Berna Almeida II
O papel do cuidador na administração segura dos remédios
Com
o avanço da demência, a capacidade de uma pessoa compreender, lembrar e
seguir instruções para tomar remédios se perde aos poucos. Por isso, o
papel do cuidador é essencial: ele se torna os olhos, a memória e a
atenção que o outro já não consegue ter.
Por que os medicamentos são importantes?
Os
remédios podem tratar sintomas, prevenir complicações, aliviar dores e
promover dignidade, principalmente em fases mais avançadas da doença.
Mas, quando mal utilizados, se transformam em risco — podem causar
efeitos colaterais, piora clínica, confusão mental ou até internações.
Idosos usam muitos medicamentos
A
maioria das pessoas com demência também convive com hipertensão,
diabetes, insônia ou dores crônicas. É comum que usem de três a cinco
remédios por dia. Isso exige atenção redobrada: a chance de erro (trocar
horário, esquecer dose ou confundir comprimidos) aumenta muito.
Além
disso, muitos médicos de diferentes especialidades prescrevem
medicações, mas nem sempre conhecem a lista completa do que a pessoa já
está tomando — o que pode gerar interações perigosas entre remédios.
Problemas mais comuns
• Medicações desnecessárias ou duplicadas
• Doses muito altas ou muito baixas
• Esquecimento de horários
• Efeitos colaterais graves (sonolência, confusão, quedas, tremores, perda de apetite, delírios etc.)
• Interações com chás e remédios naturais
• Uso incorreto por conta própria, por medo ou por falta de orientação
• Doses muito altas ou muito baixas
• Esquecimento de horários
• Efeitos colaterais graves (sonolência, confusão, quedas, tremores, perda de apetite, delírios etc.)
• Interações com chás e remédios naturais
• Uso incorreto por conta própria, por medo ou por falta de orientação
Como prevenir erros?
O segredo está na organização, rotina e observação atenta. Veja algumas estratégias simples:
- Nunca altere ou interrompa um medicamento sem orientação médica.
- Use um caderno, calendário ou tabela visível na geladeira para anotar os horários, doses e marcar quando os remédios forem dados.
- Evite dar remédios no escuro ou confiar apenas na cor/formato dos comprimidos — esses detalhes mudam entre laboratórios.
- Converse com o médico ou enfermeira sobre dificuldades em engolir comprimidos. Em alguns casos, pode haver versões líquidas, adesivos ou outras formas.
- Evite “empréstimos” de medicamentos entre vizinhos ou familiares — a dosagem e indicação podem ser completamente diferentes, mesmo com o mesmo nome.
- Organize os remédios por turnos (manhã, tarde, noite) usando caixas ou compartimentos. Isso evita duplicidade e esquecimentos.
- Revise periodicamente a lista de medicamentos com o profissional de saúde.
- Observe mudanças súbitas de comportamento (como agitação, sonolência ou quedas) — podem ser reações a alguma medicação nova.
Dica de ouro:
Mantenha uma lista atualizada de todos os remédios em uso,
com nome, dose, horário e para que serve. Isso facilita consultas,
evita confusões e mostra ao cuidador que seu papel é, também, o de
guardião da saúde.



FONTE https://www.facebook.com/groups/mentesedemencias/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
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