O tratamento do câncer tem por finalidade a cura ou alívio dos sintomas da
doença. Os tratamentos com medicamentos (quimioterapia, terapia alvo,
hormonioterapia), cirúrgicos e radioterápicos podem provocar efeitos colaterais
que variam de paciente para paciente dependendo de múltiplos fatores, podendo
ser diferentes quanto a intensidade e duração. Alguns pacientes poderão
apresentar efeitos colaterais mais severos, outros mais leves ou mesmo não
apresentar qualquer efeito colateral. Em caso de você apresentar algum efeito
colateral devido ao tratamento que está realizando procure imediatamente seu
médico para receber as orientações necessárias para seu caso.
A dor é um
sintoma comum em pessoas com câncer. No momento do diagnóstico de 30% a 40% das
pessoas sentem dor. Se o câncer disseminou, 65% a 85% das pessoas sentem dor, e
até 95% da dor causada pelo câncer pode ser tratada com sucesso. A dor pode
fazer com que outros aspectos do câncer, tais como fadiga, fraqueza, falta de
ar, náusea, constipação, distúrbios do sono, depressão, ansiedade e confusão
mental, pareçam mais graves.
No entanto, nem todas as pessoas com câncer se beneficiam das estratégias de
alívio da dor, simplesmente por não partilharem os sintomas com os profissionais
de saúde que as tratam, ou então por preferirem utilizar apenas medicamentos
para o alívio da dor.
Causas
A dor pode ser do próprio tumor ou um resultado do tratamento:
Tumor - Se o tumor cresce e se
dissemina para o osso ou outro órgão, pode exercer pressão sobre os nervos e
danificá-los, levando à dor. Se o câncer disseminado cresce ao redor da medula
espinhal, pode causar compressão da medula espinhal, produzindo uma dor intensa
ou paralisia se não for tratada.
Cirurgia - É normal sentir dor após
uma cirurgia para remoção do câncer. A maioria dessas dores desaparece
espontaneamente, mas algumas pessoas podem ter uma dor persistente durante meses
ou anos e até mesmo apresentar danos permanentes aos nervos.
Radioterapia - A dor pode
desenvolver-se após o tratamento radioterápico e também desaparecer
espontaneamente. Mas, algumas vezes a dor pode persistir durante meses ou anos
após o tratamento, especialmente em casos de irradiação do tórax ou da medula
espinhal.
Quimioterapia - Alguns
quimioterápicos podem causar a dor com dormência nos dedos das mãos e dos pés.
Normalmente, essa dor desaparece com o fim do tratamento, mas às vezes o dano é
permanente.
Diagnóstico
Cada pessoa conhece sua própria dor. O trabalho do médico no controle da dor
é ouvir o paciente, acreditar nele, oferecer uma solução, e continuar a repetir
processo enquanto a dor permanecer. Para entender a dor e melhor orientar o
paciente, o médico pode levantar questões como:
-
Onde dói?
-
Por quanto tempo a dor perdura?
-
Há quanto tempo essa dor existe?
-
Qual a intensidade da dor?
O médico também pode pedir-lhe para descrever a dor em uma escala de 1 a 10
ou oferecer palavras que ajudam a descrever a dor, como queimação, pontadas,
latejante.
Gerenciamento
O médico pode tratar a dor de várias maneiras:
-
Fixando a origem da dor, tratando o tumor ou reduzindo a inflamação.
-
Mudando a percepção da dor, geralmente com medicamentos que aniquilam a dor.
-
Interferindo com sinais enviados ao cérebro, pela coluna ou por bloqueios de nervos.
Dependendo da origem da dor e da saúde da pessoa, existem combinações
diferentes de medicamentos e meios para proporcionar conforto ao paciente. Na
maioria das vezes, o médico sabe como administrar a dor, no entanto,
ocasionalmente, podem solicitar a ajuda de especialistas da dor e de cuidados
paliativos para ajudar alguns pacientes a controlar as dores intensas.
Medicamentos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu um sistema para classificar
a dor. De acordo com esse sistema, dor leve a moderada é tratada com
analgésicos, de moderada a grave, deve ser tratada com opióides. Os medicamentos
para a dor podem ser administrados de diferentes maneiras, dependendo da droga e
do estado geral do paciente:
-
Oral.
-
Sublingual.
-
Subcutânea.
-
Intravenosa.
-
Na espinha dorsal.
-
Retal.
Muitas vezes os médicos deixam com os pacientes um dispositivo que permite
controlar a liberação de medicamento no corpo, denominado analgesia controlada
pelo paciente. Os medicamentos contra dor são administrados de acordo a horário
previamente programado, incluindo algumas doses de resgate em caso de
necessidade.
Efeitos
Colaterais
Medicamentos para a dor, especialmente os opióides, podem causar constipação,
náusea, sonolência, confusão ou alucinações. Mas, a maioria desses efeitos pode
ser evitada ou tratada com outros medicamentos. Em algumas situações, o médico
pode prescrever outra droga para minimizar esses efeitos colaterais.
Gerenciando a Dor sem
Medicamentos
Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais podem ajudar você a utilizar
dispositivos, como próteses ou talas para aliviar a dor.
Dicas
-
Quando conversar com o médico descreva o local da dor e suas características. Relate se a dor é leve, moderada ou severa, se é constante, se desaparece espontaneamente, o tempo de duração, que ações você toma para aliviar a mesma. Em caso de fazer uso de algum medicamento, qual a dosagem, frequência, e se o medicamento está ou não ajudando.
-
Uma maneira bastante eficaz para controlar a dor é tomar os medicamentos prescritos pelo médico em horários regulares. Mesmo se não sentir dor num determinado momento é importante tomar o medicamento.
-
Tome seus medicamentos exatamente como o médico prescreveu. A dor é mais difícil de controlar se ficar esperando ela passar, não a deixe ficar insuportável.
-
Procure relaxar, praticar meditação ou ioga, isso poderá ajudar a diminuir a tensão muscular, a ansiedade e a dor.
-
Comunique ao médico se ocorrerem mudanças nas características da dor que sente. Caso isso aconteça pode ser necessário modificar ou ajustar a medicação prescrita para um melhor controle da dor.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs,
Carla
extraído:http://www.oncoguia.org.br/conteudo/dor/208/109/
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