O tratamento do câncer tem por finalidade a cura ou
alívio dos sintomas da doença. Os tratamentos com medicamentos (quimioterapia,
terapia alvo, hormonioterapia), cirúrgicos e radioterápicos podem provocar
efeitos colaterais que variam de paciente para paciente dependendo de múltiplos
fatores, podendo ser diferentes quanto a intensidade e duração. Alguns pacientes
poderão apresentar efeitos colaterais mais severos, outros mais leves ou mesmo
não apresentar qualquer efeito colateral. Em caso de você apresentar algum
efeito colateral devido ao tratamento que está realizando procure imediatamente
seu médico para receber as orientações necessárias para seu caso.
O
linfedema é o acumulo de líquido no braço ou na perna devido ao bloqueio do
sistema linfático. O sistema linfático conduz a linfa pelo corpo e ajuda no
combate de infecções. Pacientes com câncer podem desenvolver linfedema em
membros superiores ou inferiores.
Sintomas
Os pacientes com linfedema podem apresentar sintomas como:
- Inchaço indolor que começa nas mãos ou pés e progride em direção ao tronco.
- Sensação de braços ou pernas pesados.
- Uso de anéis, relógios e roupas tornam-se difícil devido a que ficam muito apertados.
- Pele lisa ou brilhante.
- Marcas ou espessamento da pele quando pressionada.
- Hiperqueratose.
- Pele similar a casca da laranja.
- Desenvolvimento de verrugas ou pequenas bolhas.
Causas
As causas mais comuns do linfedema são:
- Cirurgia com remoção dos linfonodos.
- Radioterapia na região dos linfonodos.
- Câncer metastático.
- Infecção bacteriana ou por fungos.
- Danos no sistema linfático.
- Outras doenças relacionadas com o sistema linfático.
O linfedema pode ser agudo ou crônico. O linfedema agudo desenvolve-se
geralmente alguns dias ou semanas após a radioterapia ou cirurgia e dura menos
de seis meses. Com o retorno da circulação normal da linfa, o inchaço tende a
desaparecer. O linfedema crônico ocorre quando as alterações do sistema
linfático já não satisfazem as necessidades do corpo em relação à drenagem da
linfa, podendo ocorrer logo após a cirurgia ou radioterapia, ou meses ou anos
após o tratamento do câncer. Não há cura para o linfedema crônico, no entanto,
existem maneiras de controlá-lo.
Diagnóstico
O linfedema pode ser diagnosticado pela observação dos sintomas. No entanto,
alguns exames podem ser necessários não só para confirmar o diagnóstico, como
também planejar o tratamento:
- O médico pode medir os seus braços e pernas para o acompanhamento do inchaço e pode calcular o volume do líquido acumulado.
- O ultrassom ajuda na visualização do fluxo do sistema linfático.
- A linfocintilografia é um procedimento confiável para confirmar o diagnóstico de linfedema.
- A tomografia computadorizada mostra a localização e o padrão do sistema linfático, e se um tumor ou outra massa pode estar obstruindo o fluxo do sistema linfático.
É importante certificar-se que outras doenças não estão causando o inchaço,
para isso são solicitados outros exames para descartar a hipótese de doença
cardíaca, coágulos sanguíneos, infecção, insuficiência hepática ou renal, ou uma
reação alérgica.
Classificação
- Grau I - Linfedema reversível com elevação do membro e repouso no leito durante 24-48 horas, edema depressível à pressão.
-
Grau II - Linfedema irreversível com repouso prolongado, fibrose no tecido subcutâneo de moderada a grave e edema não depressível à pressão.
-
Grau III – Linfedema irreversível com fibrose acentuada no tecido subcutâneo e aspecto elefantiásico do membro.
Tratamento
Os tratamentos para o linfedema visam à redução do inchaço, a prevenção da
infecção e a melhora da aparência e do uso do braço ou perna. Incluem:
Elevação – Manter o membro afetado
elevado pode ajudar a reduzir o inchaço e incentivar a drenagem do sistema
linfático. No entanto, muitas vezes não é prático manter uma posição elevada por
longos períodos.
Massagem – A drenagem linfática
manual pode ajudar a reduzir o inchaço, e seus resultados são melhores quanto
mais cedo iniciar a massagem.
Exercício - Pode melhorar o fluxo do
sistema linfático, fortalecer os músculos e melhorar a capacidade do corpo de
absorver proteína. O exercício deve ser feito usando uma luva de compressão ou
bandagem.
Compressão – A compressão aplica
pressão sobre a parte afetada, incentivando a drenagem do sistema linfático, é
útil na prevenção do inchaço.
Higiene – A prevenção de uma infecção
na região do linfedema impede a evolução para algo mais grave. Lavar a área com
sabão e usar loções sem álcool pode garantir a prevenção de uma infecção.
Antibióticos ou medicamentos antifúngicos também podem ajudar a prevenir
infecções.
Tratamento a laser de baixa
intensidade – O tratamento a laser pode proporcionar alívio do linfedema
pós-mastectomia, especialmente nos braços.
Não são recomendados tratamentos que incluem:
-
Diuréticos.
-
Cirurgia reparadora do sistema linfático.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs,
Carla
extraído:http://www.oncoguia.org.br/conteudo/linfedema/1332/109/
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