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sábado, 30 de abril de 2022

CÂNCER: Paciente que faz quimioterapia não pode tomar vacina contra o sarampo

 

Fabiana Novello

Publicado em 27/07/2018

Revisado em 27/07/2018

 

 

vacina

Roraima e Amazonas são os dois estados brasileiros que estão com surtos de sarampo, segundo o Ministério da Saúde. Os dados mostram que 519 casos foram confirmados no Amazonas e 272 em Roraima. Também há registros de casos no Pará, Rondônia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. A vacinação é fundamental para controlar o avanço da doença no país. No entanto, nem todas as pessoas podem ser imunizadas. Pacientes que estão fazendo tratamento do câncer com quimioterapia não podem tomar a vacina contra o sarampo. “Quem faz quimioterapia ou está em situação de imunodepressão não pode tomar a vacina. A quimioterapia, que serve para matar as células do câncer, tem como efeito colateral a diminuição das defesas imunes do próprio indivíduo. Essas pessoas ficam mais vulneráveis a infecções. A vacina contra o sarampo é feita de vírus atenuado e por ser assim há risco de provocar a doença no paciente que faz quimioterapia se ele a tomar” explica o oncologista Manoel Carlos Leonardi de Azevedo Souza.

O paciente oncológico pode se proteger contra o sarampo adotando algumas medidas, como: evitar o contato com pessoas com a doença, não ir aos locais onde há surtos de sarampo, lavar as mãos antes das refeições e toda vez que entrar em contato com outras pessoas. É fundamental também que seus familiares estejam vacinados. “É importante ter a população vacinada. Há um conceito que a gente chama de rebanho. Se você vacina um número x de pessoas de um determinado lugar, toda a população estará coberta”, ressalta o oncologista.

Se o paciente oncológico pegar sarampo o médico que o acompanha adotará medidas para evitar complicações. O tratamento com a quimioterapia, por exemplo, terá de ser suspenso até ele se recuperar. “O sarampo pode provocar insuficiência respiratória. Se ele (paciente oncológico) pegar sarampo a gente terá de tratar. Nós sabemos que o tratamento se baseia na diminuição dos sintomas e no suporte aos danos que vírus causa. Ele tem de ser acompanhado pela equipe médica”, completa o médico.

Por isso, para evitar problemas futuros é fundamental que o calendário de vacinação seja seguido por todos que não tenham nenhuma contraindicação. “Algumas vacinas podem ter efeitos colaterais, mas proporcionam muitos ganhos. Quando a gente coloca na balança os ganhos são muito maiores a ponto de proteger uma população de doenças devastadoras como a varíola e o sarampo. A vacinação é um procedimento médico. As vacinas do calendário vacinal estão adequadas. Não tomar a vacina é desrespeitar uma recomendação médica. É colocar em risco a população”, enfatiza o oncologista Manoel Carlos.

A vacina contra o sarampo está disponível na rede pública de saúde em todos os estados brasileiros. São duas: a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) e a tetra viral (contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela).

Crianças de 12 meses a menores de 5 anos de idade devem tomar uma dose aos 12 meses da tríplice viral e outra aos 15 meses da tetra viral. Crianças de 5 a 9 anos que não foram vacinadas devem tomar duas doses da vacina tríplice com intervalo de 30 dias entre elas. Adultos que não receberam a vacina na infância também podem ser imunizados: o SUS oferece duas doses da vacina para pessoas com até 29 anos e uma dose única para quem tem entre 30 e 49 anos.

Entre 6 e 31 de agosto/2018, o Ministério da Saúde fará a Campanha Nacional de Vacinação. O dia D, de mobilização, será 18 de agosto/2018 e o público-alvo serão as crianças de 1 ano a menores de 5 anos.

Além de pessoas que fazem quimioterapia, não devem ser imunizadas gestantes, pessoas com imunidade baixa causada por doença ou medicação, crianças expostas ou infectadas por HIV e quem teve alergia grave quando tomou alguma dose da vacina.

