segunda-feira, 30 de março de 2020
Quando o coronavírus ataca, as células humanas se tornam fábricas de vírus
Medicamentos desenvolvidos para outras doenças podem ser úteis no tratamento de pacientes com COVID-19.
Marzo 29 2020 - Um pouco de uma busca cega. Um medicamento para esquizofrenia ou síndrome de Parkinson pode ajudar a combater o coronavírus. E se combinado com outro com um efeito diferente, um poderoso antiviral pode ser produzido. Essa é a pesquisa que não possui um termo definido. Milhões a esperam.
Tudo começa na superfície das células, quando o vírus se apega à proteína que normalmente ajuda a regular a pressão sanguínea. A célula inconscientemente carrega o vírus para dentro, onde o vírus emite suas ordens: crie mais vírus.
Sem seu próprio equipamento, o vírus ordena que os mecanismos das células copiem seu código genético, produzam mais vírus e tragam os germes para a superfície da célula, de onde infectam outras células.
Os medicamentos já disponíveis nas farmácias podem atuar em diferentes partes desse processo. Embora eles não tenham sido criados como antivirais, na corrida para lidar com o crescente surto de coronavírus, os cientistas esperam que esses medicamentos existentes possam ajudar um pouco.
"Não temos o luxo de um programa de descoberta de cinco anos. Precisamos dos agentes agora”, disse Warner Greene, médico e pesquisador do Instituto Gladstone de Virologia e Imunologia.
A busca produziu algumas possibilidades implausíveis. Medicamentos contra o câncer, medicamentos para problemas cardíacos, medicamento para esquizofrenia e tratamento para a doença de Parkinson tornaram-se possíveis candidatos. Já existem evidências de um medicamento antimalárico chamado cloroquina.
Formas misteriosas
Apesar de toda a ciência por trás do desenvolvimento de medicamentos, os cientistas geralmente não sabem exatamente como eles funcionam.
"Em muitos casos, não conhecemos todos os mecanismos", disse o virologista Jason Kindrachuk, da Universidade de Manitoba. "Às vezes descobrimos que existem efeitos que não reconhecemos inicialmente".
Esses tratamentos podem ser úteis porque os medicamentos geralmente têm vários efeitos. Nossas células freqüentemente usam o mesmo maquinário para realizar tarefas diferentes, disse Kindrachuk, e um medicamento que atua em uma parte do maquinário pode causar mais de um resultado.
Às vezes, os resultados são efeitos indesejados. Mas às vezes oferecem oportunidades para tratar condições completamente diferentes.
Depois que os homens carecas tomaram o medicamento Minoxidil para pressão alta, o medicamento se tornou o lucrativo produto para o crescimento do cabelo chamado Rogaine.
O Viagra foi desenvolvido originalmente para tratar dores no peito causadas por problemas cardíacos. Seu impacto na disfunção erétil foi uma surpresa inesperada - e lucrativa.
Melhor juntos
Mas uma droga projetada para outro objetivo não necessariamente funcionará bem contra o vírus.
"Acho que poderíamos encontrar um medicamento que seja moderadamente eficaz ou vários medicamentos que sejam moderadamente eficazes", disse Greene. "E então a pergunta é: o que acontece se você juntar esses dois medicamentos moderadamente eficazes? Eles podem criar sinergia e formar um antiviral realmente poderoso? Esse é o nosso plano ".
Um grupo está revisando milhares de medicamentos para determinar se eles trabalham contra o vírus em um tubo de ensaio. Ele espera ter resultados em dois a três meses. Várias equipes estão trabalhando com estratégias semelhantes, usando robôs para realizar vários testes ao mesmo tempo.
Outros cientistas estão trabalhando para descobrir como o vírus interage com os diferentes processos que ocorrem nas células humanas e procurando medicamentos que atuam nesses processos.
São investigações iniciais. Qualquer medicamento que pareça promissor nesses testes precisará ser testado em animais e depois em pequenos grupos de pessoas, para garantir que a cura não seja pior que a doença.
Greene adverte que é um processo longo.
