
OS 10 MANDAMENTOS DO PACIENTE
1- Dai a vós mesmas tempo para pensar. Quem recebe o diagnóstico acha que é preciso fazer alguma coisa na mesma hora. Não é. Respire fundo. Reduza a rotação da cabeça antes de tomar decisões.
2- Honrai vossos
sentimentos, sejam eles de esperança, raiva ou medo. E não se surpreenda
ao sentir tudo isso em 15 minutos, várias vezes por dia.
3- Não
julgueis o tipo de tratamento do próximo nem as atitudes e as opções de
reconstrução. Nunca vi integrantes da comunidade do câncer de mama
julgarem os outros. Os juízes de plantão são os que nunca passaram por
isso. Alguns acham que você deveria superar o seu câncer de fitinha rosa
e fofinha, toda animada, ou se sentir grata pela lição de vida. Nada a
ver. Talvez você seja do tipo otimista. Talvez se sinta mesmo grata.
Tudo bem. Mas dizer que alguém deveria se sentir assim ou assado ao
receber o diagnóstico é como dizer que alguém deveria ter um metro e
oitenta ou olhos castanhos.
4- Amai a vós mesmas como ao próximo. Nós,
mulheres, somos muito duras conosco. Dê a si mesma a pausa que daria a
uma pessoa de quem você gosta caso recebesse um diagnóstico desses.
5-
Não vos castigueis. Você não está com câncer de mama porque comeu coisas
erradas, porque não amamentou nem porque não fez exercícios
suficientes.
6- Deixai que os outros vos ajudem. A família e os amigos
querem fazer algo por você. Permita isso.
7- Não dareis falso testemunho
contra a ciência. Você pode escolher um determinado tratamento ou não.
(Veja o 3º mandamento.) Pode ter ou não uma boa experiência. Os outros
podem aprender com o relato franco do que você passou, mas isso não a
transforma em médica especialista. Nisso, as celebridades têm
responsabilidade especial.
8- Perguntai aos médicos. “Qual é o risco de A
ou B?” ou “O que quer dizer essa palavra?” ou “Pode repetir?” Os bons
médicos gostam de ouvir suas perguntas e temores. Os nem tão bons assim
precisam se lembrar de que há uma pessoa por trás daquela mama.
9-
Aproveitai o dia. O câncer é como um elefante na sala. Às vezes é
preciso lhe dar um tapinha nas costas enormes e feias, e dizer:
“Desculpe aí, elefante, mas vou à praia, ao cinema ou passear com meus
filhos. A gente conversa quando eu voltar. Agora vou sair e me
divertir.”
10- Lembrai-vos de que sois mais do que o vosso câncer. Você
pode ser uma pessoa com câncer, mas também é mulher, mãe, irmã, filha,
profissional e amiga. É você quem decide até que ponto o câncer faz
parte da sua identidade.
abs,
Carla
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