 

 

 

 



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A cura do câncer “sobe à cabeça?”: reflexões sobre as emoções após a recuperação

 

Caio Henrique Vianna Baptista

Publicado em 20/04/2022

Revisado em 20/04/2022

 

 

A cura do câncer “sobe à cabeça?”: reflexões sobre as emoções após a recuperação

A cura do câncer “sobe à cabeça?”: reflexões sobre as emoções

A cura da doença oncológica é almejada por médicos, equipe de saúde, família, mas, principalmente, pelo paciente!

Viver o câncer é algo sobremaneira difícil, pois ele traz consigo diversas cargas do ponto de vista físico, psicológico e social. Essas cargas dizem respeito às reações ocasionadas pelo tratamento, à pausa nos planos de vida, aos medos que surgem desde o momento do impacto do diagnóstico até o último dia de quimioterapia.

Esses assuntos costumam ser pauta de palestras de médicos, enfermeiros, psicólogos e até de pacientes após o tratamento. No entanto, é interessante observar como esses últimos e – consequentemente – seus dilemas são colocados no passado após a cura…

O que isso quer dizer?! Quer dizer que a cura da doença oncológica sempre foi algo relacionado ao status do corpo após o tratamento e seu suposto sucesso! A cura é aclamada, a quimioterapia tem seu fim e acabam as sessões de radioterapia…, mas e o psiquismo do paciente? Como fica?

A cura do ponto de vista da oncologia pode se dar a partir de diversos momentos distintos como, por exemplo, a remissão da doença vista em exames como o PET-CT, determinadas taxas observadas em hemogramas ou após o fato da doença não ter retornado depois de cinco anos (famosos e desejados cinco anos) …

Porém, a cura não é algo que se restringe aos exames médicos de rotina e tão pouco aos cinco anos de remissão. A cura também é algo emocional e subjetivo! Estar curado de uma doença oncológica do ponto de vista emocional envolve muito mais do que um exame médico!

O indivíduo que vivencia uma doença oncológica passa por diversas etapas emocionais que o condicionam como “paciente”. Fazer a transformação emocional – de pessoa ativa, com sonhos, planos e desejos, para paciente oncológico – não é tarefa fácil, tendo em vista que aceitar o diagnóstico e o tratamento envolve um trabalho psíquico intenso. Trabalho, este, que requer muita resiliência, compreensão e um determinado “desligamento” de alguns projetos de vida.

Tratar de uma doença oncológica afeta o corpo e a maneira como a pessoa se percebe e se identifica com o mundo à sua volta. Diante disso, é possível imaginar o árduo trabalho que dá se tornar um paciente oncológico? Então, por que seria diferente o trabalho emocional no sentido contrário?! Estar curado é tarefa fácil?!

Pensando nessa última questão, não é incomum percebermos pacientes com questionamentos constantes acerca da possibilidade de retorno da doença, sintomas de ansiedade “pré-exames” de rotina ou, até mesmo, abandono dos serviços ou médicos que os acompanham.

A cada ano que passa, a cada resultado de um novo exame após a remissão ou a cada pequeno sintoma que se assemelhe aos que tinha na época do diagnóstico, o mundo emocional pode ser invadido por pensamentos negativos, medos, estresse e, até mesmo, a depressão!

Tal fato pode parecer uma grande contradição, no entanto, essas reações emocionais são mais comuns do que imaginamos. Por esse motivo, algumas dicas podem ser preciosas para enfrentar melhor esses receios e para ajudar no processo de interiorização emocional da cura:

Para os familiares do paciente curado

  • Diante de reações relacionadas ao medo, insegurança, pensamentos negativos e estresse frente aos exames de rotina; acolha e se mostre compreensivo! O paciente precisa de suporte e compreensão de quem o ama… Esses medos existem e são reais no mundo emocional do paciente, pois muitas situações podem ser “revividas” frente à espera por resultados de exames.

