intensivo do diabetes é a melhor terapêutica que podemos proporcionar atualmente para os nossos pacientes.



Fonte: jornal “O Amanhã é Hoje” Artigo escrito pela Médica Endocrinologista - Dra. Ana Chartuni Juiz de Fora - Minas Gerais e-mail: jornalamanha@terra.com.br




ClikSTAR®: uma aliada no controle do diabetes



Para facilitar a vida de quem precisa receber insulina todos os dias, acaba de chegar ao mercado a caneta ClikSTAR®. Recarregável e reutilizável por até quatro anos, ela auxilia na aplicação de insulina. "Para o conforto da maioria dos pacientes com diabetes, finalmente lançaram as canetas", comemora a fisioterapeuta Ingrid Leão, portadora de diabetes há 19 anos. "Posso dizer que as vantagens de Clickstar® são inúmeras", garante. Levimar Rocha Araújo, professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG), concorda: "É ultramoderna, prática e segura! Facilita o manuseio da insulina e otimiza sua aplicação".



Praticidade


É muito simples manusear a Clickstar®, explica Ingrid, que atua como educadora em diabetes na Bahia: "O refil, quando colocado, é encaixado facilmente na caneta. Ele possui escalas de graduação, que ajudam o diabético a acompanhar o quanto resta de insulina. Seu botão de aplicação é bastante flexível e desce suavemente. Isso ajuda os pacientes com problemas motores e articulares, pois facilita a autoaplicação e a troca - já que, com um simples toque no êmbolo da caneta, ele retorna à posição inicial".



Mais vantagens


Sua dosagem mede de 1 em 1 unidade e, caso haja erro, é possível voltar ao início. "Para quem usa doses acima de 40 UI/ml, ela proporciona um grande benefício, já que marca até 80 unidades, possibilitando ao paciente apenas uma aplicação sem precisar fazer força para injetar", observa Ingrid.



Resultados


De acordo com Ingrid, a ClikSTAR® tem agradado crianças e adultos. "Os pacientes que usavam doses muito altas de insulina se beneficiaram com o produto e a maioria não tem dificuldade em aprender o manuseio. Eu também não tive", afirma. "Qualquer ferramenta que ajude e motive o paciente na aplicação do hormônio é extremamente eficaz!", finaliza Levimar Araújo.


abs,

Carla

fonte:www.diabetesnoscuidamos.com.br

segunda-feira, 9 de maio de 2011

08/05/2011 - Diabetes - O Inimigo Silencioso

Crianças e jovens com diabetes podem levar vida normal. O importante é manter um hábito alimentar no dia a dia que seja o mais rigoroso possível, para ter liberdade até de cometer alguns excessos de vez em quando.




Desde que começou a série do doutor Drauzio Varella sobre diabetes, muita gente pergunta se a solução é não comer doces, para não subir o nível de açúcar no sangue. Como o Fantástico mostra neste domingo (8) não é bem assim: existem muitos alimentos, não só doces, que aumentam a glicose, o açúcar no sangue.












Essa reportagem mostra que, com atenção e disciplina, dá para levar uma vida normal, até mesmo quem sofre de diabetes tipo 1, a forma da doença que atinge mais as crianças e os adolescentes.


“Eu tenho rosto de 70 anos de idade? Eu tenho 70 anos. Não sei o que é ser um velho de 70 anos. Eu sou um homem de 70 anos. Sou velho de idade, eu estou usado, mas aquele: ‘Está ruim, estou cansado’, não tem nada disso”, garante o cantor Sérgio Reis.


Além do gosto pela vida e por um bom prato, o cantor Sérgio Reis e o empresário Wolf Kurt Schrickel têm outra coisa em comum: diabetes. Wolf quase teve que amputar um dedo do pé por causa da doença. O susto fez com que pensasse melhor na vida.


“Chega um dado momento em que o seu corpo precisa de uma colaboração e a diabetes é – felizmente – uma doença que permite uma reação”, diz Wolf.


