Primeiro pâncreas artificial totalmente computadorizado melhora o tratamento e evita o risco de hipoglicemia durante o sono.
O diabetes tipo 1 aparece sem avisar.
Não existe causa ou explicação. O pâncreas deixa de produzir insulina,
e sem ela não temos energia. Quem se depara com o diagnóstico da doença
precisa seguir uma dura rotina: medir constantemente o nível de açúcar
no sangue e injetar insulina diversas vezes ao dia.
Para
facilitar a vida de quem deve passar por isso pelo resto da vida,
cientistas da Universidade de Cambridge (Reino Unido), em parceria com
a Fundação Internacional de Pesquisa de Diabetes Juvenil, conseguiram
montar um sistema capaz de imitar as funções do órgão humano
debilitado. O objetivo do primeiro pâncreas artificial totalmente
computadorizado é melhorar o tratamento e evitar o risco de
hipoglicemia durante o sono.
O
novo método de aplicação tem três componentes acoplados: um monitor de
nível glicêmico contínuo, uma bomba de insulina e um programa de
computador que faz o cálculo necessário para as aplicações
–
As bombas já são bem conhecidas e estima-se que há 300 mil usuários no
mundo. O medidor é uma tecnologia mais recente, usado por cerca de 10
mil pessoas. O foco da pesquisa é desenvolver um programa para calcular
a dosagem certa e criar dispositivos integrados para facilitar a vida
dos pacientes – afirma um dos autores, Roman Hovorka.
Manter
o nível de açúcar no sangue durante uma noite de sono é uma das
dificuldades para diabéticos do tipo 1, especialmente crianças. A
glicose pode cair sem que o diabético perceba, podendo provocar algum
ataque ou até levar ao coma.
–
Quando dormimos ficamos de oito a 12 horas sem comer, então o risco de
hipoglicemia aumenta. Geralmente, recomendamos ao paciente tomar uma
atitude preventiva, comer um carboidrato antes de dormir. O pâncreas
artificial não é uma novidade ou necessidade, mas pode facilitar o
tratamento – opina Reginaldo Albuquerque, endocrinologista e membro da
Sociedade Brasileira de Diabetes.
O
estudo de Cambridge conseguiu comprovar que o sistema automático é mais
eficaz do que o tratamento convencional para ajudar a manter o controle
durante a noite. A forma como o pâncreas artificial vai ser usado ainda
deve ser definida pelos cientistas. Os testes clínicos ainda estão na
fase inicial.
COMO FUNCIONA
1 - Sensor de glicose
Um monitor permanente é colocado no abdômen para medir o nível de glicose no sangue.
2 - Algoritmo
As informações são transmitidas por um programa de computador para comandar a necessidade e a quantidade da dose de insulina.
3 - Bomba de insulina
O dispositivo faz a aplicação na pele do paciente.
fonte:www.jujubadiabetes.blogpot.com
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