Para o paciente

  • A cura é sua, se aproprie dela! Afinal, não foi fácil alcançá-la!
  • Entenda seus pensamentos e reações! Tente perceber e separar os dados de realidade daquilo que pode ser fantasioso. É comum para pessoas que viveram o tratamento, analisarem as situações e circunstâncias a partir de um olhar mais relacionado a possíveis notícias negativas.
  • Apoie-se em amigos e/ou familiares. A companhia de pessoas queridas é fundamental para o reestabelecimento da saúde emocional e no entendimento e aceitação da cura.
  • Para pacientes que contam com um suporte religioso e/ou que lançam mão de práticas relacionadas à espiritualidade, entrar em contato com tais práticas também pode ajudar na compreensão da cura e, principalmente, auxiliar nos momentos de ansiedade pré-exames médicos de rotina.
  • Não cobre felicidade de si mesmo! Sim, muitos pacientes podem se cobrar (ou serem cobrados pelas pessoas que o cercam) de estarem felizes e gratos pela cura! No entanto, em alguns momentos, é comum se sentirem mais ansiosos ou deprimidos por conta dos medos pré-exames médicos de acompanhamento. É importante se respeitar e entender que graus leves de ansiedade são comuns durante a espera desses exames de rotina ou dos resultados deles.
  • O momento da cura é particular, pois cada um vivenciou o tratamento de maneira diferente e, por este motivo, podem ter reações emocionais diversas depois da cura revelada pelo médico. Alguns pacientes também podem desenvolver o chamado TEPT (Transtorno do Estresse Pós-Traumático) após o tratamento, tendo, dessa forma, maiores dificuldades em lidar com a cura, medo exacerbado do retorno da doença, reações psicossomáticas, depressão e graus elevados de ansiedade.

Procure por um profissional de psicologia especializado (o psico-oncologista)!

 

Caio Henrique Vianna Baptista – @CV.PSI
Mestre em Ciências – Faculdade de Medicina da USP (FMUSP)
Especialista em Psicologia Hospitalar pelo Hospital das Clínicas da FMUSP
Especialista em Saúde do Idoso pela UNIFESP
Presidente – SBPO-SP (Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia)
Psicólogo do Hospital São Luiz – Jabaquara – Rede D’Or – Núcleo Pró-Creare

 

 



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Todos os brasileiros com câncer têm direito a tratamento pelo SUS

Publicado em 19/04/2022

Revisado em 19/04/2022

 

 

brasileiros com câncer têm direito a tratamento pelo SUS

O SUS – Sistema Único de Saúde – é universal e gratuito e é considerado o maior programa de inclusão social do mundo.

O paciente com câncer do SUS tem direito a começar o tratamento — cirurgia, quimioterapia ou radioterapia –, em até 60 dias a partir da data em que o médico emitiu o laudo que comprovou a doença. Além disso, deve ter acesso gratuito a medicamentos, exames, internação e procedimentos necessários.

A porta de entrada para o tratamento é a UBS – Unidade Básica de Saúde – mais próxima da casa do paciente. Se por conta de exames de rotina ou de uma queixa, o médico constatou algum sintoma que merece ser investigado, a pessoa deve ser encaminhada a um ambulatório de especialidades ou hospital, onde será atendida por um especialista, que irá solicitar a realização dos exames necessários para a identificação do tumor.

Confirmado o diagnóstico, o tratamento deve ser feito uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), capacitada para tratar os tipos de câncer mais comuns no Brasil, ou em um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON).

No caso de descumprimento da lei dos 60 dias, o paciente deve entrar em contato com a Secretaria de Saúde de seu município.

Veja os estabelecimentos de saúde habilitados e credenciados para o atendimento do câncer que integram a rede do SUS em cada estado: https://www.inca.gov.br/onde-tratar-pelo-sus

 

 



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sexta-feira, 29 de abril de 2022

Câncer de cabeça e pescoço | Recaída

 

 

A análise de certas características tumorais permite avaliar seu grau de agressividade e o risco de possíveis recaídas.

Grau de diferenciação

No exame do fragmento do tumor retirado na biópsia (peça operatória), o patologista analisa no microscópio as características da célula maligna. Quanto mais parecida com a célula normal ela for, dizemos que ela é mais diferenciada; quanto mais distorcida sua arquitetura, mais indiferenciada. Tumores mais diferenciados costumam crescer mais lentamente e apresentar menor risco de metástases e recidiva.

Tamanho

Tumores com mais de 5 cm têm maior probabilidade de atingir os vasos sanguíneos ao seu redor e invadir os linfonodos do pescoço.

Invasão dos vasos sanguíneos

Quando o exame microscópico evidencia a presença de células malignas no interior dos vasos sanguíneos que nutrem o tumor, a probabilidade de recidiva aumenta.