Sérgio Reis recebeu o diagnóstico de diabetes aos 58 anos. Ele só descobriu quando precisou operar o cérebro depois de um derrame. Quem tem diabetes, corre mais risco de derrames cerebrais.


“Quer saber? Para mim foi até bom, viu? Porque eu era relaxado com a minha alimentação. Eu comia. Hoje eu me alimento. É só cuidar”, explica o cantor Sérgio Reis.


Quando alguém recebe o diagnostico de uma doença grave, corre para se tratar. Ninguém gosta de morrer. Diabetes é fácil de controlar com alimentação cuidadosa, atividade física e medicamentos. Parece simples, mas muitos portadores de diabetes fazem exatamente o contrário. Comem de tudo, passam o dia inteiro sentados e esquecem dos remédios. Assim vêm as complicações, e a vida corre perigo.


“Eu tenho um hobbie que é cozinhar, eu tenho um outro hobbie que é comer. Eu gosto de comer bem e eu gosto de cozinhar”, revela o empresário Wolf.


O problema central no diabetes é o excesso de glicose, de açúcar no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo, mas a glicose não está presente apenas nos doces. Há vários tipos de alimentos que, quando digeridos, são quebrados para dar origem a glicose.


“Eu trabalho justamente com aquilo que eu não vou poder mais olhar, que são as festas infantis onde tem bolo, salgados, docinhos, tudo que eu vou ter que evitar. Vai ser difícil, mas eu vou ter que deixar de comer. Tudo que eu mais gosto, na verdade, são as frituras, são os salgados”, conta o administrador de empresas Vitor Tadeu.


O paulistano Vitor Tadeu tem 50 anos de idade. Descobriu o diabetes há poucos dias. Ele não sentia nada, mas estava com a glicemia em 277 e vai ter que mudar de vida.


“Meu café da manhã é café com leite, bolo, pão com manteiga, com geleia. Geralmente, eu costumo comer dois pães, mais café e leite adoçado com açúcar. Às vezes, também alguma fruta, bem docinha, de preferência. Tomo suco de laranja e, às vezes, suco de garrafa”, confessa Tadeu. Vitor Tadeu, como Wolf e Sérgio Reis, têm diabetes do tipo 2, a forma mais comum da doença. O tipo 2 é responsável por 85% dos casos de diabetes. Ele geralmente se instala a partir dos 40 anos de idade e está associado à vida sedentária e à obesidade. Já o diabetes do tipo 1 ataca principalmente as crianças, como a pequena Maria Vittoria.


“A gente descobriu em 2008. Fazia mais ou menos um mês que eu tinha me separado, e a Vitória começou a ficar irritada, muito nervosa. E a gente achava que era estresse, porque o pai não estava mais ali perto, mas eu não sabia que criança tinha diabetes. Eu não tinha nem ideia que criança tinha diabete. Peguei o exame no laboratório e achei engraçado porque no valor de referência dizia que tinha que ser, no máximo, 140. E deu 290. ‘É, Nicole, então, sua filha tem diabetes’”, conta a professora de inglês Nicole Lagonegro, mãe de Maria Vitória.


Não é muito comum, mas a criança e o adolescente também podem ter diabetes. Geralmente é o diabetes do tipo 1. No tipo 1, as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina são destruídas. Sem insulina, não dá para viver. Se o pâncreas não joga insulina na circulação, só tem uma saída: aplicar injeções de insulina todos os dias, pelo resto da vida.


O pâncreas de quem tem diabetes tipo 2 ainda produz insulina. Por isso, é possível controlar a glicemia só com medicação oral, dieta e atividade física. Quem não faz esse controle, pode sobrecarregar o pâncreas, até que ele, exausto, para de funcionar. Foi isso que aconteceu com o empresário Wolf.


Comer doces faz subir rapidamente a taxa de glicose no sangue. Alimentos ricos em carboidratos, como massas, pão branco, arroz e batata, quando digeridos, também se transformam em açúcares.