"É um primeiro passo", disse ele. "Existem muitas pistas falsas aqui. Mas elas são pistas". Original em espanhol, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Lapatilla.
domingo, 29 de março de 2020
Pai Nosso - Elizabete Lacerda (Pe Marcelo Rossi) - Boa noite!!
Pai Nosso por
Elizabete Lacerda
Algumas canções se eternizam, e Pe Marcelo Rossi eternizou essa canção.
Cantá-la é hoje um hino ! A oração que Jesus nos ensinou.
A intenção não é comercializar, mas levar um pouco de paz e consolo a
quem a escuta.
Evangelizar cantando, tarefa de todo aquele que recebeu de Deus
"talentos". Não se pode enterrá-los... jamais!
Para vcs, com carinho, Pai Nosso!
"Cantar...para mim uma alegria, um prazer, uma oração constante.
Agradeço a Deus a oportunidade de "evangelizar cantando" .
Agradeço aos compositores iluminados que recebem essas dádivas tão
preciosas e as repartem conosco!
Obrigada! Obrigada!
Elizabete Lacerda
Coronavírus: O que a covid-19 faz com o seu corpo
20 de mar. de 2020
O coronavírus se propaga quando a gente inala gotículas que uma pessoa infectada no espirro ou na tosse. Ou quando a gente toca uma superfície onde essas gotas caíram e colocamos as mãos nos olhos, no nariz ou na boca, por isso a importância de lavar bem as mãos e evitar tocar o rosto.
Mas e se a prevenção não funcionar e contrairmos o novo coronavírus? Neste vídeo, explicamos o que pode acontecer dentro do seu corpo.
Leia a reportagem: https://www.bbc.com/portuguese/intern...
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obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
O que é o isolamento vertical que Bolsonaro quer e por que especialistas temem que cause mais mortes?
Mariana Sanches - @mariana_sanches
Da BBC News Brasil em Washington
- 25 março 2020
Um grupo de cientistas tem desafiado
a orientação majoritária entre os epidemiologistas e defendido que as
medidas de distanciamento social da população contra o coronavírus sejam
relaxadas e substituídas pelo isolamento de grupos específicos de
pessoas, aqueles com maior risco de morrer ou desenvolver quadros
graves: idosos, diabéticos, cardíacos e pessoas com algum
comprometimento pulmonar.
Para esses epidemiologistas, os
escassos dados disponíveis apontam que a doença não é tão devastadora
para a população em geral e, por isso, seria possível contê-la sem
enfrentar as massivas perdas econômicas que o atual modelo de contenção
pode causar. As conclusões são vistas com desconfiança e cautela no mundo médico, já que a falta de dados não permite conclusões tão generalizantes para a maior parte dos profissionais.
O risco, dizem os críticos, é que teorias como essa possam estar equivocadas e levar o mundo todo a um colapso completo de saúde.
- Coronavírus: o que diz a Ciência sobre 6 pontos do discurso de Bolsonaro
- Golpe a nacionalismo e impulso a cooperação: como crise do coronavírus pode afetar futuro global
Algo semelhante foi tentando no Reino Unido, que recuou do plano nesta semana, após indicativos de que seu sistema de saúde podia entrar em colapso, e determinou que seus cidadãos deveriam manter amplo isolamento social adotando o fechamento de escolas e comércios como tem sido a tônica das medidas ao redor do mundo.
Não está claro ainda se EUA ou Brasil vão adotar o isolamento vertical como arma central no combate à pandemia, mas os dois mandatários já se posicionaram publicamente a favor dessa linha de atuação.
Oito dias depois de decretar estado de emergência e recomendar que todos os americanos ficassem em casa, na segunda, dia 23, Trump afirmou que "os Estados Unidos estarão novamente abertos a negócios em breve. Muito em breve. Muito antes de três ou quatro meses que alguém sugeriu. Muito antes. Não podemos deixar que a cura seja pior que o próprio problema".
E reconheceu que contrariava os médicos que o assessoram nessa nova orientação. Segundo Trump, a sugestão desses profissionais da saúde seria "manter o país fechado por alguns anos". "Você não pode fazer isso com um país, especialmente a economia número 1 do mundo", afirmou.
