Sete em cada dez pessoas que convivem com diabetes vão enfrentar algum problema de pele ao longo da vida, segundo o dermatologista Filipe Ribeiro. O especialista destaca que muitas dessas complicações não têm relação direta com o controle da glicemia. Para ele, é fundamental que a pessoa conheça a própria pele. Muitas complicações são preveníveis se houver atenção aos sinais iniciais e diálogo constante com o endocrinologista.
Quatro grupos de doenças de pele
De acordo com Ribeiro, as manifestações cutâneas em pessoas com diabetes se dividem em quatro grandes grupos. Em primeiro lugar, estão as infecções bacterianas e fúngicas, favorecidas pela glicemia alta. Além disso, há as doenças associadas ao diabetes, como bolhas, vitiligo, psoríase e necrobiose lipoídica. Outro grupo inclui as reações ligadas ao tratamento, como alergias à insulina, medicamentos e sensores de glicose. Por fim, aparecem as alterações vasculares, sendo o pé diabético o exemplo mais frequente.
Reações a sensores e insulina
O uso de sensores de glicose, por exemplo, pode causar dermatite de contato em cerca de 3% dos pacientes, devido à cola do adesivo. Já a alergia à insulina, embora rara, atinge aproximadamente 2,7% e provoca endurecimento e dor no local da aplicação. Para Ribeiro, não se trata de culpa da empresa ou do médico, mas sim da reação individual da pele, como acontece em outros tipos de alergia
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Quando não é culpa do controle glicêmico
É comum acreditar que todo problema de pele está relacionado a falhas no tratamento. No entanto, essa ideia é equivocada. Psoríase, vitiligo, bolhas, unhas amareladas e ressecamento intenso podem aparecer mesmo em pacientes com bom controle. Isso gera frustração e culpa injusta, explica o médico. Portanto, é importante compreender que algumas complicações surgem independentemente do esforço do paciente.
Cuidados simples podem ajudar
Apesar dos desafios, há medidas eficazes que ajudam na prevenção. Entre elas, Ribeiro recomenda hidratar a pele diariamente com produtos que contenham ureia e glicerina. Além disso, é importante substituir sabonetes em barra por óleos ou cremes de limpeza e evitar esfregar o corpo todo no banho. Esses cuidados, segundo o especialista, reduzem a coceira e o ressecamento, melhorando a qualidade de vida do paciente.
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FONTE: https://umdiabetico.com.br/2025/09/12/doencas-de-pele-no-diabetes/