Se você sofre de diabetes, precisa criar o hábito de olhar o rótulo dos alimentos industrializados. Uma batata frita, por exemplo: cada porção 25 gramas, o que equivale a uma xícara e meia. Nessas 25 gramas, 12 gramas são de carboidratos. De gordura, praticamente 10 gramas. Quer dizer, das 25 gramas, 22 gramas são de gorduras e carboidratos. Em cada porção de 30 gramas de um biscoito, 24 gramas são de carboidratos.


Se você tem diabetes, tome cuidado com gorduras e carboidratos. Não é que você não possa comer, mas tem que comer em quantidades muito pequenas.


“A gente faz contagem de carboidratos com ela. Faz pouco tempo que a gente começou. Então, eu tenho que saber as quantidades das coisas para poder calcular. Eu tenho um caderninho, onde eu tenho escrito vários alimentos. Tudo que ela come eu anoto para eu saber como a comida reage no organismo dela,” conta a mãe de Maria Vittoria.


A pessoa fala: “mas eu gosto tanto de batata frita, nunca mais vou comer. Nunca mais vou poder comer um pãozinho de manhã, quentinho, com geleia”. O importante é você manter um hábito alimentar no dia a dia que seja o mais rigoroso possível, para você ter liberdade até de cometer alguns excessos de vez em quando. Mesmo que a glicose suba um pouquinho, depois ela voltando ao normal, não vai ter problema. O problema do diabetes é a glicose elevada durante todo o tempo. Não pode cometer um exagero no café da manhã, outro no almoço e outro no jantar.


“Eu gosto de comer. Eu sempre gostei de comer. Mas depois surgiu o diabetes na minha vida. Se você não a controlar, é nocivo para você. Então, eu não quero ficar cego, não quero amputar pé, nem dedo, nem nada. Eu quero viver. Para viver, eu tenho que me educar, alimentando”, resume Sérgio Reis. “Diabetes causa muitos problemas maléficos que a gente fica até com medo”, comenta o administrador de empresas Vitor Tadeu.


“Monitorando, dá para levar numa boa”, destaca Wolf. “É normal. A criança que tem diabetes faz as mesmas coisas que a criança que não tem”, afirma Maria Vittoria, filha de Nicole.

domingo, 8 de maio de 2011

Diagnóstico de Alzheimer tem nova revisão



Pela primeira vez em 27 anos os critérios para se traçar o diagnóstico clínico do Alzheimer foram revisados, e novos parâmetros de pesquisa para a detecção da doença em seus estágios iniciais foram divulgados como forma de aprofundar o conhecimento da desordem. A revisão dos critérios foi feita pelo Instituto Nacional do Envelhecimento e pela Associação do Alzheimer, nos Estados Unidos, e foi publicada nesta terça-feira (19) no periódico Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association.


Os médicos norte-americanos esperam ajudar os cientistas, com esses novos parâmetros, a descobrir novos métodos de diagnóstico e novos tratamentos para a doença. A revisão do documento, que continha as linhas gerais do tratamento e diagnóstico do Alzheimer, marca uma importante mudança no estudo da desordem cerebral, uma vez que fazia quase três décadas que não se atualizava o material, mesmo com as mais modernas pesquisas já feitas na área de saúde.


Na prática, o que muda é que os médicos diagnosticavam o Alzheimer apenas após o surgimento dos primeiros sintomas de demência, sem levar em consideração sua evolução ao longo dos anos. Agora, a Associação do Alzheimer dividiu a doença em três etapas: um estágio pré-clínico, o estágio de sintomas mais amenos e, por fim, a demência causada pela condição patológica. Com isso, abre-se as portas para que os médicos estudem mudanças no cérebro e nos fluidos cerebrais e consigam relacioná-las ao Alzheimer.


“A pesquisa com o Alzheimer evoluiu bastante nos últimos anos. Atualizar os parâmetros de diagnóstico para que sigam a velocidade dessas mudanças científicas não é apenas necessário, mas também irá beneficiar os pacientes na medida em que acelera a velocidade com que são feitas as pesquisas”, afirmou o doutor Richard Hodes, diretor do Instituto Nacional do Envelhecimento.