Nesta terça, 24, em pronunciamento em rede nacional, Bolsonaro seguiu a mesma linha, criticou o confinamento por seus efeitos econômicos e na manhã da quarta, 25, disse que "a orientação vai ser o [isolamento] vertical daqui pra frente".
Nos Estados Unidos, a projeção é de que a economia encolha em até 24% no segundo trimestre. A taxa de desemprego voltaria ao patamar de 10%, como durante a crise de 2008.
No Brasil, a expectativa de crescimento do PIB foi zerada para o ano de 2020. Os cenários para número de desempregados oscilam de 20 milhões a 40 milhões, a depender do órgão responsável pelo cálculo.
Afinal, o que é confinamento vertical?
Um dos médicos a formularem esse método é David Katz, diretor do Centro de Pesquisa em Prevenção Yale-Griffin.Em um artigo publicado no jornal The New York Times, Katz explica a estratégia com uma metáfora bélica. De acordo com o médico, em um momento de "guerra" contra o coronavírus, os governos podem optar por confrontos abertos, com seus resultados mortíferos e efeitos colaterais graves, ou adotar um ataque cirúrgico, com foco específico no ponto de maior perigo.
Para Katz, ordenar quarentena forçada em um país, com fechamento de comércios e escolas, e proibição de circulação de pessoas a menos que por motivos essenciais é o equivalente ao "confronto aberto bélico".
O ataque cirúrgico seria isolar os grupos de risco conhecidos - idosos e pessoas com doenças anteriores - concentrando neles também os recursos de saúde para tratamento e prevenção e deixando o restante da população a mercê dos efeitos do vírus que, em geral, provocam infecções leves e autolimitadas.
A argumentação de Katz se sustenta em números da epidemia obtidos na Coreia do Sul, onde o coronavírus a se espalhou e foi rapidamente contido graças a uma estratégia de testagem massiva da população e de rastreamento de pessoas que estariam potencialmente infectadas.
"Os dados da Coreia do Sul, os melhores a rastrear os efeitos do coronavírus até agora, indicam que 99% dos casos de doenças na população em geral são 'leves' e não necessitam de atendimento médico. A pequena porcentagem que necessita de intervenção hospitalar se concentra entre aqueles com 60 anos ou mais, e tanto mais quanto mais velhos forem os pacientes. Aqueles com mais de 70 anos têm 3 vezes mais chances de morte do que os com idades entre 60 e 69 anos, enquanto aqueles acima de 80 têm o dobro de risco de mortalidade em relação aos pacientes entre 70 e 79 anos", escreveu ele no Times.
No raciocínio teórico, ao deixar a maior parte da população fora do risco exposta ao patógeno, a sociedade desenvolveria a chamada "imunidade de rebanho" - um contingente populacional cada vez maior teria anticorpos para derrotar o vírus antes mesmo que ele se instalasse e pudesse se reproduzir e se espalhar, o que levaria ao fim da pandemia.
"Estou profundamente preocupado que as consequências sociais, econômicas e de saúde pública desse colapso quase total da vida normal - escolas e empresas fechadas, reuniões proibidas - sejam duradouras e calamitosas, possivelmente mais graves do que o número direto de vítimas do próprio vírus. O mercado de ações voltará com o tempo, mas muitas empresas nunca o farão. O desemprego, o empobrecimento e o desespero que provavelmente resultarão serão flagelos de saúde pública de primeira ordem", escreve Katz.
Os argumentos de Katz são compartilhados pelo médico epidemiologista John Ioannidis, codiretor do Centro de Inovação e Pesquisa da Universidade de Stanford.
Em um artigo para o site StatNews, ele afirma que as estatísticas até agora indicam uma mortalidade de 1% dos doentes por coronavírus.
"Se isso for verdade, confinar o mundo todo com um potencial gigantesco de consequências sociais e financeiras é irracional. É como um elefante sendo atacado por um gato doméstico que, para evitar o aborrecimento do gato, pula de um precipício e morre", escreveu.
