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sábado, 28 de setembro de 2019

Feridas que não cicatrizam | Entrevista


mulher com perna esticada, ferida

Dra. Mariza D’Agostino é médica intensivista, supervisora dos serviços de UTI/OHB (oxigenoterpia hiperbárica) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, supervisora da UTI do PS do Hospital das Clínicas da FMUSP, da UTI e da Câmara Hiperbárica do Hospital Nove de Julho (SP), da Câmara Hiperbárica do Hospital Santa Cruz (SP) e faz parte do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês.
Publicado em: 22 de janeiro de 2012
Revisado em: 5 de maio de 2019



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Algumas feridas são difíceis de cicatrizar e podem dar origem a lesões crônicas que não respondem a tratamentos convencionais. Pacientes acamados por muito tempo são os mais vulneráveis.
Algumas feridas são difíceis de cicatrizar e podem dar origem a lesões crônicas que não respondem a tratamentos convencionais. Pacientes acamados por muito tempo são os mais vulneráveis.
Algumas feridas são de difícil cicatrização. Às vezes, um simples arranhão na perna de uma pessoa que tem varizes, ou um pequeno ferimento nos pés de alguém com diabetes são o suficiente para dar origem a uma lesão crônica, que persiste durante anos, não responde a tratamentos convencionais e corre o risco de apresentar complicações graves.
Pacientes acamados por muito tempo ou que perderam a capacidade de locomover-se e, por isso, exercem pressão continua sobre determinadas regiões do corpo, são vulneráveis à formação de escaras, outro tipo de lesão que custa a cicatrizar.
A dificuldade de cicatrização não é exclusiva das feridas crônicas; pode ocorrer também em feridas agudas. É o caso das incisões cirúrgicas infectadas que não fecham e das áreas de trauma com laceração extensa da pele e dos tecidos adjacentes.
Durante muito tempo, a medicina lutou para reverter esses quadros, nem sempre com sucesso. Foi só a partir das últimas décadas do século 20, que se tornou possível tratar adequadamente essas afecções com a aplicação clínica da oxigenoterapia hiperbárica. Conhecimentos antigos, há muito utilizados em mergulho e no trabalho em minas subterrâneas, serviram de base para o fisiologista Paul Bert publicar, em 1876, “A Pressão Hiperbárica”, obra que serviu de fundamento para uma nova especialidade médica, a medicina hiperbárica, que trouxe grandes benefícios para os pacientes com feridas que não cicatrizam.
A associação do tratamento clássico com sessões dentro de câmaras fechadas, onde os doentes respiram oxigênio numa pressão atmosférica superior à pressão atmosférica no nível do mar (técnica conhecida como oxigenoterapia hiperbárica) tem-se mostrado eficaz para ativar o processo de cicatrização dos tecidos.
CÂMARAS HIPERBÁRICAS
Drauzio – O que quer dizer exatamente a palavra “hiperbárica”?
Mariza D’Agostino – Hiperbárica é uma palavra de origem grega que significa pressão elevada. Em medicina, esse termo é empregado para indicar uma especialidade – a medicina hiperbárica – que se ocupa das alterações do organismo, quando submetido a pressões mais elevadas, isto é, a pressões duas ou três vezes maiores do que a pressão atmosférica normal, no nível do mar, e respiram oxigênio puro.
Drauzio – Como são os aparelhos que permitem elevar os níveis de pressão atmosférica?
Mariza D’Agostino – Existem aparelhos enormes, utilizados para mergulho e adaptados para uso médico, do tamanho de uma ou até de duas salas grandes, dentro dos quais cabem oito, dez pessoas ao mesmo tempo. E existem aqueles exclusivamente para uso médico, com os quais temos trabalhado nos hospitais, um pouco maiores do que uma cama e onde cabe uma pessoa só. Com o formato de um cilindro de material transparente, esse tipo de câmara hiperbárica permite que a pessoa com feridas que não cicatrizam veja televisão, ouça música, enquanto inala oxigênio a 100% e os outros, do lado de fora, respiram o ar do ambiente, composto por uma mistura que contém apenas 20% desse gás.
Drauzio – A pressão pode ser aumentada apenas no local do ferimento?