O médico encarregado pelo escritório científico da Associação do Alzheimer, William Thies, disse também que a revisão do documento trará benesses que poderão levar a um diagnóstico da doença cada vez mais cedo e sempre mais efetivo. “Isso permitirá que mais pessoas vivam vidas sem nenhum – ou com muito pouco – sintoma do Alzheimer”, disse.

Os critérios clínicos originais do Alzheimer, datados de 1984, definiam a doença como tendo um único estágio evolutivo, que é justamente a demência, ignorando que a pessoa pudesse apresentar indícios da desordem cerebral antes de chegar nesse ponto. Até hoje, era considerado que pessoas livres de demência não tinham a doença, e o diagnóstico do Alzheimer nesses pacientes era confirmado apenas depois de mortos, quando era feita uma autópsia no corpo.


Uma das características do Alzheimer é a formação de placas de proteínas amiloides e proteínas tau no cérebro, o que, na maioria dos casos – mas não em todos – pode levar à demência. Em muitos pacientes, porém, esse excesso de proteínas no órgão só era descoberto depois da morte. Mas, de 1984 para cá, diversas pesquisas já haviam mostrado que nem todos os sintomas estão diretamente ligados a mudanças anormais na atividade cerebral, podendo o paciente ter Alzheimer sem apresentar vários dos sintomas considerados comuns.


Algumas das pesquisas médicas chegaram mesmo a mostrar que pacientes idosos que possuíam altíssimos níveis de plaquetas amiloides no cérebro jamais apresentaram sinais de demência durante toda a vida – e ainda assim morreram por causa do Alzheimer. Também ficou provado que o acúmulo dessas proteínas no cérebro começa a acontecer antes da formação das plaquetas e da perda de neurônios.


Como forma de resumir tudo o que já se estudou sobre o Alzheimer, os dois institutos, então, resolveram compilar os dados e dividir os estágios da doença em três. No primeiro, chamado de pré-clínico, avalia-se e se observa o acúmulo de proteínas amiloides no cérebro, sem porém poder ser verificado nenhum sintoma comum. No segundo, chamado de Deterioramento Cognitivo Leve (DCL), os primeiros sintomas de perda de
memória começam a surgir, e é quando a pessoa geralmente é diagnosticada – a doença já está evoluída -, embora ela ainda esteja saudável. Por fim, há o estágio da demência, o final da doença, quando a pessoa já se encontra em um estado avançado do Alzheimer. Os pesquisadores ampliaram também os conceitos desse estágio final para que não ficasse centrado apenas na perda da memória, mas incluísse, além, outros aspectos da perda cognitiva.

O novo documento deixa aberta a possibilidade para que novas descobertas e tecnologias sejam automaticamente inseridas nos parâmetros do diagnóstico do Alzheimer, principalmente aquelas que estudem os processos da doença, possibilitando que o tratamento da doença seja ampliado com mais rapidez e não tenha que esperar outros 27 anos.


“Nós não estamos impondo um limite (nas pesquisas com o Alzheimer). O que estamos dizendo com esta revisão é que temos aqui o mais avançado conhecimento e não esperaremos outros 27 anos para poder revisá-la novamente”, afirmou o doutor Creighton Phelps, diretor do Instituto Nacional do Envelhecimento.




fonte:www.cuidardeidosos.com.br/diagnostico-de-alzheimer-tem-nova-revisao/A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização do Portal Cuidar de Idosos.

sábado, 7 de maio de 2011

Parabéns Mães!!!



Por que você está chorando? Ele perguntou à sua mãe:


- Porque eu sou mãe , ela respondeu.


Eu não entendi , ele disse.


Ela apenas o abraçou e sussurrou:


-Você nunca entenderá .


Mais tarde o menino perguntou ao pai porque as mães


parecem chorar sem nenhuma aparente razão.


Todas as mães choram sem motivo,


foi o que o pai conseguiu responder.


O menino cresceu, tornou-se um homem


e ainda tentava entender porque mães


volta e meia estão chorando.


Após muitos anos, já em avançada idade,


ele deixou o mundo.


Quando sua alma viu-se frente a frente com Deus, logo disse:


Senhor, nunca entendi porque mães choram tão facilmente


Disse Deus: Quando eu criei as mães tinha que ser algo especial.