Críticas da comunidade científica
A teoria de Katz e Ioannidis se tornou música para os ouvidos de equipes econômicas governamentais que tentam fechar as contas públicas em meio à perspectiva de recessão."Nenhuma sociedade pode proteger a saúde pública por muito tempo, às custas de sua saúde econômica. Mesmo os recursos dos EUA para combater uma praga viral não são ilimitados. A América precisa urgentemente de uma estratégia de pandemia mais econômica e socialmente sustentável que o atual confinamento", resumiu o editorial do jornal The Wall Street Journal, conhecido por expressar o pensamento da elite econômica americana, há uma semana.
No Brasil, as conclusões dos dois epidemiologistas ganharam adeptos na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, em busca de uma saída mais suave para a crise da saúde pública.
O problema é que, por enquanto, o isolamento vertical é apenas uma hipótese. Katz e Ioannidis têm sido duramente criticados por, segundo seus pares, extrapolar inferências a partir de premissas pouco confiáveis.
De acordo com a última estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), seria necessário aumentar em ao menos 80 vezes o número de testes de laboratório para coronavírus ao redor do mundo para que fosse possível entender com precisão o alcance da pandemia e seu potencial de letalidade.
De acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, há ainda falta de máquinas para rodar os testes e até de cotonetes para coletá-los. O problema é generalizado e atinge mesmo países ricos, como os Estados Unidos.
Isso quer dizer que os dados disponíveis sobre a pandemia até agora são apenas uma peça do quebra-cabeças, incapaz de indicar o que seria sua imagem completa.
Ainda assim, o próprio Ioannidis reconhece que "no pior cenário, se o novo coronavírus infectar 60% da população global e 1% das pessoas infectadas morrerem, isso se traduzirá em mais de 40 milhões de mortes em todo o mundo, correspondendo à pandemia de influenza de 1918".
Mais mortes que o estimado
Mas há ainda controvérsia sobre a taxa de mortalidade da pandemia. Os dados da China, onde houve o primeiro epicentro da doença, e da Itália, o segundo foco global, colocam em xeque as conclusões obtidas a partir de dados da Coreia do Sul, onde a contaminação foi menor, mais controlada e contou com um sistema hospitalar em plenas condições de responder a todos os casos.Na China, a taxa de doentes com covid-19 que morreram está em 4%. Entre os italianos infectados, o percentual de mortes ficou em 9,8%. Ambos são muito superiores ao 1% dos coreanos.
Se essa taxa prevalecer em outros países, as perdas de vidas humanas serão significativamente maiores do que Katz e Ioannidis estão estimando.
Para Harry Crane, professor de estatística da Universidade Rutgers, o erro de Katz e Ioannidis foi se deixar levar pelo desejo de negar uma situação que pode causar desespero.
"Sob grave incerteza, é instinto natural e bom senso esperar pelo melhor, mas se preparar para o pior", escreveu Crane, em resposta ao artigo de Ioannidis.
Isso porque a taxa de mortalidade não depende apenas dos quadros de saúde que o próprio vírus pode produzir, mas da capacidade de resposta das sociedades de tratar esses doentes.
Como isolar grandes grupos de risco?
Para piorar, a solução que ambos sugerem, confinar grupos de risco, parece impraticável na maior parte dos países. Primeiro porque os grupos de risco conhecidos até agora, como idosos, cardíacos e diabéticos são numerosos.Nos EUA, os idosos são 15% da população. E 40% dos americanos com mais de 20 anos são obesos, condição que predispõe a diabetes e cardiopatias. No Brasil, 13,5% das pessoas têm mais de 60 anos e 20% são obesas.
Na prática, a medida sugerida pelos pesquisadores representaria isolar algo como 2 em cada 5 americanos ou 1 em cada 5 brasileiros. Para complicar, muitas pessoas nessas condições não moram sozinhas, o que tornaria ainda mais complexo mantê-las isoladas do risco de contrair o vírus.
Além disso, os grupos de risco podem não se restringir aos perfis conhecidos até agora. O próprio Katz admite o problema: "Certamente, embora a mortalidade seja altamente concentrada em alguns grupos, ela não para por aí. Existem histórias comoventes de infecção grave e morte por covid-19 em pessoas mais jovens, por razões que desconhecemos".
No entanto, se for descoberto que o ideal é isolar idosos e jovens, a proposta do isolamento vertical em quase nada difere do que está sendo feito no atual confinamento que Katz critica.