Mariza D’Agostino – Não, o paciente tem de ficar totalmente dentro da câmara pressurizada respirando oxigênio a 100%. Não é necessário sequer expor o ferimento. Ele pode estar coberto com curativo, porque o efeito terapêutico está diretamente ligado ao aumento da pressão atmosférica no interior da câmara e ao oxigênio absolutamente puro, que entra pela respiração normal e alcança o local do ferimento através da circulação sanguínea.
Na verdade, o oxigênio é a matéria-prima que todos os mecanismos de cicatrização utilizam. A regeneração dos tecidos, o combate à infecção, tudo depende dele. Pode-se dizer até que 95% das feridas que não cicatrizam, tanto as agudas quanto as crônicas, não o fazem por falta de oxigênio. Por condições várias, ele pode não ser suficiente no local da ulceração. Por isso, aumentar muito sua concentração no sangue é um artifício importante para fazê-lo chegar à área afetada.
O tratamento com oxigênio hiperbárico também é muito útil nas osteomielites crônicas e agudas. Especificamente nos casos crônicos, em que o pus sai do osso por uma fístula, às vezes por 20, 30 anos, ele é um recurso que costuma trazer bons resultados.
Drauzio – Dentro da câmara hiperbárica, a pessoa não só respira oxigênio puro como tem a pressão atmosférica aumentada. Esse aumento da pressão não causa dificuldade respiratória?
Mariza D’Agostino – Não, porque a pessoa fica inteiramente dentro da câmara hiperbárica, respirando normalmente, como se estivesse numa sala do lado de fora. No início da pressurização, isto é, quando começa a subir a pressão no interior da câmara, o paciente pode sentir um ligeiro desconforto no ouvido, semelhante ao que experimentamos na descida da serra em direção ao litoral. Logo nas primeiras sessões, porém, ele aprende a controlar essa sensação desagradável e passa a respirar normalmente.
EFEITO MULTIPLICADOR
Drauzio – Lembrando que a pressão no nível do mar é igual a uma atmosfera, quantas vezes vocês aumentam a pressão no interior da câmara?
Mariza D’Agostino – Duas vezes. Para fins médicos, as câmaras atingem no máximo três atmosferas de pressão, o que equivale a um mergulho de 20 metros, um mergulho raso, portanto.
Drauzio – O mergulhador alcança essa profundidade sem nenhum equipamento especial?
Mariza D’Agostino – Ele não necessita de nenhum equipamento especial, porque é um mergulho raso e a pressão não sobe muito. Dentro da câmara hiperbárica, como se trabalha com oxigênio a 100%, apesar de o aumento da pressão não ser muito grande, seu efeito se potencializa e ele vai agir em todos os tecidos. Nos tecidos normais, não produz nenhuma modificação. No entanto, se houver uma lesão, essa oferta extra de oxigênio ajuda a reconstruir o tecido tal como era antes do ferimento, seguindo um programa de cicatrização inerente a todos eles.
O problema é que, quando falta oxigênio, esse mecanismo natural dos tecidos não funciona e as feridas, tanto as agudas quanto as crônicas, não cicatrizam. Fazê-lo chegar ao local da lesão é uma forma de conseguir que essa programação se cumpra.
Veja também: Como prevenir as úlceras de pressão?
UTILIDADE TERAPÊUTICA
Drauzio – Vamos nos deter num exemplo prático. Uma senhora que passou a vida dedicada aos trabalhos domésticos, praticamente o dia inteiro em pé, lidando no fogão, no tanque, ou com o ferro de passar roupa, desenvolveu insuficiência venosa, varizes e, depois, uma ferida na perna. Nesses casos, o tratamento clássico consiste em manter a perna elevada, fazer uma desinfecção adequada, prescrever antibióticos, etc. O que propõe o tratamento com oxigênio puro em ambiente pressurizado dentro da câmara hiperbárica?
Mariza D’Agostino – O oxigênio hiperbárico não pretende substituir as medidas clássicas de tratamento. Pretende acrescentar. A vantagem está em manter todos os recursos terapêuticos adequados e somar os benefícios que a câmara hiperbárica pode gerar. Quando digo recursos terapêuticos adequados, estou excluindo aqueles sem eficácia nenhuma a que os pacientes costumam recorrer, no desespero, cansados dos longos tratamentos para as feridas de difícil cicatrização. Tem gente que usa qualquer tipo de pomada. Algumas, porém, contêm antibióticos que pioram a lesão porque provocam alergia. É preciso cuidado também com os esparadrapos muito aderentes que seguram os curativos e, ao serem retirados, levam consigo um pedaço de pele, o que agrava a situação.