Eu fiz seus ombros fortes o suficiente para carregar o peso do


mundo e, ainda, suficientemente confortáveis para dar apoio.

Eu dei a elas a força para a hora do nascimento dos filhos


e para suportar a rejeição que tantas vezes vem deles.


Eu dei a elas a fibra que permite a continuação da luta


quando todos à sua volta já desistiram.


Dei-lhes a perseverança em proteger a família por entre doenças



e tristezas sem jamais desistir de amar.


Dei-lhes a sensibilidade para amar seus filhos diante de quaisquer


circunstâncias, mesmo que eles a tenham magoado profundamente.


Essa mesma sensibilidade as ajuda a silenciar o chorinho dos seus


bebês, fazendo com que se acalmem e, quando adolescentes, que


compartilhem com ela suas ansiedades e medos. ...


E, finalmente, dei-lhes a lágrima para derramarem


sem nenhuma razão aparente.


É sua única fraqueza. Por que fiz isso?


Para não diferenciá-las por completo


do restante da espécie humana.






abs,



Carla



fonte:www.mensagensangels.com.br

Suco de frutas para proteger o coração

Pesquisa francesa indica que a mistura de sete frutas pode diminuir o risco de ataque cardíaco e derrame




BBC 06/05/2011



foto:getty images

morango:um dos setes ingredientes do suco testado nas pesquisas francesa



Uma pesquisa francesa indica: a receita que mistura o suco de sete frutas pode diminuir o risco de ataque cardíaco e derrame.


Os cientistas testaram diferentes "vitaminas" com 13 frutas diferentes e descobriram – em testes de laboratório com porcos – que algumas misturas eram mais efetivas em fazer com que as paredes das artérias relaxassem.

A receita ideal, segundo os pesquisadores, inclui frutas fáceis de serem encontradas no Brasil, como maçã, uva, morango e acerola. Mas encontrar os demais ingredientes – mirtilo, lingonberry (amora-alpina ou arando-vermelho) e chokeberry (conhecida nos Estados Unidos como aronia) – pode ser uma tarefa complicada.




Polifenóis



Estudos anteriores revelaram que compostos encontrados nas frutas, os polifenóis, protegem o coração e impedem o entupimento das artérias. Os cientistas franceses decidiram então testar o efeito antioxidante de diferentes misturas de sucos de frutas.


Segundo os pesquisadores da Universidade de Strasbourg, o coquetel de sete frutas mais efetivo testado por eles aumentaria o fluxo de sangue para o coração, garantindo um melhor equilíbrio entre nutrientes e oxigênio.


O estudo, publicado no periódico Food and Function, da Royal Society of Chemistry, também descobriu que alguns polifenóis são mais potentes que outros e que sua capacidade de eliminar radicais livres que podem danificar células e DNA é mais importante que a quantidade de polifenóis encontrada em cada fruta.
Saúde



Tracy Parker, da organização British Heart Foundation, diz que a pesquisa confirma a evidência de que o consumo de frutas e legumes reduz o risco de doenças cardíacas, mas faz uma ressalva.


"Nós ainda não entendemos por que, ou se, algumas frutas e legumes são melhores que outros. Mesmo este estudo admite que os cientistas não conseguiram estabelecer nenhuma ligação", diz ela.



"O que sabemos é que devemos comer uma boa variedade de frutas e legumes como parte de uma dieta balanceada, e suco de fruta é uma maneira prática e gostosa de fazer isso. Mas precisamos lembrar que sucos contêm menos fibras e mais açúcar que a fruta original."


abs,

Carla

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Coração

O que é



O coração é um órgão muscular oco, envolto por um saco cheio de líquido chamado pericárdio, localizado no interior da cavidade torácica. Sua função é bombear o sangue oxigenado (arterial) proveniente dos pulmões para todo o corpo e direcionar o sangue desoxigenado (venoso), que retornou ao coração, até os pulmões, onde deve ser enriquecido com oxigênio novamente.