Invasão dos linfonodos cervicais

É um fator prognóstico muito importante, porque permite avaliar o risco de disseminação. A presença de metástases em linfonodos cervicais pode duplicar a probabilidade de recidiva.

 Uso de fumo e/ou álcool

Vários estudos confirmaram que o risco de recidiva é maior em pacientes que continuam a fumar e/ou beber durante e depois do tratamento do tumor primário. Além desse risco, eles têm até 4% de probabilidade de desenvolver outro tumor primário a cada ano.


Atualização: Dr. Lucas Vieira dos Santos – CRM: 115.834
Oncologista Clínico na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
Apoio: Dra. Jéssica Ribeiro Gomes – CRM: 159784
Oncologista Clínica na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
Fevereiro 2022

 

 



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Câncer de Cabeça e Pescoço | Tratamento

 

ESTADIAMENTO

Os pacientes com câncer de cabeça e pescoço devem ser agrupados em quatro estágios, que influenciarão o tratamento. Aqueles com doença precoce, de pequeno volume e confinada ao órgão de origem, como cavidade oral ou laringe, por exemplo. Aqui a doença é facilmente curável. Um segundo grupo consiste em pacientes com doença em estádio intermediário, com ou sem comprometimento dos linfonodos regionais. São doenças geralmente curáveis neste estágio. Um terceiro grupo, mais avançado, compreende doenças volumosas, com grande invasão local (o tumor se estende além do órgão de origem e invade órgãos vizinhos, como ossos, estruturas vasculares, ou as metástases nos linfonodos regionais, volumosas, invadem estruturas vizinhas). Neste grupo, as taxas de cura são baixas. E o último grupo, mais grave, se caracteriza pela presença de metástases à distância, quando as células tumorais atingem órgãos como pulmões ou outros órgãos. Neste estágio, a doença é geralmente incurável.

TRATAMENTO

O tipo de tratamento é definido a partir do estágio e local em que a doença se apresenta. O tratamento abordado neste capítulo refere-se exclusivamente ao carcinoma escamoso de cabeça e pescoço, que corresponde a mais de 90% dos casos.

 

Estádios precoces

Em relação aos tumores de cavidade oral (boca), a cirurgia é o tratamento mais apropriado, associado a esvaziamento cervical, ou seja, retirada dos linfonodos do pescoço na maioria dos casos, principalmente naqueles com lesões mais profundas do que 4mm. A radioterapia pós operatória está indicada para pacientes com margens de ressecção comprometidas (quando o tumor encosta na margem da peça cirúrgica) em que não é possível  a reoperação e também pode ser considerada para as lesões mais profundas, com invasão de nervos ou vasos sanguíneos.

Em relação aos tumores de orofaringe não induzidos pela infecção do HPV, cirurgia e radioterapia tem bons resultados e estes são semelhantes a longo prazo, devendo a escolha entre um tratamento ou outro ser individualizada para cada paciente. Por outro lado, os pacientes com tumores de orofaringe induzidos pelo HPV em geral tem prognóstico muito bom e podem receber radioterapia, com ou sem quimioterapia associada, com excelentes resultados em relação à sobrevida, ou ainda tratamento com cirurgia robótica.

Os tumores de laringe nos estágios precoces devem ser tratados com radioterapia isolada ou cirurgia, sendo que além da cura o tratamento deve ter como objetivo a preservação da funcionalidade do órgão.

Os tumores de hipofaringe diagnosticados precocemente são raros e, quando ocorrem, devem ser tratados preferencialmente com radioterapia, com ou sem quimioterapia. A radioterapia tem resultados semelhantes a cirurgia radical, porém com menores sequelas.

 



Tumor pequeno confinado ao local de origem e o tratamento específico para esta fase da doença.

 



Tumor maior invadindo estruturas muito próximas e o tratamento específico para esta fase da doença.

Estádios intermediários e avançados

Quando o tumor está nos estágios intermediários (III e IV), o carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço está associado a alto risco de recidiva local e metástases à distância. Nesses casos para os tumores de cavidade oral, o tratamento principal é cirúrgico com esvaziamento cervical seguido de radioterapia com ou sem quimioterapia a depender dos riscos de recorrência.

