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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Hormonioterapia no Tratamento do Câncer de Mama em Homens

A hormonioterapia é outra forma de terapia sistêmica. Assim como a quimioterapia, a terapia hormonal pode ser utilizada como tratamento adjuvante para ajudar a reduzir o risco de recidiva da doença após a cirurgia, pode ser utilizada como tratamento neoadjuvante. Também pode ser usada para tratar recidivas ou disseminação da doença.
A hormonioterapia é a classe de terapia mais efetiva de que dispomos para o tratamento de pacientes cujos tumores tenham expressão dos chamados receptores hormonais. Estes receptores são o receptor de estrogênio e de progesterona, e sua presença qualitativa e quantitativa é determinada pela avaliação do tumor através da técnica denominada imunohistoquímica. Assim, absolutamente todo o tumor deve ser avaliado quanto à presença ou ausência destes receptores, e preferencialmente esta avaliação deve ser feita por um bom laboratório, com controles de qualidade adequados. A presença destes receptores, ou de apenas um deles, indica um benefício da utilização da hormonioterapia como parte do tratamento em qualquer fase da doença, seja na adjuvância ao tratamento cirúrgico no caso de doença localizada, seja no caso de doença metastática.
Tamoxifeno e Toremifeno
Estes medicamentos anti-estrogênio agem temporariamente bloqueando os receptores de estrogênio nas células no câncer de mama, impedindo ao estrogênio de se ligar a elas e estimular o seu crescimento. São administrados por via oral diariamente.
Pacientes com câncer de mama receptor de hormônio positivo, a administração de tamoxifeno após a cirurgia durante 5 anos reduz em 50% a chances de uma recidiva. O tamoxifeno também pode ser usado para tratar o câncer metastático. O toremifeno age como o tamoxifeno, mas não é usado com tanta frequência e só está aprovado para pacientes com câncer de mama metastático.
Os efeitos colaterais mais comuns incluem fadiga, ondas de calor e problemas sexuais. Um efeito raro é a formação de coágulos de sangue, que geralmente aparecem nas veias profundas da perna o que se denomina de trombose venosa profunda. Entre em contato com seu médico em caso do aparecimento de dor, vermelhidão ou inchaço na parte inferior da perna, falta de ar ou dor no peito.
O tamoxifeno tem sido raramente associado a acidentes vasculares cerebrais. Estes em sua maioria têm sido vistos em mulheres na pós-menopausa, o risco em homens ainda não é claro. Entre em contato com seu médico se tiver dor de cabeça súbita e intensa, confusão ou problemas na fala ou nos movimentos.
O tamoxifeno também pode aumentar o risco de problemas cardíacos em alguns pacientes, no entanto esta relação ainda não é clara.
Inibidores de Aromatase
Este grupo de medicamentos inclui o anastrozol, letrozol e exemestano. Eles bloqueiam a produção de pequenas quantidades de estrogênio pelas glândulas suprarrenais. Os inibidores de aromatase são administrados por via oral diariamente. Eles são eficazes no tratamento do câncer de mama em mulheres, mas ainda são necessários mais estudos para uso em homens. Ainda assim, alguns médicos usam para tratar o câncer de mama avançado em homens ou após o tamoxifeno parar de responder, ou até mesmo como hormonioterapia de primeira, em vez do tamoxifeno. Os protocolos clínicos também estão avaliando o uso de inibidores de aromatase, junto com os análogos LHRH. Os principais efeitos colaterais destes medicamentos são enfraquecimento dos ossos e dor nas articulações e músculos.
Fulvestranto
O fulvestranto é um medicamento que atua no receptor de estrogênio, mas em vez de bloqueá-lo, elimina-o. Nas mulheres, esta droga é muitas vezes eficaz, mesmo que a doença não esteja mais respondendo ao tamoxifeno. O fulvestranto não foi estudado para câncer de mama em homens. Ele é administrado por via intravenosa uma vez por mês. Os principais efeitos colaterais são ondas de calor, náuseas e fadiga. Atualmente, só está aprovado para uso em mulheres na pós-menopausa com câncer de mama avançado, que não respondem mais ao tamoxifeno ou ao toremifeno, mas também pode ajudar no tratamento do câncer de mama em homens.
Antiandrógenos e Análogo do Hormônio da Secreção de LH (aLHRH)
Os análogos de LHRH como leuprolide e goserelina afetam a glândula pituitária e barram o sinal que o organismo envia para os testículos produzirem andrógenos. Os anti-androgénios tais como flutamida e bicalutamida agem bloqueando o efeito dos hormônios masculinos em células do câncer de mama. Estes medicamentos são administrados por via oral diariamente. Os análogos LHRH, isoladamente ou com anti-andrógenos, geralmente são eficazes para a diminuição dos tumores de mama em homens.
Megestrol
O megestrol é uma medicação similar à progesterona. Este é um medicamento que é geralmente reservado aos homens que não respondem a outras formas de hormonioterapia. O megestrol pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos e ganho de peso através do aumento do apetite.
Orquiectomia
A remoção cirúrgica dos testículos reduz significativamente os níveis de testosterona e outros andrógenos no corpo. Este tratamento já foi muito comum, mas atualmente é menos utilizado devido às novas abordagens não cirúrgicas para reduzir os níveis de andrógeno, como os análogos de LHRH.
Possíveis Efeitos Colaterais da Hormonioterapia
Apesar de alguns destes medicamentos terem efeitos colaterais exclusivos, em geral, eles podem causar a perda do desejo sexual, dificuldade de ereção, ganho de peso, ondas de calor e alterações no humor. Converse com seu médico sobre qualquer efeito colateral que tiver e as possíveis maneiras de tratá-los.

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs.
Carla
extraído:http://www.oncoguia.org.br/conteudo/hormonioterapia-no-tratamento-do-cancer-de-mama-em-homens/3339/551/

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