Um Diabético
O portal "Um Diabético" conversou com a endocrinologista Denise Franco, que tirou uma das principais dúvidas sobre os novos medicamentos brasileiros.
A EMS, maior farmacêutica brasileira, começou a fabricar dois medicamentos com liraglutida, usados no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade. Os novos produtos, Olire e Lirux, entram no mercado com a promessa de ampliar o acesso à medicação, principalmente após o fim da patente da substância original. Mas algumas dúvidas ficam para aqueles que querem usar o produto. Por isso, o portal “Um Diabético” conversou com a endocrinologista Denise Franco.
O que são Olire e Lirux?
Olire e Lirux contêm exatamente a mesma substância ativa: liraglutida. Eles seguem a mesma dosagem (6 mg/mL) e possuem indicações semelhantes. A diferença está no nome comercial, no preço e no processo de registro. Enquanto o Olire recebeu aprovação para tratar obesidade, o Lirux tem indicação para pessoas com diabetes tipo 2.
Segundo a endocrinologista Denise Franco:
“Olire e Lirux são versões nacionais da liraglutida, desenvolvidas após a perda de patente do Victoza. Ambos têm a mesma substância ativa, concentração e indicações aprovadas. A diferença principal está no fabricante, no preço e no processo de registro, mas clinicamente são equivalentes.”
Para quem a liraglutida é indicada?
A liraglutida não recebeu aprovação para uso em pessoas com diabetes tipo 1. De acordo com Denise Franco, alguns estudos testam seu uso como coadjuvante à insulina, mas a substância ainda não possui indicação formal para esse tipo de diabetes.
Por outro lado, quem convive com diabetes tipo 2 ou com obesidade pode se beneficiar do uso, desde que com prescrição médica e acompanhamento profissional.
LINK: https://youtu.be/_EL3-_3eDo8?t=77
Quais são os diferenciais da liraglutida?
A substância já está presente no mercado há mais de uma década e possui um bom histórico de segurança.
Denise Franco reforça que “a liraglutida tem boa efetividade e é bem conhecida. O estudo LEADER demonstrou redução de eventos cardiovasculares maiores em pacientes com diabetes tipo 2 de alto risco.”
Ela também afirma que a medicação tem boa tolerância, especialmente com início gradual. “Apesar dos efeitos gastrointestinais iniciais, costuma ser bem tolerada com titulação lenta”, complementa.
Além disso, a liraglutida ajuda a reduzir o risco de hipoglicemia, o que pode tornar o tratamento mais seguro para algumas pessoas.
Produção brasileira: o que muda na prática?
A produção nacional de Olire e Lirux representa um avanço estratégico. Fabricar esses medicamentos no Brasil reduz os custos, aumenta a autonomia tecnológica e facilita o acesso da população, especialmente por meio da rede pública.
Para Denise Franco, esse passo pode trazer impactos positivos:
“Com fabricação local, há redução de preços e melhor acesso para pacientes, especialmente no SUS, se aprovada. Também fortalece o complexo industrial da saúde brasileira, diminui a dependência de importações e evita escassez em momentos de crise global, como durante pandemias.”
Além disso, versões com menor custo favorecem a inclusão dos medicamentos em programas públicos de saúde, o que pode beneficiar milhões de brasileiros.
O futuro do tratamento
A chegada de Olire e Lirux amplia as opções para quem precisa tratar diabetes tipo 2 e obesidade no país. Com a fabricação nacional e preços mais acessíveis, o acesso ao tratamento pode melhorar, especialmente se os medicamentos entrarem na lista do SUS.
Editor-Chefe e Supervisor de Comunicação - Jovem, antenado e questionador, Marcelo convive com diabetes tipo 1 desde os 5 anos de idade. Natural de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, é jornalista e está sempre em busca de novos aprendizados. Atua na produção e edição de reportagens, roteiros e conteúdos que unem informação, sensibilidade e relevância. Também supervisiona a comunicação institucional do Um Diabético e contribui ativamente para o diálogo com a comunidade. Sua vivência com o diabetes traz ainda mais autenticidade e empatia para o conteúdo que produz.
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abs
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