Para tumores de orofaringe, o tratamento de escolha deverá ser radioterapia combinada à quimioterapia. Se a doença persistir localmente ou em linfonodos após a radioterapia, deverá ser considerado o resgate cirúrgico.

Para os tumores de hipofaringe e laringe, quando a preservação de função da laringe é possível, deve ser considerada radioterapia combinada à quimioterapia concomitante ou tratamento sequencial com quimioterapia de indução seguida por radioterapia definitiva. Neste caso também, se a doença persistir localmente ou em linfonodos, o resgate cirúrgico deverá ser considerado. Nos casos em que não for possível preservar a funcionalidade do órgão, está indicada a cirurgia seguida de radioterapia, combinada ou não à quimioterapia, de acordo com as características da peça cirúrgica.

Quando os tumores são mais avançados, pode-se começar o tratamento com quimioterapia, de modo a se tentar reduzir o volume da doença e propiciar tratamentos definitivos como radioterapia ou cirurgia, posteriormente.



Tumor atingindo alguns linfonodos do pescoço e o tratamento específico para o Estádio III, e tumor comprometendo vários linfonodos cervicais ou invadindo várias estruturas vizinhas (Estádios III-IVb)

 

Em relação aos tumores metastáticos (estágio IVC), a escolha de tratamento é baseada na combinação de quimioterapia com imunoterapia ou cetuximabe, de acordo com a expressão de uma proteína chamada PD-L1. É um tratamento de forma geral tóxico e que deve ser oferecido para pacientes com boas condições clínicas, sobretudo nutricionais. Neste sentido, alguns pacientes podem ser abordados exclusivamente com imunoterapia, a depender de características clínicas e patológicas. Neste estágio, o tratamento local com radioterapia, por exemplo, não costuma ser utilizada, exceto quando precisamos aliviar algum sintoma, como sangramento ou dor.

 

Estádio IVB

Importante ressaltar que o tratamento para câncer de cabeça e pescoço é multidisciplinar a fim de garantir melhor planejamento do plano de cuidados desde o diagnóstico ao tratamento. Assim sendo, a escolha do tratamento ideal requer informações multidisciplinares tais como localização do tumor primário e a extensão da doença, características individuais do paciente como idade, presença de comorbidades clínicas, e as expectativas e preferências diante do tratamento além das prováveis ​​conseqüências funcionais e morbidade de cada abordagem de tratamento.


Atualização: Dr. Lucas Vieira dos Santos – CRM: 115.834
Oncologista Clínico na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
Apoio: Dra. Jéssica Ribeiro Gomes – CRM: 159784
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Fevereiro 2022

 

 

 

 

 

 

 

 


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Câncer de Cabeça e Pescoço | Diagnóstico

 

O principal exame para detecção é a observação direta da lesão através da abertura da boca, usando abaixador de língua (palito de madeira e lanterna), no caso de uma lesão da cavidade oral, local mais frequente dos tumores de mucosa.

Em tumores mais profundos, como os de laringe, hipofaringe e nasofaringe, é necessário o emprego do nasofibrolaringoscópio, aparelho que dispõe de uma fibra óptica dotada de uma luz intensa na extremidade, para permitir a visualização da cavidade nasal (nasofibroscopia), faringe e laringe (laringoscopia).

Encontrada a lesão suspeita, a biópsia é obrigatória e deve ser realizada sem perda de tempo, geralmente sob anestesia local. O material retirado será encaminhado para exame microscópico (anatomopatológico).

Às vezes, são necessários exames auxiliares para chegar ao diagnóstico, como: Ultrassonografia; Radiografia panorâmica de mandíbula; Tomografia computadorizada; Ressonância nuclear magnética e PET-TC.

Esses exames são mais utilizados em caso de tumores maiores, que eventualmente tenham atingido linfonodos do pescoço ou invadido estruturas vizinhas, como os ossos e as cartilagens da região.

 


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quinta-feira, 28 de abril de 2022

Câncer de Cabeça e Pescoço | Prevenção

 

 

Profissionais de saúde da família, assim como dentistas, são fundamentais para o diagnóstico das lesões iniciais, fase em que os índices de cura se aproximam de 100%.

Além de parar de fumar e beber, a estratégia preventiva mais importante no caso dos tumores de cabeça e pescoço é tratar precocemente lesões pré-malignas, como leucoplasias, eritroplasias, displasias e carcinomas in situ.

