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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Novidades no Tratamento dos Tumores Cerebrais em Crianças

Novidades no Tratamento dos Tumores Cerebrais / Sistema Nervoso Central em Crianças
 
 
 
Pesquisas sobre tumores cerebrais e do sistema nervoso central estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em prevenção, detecção precoce e tratamentos:

  • Alterações Genéticas

Os pesquisadores continuam investigando as alterações nos genes que resultam em tumores cerebrais e da medula espinhal. A esperança é que compreendo melhor estas alterações genéticas possam melhorar as formas de tratamento destes tumores.

Recentemente, os pesquisadores descobriram que o meduloblastoma pode ser dividido em quatro tipos principais, com base nas alterações genéticas das células tumorais. Alguns destes tipos de tumores têm um prognóstico melhor do que outros. Será possível, a curto prazo, usar essas informações para ajudar a decidir quais crianças podem precisar de um tratamento mais ou menos intensivo.

  • Técnicas de Imagem e Cirúrgicas

Os recentes avanços tornaram a cirurgia de tumores cerebrais muito mais segura e eficaz. Essas técnicas incluem a ressonância magnética funcional (fMRI), que pode identificar áreas importantes do cérebro, e a cirurgia guiada por imagens, que permite a remoção do tumor de forma segura.
Novas técnicas radioterápicas, como radioterapia conformacional tridimensional, radioterapia de intensidade modulada e radioterapia conformacional com feixes de prótons, permitem que os radioterapeutas planejem o tratamento de forma que a maior dose de radiação seja liberada diretamente no órgão alvo.

O cérebro é muito sensível à radiação, o que pode levar a efeitos secundários, se o tecido cerebral normal receber uma dose alta de radiação, especialmente se a criança for muito pequena. Os protocolos clínicos mostraram que em algumas situações, administrar a quimioterapia pode permitir doses mais baixas de radioterapia sem reduzir a eficácia do tratamento. Os pesquisadores estão avaliando o quanto podem diminuir as doses de radiação sem interferir no resultado do tratamento.

  • Quimioterapia

Abordagens mais recentes podem ajudar a tornar a quimioterapia mais eficaz. Além disso, para o desenvolvimento de novos medicamentos quimioterápicos, muitos pesquisadores estão avaliando novas maneiras de administrar a quimioterapia para os tumores cerebrais:

  1.  
    Quimioterapia Adjuvante - Em algumas crianças e recém-nascidos com tumores cerebrais, a quimioterapia é administrada imediatamente após a cirurgia, denominada quimioterapia adjuvante. Alguns estudos estão avaliando se administrar uma quimioterapia mais prolongada pode evitar a necessidade da radioterapia em determinados casos.
  2.  
    Quimioterapia de Altas Doses e Transplante de Células Tronco - Um dos principais fatores que limitam a dose de quimioterapia a ser administrada são seus efeitos na medula óssea, onde as novas células sanguíneas são produzidas. O transplante de células tronco permite que doses mais elevadas de quimioterapia sejam administradas. Para o transplante, as células tronco do sangue são removidas e armazenadas. A criança é tratada com doses muito elevadas de quimioterapia. Após, a quimioterapia, as células tronco são infundidas novamente no corpo, onde se espera que cheguem à medula óssea e começem a produzir novas células sanguíneas. Apesar de algumas crianças terem respostas muito boas para este tratamento, outras tiveram efeitos colaterais severos. Ainda não se sabe se o transplante é suficientemente eficaz para se tornar um tratamento padrão. Atualmente, esse tratamento é considerado experimental para tumores do SNC. Ensaios clínicos estão em andamento para determinar sua utilidade.
  3.  
    Medicamentos Quimioterápicos Modificados - Muitos quimioterápicos têm uma eficácia limitada para tumores cerebrais. Atualmente, os pesquisadores estão tentando modificar a estrutura de alguns desses medicamentos de modo que possam atravessar a barreira hematoencefálica e possam ser eficazes. Esta é uma área de pesquisa ativa de protocolos clínicos.
  4. Administração da Quimioterapia no Tumor - Algumas das novas abordagens podem permitir a administração da quimioterapia diretamente no tumor. Em adultos, às vezes são inseridos, durante a cirurgia, wafers especiais contendo medicamentos quimioterápicos diretamente no tumor. Esses wafers se dissolvem, liberando a medicação ao longo de várias semanas, de forma a manter uma concentração alta do fármaco no local. Essa técnica poupa o resto do corpo e minimiza os possíveis efeitos colaterais. Estudos estão em andamento para avaliar a eficácia dessa técnica em crianças. Um novo método é a liberação conduzida melhorada, que consiste na inserção de pequenos cateteres dentro do tumor cerebral através de um pequeno orifício no crânio durante a cirurgia. Esse cateter é ligado a uma bomba de infusão, através da qual os medicamentos podem ser administrados. Isto pode ser feito durante horas ou dias, e pode ser repetido mais de uma vez, dependendo do medicamento utilizado. Este ainda é um método em investigação e mais estudos ainda são necessários para comprovar sua eficácia.