Drauzio – Parece que, ao contrário de certas substâncias sem utilidade terapêutica, o açúcar pode trazer-lhes algum benefício para esses pacientes.
Mariza D’Agostino – O tratamento com açúcar em pó aplicado em quantidade suficiente para cobrir a ferida, pode trazer bons resultados. Eu não gosto muito de indicá-lo porque mela e umedece muito o local.
Drauzio – Quantas vezes por dia o açúcar deve ser colocado sobre a ferida?
Mariza D’Agostino – Basta uma vez por dia. Uma vez por dia, e o local deve ser lavado antes de receber nova aplicação de açúcar.
Drauzio – Você poderia citar uma medida fundamental para o tratar esse tipo de úlcera nas pernas?
Mariza D’Agostino – Pessoa com lesão nos membros inferiores, jamais deve ficar em pé, parada. Se não for possível manter a perna estendida e elevada, deve caminhar.
Drauzio – Falamos das úlceras que aparecem na perna e são de difícil cicatrização. Em que outras enfermidades a oxigenoterapia hiperbárica tem aplicação?
Mariza D’Agostino – O tratamento com oxigênio hiperbárico também é muito útil nas osteomielites crônicas e agudas. Especificamente nos casos crônicos, em que o pus sai do osso por uma fístula, às vezes por 20, 30 anos, ele é um recurso que costuma trazer bons resultados.
Drauzio – Em geral, essas pessoas são obrigadas a tomar antibióticos por anos a fio…
Mariza D’Agostino – Habitualmente, pacientes com feridas crônicas, quaisquer que sejam elas, sabem o que melhora ou piora a lesão, tantas foram as tentativas fracassadas de tratamento. Essa informação é preciosa na hora de estabelecer a conduta terapêutica.
DURAÇÃO DO TRATAMENTO
Drauzio – Qual é a duração do tratamento hiperbárico?
Mariza D’Agostino – O tratamento hiperbárico é feito em várias sessões. O intervalo entre uma e outra pode ser de 24 horas, 48 horas, às vezes, um pouco maior. Só excepcionalmente, nos casos agudos, é de 12 horas. O habitual é que as primeiras sessões respeitem o intervalo de 24 horas. As demais são programadas de acordo com a resposta do paciente.
Quanto mais crônico o processo, mais longo será o tratamento. Não existe mágica. Uma pessoa que há doze anos desenvolve uma ferida de difícil cicatrização pode necessitar de 40, 50 sessões dentro da câmara hiperbárica.
Quanto mais infeccionada e inflamada estiver a ferida aguda, mais rápido ela responderá ao tratamento com oxigênio puro em ambiente pressurizado.
Drauzio – Quanto tempo dura cada sessão?
Mariza D’Agostino – Em geral, dura de uma hora e meia a duas horas. Com o nosso equipamento, dura duas horas para os adultos e é um pouco mais curta para as crianças. Feridas agudas, como as provocadas por descolamentos ou incisão cirúrgica que não deu certo e infeccionou, respondem mais rápido e, com dez ou 15 sessões, podem estar totalmente cicatrizadas. As crônicas costumam levar mais tempo.
Drauzio – Como vocês acompanham a evolução do quadro?
Mariza D’Agostino – Além de observar periodicamente a lesão, leva-se em conta outros sintomas que indicam como está evoluindo o paciente. Por exemplo, algumas feridas que não cicatrizam são extremamente doloridas. Se com o tratamento seu aspecto não melhorou muito, mas a dor diminuiu bastante de intensidade, entende-se que a resposta à oxigenoterapia hiperbárica está sendo positiva. Da mesma forma, se o inchaço regrediu e a pessoa já caminha com mais facilidade (porque algumas não conseguem mais andar por causa da ferida), é sinal de que o tratamento está sendo benéfico.
AVANÇOS CLÍNICOS
Drauzio – Há quantos anos você se dedica à oxigenoterapia hiperbárica?
Mariza D’Agostino – Nós começamos a trabalhar com oxigenoterapia hiperbárica nos Hospital das Clínicas da FMUSP, em 1982. No momento, existem vários outros serviços e várias outras câmaras em operação, mas o nosso serviço foi o pioneiro nessa área.
Na verdade, a câmara hiperbárica que temos e com a qual trabalhamos até hoje, foi a primeira para uso intra-hospitalar em toda a América Latina. É uma câmara portátil, relativamente fácil de operar.
Drauzio – A medicina hiperbárica valeu-se de conhecimentos muito antigos. A que se deve o avanço que essa especialidade teve mais recentemente?
