Populações ocidentais têm mais chances de desenvolver câncer de cólon devido aos hábitos de alimentos industrializados
Maus hábitos, como tabagismo e ingestão exacerbada de açúcar, álcool, gordura e carne vermelha são alguns dos fatores de risco para alterações na mucosa do intestino. Em países ocidentais e de cultura intrinsecamente ligada à industrialização, cada vez mais pessoas sofrem com condições que acometem o funcionamento do sistema digestivo. Hoje, convidamos o Dr. Oswaldo de Moraes Filho, coloproctologista do Hospital Brasília, para falar sobre pólipos no intestino. Saiba qual a relação dessa doença com o câncer de cólon.
O que é um pólipo no intestino?
Os pólipos intestinais surgem da proliferação descontrolada das células presentes em algum ponto na mucosa do intestino grosso e inicialmente são benignos.
“A grande maioria dos pólipos não apresentarão sintomas. Eles podem surgir e aumentar de tamanho até tornarem-se malignos (câncer de intestino) sem que o paciente tenha queixas", aponta o médico.
Realizar o exame de colonoscopia periodicamente é importante para prevenção e detecção precoce de câncer colorretal, pois por se tratar de uma doença silenciosa, é possível que o paciente busque avaliação médica tardiamente.
Quais são os tipos de pólipos existentes?
A grande maioria dos pólipos no intestino são benignos (adenoma), mas ainda podem existir outros tipos como pólipos hiperplásicos, hamartomatosos e inflamatórios.
Um adenoma pode ser tubular ou viloso, sendo que este último apresenta maior chance de malignidade. Confira os tipos de pólipos:
- Pólipos adenomatosos: podem se transformar em câncer;
- Pólipos hiperplásicos e pólipos inflamatórios: tipo com maior incidência, mas com baixo risco cancerígeno;
- Pólipos serrilhados sésseis e adenomas serrilhados convencionais: apresentam maior risco de câncer colorretal.
Polipectomia de cólon
A polipectomia de cólon é um procedimento endoscópico realizado por colonoscopia. Para pólipos de até 10 mm, geralmente é possível a realização da polipectomia simples durante o exame, enquanto que, para pólipos maiores ou ainda muito planos, por vezes, é necessário optar por métodos mais complexos, como a mucosectomia e a ESD (dissecção endoscópica submucosa). A partir do exame, o coloproctologista ou endoscopista definirá qual a melhor abordagem.
Pólipo no reto
“Os pólipos de reto seguem o mesmo raciocínio dos pólipos de intestino grosso (cólon). Porém, nas lesões no reto baixo – próximo do ânus – é possível também retirá-los por procedimentos cirúrgicos, que podem ser por via transanal habitual ou por alguma plataforma de operação transanal, como por exemplo o TAMIS (cirurgia minimamente invasiva transanal) e TEO (operação endoscópica transanal).", explica o Dr. Oswaldo.
Pólipos no intestino: sintomas da doença
Uma vez que a maioria dos pólipos intestinais não gera sintomas de forma imediata, quando houver histórico familiar de câncer no intestino ou presença de doenças inflamatórias intestinais como retocolite e doença de Chron, por exemplo, é indicado que o paciente se submeta à colonoscopia anualmente.
Essa orientação também vale para pessoas com 45 anos ou mais, pois há maior possibilidade de formação de pólipos. Fique atento aos seguintes sintomas:
-
Sangramento;
-
Fezes com muco;
-
Alterações no funcionamento do intestino;
-
Dores abdominais.
Como diagnosticar os pólipos no intestino?
Quanto ao diagnóstico, o especialista comenta:
“O diagnóstico dos pólipos intestinais é realizado através da colonoscopia. Durante a realização do exame, toda a mucosa (camada interior do intestino grosso e reto onde os pólipos se desenvolvem) é inspecionada detalhadamente à procura de alterações. Quando os pólipos são visualizados, a depender do tamanho e largura, define-se a retirada no mesmo momento ou em outra colonoscopia com material adequado."
Pólipos intestinais: qual o tratamento indicado?
A primeira medida para tratar um pólipo no intestino, é a retirada do mesmo por meio da polipectomia de cólon. Uma vez removido, ele é enviado para um laboratório que realizará a biópsia a fim de detectar o tipo do pólipo e se há alguma uma possível malignidade.
“Essa avaliação do patologista juntamente com o tamanho e a quantidade de pólipos irão definir quando será a próxima colonoscopia.", conclui o Dr. Oswaldo.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla