Dra. Marlice Marques
- Nutricionista Clinica
- Mestre em Ciências da Saúde-UFG
- Educadora em Diabetes ADJ/SBD/IDF
- Membro do Departamento de Nutrição SBD Biênio 2018/19
Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias e foi assim que surgiu a Quaresma.O período da Quaresma é vivido na Igreja Católica desde a Quarta-feira de Cinzas até a manhã da Quinta-Feira Santa. Trata-se de um período litúrgico em que há a preparação dos fiéis para a celebração da Páscoa. Esta preparação é feita através de jejum, abstinência e orações. Muitas pessoas fazem penitência nesse período e, seguindo a tradição, muitas ainda deixam de comer carne durante os 40 dias, consumindo como principal fonte de proteína, o peixe. No período da Quaresma , durante 500 anos era seguido à risca o preceito de não se comer carne na quarta-feira de Cinzas e em nenhuma sexta-feira naqueles 40 dias até a Páscoa. Abster-se de carne e jejuar na sexta-feira é uma prática plurissecular da Igreja.
Além de saboroso, o consumo de peixes é muito nutritivo e deveria estar sempre em nossa alimentação com uma maior frequência durante todo o ano. Apresentam uma grande quantidade de minerais, entre eles cálcio, fósforo, iodo e cobalto, e são também fonte das vitaminas A, D e B. É claro que existem algumas espécies gordurosas, mas, em geral, o peixe tem bem menos tecido adiposo que as carnes vermelha e de frango. Isso faz com que sua digestão seja mais rápida.
O tipo de gordura predominante nos peixes é a poliinsaturada Dentre os tipos de gordura poli-insaturada, destaca-se o ômega 3, devido aos grandes benefícios proporcionados à nossa saúde, como diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral, redução da pressão arterial, ação anti-inflamatória, diminuição das taxas de triglicérides e colesterol total no sangue. Da água salgada são preferidos: atum, arenque, bacalhau, sardinha e salmão. Os de águas doces, também, contêm ômega 3, mas em quantidade muito inferior, quando comparados aos primeiros. Outra grande vantagem dos peixes, é a facilidade do seu preparo: os frescos cozinham em pouquíssimo tempo e podem ser usados em diversas preparações: ao molho, assado, ensopado, cozido, grelhado, frito e até mesmo cru (desde que seja proveniente de um fornecedor que possua boas condições higiênico-sanitárias e de sua confiança).
Calorias | Gorduras (g) | Proteínas (g) | |
---|---|---|---|
Atum | 117,5 | 0,70 | 25,7 |
Bacalhau | 136 | 1,1 | 29 |
Badejo | 59,1 | 0,20 | 13,1 |
Cação | 83 | 0,8 | 17,9 |
Corvina | 94 | 1,6 | 18,6 |
Dourada | 131 | 5,6 | 18,8 |
Merluza | 89 | 2,0 | 16,6 |
Pescada | 111 | 4,6 | 16,3 |
Pintado | 91 | 1,3 | 18,6 |
Robalo | 124 | 2,6 | 24 |
Salmão | 170 | 9,7 | 19,3 |
Sardinha | 114 | 2,7 | 21,1 |
Tucunaré | 88 | 1,2 | 18 |
* A quantidade de calorias, gorduras e proteínas indicadas correspondem a 100 g de cada um dos peixes crus.
* Fonte : Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO 4ª edição revisada e ampliada Campinas – SP 2011
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs.
Carla
http://www.diabetes.org.br/publico/pascoa-e-diabetes/1513-pascoa-e-consumo-de-peixes-1
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