Mariza DF’Agostino – Acredito que o avanço se deva a três fatores:
Na década de 1960, formou-se uma Sociedade de Oxigenoterapia Hiperbárica nos Estados Unidos, que passou a estudar a fundo para que servia o oxigênio hiperbárico. A criação dessa sociedade foi fundamental para definir os casos em que sua utilidade é indiscutível, por exemplo, no tratamento das feridas que não cicatrizam. Antes disso, dizia-se que, entre outros efeitos, ele tinha a capacidade de melhorar a inteligência e a memória, além de aplicação estética e no rejuvenescimento. Até hoje, persistem resquícios dessa má utilização do oxigênio hiperbárico;
Outro fato importante foi o aparecimento das câmaras portáteis. Antes disso, só havia as câmaras de mergulho convencionais que eram adaptadas para receber oxigênio a 100%. Embora eficientes, elas eram muito grandes, difíceis de instalar nos hospitais. Portanto, as câmaras portáteis representaram um avanço importante, porque possibilitaram o tratamento intra-hospitalar. Elas tornaram viável atender pacientes muito graves, os que exigem assistência respiratória ou os cuidados da UTI;
No Brasil, a rapidez com que foi aprovada a regulamentação do uso da medicina hiperbárica pelo Conselho Federal de Medicina, em 1994, deu maior credibilidade e um cunho mais cientifico ao serviço de oxigenoterapia.
Drauzio – Durante muito tempo essa especialidade foi considerada uma zona meio nebulosa da medicina.
Mariza D’Agostino – Exatamente. Sua má aplicação deixou a especialidade muito mal vista. Quando começamos em 1992, havia a preocupação de entrar num serviço que tinha sido mal utilizado, mas que representava uma arma poderosíssima no tratamento de muitas doenças.
RESPOSTA AO TRATAMENTO
Drauzio – Segundo a sua experiência, quais são as feridas crônicas que respondem mais depressa ao tratamento com oxigênio hiperbárico?
Mariza D’Agostino – Em geral, os pés dos portadores de diabetes (doença que compromete a integridade dos pequenos vasos) respondem mais depressa, porque o oxigênio hiperbárico provoca a formação de vasos novos no local da ferida, o que facilita o processo de cicatrização.
A resposta também é mais rápida, quando as feridas não impedem a colocação de um enxerto nas cirurgias de grandes vasos. Quando o enxerto não pode ser feito, a cicatrização fica mais difícil.
Drauzio – E as feridas agudas, como se comportam?
Mariza D’Agostino – Quanto mais infeccionada e inflamada estiver a ferida aguda, mais rápido ela responderá ao tratamento com oxigênio puro em ambiente pressurizado.
Drauzio – Você que acompanhou pacientes com escaras na UTI, antes de ser possível utilizar a oxigenoterapia hiperbárica. Como vê essa nova opção de tratamento?
Mariza D’Agostino – No Hospital das Clínicas de São Paulo, todos os médicos que atuam nessa área são intensivistas. Portanto, todos têm a experiência de ter atendido pacientes com escaras que não respondiam ao tratamento convencional. O oxigênio hiperbárico mudou essa realidade. Com certeza, agora, deixamos de perder pacientes que teriam morrido se não recebessem esse tipo de tratamento, ou teriam demorado muitíssimo mais para recuperar-se.
CUSTO DO TRATAMENTO
Drauzio – Qual é o custo do equipamento necessário para a oxigenoterapia hiperbárica e quanto custa o tratamento?
Mariza D’Agostino – O tratamento é regulamentado pela Associação Médica Brasileira. No que se refere aos custos, o preço da máquina para uso intra-hospitalar é mais ou menos 100 mil dólares. Das câmaras grandes é bem mais alto.
Como esses pacientes exigem acompanhamento médico o tempo todo que dura a sessão, o custo final inclui as despesas com a manutenção do equipamento e com o pessoal em serviço.
À primeira vista, o preço da sessão pode parecer alto se encarado isoladamente, mas o tratamento sai de graça, se forem evitadas as despesas de apenas um dia de internação na terapia intensiva, o que pode custar 6 mil, 7 mil, às vezes 10 mil reais.
Por outro lado, existem trabalhos comparativos, por exemplo, considerando pés de diabéticos, em que a necessidade de amputação cai de 33% para 8%, quando o paciente é tratado com oxigênio hiperbárico. Como se vê, as vantagens não são só econômicas. Vão muito além.