Coração é dividido em quatro câmaras. Sangue venoso e sangue arterial são separados pormeio de um septo (membrana) vertical. A divisão horizontal é feita por válvulas atrioventriculares: a mitral divide o lado esquerdo em dois; a tricúspide, o lado direito. As câmaras superiores são chamadas de átrios (esquerdo ou direito), e as inferiores são conhecidas como ventrículos (esquerdo ou direito).


Além dessas membranas que permitem o fluxo sanguíneo controlado por pequenos orifícios, o coração tem válvulas que se encontram na saída de cada ventrículo: a válvula aórtica, ligando o órgão à aorta (principal artéria do sistema circulatório), e a válvula do tronco pulmonar, permitindo o fluxo de sangue até os pulmões.


As portas de entrada do sangue no coração são conhecidas como veia cava superior, responsável pelo fluxo proveniente da cabeça e membros superiores, e veia cava inferior, que traz o sangue do abdômen e dos membros inferiores.
Com a falência do cérebro, uma pessoa é declarada clinicamente morta, embora outros órgãos possam continuar funcionando com a ajuda de equipamentos. Se o coração para, no entanto, nada mais funciona no organismo.



Funcionamento


As válvulas do corpo permitem que o sangue flua apenas em uma direção. Isso dá suporte aos dois ciclos observados na circulação humana: o de sangue arterial, que foi oxigenado pelos pulmões e será distribuído pelo corpo quando o coração bombeia, e o sangue venoso, que retorna ao coração desoxigenado e rico em gás carbônico.


O sangue desoxigenado entra no coração pela veia cava superior e veia cava inferior, desaguando no átrio direito. Os músculos dessa câmara se relaxam e o espaço é preenchido com o sangue venoso, sendo então encaminhado controladamente por um orifício ao ventrículo direito. Funcionando como uma bomba, o ventrículo direito impulsiona o sangue aos pulmões.


Uma vez restaurado e novamente rico em oxigênio, o sangue retorna ao lado esquerdo do coração pelas veias pulmonares. Primeiramente chega ao átrio esquerdo, seguindo por um orifício ao ventrículo esquerdo. Sendo a mais potente câmara do coração, ele gera fortes contrações para bombear o sangue para todo o corpo pela porta de saída: a artéria aorta.


Embora seja um dos grandes responsáveis pela distribuição do oxigênio ao corpo, o coração também precisa receber oxigênio para que funcione corretamente. Dessa maneira, sua musculatura é nutrida por uma rede de artérias – as artérias coronárias – que se originam na aorta.


Para bombear sangue adequadamente, o órgão depende de sinais elétricos enviados pelo nodo sinoatrial (o “marca-passo natural”) às células do coração. Como resposta, essas células produzem as contrações necessárias para impulsionar o sangue a todos os tecidos do corpo.

Curiosidades


Os nervos cardíacos, que comandam os batimentos pelos impulsos elétricos fornecidos pelo nodo sinoatrial, formam um corpo neural próprio com cerca de 40 mil neurônios. Eles funcionam para dar o ritmo certo da batida e podem ser influenciados pelos neurônios do cérebro: se uma pessoa está estressada, o batimento cardíaco aumenta. O inverso também é verdadeiro em muitos casos.


Em uma pessoa saudável, o coração bate em média 70 a 80 vezes por minuto. Mas, esse número pode ser elevado para até 150 em situações de pânico ou susto. O coração bombeia em média 74 mil litros de sangue por dia – o suficiente para, ao longo de uma vida inteira, encher 100 piscinas. A pressão exercida pelo órgão também é tão forte que o sangue poderia ser jorrado a 10 metros de altura.


Nem todos os animais possuem corações divididos em câmaras, como o homem, configurando o que chamamos de circulação dupla e completa. Nos peixes, o sangue passa apenas uma vez pelo coração, e sangue oxigenado e desoxigenado se misturam.


Anfíbios têm três câmaras: dois átrios e um ventrículo. Dois átrios e um ventrículo parcialmente separados formam o coração dos répteis – exceto os crocodilianos, que têm uma membrana vertical que divide o órgão em quatro partes–, havendo mistura de sangue venoso e arterial. Mamíferos e aves apresentam dois átrios e dois ventrículos, mas é a direção da aorta que muda.


