Muitos médicos alertam para a prevenção, diagnóstico precoce e cuidados com as complicações decorrentes do não tratamento. Estima-se que metade dos portadores de diabetes mellitus desconhecem a doença.Mesmo se tratando de um mal que atinge 22 milhões de pessoas ou 12% da população brasileira, muitos ignoram seus sintomas. Batizada de Diabetes Mellitus, definida como um grupo de desordens metabólicas geradas pela possível interação de fatores genéticos, ambientais e estilo de vida, culminando com um aumento das taxas de açúcar (glicemia) no sangue. "A prática de atividade física regular, a dieta adequada e o controle do peso auxiliam no bom controle da glicemia e no retardo do aparecimento de complicações.", afirma Dr. Walter Moras, cardiologista do Hospital Bandeirantes.O diagnóstico é feito com a dosagem da glicemia no sangue em jejum maior que 126mg/dL. Se a glicemia der entre 100 e 125mg/dL, considera-se um estado pré-diabético, o qual necessita de acompanhamento adequado e controle dos fatores de risco. A glicemia considerada normal é aquela que se encontra abaixo que 100mg/dL.O diabetes é uma doença sistêmica que leva a complicações nos sistemas cardiovascular, renal, oftalmológico e neurológico. É a principal causa de doença renal terminal, com necessidade de hemodiálise, amputações não-traumáticas de pernas e pés e perda da visão no adulto. É também importante causa de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral ("derrame").Existem três tipos principais de diabetes. O tipo I responde por 9% dos casos e é caracterizado pela destruição das células produtoras de insulina conseqüente a uma reação auto-imune. Pode aparecer em qualquer momento da vida, mas é mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos. Leva o doente a ser dependente de insulina, já que a sua aplicação é necessária diariamente.Noventa por cento dos diabéticos são portadores do tipo II. São pacientes que geralmente não necessitam de insulina. Surge geralmente após os 45 anos e possui um fator hereditário maior que o do tipo I, além de existir uma grande relação com obesidade e sedentarismo.Diabetes gestacional, o terceiro tipo da doença, é a alteração da taxa do açúcar no sangue durante a gestação, desaparecendo ou persistindo após o parto. Em muitos casos é encontrada em mulheres predispostas ao diabetes II.Independente do tipo, o tratamento será baseado em medidas medicamentosas e mudanças no estilo de vida. "Ter uma vida saudável é um desafio para todos nós. Devemos nos atentar à necessidade de uma alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e manutenção do peso adequado, que são essenciais para a prevenção e cuidados coadjuvantes dos diabéticos", comenta o Dr. Walter Moras.Para o tratamento medicamentoso, há insulinas injetáveis (tanto de efeito rápido quanto prolongado) e o tratamento oral. O diabetes ainda não tem cura e seu controle é indispensável para os pacientes viverem bem. "Vale ressaltar que a glicose pode ser usada em algumas situações especiais, quando orientada pelo médico", alerta Dr. Walter.
Nádia Santana
Porta-Voz Comunicação
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