Maria Helena Varella Bruna é redatora e revisora, trabalha desde o início do Site Drauzio Varella, ainda nos anos 1990. Escreve sobre doenças e sintomas, além de atualizar os conteúdos do Portal conforme as constantes novidades do universo de ciência e saúde.


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Mínimo descuido pode ser suficiente para o surgimento de lesões por pressão



acamado escara hospital


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Lesões por pressão excessiva em determinada região foi conhecida por muito tempo como “escara”. Posteriormente, passou a ser denominada “úlcera de decúbito”, pois é muito comum em pessoas acamadas.






O dr. Drauzio Varella tem uma frase marcante que usa para incentivar a prática de atividade física: “Ao contrário de outras máquinas desenhadas para o movimento, como o avião e o carro, que se desgastam enquanto se movimentam, o corpo humano se aprimora com a movimentação”. A precisão da frase é indiscutível e pode ainda ser estendida. A imobilidade extrema deteriora o corpo humano muito mais rápido do que se imagina.
Experimente apertar dois dedos da sua mão, um contra o outro, e observe como a área pressionada fica pálida. “A pressão faz com que o sangue não chegue adequadamente até os tecidos, e então ocorre a necrose dessa região”, explica Maria Angela Boccara de Paula, enfermeira, professora da Universidade de Taubaté e presidente da Associação Brasileira de Estomaterapia (Sobest).
É importante observar que as lesões por pressão são semelhantes a um iceberg: aquela pequena ferida é somente a ponta, internamente a lesão pode ser bem maior.
A ferida que surge da pressão excessiva em determinada região foi conhecida por muito tempo como “escara”. Posteriormente, passou a ser denominada “úlcera de decúbito” (termo técnico para a posição “deitado”), pois é muito comum em pessoas acamadas. Contudo, ela pode surgir em quaisquer regiões expostas a pressão prolongada. Cadeirantes, por exemplo, podem desenvolver as lesões na região do osso ísquio, em que nos apoiamos quando estamos sentados. Dessa forma, atualmente o termo mais utilizado é “lesão por pressão”.
FORMAS DE PREVENÇÃO
Qualquer pessoa que já precisou cuidar ou acompanhar o trato de alguém acamado, como vítimas de AVC e pessoas inconscientes em UTI deve ter presenciado ou o surgimento dessas lesões ou o esforço necessário para evitá-las, já que a principal forma de prevenção é movimentar o paciente de tempos em tempos. “Não temos como precisar um tempo-padrão para movimentar o paciente. Duas horas é uma média, mas cada indivíduo tem uma necessidade. Uma pessoa emagrecida por sua condição acamada, por exemplo, tem a ossatura mais evidente e menos tecido adiposo. Nesse caso, ela teria de ser movimentada com mais frequência”, alerta Maria Angela.
Não é preciso sequer o peso de um indivíduo para provocar lesões por pressão. Uma sonda colocada no nariz de forma inadequada pode provocar uma lesão por pressão na aba do nariz. Oxímetros, aqueles pequenos aparelhos colocados na ponta do dedo para medir a oxigenação, também podem causar o problema, se permanecerem durante muito tempo.
A prevenção, portanto, envolve pequenos detalhes que, se não forem observados, podem permitir o início das feridas. Os pontos mais suscetíveis são calcanhares, tornozelos, quadris e cóccix, locais em que o peso do corpo mais se concentra quando estamos deitados ou sentados.
A umidade é outro fator que aumenta muito o risco, e evitá-la pode demandar uma série de cuidados. Leda Alves dos Santos, de 55 anos, é auxiliar de enfermagem e trabalha com pessoas acamadas. Atualmente, cuida de um paciente que sofreu AVC e perdeu os movimentos da perna e braços esquerdos. “Eu chego à noite, depois que o enfermeiro do dia já deu o banho. Como ele é mais forte, consegue levá-lo até o banheiro, senão eu teria de dar banho na própria cama, o que é possível, mas aumenta o risco por conta da umidade”, relata. “Em geral também coloco duas fraldas, uma por cima da outra, para que os líquidos não fiquem represados só em uma”, completa.
Além de facilitar o surgimento de lesões, a umidade também pode ocasionar outros problemas. Locais úmidos dificultam a adesão de curativos, necessários quando uma ferida já está instalada. “Além disso, resíduos de incontinência urinária e fecal aumentam o risco de infecção”, alerta Maria Angela.
Embora a umidade favoreça o surgimento das lesões, a hidratação da pele é recomendada. Em conjunto com a movimentação constante do paciente, é a principal medida para prevenir as lesões por pressão. “Devemos usar cremes e evitar os óleos, já que esses criam uma camada protetora, mas não contra a lesão por pressão, que se origina da morte do tecido”, explica a presidente da Sobest.
Quando o paciente fica em casa, um recurso muito utilizado são os colchões “caixa de ovo”, que levam esse nome por sua superfície lembrar aquelas embalagens com formas semelhantes a pirâmides. Eles de fato ajudam a manter a circulação, mas precisam ter as especificações indicadas por um especialista. A compra de um inadequado pode fazer com que o colchão deforme rapidamente e perca seu efeito.
Já em hospitais, é fundamental existir uma escala de risco estruturada a partir da entrada de pacientes de risco na instituição. “Quando um paciente chega, a enfermagem já pode avaliar o quadro dele, se ele tem diabetes, quantos dias ele deverá ficar de cama, e assim já organizar a conduta que deverá ser adotada em cada caso”, orienta a presidente da entidade.
QUANDO A LESÃO SE INSTALA
O primeiro sinal é chamado de hiperemia, caracterizada por uma mancha avermelhada no local, quando a pele ainda está íntegra. Nessa fase deve-se agir prontamente e aliviar a pressão na região. A intuição pode levar a massagear a área comprometida, mas essa prática não é recomendada, pois pode piorar o dano tecidual.
No grau seguinte já existe algum tipo de rompimento da pele, seja um pequeno orifício, uma bolha ou uma espécie de área com aparência esfolada. “É importante observar que as lesões por pressão são semelhantes a um iceberg: aquela pequena ferida é somente a ponta, internamente a lesão pode ser bem maior”, afirma Maria Angela.
Portanto, mesmo que pareça somente uma pequena ferida, a instalação da lesão já exige avaliação de um especialista. No caso, o enfermeiro estomaterapeuta é o profissional especializado em estomias (orifícios de comunicação entre o interior do organismo e o exterior, como a traqueostomia ou a colostomia), incontinências e feridas como as lesões por pressão. Ele poderá analisar cada caso e orientar sobre a conduta ou necessidade de intervenção médica.
Todo o esforço deve ser realizado para evitar o surgimento das lesões por pressão, pois depois que elas se instalam, o tratamento é ainda mais complexo e demorado. Não basta aliviar a pressão e esperar o próprio organismo cicatrizar. Além de avaliar a possibilidade de infecção (e consequente administração de antibióticos adequados), é necessária a limpeza minuciosa com troca frequente de curativos. Dependendo da gravidade, o tratamento precisa ir além. “Existem casos tão graves que a gente consegue tratar e aproximar bordas da ferida, mas para fechar completamente é necessário fazer enxertia”, alerta a especialista.
Luiz Fujita Jr é jornalista, editor do Portal Drauzio Varella e criador do podcast Entrementes, sobre saúde mental. @luizfujitajr
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Como prevenir as úlceras de pressão?

