Um microchip feito com nanopartículas de ouro pode facilitar o diagnóstico de pacientes com diabetes tipo 1.
Fonte: DiabeteNet 23/7/2014 - Em.Com
A
tecnologia foi desenvolvida na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e
reduz o tempo de confirmação da doença de alguns dias para
apenas poucos minutos. O dispositivo, descrito na última edição da revista
Nature Medicine, é simples o suficiente para ser usado fora de um hospital ou de
um laboratório, assim como em grandes grupos de pessoas simultaneamente. Os
criadores do chip já procuram a aprovação da FDA, a agência norte-americana que
regula remédios e alimentos.
O sistema é preparado para detectar os autoanticorpos, proteínas produzidas
pelo organismo que sofre da variação autoimune da doença. São eles que atacam as
células beta pancreáticas, produtoras da insulina, causando o diabetes tipo 1. O
teste atual encontra esses anticorpos usando materiais radioativos para detectar
a luminescência deles, sendo que o resultado pode durar até três dias. Mas o
chip criado pelos norte-americanos usa uma tecnologia plasmônica para tornar
esse processo mais rápido e sensível.
O dispositivo é capaz de sinalizar a presença dos biomarcadores típicos do
diabetes com 2 microlitros de sangue (uma única gota tem 35 microlitros),
permitindo que o teste seja feito com uma simples picada de agulha na ponta do
dedo. O segredo do método está nas nanopartículas de ouro depositadas sobre a
placa de vidro. Elas intensificam o sinal fluorescente que indica a reação entre
um conjunto selecionado de antígenos e seus respectivos anticorpos.
Os antígenos são impressos em conjuntos de três pontos para cada reagente na
superfície de ouro. O sangue do paciente é diluído e colocado sobre o chip, que
usa um material fluorescente para sinalizar a presença dos anticorpos típicos do
diabetes. “A intensidade da fluorescência de cada ponto é proporcional à
quantidade de anticorpos”, explica Bo Zhang, doutorando da
Universidade de Stanford e um dos autores do trabalho.
O processo, defendem os pesquisadores, é simples o suficiente para ser feito
por uma pessoa sem treinamento em saúde. O preço estimado do chip plasmônico é
de R$ 45 e cada peça poderia ser usada em até 15 pessoas. A tecnologia foi
testada em 39 pacientes e mostrou ser tão precisa quanto o teste
tradicional.
Teste necessário
Antigamente, médicos determinavam se o
paciente tinha diabetes 1 ou 2 com base na idade ou no peso dele: crianças têm
mais tendência a desenvolver a versão autoimuine da doença, enquanto pessoas
acima do peso costumam apresentar o problema metabólico que caracteriza o
segundo tipo. Mas a crescente obesidade infantil e o aumento do número de
pessoas que desenvolvem o diabetes tipo 1 durante a vida adulta tornaram esse
diagnóstico mais difícil.
“Com o aumento de peso da população, o diabetes tipo 2 tem aparecido mais
cedo. Hoje, há criança e adulto com essa doença”, alerta Mario Kedhi
Carra, presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira
de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). “É preciso saber qual o tipo, porque os
tratamentos são diferentes.”
Há quatro décadas, o método fluorescente era adotado nos laboratórios, mas
levava ainda mais tempo que o teste atual e ainda dependia do uso de uma lâmina
com pâncreas humano. O anticorpo reagia ao material e acusava a presença do
biomarcador com pontos fluorescentes. O princípio é o mesmo usado no chip
plasmônico, mas o novo método é muito mais simples e usa a nanotecnologia para
aumentar consideravelmente a sensibilidade do exame.
O médico Sérgio Atala Dib, professor de endocrinologia na
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), acredita que a
evolução tecnológica possa ser usada para identificar pacientes de diabetes tipo
1 em grandes grupos de pessoas, algo que seria inimaginável com os custos e a
logística dos testes de antigamente. Mas o chip plasmônico também teria
utilidade em consultórios e laboratórios. “A maior questão aqui é o volume do
soro, porque muitas vezes também temos de fazer o teste em crianças, e não
podemos tirar muito sangue delas”, ressalta.
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Carla
extraído:http://www.diabete.com.br/chip-descobre-o-diabetes-em-poucos-minutos/
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