Adicionalmente, até chegar ao ponto em que existe a chamada "imunidade de rebanho", o desejado na teoria do isolamento vertical, os cientistas estimam que ao menos 3 em cada 5 pessoas da população de cada país precisariam ter sido contaminadas.
"Não há como garantir que apenas os jovens sejam infectados. Você precisa de 60% a 70% da população infectada e recuperada para ter uma chance de desenvolver imunidade ao rebanho, e não existe esse percentual de pessoas jovens e saudáveis nem Reino Unido nem em qualquer outro lugar. Além disso, muitos jovens têm casos graves da doença, sobrecarregando os sistemas de saúde e um número não tão pequeno deles morre", alertou Nassim Nicholas Taleb, professor de engenharia de risco da New York University, especialista nesse tipo de modelo, em um artigo no jornal britânico Guardian em que expõe as falhas na premissa do isolamento vertical que levaram o primeiro-ministro do país, Boris Johnson, a mudar de posição sobre o assunto.
A desmobilização que a teoria produz
Por fim, se a estratégica de isolamento vertical falhar, chega-se ao problema seguinte: o colapso do sistema de saúde, abarrotado de doentes e com falta de suplementos médicos e respiradores."Em situações 'normais', apenas um entre 5 pacientes em estado crítico morre, daí a taxa de mortalidade (mortes por total de infectados) de 0,9% na China, fora de Hubei (epicentro inicial da doença). Quando os hospitais estão congestionados e o acesso a unidades de terapia intensiva é racionado, 9 em cada 10 pacientes em estado crítico morrem (daí a taxa de mortalidade de 4,5% em Hubei)", afirma o economista italiano Luigi Zingales em um artigo publicado na página da escola de negócios da Universidade de Chicago.
Segundo Zingales, manter as pessoas em casa e apoiar a economia não é uma questão do que seria moralmente correto para os governos, mas do que seria economicamente mais vantajoso.
Ele examina o caso americano. A OMS estima que algo em torno de 200 milhões de pessoas serão infectadas pelo vírus nos Estados Unidos. Dessas, 5% chegarão a condições críticas - algo como 10 milhões de pessoas.
A Agência de Proteção Ambiental dos EUA estima que cada vida humana valha US$ 10 milhões para a economia. Esse valor é um terço menor em pessoas com mais de 65 anos - em torno US$7 milhões.
De acordo com o raciocínio de Zingales, se os EUA enfrentarem o caos e perderem 9 em cada 10 desses casos críticos, ou seja, 9 milhões de pessoas, ele terá perdido financeiramente mais de US$ 60 trilhões - mais de duas vezes o PIB anual do país.
Logo, segundo ele, faria sentido aprovar o pacote de US$ 2 trilhões de estímulo à economia e arcar com o custo da paralisação da atividade econômica por quase quatro meses, já que o risco de tentar impedir essa queda poderia levar a uma catástrofe de custo exponencialmente maior.
Para os críticos do isolamento vertical, ao propalar uma possível solução que pode se provar falsa, esses pesquisadores dariam à pandemia condição de se espraiar.
Epidemias funcionam em cadeia, com a contaminação espalhando em cascata por diferentes e mais numerosos grupos, de modo que, se não foi interrompida cedo, pode ser impossível contê-la mais tarde.
"A mensagem de Ioannidis nos coloca em risco de atrasar a resposta crítica e dessensibilizar o público para os riscos reais que enfrentamos. Para um problema dinâmico e complexo, como o coronavírus, sempre queremos mais informação, mas temos que lidar com o que temos. Este não é um projeto de pesquisa acadêmica. É vida real, em tempo real. Diante da grave incerteza, não podemos adiar a ação aguardando mais evidências ou eliminar riscos catastróficos, alegando que é irracional tomar medidas defensivas drásticas" afirma Crane.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52043112
Coronavírus: saiba as regras aprovadas pela Câmara para acessar o auxílio emergencial de R$ 600
Mariana Schreiber - @marischreiber
Da BBC News Brasil em Brasília
- 27 março 2020
(Texto atualizado às 16h02 de 27 de março de 2020.)
