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sábado, 8 de novembro de 2025

Cientistas identificam nova causa genética do diabetes neonatal

 

 O estudo foca em uma forma de diabetes que afeta bebês nos primeiros seis meses de vida. 

Um consórcio internacional de cientistas publicou uma descoberta marcante. O estudo saiu no periódico The Journal of Clinical Investigation. A pesquisa identifica uma nova causa genética do diabetes neonatal. Este é um tipo de diabetes diagnosticado antes dos seis meses de vida. Além disso, o estudo foca em uma condição devastadora e extremamente rara. Ela é conhecida como síndrome MEDS (Microcefalia, Epilepsia e Síndrome do Diabetes). Esta nova descoberta ajuda, portanto, a desvendar porque esses bebês desenvolvem a condição. Consequentemente, ela abre caminhos para futuras pesquisas.

O que é a síndrome MEDS?

A síndrome MEDS é uma condição congênita. Basicamente, ela se manifesta com uma tríade de sintomas graves. Esses sintomas são: microcefalia (desenvolvimento cerebral e craniano anormal), epilepsia e diabetes neonatal. Ela é incrivelmente rara. De fato, até a data desta publicação, apenas 11 casos foram documentados em todo o mundo. Justamente por causa dessa raridade, cada descoberta genética representa um avanço monumental para as famílias afetadas.

A descoberta do TMEM167A: a terceira causa genética

A pesquisa atual esclarece que a síndrome MEDS já era conhecida. No entanto, sua causa genética exata permanecia um mistério em vários pacientes. Anteriormente, cientistas já haviam ligado a síndrome a mutações em dois genes: IER3IP1 e YIPF5.

O novo estudo foi liderado por pesquisadoras de ponta. Entre elas, estão a Dra. Elisa De Franco (Universidade de Exeter) e a Professora Miriam Cnop (Universidade Livre de Bruxelas). A equipe, então, analisou o genoma de seis bebês com a síndrome. Com isso, eles descobriram que esses seis pacientes compartilhavam mutações recessivas em um terceiro gene, o TMEM167A. Esta é, portanto, a identificação da terceira e mais recente nova causa genética do diabetes neonatal relacionada à MEDS.

Como a mutação destrói as células beta

O artigo vai além da simples identificação do gene. Na verdade, ele explica o mecanismo de falha. O gene TMEM167A é crucial tanto no pâncreas quanto no cérebro.4 Nas células beta pancreáticas, por exemplo, o gene tem um papel vital, pois são elas as responsáveis por produzir insulina.

Especificamente, o gene ajuda a transportar a pró-insulina (precursora da insulina). Esse transporte vai do retículo endoplasmático (ER) para o complexo de Golgi, onde ela é processada. Quando o TMEM167A sofre mutação, esse transporte falha. A pró-insulina, então, fica retida. Ela se acumula e causa um “engarrafamento” proteico. Esse acúmulo, por sua vez, gera um estresse imenso no ER. Eventualmente, o estresse é tão grande que as células beta ativam a apoptose, ou seja, a morte celular programada. Consequentemente, as células não são “desativadas”. Elas são, de fato, destruídas por um colapso logístico interno.

Implicações para o futuro da pesquisa

Embora a síndrome MEDS seja ultrarrara, essa descoberta tem implicações maiores. Ela solidifica a MEDS como uma “traficopatia”. Isto é, uma condição onde diferentes falhas genéticas quebram a mesma via de transporte celular. Os genes são IER3IP1, YIPF5, e agora TMEM167A. Compreender essa nova causa genética do diabetes neonatal é, portanto, fundamental.

A Professora Miriam Cnop destacou que esses modelos celulares são “extraordinários para estudar os mecanismos da [condição] e testar tratamentos”. Por isso, em vez de três terapias genéticas distintas, talvez uma única terapia possa ajudar no futuro. O foco seria aliviar o estresse do ER. Teoricamente, ela beneficiaria todos os pacientes com MEDS, independentemente de qual gene está mutado.

 

 


 

 

 

 17th Scientific Meeting of Asian Association for the Study of Diabetes

 

 
23 DE NOVEMBRO CANCER INFANTO JUVENIL de www.sbp.com.br

 

 

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abs

Carla

 

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