Outra forma eficaz de prevenção é adotar hábitos saudáveis, como não fumar e nem consumir bebidas alcoólicas em excesso, já que mais de 60% desses tipos de câncer estão associados ao etilismo.

 


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Câncer de Cabeça e Pescoço | Sintomas

 

Nas fases iniciais, os tumores podem ser assintomáticos. Entretanto, à medida que vão se desenvolvendo, costumam causar os seguintes sinais e sintomas como:

  • Manchas brancas na boca
  • Dor
  • Lesão ulcerada ou com sangramento e cicatrização demorada
  • Nódulos no pescoço presentes por mais de duas semanas
  • Mudanças na voz, além de rouquidão persistente
  • Dificuldade para engolir

 Sintomas gerais

Diminuição do apetite, cansaço, palidez, febre e dor podem surgir mesmo na fase em que a doença ainda está localizada.

Sintomas gerais da doença avançada com comprometimento de outros órgãos

Falta de ar e tosse são sintomas frequentes nos casos em que ocorre disseminação para os pulmões, e dores ósseas ou fraturas podem ser causadas por metástases ósseas.


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Câncer de Cabeça e Pescoço | Fatores de risco

 

 

Tabagismo e álcool

São os grandes responsáveis pela maioria das lesões malignas de cabeça e pescoço, especialmente quando associados. Fumantes que exageram na bebida apresentam risco de 40 a 100 vezes maior de desenvolver a doença. Quanto mais prolongado e intenso for o consumo de álcool e o fumo, maior o risco.

No fumo, seja ele consumido em cigarros, charutos ou cachimbos, a nicotina é inalada juntamente com cerca de seis mil substâncias resultantes da combustão. A nicotina pura não causa câncer, mas participa indiretamente da formação de tumores malignos em conjunto com as 70 substâncias cancerígenas existentes na fumaça do cigarro. Quem fuma cigarros de baixos teores corre o mesmo risco de quem fuma os mais fortes. Bebidas destiladas causam maior irritação e dano aos tecidos, porque têm maior teor alcoólico.

Papilomavírus humano (HPV)

Recentemente foi demonstrado que o HPV, vírus associado ao câncer de colo de útero e ao carcinoma de pênis, também pode provocar tumores malignos na região da cabeça e do pescoço, especialmente na orofaringe.

Lesões pré-malignas

As duas mais frequentes são as leucoplasias e as eritroplasias. As leucoplasias são lesões de cor branca, que podem surgir na superfície das mucosas dos lábios, da língua, das pregas vocais ou em outras localizações. Em 20% dos casos, já apresentam áreas de transformação maligna no momento em que são diagnosticadas. As eritroplasias são lesões avermelhadas, que em 80% dos casos estão associadas a tumores malignos.

Tanto as leucoplasias como as eritroplasias podem conter alterações classificadas como displasias, lesões pré-malignas que podem ser leves, moderadas ou graves. As displasias podem evoluir para lesões malignas localizadas, que não invadem os tecidos vizinhos, conhecidas como carcinoma in situ. Sem tratamento, o carcinoma in situ eventualmente se torna invasivo, penetra os tecidos vizinhos e se espalha por outros órgãos.

Depressão imunológica

Pacientes que receberam transplantes de órgãos e tomam imunossupressores para evitar rejeitá-los, portadores do vírus HIV e outros portadores de deficiências imunológicas têm maior probabilidade de desenvolver câncer de cabeça e pescoço.

Infecção pelo vírus Epstein-Barr

Os carcinomas associados ao vírus Epstein-Barr costumam localizar-se na nasofaringe e ocorrem especialmente em pacientes de origem oriental.



Fatores de risco que levam ao aparecimento do câncer de cabeça e pescoço.


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quarta-feira, 27 de abril de 2022

Alimentação Saudável é aliada no combate à Hipertensão





Bons hábitos alimentares previnem deficiências nutricionais, favorecem a saúde, melhoram a função imunológica e protegem contra as doenças infecciosas. Mas você sabia que a alimentação saudável contribui, também, para a proteção contra males crônicos não transmissíveis, como diabetes, acidente vascular cerebral, doenças cardíacas, alguns tipos de cânceres e hipertensão arterial?