A
Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira um auxílio emergencial de
R$ 600 por mês para trabalhadores autônomos, desempregados e
microempreendedores de baixa renda, com objetivo de proteger segmentos
mais vulneráveis em meio à crise econômica gerada pela pandemia do
coronavírus.
Para que o benefício entre em vigor, no entanto, a
proposta ainda precisa ser aprovada pelo Senado e receber sanção do
presidente Jair Bolsonaro.
A previsão é que os senadores votem a matéria na segunda-feira (30/3).
Em seguida, o governo editará um decreto sobre como será o pagamento.
O
texto aprovado pelos deputados prevê que o auxílio emergencial terá
duração inicial de três meses, podendo ser prorrogado por mais três
meses.
A proposta também estabelece que até dois membros da mesma
família poderão receber o benefício, somando uma renda domiciliar de R$
1.200. Já mulheres que sustentam lares sozinhas poderão acumular dois
benefícos individualmente.
A proposta inicial do governo
Bolsonaro, anunciada na semana passada, era conceder R$ 200 por
trabalhador autônomo. No entanto, parlamentares passaram a defender um
benefício maior, a partir de R$ 500. Antes da votação, o Palácio do
Planalto concordou em elevar o auxílio para R$ 600.
Segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o valor maior é
necessário para permitir que os brasileiros deixem de trabalhar e fiquem
em casa, contribuindo para reduzir a transmissão do coronavírus na população.
"A
proposta (inicial) do governo é pequena para aquilo que a população
precisa. Eu entendo o governo, que ainda trabalha com a questão do
impacto fiscal, mas, neste momento, não é o mais importante. O
importante é que todos nós, em conjunto, possamos gerar as condições
mínimas para que os brasileiros possam manter a determinação do
Ministério da Saúde, da OMS (Organização Mundial de Saúde), dos Estados e
das prefeituras (de ficar em isolamento)", defendeu Maia, antes do
governo aceitar o benefício maior.
A previsão do governo é que o
auxílio atenda mais de 24 milhões de pessoas, o que representará um
gasto de ao menos R$ 14,4 bilhões por mês.
Entenda a seguir as regras aprovadas pela Câmara.
Quais os requisitos para solicitar o auxílio?
Segundo
o texto aprovado na Câmara, terá direito ao benefício quem for maior de
18 anos, não tiver emprego formal e não receber benefício
previdenciário (aposentadoria) ou assistencial (como o BPC).
Os
deputados estabeleceram também limites de renda para solicitação do
auxílio. Não poderão receber o benefício pessoas cuja renda mensal total
da família for superior a três salários mínimos (R$ 3.135) ou que a
renda per capita (por membro da família) for maior que meio salário
mínimo (R$ 522,50).
Além disso, não terá direito quem tenha recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.
Que categorias de trabalhadores estão incluídas nesses critérios?
Cumpridos os requisitos acima, o texto aprovado
pelos deputados prevê que poderão solicitar o benefício inclusive
trabalhadores registrados como microempreendedor individual (MEI) e
trabalhadores por conta própria que contribuem de forma individual ou
facultativa para o INSS.
Não poderão receber o auxílio
trabalhadores com carteira de trabalho assinada e funcionários públicos,
inclusive aqueles com contrato temporário.
Quem recebe Bolsa Família pode requisitar?
O
novo auxílio aprovado pela Câmara não poderá ser acumulado com o Bolsa
Família. No entanto, o beneficiário do programa poderá optar por receber
o auxílio emergencial no lugar do Bolsa Família, já que o novo
benefício tem valor maior.
Será preciso estar no Cadastrado Único?
A
ideia é que o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal
(CadÚnico) seja usado para facilitar a liberação do benefício, mas o
texto aprovado na Câmara não estabelece o cadastro como exigência para
solicitar o auxílio.
O Cadastro Único é um banco de dados do
governo em que brasileiros precisam estar registrados para receber
benefícios como o Bolsa Família e o BPC.
Como a renda será verificada?
A
renda familiar que será considerada é a soma dos rendimentos brutos dos
familiares que residem em um mesmo domicílio, exceto o dinheiro do
Bolsa Família.
A renda média da família será verificada por meio
do CadÚnico para os inscritos no sistema. Os não inscritos farão
autodeclaração por meio de uma plataforma digital.