Os casos mais interessantes ficam por conta dos invertebrados. As minhocas apresentam entre dois a 15 pares de vasos no esôfago que exercem a função do nosso coração, enviando o sangue para um vaso central que distribui o oxigênio e os nutrientes para a parte dianteira e traseira. Os três corações do polvo permitem que a pressão sanguínea permaneça constantemente alta, favorecendo a circulação de um sangue muito pobre em oxigênio.


Doenças relacionadas


- Alergia alimentar
- Anemia
- Anemia por deficiência de vitamina B12
- Anorexia nervosa
- Bulimia
- Colesterol e triglicérides altos
- Colite ulcerosa
- Diabetes
- Diarreia
- Diverticulite
- Doença celíaca
- Doença de Crohn
- Gases (flatulência)
- Gastrite
- Gota
- Hemorroidas
- Intolerância à lactose
- Intoxicação alimentar
- Menopausa
- Osteoporose
- Síndrome do intestino irritável
- Úlcera péptica


abs,


Carla


fonte:http://saude.ig.com.br/coracao/

O Brasil daqui 20 anos!


Nota do Editor: Esse será o retrato do Brasil, daqui 20 anos, com uma população envelhecida, muitos idosos com mais de 80 anos totalmente dependentes de suas famílias (pequenas e de pouquíssimos filhos). A necessidade de cuidadores será extrema, principalmente com capacitação. No artigo abaixo, a jornalista cita várias vezes a palavra enfermeira, quando na verdade deveria dizer cuidadoras de idosos. ————————————————————————————————



A população suíça está envelhecendo com rapidez, o que faz crescer a demanda por mão de obra especializada para cuidar de idosos. Muitos deles preferem continuar em casa, mas enfermeiras particulares são caras. O custo mensal para assistência de 24 horas ao dia fica entre 10 e 30 mil francos (US$10.950-32.800). A solução para muitas famílias é contratar estrangeiros, cujos salários são apenas uma fração dessa soma, mais casa e comida.

Apesar de não existirem dados exatos, o número de enfermeiros estrangeiros atuantes na Suíça deve aumentar a partir de 1° de maio. A partir da data, cidadãos de oito países da Europa do leste e membros da União Europeia poderão participar dos acordos de livre circulação de mão de obra, ou seja, dentre outros, ter acesso livre ao mercado de trabalho na Suíça.

“Os suíços não são pobres, mas não é qualquer um que pode se dar o luxo de manter uma enfermeira privada”, ressalta Bernhard Mascha, diretora da filial suíça da Seniorhilfe, uma agência eslovaca especializada na intermediação de enfermeiras eslovacas e húngaras para famílias na Suíça, Alemanha e Áustria. Seniorhilfe engaja enfermeiras ou enfermeiros capazes de ajudar seus clientes em necessidades diárias como higiene ou caseiras como limpeza da casa, cozinha ou lavagem de roupas. O custo mensal é de três mil francos, dependendo da experiência da pessoa e do seu nível de alemão.

Uma família próxima à Interlaken (centro da Suíça) – ela pede para ser identificada apenas como “família G” – declara estar bastante satisfeita com os serviços fornecidos à mãe de 91 anos de idade e que sofre de demência. Um casal de enfermeiros se reveza nos cuidados com a idosa. “Desde agosto nossa mãe está sob os melhores cuidados. A colaboração com as enfermeiras e a organização funciona perfeitamente. Nossa mãe recebe cuidados competentes e atenciosos por praticamente 24 horas por dia”, de acordo com a referência da família fornecida pela empresa.

Satisfazer as necessidades

“Há um mercado para esse tipo de serviço, pois senão eles não viriam para cá”, declara Andreas Keller, porta-voz da Spitex, à swissinfo.ch. Spitex é uma organização sem fins lucrativos que oferece serviços de enfermeiros e assistência caseira para idosos nos seus lares.