  • Novas Estratégias de Tratamento

Os pesquisadores também estão testando novas abordagens para o tratamento que ajudem os médicos a alcançar os tumores de forma mais precisa. Em teoria, isso deve permitir tratamentos mais eficazes com menos efeitos colaterais. Vários desses tratamentos ainda estão sendo estudados.

  • Terapia Alvo

As células tumorais são geralmente muito sensíveis às proteínas chamadas fatores de crescimento, que promovem seu desenvolvimento e divisão. Já estão disponíveis novas drogas que combatem alguns desses fatores de crescimento, retardando o desenvolvimento das células tumorais ou até mesmo destruindo-as. O everolimus pode reduzir ou retardar o crescimento de astrocitomas subependimários de células gigantes, que não podem ser removidos cirurgicamente. Várias dessas drogas alvo já são utilizadas para outros tipos de câncer, e no momento estão sendo avaliadas para uso em tumores cerebrais.

  • Inibidores da Angiogênese

Os tumores necessitam criar novos vasos sanguíneos (angiogênese) para manterem as células nutridas. Novos medicamentos que atacam esses vasos sanguíneos são usados para ajudar a tratar alguns tipos de câncer, incluindo tumores cerebrais em adultos. Vários medicamentos que bloqueiam o crescimento dos vasos sanguíneos estão sendo estudados para uso em tumores do SNC, embora ainda não esteja claro se eles irão ajudar as crianças.

  • Sensibilizadores de Células Hipóxicas

Algumas drogas aumentam o teor do oxigênio nos tumores, tornando as células tumorais mais susceptíveis à radioterapia. Estudos estão em andamento para avaliar se este tipo de drogas pode melhorar a eficácia do tratamento.

  • Imunoterapia

Várias vacinas têm sido desenvolvidas contra as células tumorais do cérebro. Ao contrário das vacinas contra doenças infecciosas, estas vacinas são destinadas ao tratamento da doença. O objetivo das vacinas é estimular o sistema imunológico a atacar os tumores cerebrais.

Os primeiros resultados do estudo de uma vacina para tratar o glioblastoma se mostraram promissores, mas ainda são necessárias mais pesquisas para determinar sua eficácia. Atualmente, as vacinas para tumores cerebrais estão disponíveis apenas em ensaios clínicos.

Outros tipos de medicamentos que afetam o sistema imunológico, como a lenalidomida, também estão sendo estudados.

  • Vírus Terapêuticos

Os pesquisadores estão realizando um grande trabalho de laboratório com vírus que se reproduzem apenas nas células do tumor cerebral e levam essas células à morte, sem atingir as células normais. A pesquisa com esses vírus em humanos com tumores cerebrais ainda está em fase inicial.

Fonte: American Cancer Society (18/01/2012)
 
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
extraído:http://www.oncoguia.org.br/conteudo/novidades/3714/557/

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