Segundo o
deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), autor do projeto de lei que foi
adaptado pelos deputados para criação do auxílio emergencial, o governo
federal tem ferramentas para cruzar dados e checar se a renda do
solicitante se enquadra nos limites do programa.
Como o benefício poderá ser solicitado?
O texto prevê que o governo federal deverá
regulamentar como o benefício será concedido. O ministro da Economia,
Paulo Guedes, disse na semana passada que a ideia é usar a Caixa
Econômica Federal para operacionalizar a distribuição do auxílio.
"A
Caixa Econômica Federal tem 26 mil postos de atendimento. Já estão
sendo preparados", afirmou, em entrevista ao portal de notícias Poder
360.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse nesta
sexta-feira (27/3) que o banco ainda aguarda a aprovação do novo auxílio
pelo Senado e a publicação do decreto do governo regulamentando como
será o pagamento do benefício. Ele explicou que a ideia é escalonar o
pagamento, assim como ocorreu quando houve liberação de saque do FGTS em
2019. Quem não tiver conta na Caixa poderá transferir o benefício para
outro banco gratuitamente.
"A Caixa, como sempre, realizará pela
agências (bancárias), pelas lotéricas, pelos correspondentes (bancários)
e pelo celular a grande maioria desses pagamentos", disse ainda
Guimarães.
Limite de benefício por família?
O
texto aprovado prevê que até duas pessoas por família poderão receber o
benefício, limitando o auxílio a R$ 1.200 por núcleo familiar. No
entanto, mulheres que sustentam suas famílias sozinhas poderão acumular
individualmente dois benefícios.
Duração do benefício?
A
proposta aprovada na Câmara estabelece duração inicial de três meses,
havendo possibilidade de o governo prorrogar por mais três meses durante
o período de enfrentamento emergencial do coronavírus.
E o salário dos trabalhadores formais?
Com
a paralisação de diversas atividades econômicas no país devido à
quarentena imposta a boa parte da população, empresas terão forte
redução de receitas e podem ter dificuldade para pagar salários. Por
isso, o governo prepara regras emergenciais que permitirão a redução
temporária de salários.
Bolsonaro chegou a editar uma Medida
Provisória no domingo que permitia suspender salários de empregados com
carteira assinada por até quatro meses, sem qualquer compensação aos
trabalhadores. O presidente recuou da medida após fortes críticas e o
Ministério da Economia trabalha em outra proposta em que o governo
garantirá uma renda mínima às pessoas afetadas.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52059036?fbclid=IwAR06sJQDn1LpNY5FmMqclyzT0rkZZp_MM1PHODQYHXxHKnVNqfqtI-9Rg5Y
Pacientes Imunossuprimidos e orientações de convivio
por Priscila Torres
Suas mãos e objetos tocados podem ser fonte de contaminação.
Ex.: pode ser uma caixa ao lado da porta de entrada.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
Carla
https://artritereumatoide.blog.br/pacientes-imunossuprimidos-e-orientacoes-de-convivio/
Pacientes Imunossuprimidos e orientações de convívio
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Post importante para meus pacientes e seguidores!
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Post importante para meus pacientes e seguidores!
Compartilhe com outras pessoas as ORIENTAÇÕES de CONVÍVIO durante a pandemia do COVID-19:
• As medidas de proteção individual são de extrema importância para você e os parentes que moram na mesma residência.
Suas mãos e objetos tocados podem ser fonte de contaminação.
• Se precisar ir ao trabalho, reforce a lavagem das mãos constantemente. Faça uso também do álcool gel, quando não puder lavar.
• Troque sua roupa assim que chegar em casa e coloque logo para lavar.
• Deixe sapatos e bolsas em área isolada.
Ex.: pode ser uma caixa ao lado da porta de entrada.
• Higienize seus objetos pessoas: chaves, celular, óculos.
• O ideal é que as pessoas de risco tenham seu próprio banheiro. Caso não seja possível, ele deve ser higienizado após seu uso.
• Não compartilhe utensílios pessoais como talheres e copos.
• Superfícies que não podem ser limpas com detergente ou desinfetante devem ser limpas com álcool 70%.