Como estas doenças crônicas não transmissíveis estão entre as principais causas de morbidade, incapacidade e morte no Brasil e no mundo é bom, não só saber, como passar a ter mais atenção com sua alimentação. Refeições saudáveis são aquelas preparadas com alimentos in natura e minimamente processados, com qualidade e quantidade adequada aos ciclos da vida, compondo refeições coloridas e saborosas, que incluem alimentos tanto de origem vegetal quanto animal.

Especialmente, em relação à hipertensão, o sucesso do tratamento com medidas nutricionais depende da adoção de um plano alimentar saudável e sustentável. A dieta deve enfatizar o consumo de frutas, hortaliças e laticínios com baixo teor de gordura; inclui a ingestão de cereais integrais, frango, peixe e frutas oleaginosas; preconiza a redução da ingestão de carne vermelha, doces e bebidas com açúcar.

De olho no sódio

O controle da ingestão de sódio na alimentação diária é indispensável. Esse cuidado é importante para todos e ainda mais importante para pessoas que necessitam de uma restrição de sódio na alimentação, como indivíduos hipertensos ou com doenças renais. Como fazer? Comece limitando o consumo de produtos ultraprocessados e a adição de sal no preparo dos alimentos, evitando o consumo de temperos e condimentos industrializados.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo adequado de sódio para um indivíduo saudável é de cerca de 2.400 mg ao dia, valor que equivale a 5 g/dia de sal de cozinha. No entanto, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), 2008-2009, o consumo médio diário de sal do brasileiro é de 11,4 g, ou seja, mais que o dobro da recomendação.

Algumas mudanças ajudam na diminuição do consumo do sal, ajudando no combate aos efeitos da hipertensão.

Tempero Caseiro

Uma boa opção para reduzir o consumo de sal é o preparo caseiro do tempero de alho e sal. O alho oferece proteção cardiovascular decorrente de suas propriedades antioxidantes e hipocolesterolêmicas. Outra alternativa é o uso de ervas aromáticas e que podem ser cultivadas em casa, como coentro, salsa, alecrim, manjericão, orégano e tomilho. Os temperos “instantâneos”, como temperos prontos de alho e sal e os temperos industrializados para saladas e outros alimentos, não são recomendados por possuírem grandes quantidades de sódio e gorduras, além de outros aditivos.

Quantidade

Utilize sal em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar pratos. Desde que utilizado com moderação em preparações culinárias com base em alimentos in natura ou minimamente processados, o sal contribui para diversificar e tornar mais saborosa a alimentação sem que fique nutricionalmente desbalanceada.

Evite os ultraprocessados

Faça uso moderado de sal no preparo da comida e restrição do uso de alimentos ricos em sódio como enlatados, embutidos, conservas, molhos prontos, molho de soja (shoyo), macarrão instantâneo, caldos de carnes, temperos prontos, defumados, snacks, laticínios, carnes conservadas no sal e refeições prontas.

Substitua

Nas preparações culinárias utilize temperos naturais para substituir o sal como, por exemplo, açafrão, alecrim, alho, canela, cebola, coentro, cravo, coentro, folhas de louro, gengibre, hortelã, limão, manjericão, manjerona, orégano, pimentão, salsinha, sálvia, tempero verde, vinagre, limão e adobo. Assim, é possível realçar o gosto dos alimentos e reduzir a quantidade de sal.

Oleaginosas

As frutas oleaginosas, como nozes, castanhas, amendoim, amêndoas e pistache contém baixo teor de sódio e quantidades significativas de substâncias que podem auxiliar na redução da pressão como gorduras monoinsaturadas, magnésio, potássio, cálcio e substâncias antioxidantes como os polifenóis e o selênio.

Frutas

As frutas são ricas em várias vitaminas, fibras, minerais e substâncias antioxidantes. Todos esses compostos presentes nas frutas podem auxiliar na redução da pressão, com efeitos benéficos para a saúde dos vasos, o que pode contribuir para a redução da pressão.

Aveia

A aveia é um alimento rico em proteínas e fibras. Adicionar aveia na dieta aumenta a saciedade e contribui para a diminuição dos níveis de colesterol e glicose no sangue





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