Como prevenir as úlceras de pressão?

drauzio escaras acamados

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Para prevenir a ocorrência de úlceras de pressão (escaras), existem alguns cuidados que devem ser tomados.
 Ao tratar pacientes que precisam ficar acamados por muito tempo ou que têm dificuldades de locomoção, uma das grandes preocupações de médicos, enfermeiros e familiares é prevenir o aparecimento das chamadas úlceras de pressão (escaras)
Com o objetivo de chamar atenção para o tema, a Sobest (Associação Brasileira de Estomaterapia – Estomias, Feridas e Incontinências) lançou a campanha “Mude de Lado e Evite a Pressão”. Palestras e esclarecimentos sobre o assunto serão realizados em diversos hospitais do país. As ações fazem parte de um movimento internacional, que tem como data principal o dia 19 de novembro, considerado o Dia Mundial de Prevenção da Úlcera por Pressão.
“As úlceras, também chamadas de escaras, são feridas que surgem na pele causadas pela interrupção da circulação em um determinado local do corpo, próximo de uma região óssea. O tempo de formação da lesão depende de cada indivíduo. Por isso, o mais importante é evitar seu aparecimento, porque depois é difícil tratar. Então, quando a pele começa a ficar vermelha, já é preciso ficar atento, porque debaixo daquela região da pele pode haver um grande processo inflamatório. Na verdade, se a lesão atinge o osso, pode servir de porta de entrada para muitas infecções”, explica Maria Ângela Boccara de Paula, presidente da Sobest.
Por isso, a dica fundamental, de acordo com a enfermeira, é virar o paciente acamado a cada duas horas. Se o indivíduo com dificuldade de locomoção não estiver hospitalizado, é importante que os familiares se revezem para realizar o procedimento. “Não é necessário contratar uma pessoa para isso”, reforça
DICAS PARA QUEM TEM FAMILIARES ACAMADOS EM CASA
* É importante mudar o paciente de posição a cada duas horas;
* As feridas normalmente aparecem na região sacral (próximo ao cóccix), quadril, nádegas, costas, calcanhares, cotovelos e orelhas. Fique atento especialmente a essas áreas;
* Na hora do banho, sempre observe atentamente qualquer sinal de vermelhidão na pele;
* Hidrate muito bem a pele do paciente com cremes e óleos;
* O colchão tipo “casca de ovo” é uma boa opção para ajudar a prevenir as úlceras. Entretanto, atente-se à sua espessura, pois ele deve ter, no mínimo, 18 centímetros. Além disso, deve ser trocado a cada duas semanas;
* Não massageie a pele do paciente se a área já estiver lesada;
* Troque com frequência as fraldas dos pacientes que tiverem incontinência urinária ou fecal.

Juliana Conte é jornalista, repórter do Portal Drauzio Varella desde 2012. Interessa-se por questões relacionadas a manejo de dores, atividade física e alimentação saudável.