Como você está se cuidando nessa quarentena?
Dra. Patrícia Macêdo
CRM 9447 CE | RQE 7745
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#REPOST @drapatriciamacedoreumato
CRM 9447 CE | RQE 7745
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#REPOST @drapatriciamacedoreumato
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
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https://artritereumatoide.blog.br/pacientes-imunossuprimidos-e-orientacoes-de-convivio/
Médica reumatologista fala sobre doenças reumáticas e o Coronavírus
por Priscila Torres
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
Os sintomas mais comuns são de leves a
moderados, que incluem febre, fadiga, tosse seca e coriza, além de casos
como dores no corpo, congestão nasal, dor de garganta e diarreia. A
grande maioria, cerca de 80% das pessoas se recuperam da doença sem
tratamento especial.
O grupo de risco está em pacientes acima
dos 60 anos, com outars doenças crônicas como diabetes,
bronquites,doenças cardíacas e pulmonares, ou em tratamento de câncer,
por exemplo.
Segundo a médica Cláudia Goldenstein
Schainberg, é possível que pacientes imunossuprimidos tenham a infecção
de maneira mais grave. “Os pacientes reumáticos que usam
imunossupressores ou imunobiológicos podem obter maior risco de contrair
a doença. Por isso, é necessário que eles se mantenham em casa,
distante do contato com aglomerações, lavando as mãos frequentemente e
higienizando objetos”, explica a médica.
Segundo a médica, a recomendação é de
que pacientes com doenças reumáticas em atividade, como o lúpus,
mantenham-se em quarentena. “Caso sintam sintomas semelhantes ao novo
coronavírus, como a febre alta e a falta de ar, busquem o médico para
avaliação e tratamento”, ressalta.
Uma dúvida frequente dos pacientes é
sobre o agravamento da doença reumática se contrair o coronavírus. A
profissional explica. “Não existe ainda evidências sobre esse assunto,
pois o vírus ainda é muito novo e de curta duração. A comunidade médica
está trabalhando arduamente neste sentido, mas tudo ainda é muito
recente para conclusões”, ressalta.
Mais uma dúvida dos pacientes é sobre os
resultados positivos da cloroquina, agente indicado em muitas doenças
reumáticas, anunciado nos últimos dias. “É importante deixar claro que,
até o momento, não existem evidências suficientes, que indiquem o uso do
medicamento em casos de infecção pelo coronavírus.A ciência está
descobrindo maneiras de combate, mas é importante não se automedicar e
buscar auxílio médico com as recomendações de tratamento indicadas pela
OMS (Organização Mundial da Saúde) e do médico que acompanha o caso”,
finaliza Cláudia GoldensteinSchainberg.
Sobre Cláudia Goldenstein Schainberg
Dra. Cláudia Goldenstein Schainberg é especialista em Reumatologia e
Reumatologia Pediátrica. Possui graduação em Medicina pela Universidade
Federal da Bahia (1985), mestrado em Medicina (Reumatologia) pela
Universidade de São Paulo (1993) e doutorado em Medicina (Reumatologia)
pela Universidade de São Paulo (1997).
Fez Fellowship no New England Medical
Center e Boston Floating Hospital, Tufts University em Boston, EUA e na
Toronto University, Toronto, Canadá (1988).
Atualmente exerce atividades de
assistência, ensino e pesquisa na Faculdade de Medicina da USP, onde
chefia o Laboratório de Imunologia Celular do LIM-17 e o Ambulatório de
Artrites da Infância.
É médica assistente do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, atuando
nos Ambulatórios de Osteoartrite (artrose), Gota e Espondiloartrites.
Também faz parte do corpo clínico dos hospitais Israelita Albert Einstein, Sírio Libanês e Alemão Oswaldo Cruz.
Fonte: Jornal Primeira Página.
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abs
Carla
https://artritereumatoide.blog.br/medica-reumatologista-fala-sobre-doencas-reumaticas-e-o-coronavirus/?fbclid=IwAR3ftrG_p5StjITuotc31dY-jSzw5CPEu3diUKFxSFjL492NOJQnyPfHXBQ
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sábado, 28 de março de 2020
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