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08 Mar 2013 06:07 PM PST
O mioma é um problema tipicamente feminino e já conhecido de muitas mulheres.
Esse tumor benigno, que se desenvolve no útero, atinge cerca de 50% das mulheres
em idade entre 30 e 50 anos.
Ainda não se sabe ao certo o que provoca o aparecimento de um ou múltiplos
nódulos, que podem ser de tamanho e localização variáveis. O surgimento pode
ocorrer após a menarca – primeira menstruação – e se prolongar até a menopausa.
É mais comum em mulheres negras, pacientes que apresentam história da doença na
família (mãe ou irmã) ou ganho de peso, isso porque com o sobrepeso pode ocorrer
disfunção hormonal devido ao maior número de células de gordura. Outros fatores
relacionados ao estilo de vida ainda estão em estudo.
Em
algumas pacientes, os sintomas mais comuns são: sangramento excessivo durante a
menstruação ou em períodos irregulares e dor na pelve e no abdome. Em outros
casos, não há nenhum incômodo. “O tumor benigno não vai se transformar em
câncer. O problema do mioma é quando apresenta sintomas, pois há queda na
qualidade de vida. A mulher passa a ter dor constante e a sangrar muito, o que
pode levar à anemia e, em casos extremos, à necessidade de transfusão sanguínea.
A doença ainda pode causar desconforto na relação sexual, funcionamento
irregular do intestino, incontinência urinária e, em alguns casos, prejuízo da
fertilidade”, explica o dr. Mariano Tamura, ginecologista e obstetra do Hospital
Israelita Albert Einstein (HIAE) e do setor de mioma uterino da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp).
Diagnóstico e tratamento
Existem quatro tipos de miomas, nomeados de acordo com sua localização.
Submucosos: que aparecem no interior do útero, podem
acarretar sangramento abundante e anemia.
Intramural: aquele que se
desenvolve no meio da parede uterina, provocando cólicas.
Subserosos: que
surgem na parte externa do útero, cujo principal sintoma é percebido quando
passam a comprimir outros órgãos, como o intestino.
Pediculados: que podem ser confundidos com tumores
ovarianos; são ligados ao útero apenas por um tecido chamado pedículo.
O diagnóstico dos tumores é realizado em
consulta ao ginecologista, considerando-se as possíveis queixas e o exame
físico, que avalia se o útero tem o tamanho aumentado. Para confirmar a
suspeita, o médico solicita uma ultrassonografia ou outros exames de imagem.
Caso seja constatado o problema, deve-se levar em consideração o estilo de vida
e os desejos de cada paciente. “Temos que considerar quais são os sintomas, a
idade, os planos de ter filhos, o desejo de preservar o útero e se a paciente
aceita ou não passar por uma cirurgia”, esclarece o dr. Tamura.
Há inúmeros caminhos para o
tratamento:
Histerectomia: cirurgia
utilizada para retirar o útero. O benefício é definitivo; entretanto, não é
indicada para mulheres que ainda querem gerar filhos ou desejam manter o
útero.
Miomectomia: cirurgia de retirada do mioma, preservando o útero. A
anatomia do órgão é restabelecida e os sintomas diminuem. Indicada para mulheres
que desejam preservar a fertilidade ou para aquelas que têm infertilidade
causada pelo mioma – o que não é frequente – com melhora das chances de
engravidar.
Embolização: procedimento
realizado por meio de um cateter introduzido na artéria femoral e direcionado às
artérias uterinas, responsáveis por nutrir o mioma. Injeta-se uma substância
para bloquear a alimentação do tumor. Há melhora das queixas e diminuição dos
miomas, porém ainda não é considerado totalmente seguro para mulheres que
desejam manter ou melhorar a capacidade de ter filhos.
Ultrassom focalizado e guiado por
ressonância magnética: é a mais nova arma utilizada contra os miomas. A
paciente deita-se na mesa de ressonância e, quando o médico aplica o ultrassom,
as ondas são direcionadas para uma região específica do tumor, em que a
temperatura aumenta até 90ºC, destruindo o tecido. Estudos estão sendo
realizados para avaliar para quais casos esse método é eficaz.
Medicamentos: também podem
ser a opção e seu uso é aconselhado para diminuir os sintomas, ou seja, não
acabará com os tumores, apenas diminuirá o mal estar. Podem ser à base de
hormônios, como os anticoncepcionais orais, anti-inflamatórios ou
antifibrinolíticos, para diminuir o sangramento e as cólicas.
Sintomas à parte, todas as mulheres devem
fazer o acompanhamento ginecológico para ficar de olho no surgimento dessa ou de
outras doenças.
Fonte: Hospital Israelita Albert
Einstein
extraído:www.combateaocancer.com
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sábado, 9 de março de 2013
Miomas
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