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TUDO SOBRE AS ESCARAS E/OU ÚLCERAS DE PRESSÃO


escaras ulcera de pressao (12)

O QUE SÃO:

As escaras de decúbito, ou de pressão, são feridas que aparecem na pele de indivíduos que permanecem muito tempo na mesma posição, como ocorre em pacientes internados em um hospital ou que ficam acamados dentro de casa, sendo muito comum também nos paraplégicos, já que estes passam muito tempo sentados na mesma posição.
As escaras podem ser classificadas de acordo com a sua gravidade, podendo ser:
  • Grau 1 – Eritema ou hiperemia: a lesão atinge as camadas superficiais da pele, que permanece íntegra. No local, surge uma mancha avermelhada que costuma desaparecer depois de algum tempo, se a pressão for aliviada;
  • Grau 2 – Isquemia: o ferimento compromete todas as camadas da pele e o tecido subcutâneo e, pode formar-se uma bolha, aparecer uma esfoladura ou um orifício superficial na área afetada;
  • Grau 3 – Necrose: a lesão e atinge o tecido muscular, adquire coloração arroxeada e pode abrigar um nódulo endurecido;
  • Grau 4 – Ulceração: a lesão progride em profundidade, há destruição da pele e dos músculos; os ossos e articulações ficam expostos.

EVOLUÇÃO DE UMA ESCARA

Evolução de uma escara
O maior perigo é a infecção que pode ocorrer nessas feridas. Bactérias podem entrar facilmente no corpo do indivíduo por uma escara aberta e mal cuidada, trazendo maiores complicações.
Nas pessoas com a sensibilidade preservada, as escaras doem muito. Caso contrário, podem evoluir sem que o paciente se dê conta de sua presença.

AGENTE CAUSADOR

As causas das escaras estão relacionadas à má circulação sanguínea naquela região específica e elas começam de dentro para fora. Quando uma escara aparece na pele, significa que ela já estava sendo formada há algum tempo dentro do músculo do indivíduo. Os locais mais frequentes das escaras são: sacro, quadril, calcanhar, orelhas, ombros, joelhos e escápulas.
escaras ulcera de pressao (3)Vários são os fatores que podem influir no sentido de provocar uma lesão deste tipo como fricçãoincontinência urinária, deficiência de vitamina, infecções, pressão arterial alterada, edemas, umidade excessiva, incontinência fecal, desnutriçãotraumas e imobilidade, por exemplo.
O problema é passível de ocorrer tanto em homens quanto em mulheres sem qualquer espécie de restrição de idade.  Quando uma região de tecido mole fica por muito tempo comprimida entre uma estrutura óssea e uma superfície dura é comum a escara se desenvolver.
A parte da população mais vulnerável a esta condição somos nós PCDs, Tetra/Paraplégicos, idosos e pacientes que se encontram hospitalizados, por exemplo, acabam enfrentando as úlceras de pressão com maior frequência, até mesmo devido ao fato da locomoção restrita.

DIAGNÓSTICO

É fácil observar o desenvolvimento das lesões. No início é apenas uma leve vermelhidão local, porém com o passar dos dias pode haver destruição da pele e até mesmo exposição dos ossos. Desta forma é bastante comum que pessoas com escara procure por ajuda médica.
escaras ulcera de pressao (7)Através de uma minuciosa análise clínica o profissional já começa a suspeitar do mal. A aparência da lesão é característica. Alguns exames laboratoriais podem ser feitos, assim como biopsia de tecido, para que outras enfermidades sejam excluídas. Após a certeza do diagnóstico, deve-se dar início imediato a um tratamento.
A escara pode piorar consideravelmente caso não seja tratada e pode voltar a aparecer se os devidos cuidados não forem tomados. Portanto, é muito importante que pessoas pré-dispostas tomem medidas preventivas, caso contrário irão viver com este incômodo frequentemente.
 

SINTOMAS

Logo no início diz-se haver uma situação de hiperemia, ou seja, há uma vermelhidão no local, porém a pele ainda não foi gravemente atingida. Geralmente este sinal ocorre quando a pressão dura algo em torno de 30 minutos no máximo. Em poucas horas tende a desaparecer.
Quando a pressão é contínua e por mais de 2 horas a lesão começa a comprometer a pele. Pode surgir algo semelhante a uma bolha ou a uma abrasão. Nestes casos diz-se haver uma situação de isquemia e o machucado tende a desaparecer por volta de 3 dias depois. Caso haja necrose é devido a uma pressão por mais de 6 horas na mesma região. Logo se pode notar um arroxeado e, em certos casos, um pequeno nódulo endurecido. Nesta situação a lesão já é mais grave e necessita de um tempo maior para sumir e de um tratamento adequado.
escaras ulcera de pressao (7)O estágio de ulceração é o mais grave. Caso a pressão não cesse a escara vai se aprofundando a ponto de destruir a pele, os músculos e até mesmo expor os ossos. A aparência é preocupante e o tratamento deve ser intensivo.