Keller revela que está se tornando cada vez mais comum para os funcionários da Spitex encontrar enfermeiros privados residentes nos locais durante suas visitas aos pacientes. As chamadas caseiras são custeadas pelo seguro de saúde, enquanto o serviço privado de enfermeiros não.

No cantão do Ticino (sul da Suíça), dois braços locais do Spitex avaliam atualmente como e se é possível colaborar com os enfermeiros privados. Uma dessas agências assumiu o papel de agência de emprego, intermediando enfermeiros privados para idosos e assegurando que todas as necessidades estão sendo atendidas corretamente. Ela prepara contrato de trabalho similares aos que são utilizados para empregados domésticos na Suíça. A taxa cobrada é de 1.750 francos e o salário anual é de 39.000 francos.

Língua e cultura

Apesar das vantagens, também é preciso fazer atenção no momento de contratar um enfermeiro privado. O primeiro quesito a levar em consideração são os conhecimentos de idiomas e de enfermagem.

“Pacientes com Alzheimer, por exemplo, necessitam 24 horas por dia de atenção. Para enfermeiros isso significa muito mais trabalho, até mesmo suíços que podem compreender exatamente o que essas pessoas estão falando. É preciso saber lidar com a língua e a cultura”, afirma Keller.

HausPflegeService, uma agência baseada no cantão de Zurique e que contrata primordialmente mão de obra na Alemanha. Assim como Keller, o diretor Hanspeter Stettler também considera muito importante o domínio da língua.

“A consciência cultural também é um fator. Nós temos uma semana introdutória e sessões contínuas de formação para ensinar nossos funcionários pequenas coisas como o fato de que o molho de salada é preparado de uma forma diferente na Suíça. As pequenas coisas são importantes para os idosos”, diz.

Concorrência indesejável

Questionado se se preocupa com a competição vinda da Europa do leste, Stettler nega. “Não realmente. Temos um conceito de acompanhantes com um bom nível profissional. Além disso, somos bastante conhecidos no mercado.” Ao contrário de Stettler, a enfermeira autônoma Dagmar Michalina condena o afluxo de mão de obra barata. Essa residente na Basileia explica à swissinfo ter dois argumentos contrários à imigração.

“Em primeiro lugar, esses enfermeiros trabalham por uma ninharia, o que não está correto. Em segundo, penso que esses empregos devem estar destinados a pessoas que atualmente vivem e pagam impostos na Suíça.”

Michalina salienta que, como autônoma, não é muito fácil assegurar ter suficientemente trabalho durante o mês.

“Os enfermeiros do leste da Europa trabalham apenas por poucos meses ou um ano, com um salário fixo e estabilidade de emprego durante esse período. Eu ganho apenas por hora quando os clientes necessitam dos meus serviços”, afirma a enfermeira e completa. “E se um deles morrer hoje, então não tenho mais renda amanhã. Mas eu tenho uma família para sustentar aqui na Suíça, onde o custo de vida é tão elevado.”

Ganhar a vida

Renata é uma enfermeira polonesa. Ela trabalha na Basileia há dois anos. Na realidade ela é costureira, mas não conseguia encontrar um emprego na Polônia. Quando uma amiga contou-lhe sobre a possibilidade de trabalhar na Suíça, ela decidiu aproveitar a oportunidade.

De acordo com a legislação vigente, Renata só pode trabalhar por períodos de três meses. Mas agora ela gostaria de poder permanecer por mais tempo. Seu salário mensal é de 1.500 francos. Ela afirma que não é o que gostaria de receber, mas se considera uma felizarda.

“Trabalho para uma família especial. A mulher tem uma boa saúde, o que me permite sair à noite. E eu nunca preciso cozinhar. Porém conheço outros que não têm nunca horas de lazer e ganhar menos do que eu”, conta Renata.

Susan Vogel-Misicka – www.swissinfo.chAdaptaçao: Alexander Thoele

Extraído de: www.cuidardeidosos.com.br / A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização do Portal Cuidar de Idosos


http://www.swissinfo.ch/por/sociedade/Os_estrangeiros_que_cuidam_dos_idosos_suico.html?cid=29837282