PREVENÇÃO

Os princípios básicos para a prevenção de qualquer úlcera de pressão são uma alimentação adequada, cuidados e higiene com a pele, estimulação da área pressionada e alívio da pressão na mesma de tempos em tempos.
escaras ulcera de pressao (3)Para algumas pessoas como os paraplégicos e os hospitalizados, pode ser difícil evitar estas lesões. Por isto é importante estar sempre mudando estes indivíduos de posição, manter a pele hidratada e limpa, evitar a umidade, utilizar colchões macios e manter as roupas de cama limpas e bem esticadas, por exemplo.
Uma alimentação rica em proteína ajuda na cicatrização da pele e na prevenção das lesões, assim como a movimentação, já que promove uma circulação. Portanto, é necessário estimular a deambulação. Pacientes que utilizam fraldas devem ter estas trocadas de 3 em 3 horas no mínimo. Outra medida muito indicada é utilizar sabonetes com ph neutro na região genital.
escaras ulcera de pressao (6)Sempre que possível é bom mudar de posição, nem que seja de um lado para o outro na cama. Manter travesseiros macios na região embaixo dos ombros e dos cotovelos também é uma boa alternativa 

TRATAMENTO

O tratamento para as escaras varia de acordo com a gravidade e extensão das lesões.
dersani-2Para escaras que ainda não estão abertas consiste em melhorar a circulação sanguínea local, com massagens com óleo de girassol (Dersani).
Lesões iniciais nos graus 1 e 2 e até mesmo no grau 3, se forem pequenas,  costumam regredir por si mesmas, desde que a pressão sobre a pele seja interrompida e os cuidados profiláticos (as medidas preventivas já citadas) forem mantidos. Há casos, porém, em que pode ser necessário recorrer ao uso de antibióticos e curativos especiais.
sintoma escaraO tratamento consiste na limpeza da ferida com jatos de soro fisiológico, de preferência morno. O soro fisiológico, além de limpar a ferida, não destrói o que o corpo já vinha reconstruindo. É, portanto, uma excelente opção de tratamento.
Caso a lesão esteja em um estágio mais avançado e já apresente crosta preta, um profissional deve ser contatado para que cuide da ferida, com a finalidade de retirar esta camada endurecida. Após a limpeza um curativo deve ser feito de forma a manter a umidade no nível ideal. É preciso retirar o excesso de exsudato e garantir o isolamento térmico. A gaze deve ser impermeável a bactérias e trocada sempre que preciso. Deve-se também ficar atento para que na hora da troca do curativo tecidos não sejam removidos, causando mais traumas à ferida.

TRATAMENTOS CIRÚRGICOS PODEM SER CONSIDERADOS EM CERTAS CIRCUNSTÂNCIAS.

Úlceras que atingiram o grau 4 podem demandar uma intervenção cirúrgica de desbridamento para eliminar os tecidos infectados e mortos, assim como um transplante de pele para facilitar o fechamento da ferida.
escarectomia, por exemplo, é a retirada total da região necrosada. Já a osteotomia retira algumas proeminências ósseas debaixo da escara. Pode-se também elaborar uma cobertura especial para cada escara. Entretanto, a prevenção é a melhor solução para estas lesões. Diante de qualquer espécie de machucado, não hesite em consultar um médico.
osteomielite – infecção óssea causada por bactérias provenientes de um foco infeccioso com origem nas escaras – é uma complicação grave  e de tratamento difícil dessas lesões de pele.
Outros:
Curativo à vácuo!
Curativo Hidrocolóide!
Curativo de Carvão Ativado
Extrato de Própolis
Óleo de girassol/Dersani

RECOMENDAÇÕES

escaras ulcera de pressao (11)
Sempre é bom relembrar que o melhor remédio para as escaras é evitar que elas se formem nas áreas mais sensíveis à pressão. Existem alguns recursos úteis para ajudar as pessoas que correm maior risco:
* usar almofadas de proteção para aliviar a pressão nas regiões mais vulneráveis à compressão;
* examinar a pele de todo o corpo, especialmente nos pontos de pressão;
* não esfregar a pele durante os cuidados básicos de higiene pessoal;
* secar bem a pele depois do banho e hidratá-la convenientemente com fórmula de Dersani/Óleo de girassol, capriche nas massagens;
* dar preferência à roupa de cama de algodão, que deve ser bem esticada e livre de dobras que possam pressionar ou macerar a pele;
* trocar com frequência as fraldas dos pacientes com incontinência urinária ou fecal;
* estimular a movimentação respeitando sempre as possibilidades físicas e motoras do paciente de 2 em 2 horas.
Referências:


obs. Usa nos meus pais o óleo girassol normal(cozinha), bastante creme hidrante(Nivea) por que ele tem mais óleo acrescentava ureia,óleo de amêndoa,na parte da noite passa também maisena e usa uma pomada  que é feita de repolho.( tem o creme para quando ainda não tem a ferida e pomada{Dabridan Pomada de Repolho (Antiga Debridan)}https://www.locus.ufv.br/handle/123456789/2385)

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://casadaptada.com.br/2016/12/tudo-sobre-as-escaras-eou-ulceras-de-pressao/