As pedras nos rins já são consideradas epidemia: entre 5% e 12% da população do Brasil têm o problema, que atinge pessoas de qualquer sexo e idade. Cuidados com a alimentação e ingestão de líquido são essenciais na prevenção
A crise ocorreu dez anos atrás, mas a dor vivida está bem fresca na memória do comerciante Joseano Oliveira, de 46 anos. “Fiquei uns 15 dias sentindo muitas dores”,recorda-se. As dores foram causadas por formações mínimas que surgiram sem Joseano perceber em órgãos para os quais ele não dava muita atenção: os rins. O comerciante teve crises de litíase renal, doença conhecida pelos cálculos ou pedras que se formam nos rins.
A litíase renal é problema comum. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia(SBN), de 5% até 12% da população do País já teve ou terá a doença. Em todo o mundo,a estimativa sobe para 15%. Apesar de não escolher sexo ou idade para se manifestar, o problema é mais comum em homens entre 20 e 40 anos. E na maioria dos casos, a
lembrança de quem teve uma crise de litíase é dolorosa. Porque quando as pedras estão“estacionadas” no rim, são imperceptíveis. Mas, quando começam a se deslocar seguindo o fluxo da urina, causam a incômoda e dolorosa cólica renal.
O nefrologista Paulo Rossas Mota explica que os rins são responsáveis, entre outras funções, pela filtragem e eliminação das substâncias tóxicas produzidas naturalmente pelo organismo humano. Entre essas substâncias, algumas muito insolúveis, como o cálcio, o ácido úrico e o oxalato. Quando esses elementos estão muito concentrados na urina, cristalizam-se formando pedras, que nascem presas às paredes internas dos rins.
Mas, se é algo natural, por que não afeta toda a população? Segundo o urologista Galeno Taumaturgo, membro Sociedade Brasileira de Urologia, problemas de metabolismo próprios de cada organismo acarretam a formação dos cálculos: “E algumas pessoas têm tendência a formar cálculo renal”. Essas alterações individuais, somadas a fatores externos - como a alimentação - causam a doença.
O coordenador da Urologia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Fábio Fernandes Dantas, detalha ainda ser preciso que o pH da urina esteja alterado - ácido ou alcalino demais - para a cristalização dos elementos. “A urina tem faixa de pH. Se sobe muito,precipita cálculo de um tipo; se desce muito, de outro tipo. Quando o pH está muito baixo,precipita ácido úrico. Já alto demais precipita cristais de fosfato”, detalha o urologista.
O que causa
Não há um fator único que explique a formação dos cálculos renais. Para Paulo Rossas Mota, existe predisposição genética (“40% a 60% das pessoas com cálculo têm alguém na família com cálculo”, diz o médico), que não tem como ser alterada, e fatores habituais,como a alimentação e a baixa ingestão de líquidos. O presidente da SBN, Daniel Rinaldi dos Santos, indica que os erros alimentares são os maiores causadores do problema.
“Temos uma dieta inadequada, rica em sódio”, aponta.
Além do sódio - um dos elementos que compõem o sal de cozinha -, a alta ingestão de proteína, cálcio e ácido úrico também gera formação de pedras. O equilíbrio alimentar,portanto, é o ideal, dizem os médicos ouvidos pelo O POVO. Restringir completamente o cálcio, por exemplo, como era indicado anos atrás, não é o correto. O presidente da SBN indica ainda que o clima no qual a pessoa vive influencia o funcionamento renal. “Em ambiente mais quente, tem mais chance (de ter cálculos). A pessoa está perdendo mais líquido por outras vias e acaba não ingerindo líquido em quantidade suficiente pra repor as perdas”.
O Ciência & Saúde de hoje explica o funcionamento renal e a formação de pedras. A chave para evitar o problema é ingerir bastante líquido e manter uma dieta equilibrada.
O quê?
ENTENDA A NOTÍCIA
Pedras nos rins já são consideradas epidemia pela Sociedade Brasileira de Nefrologia. O problema atinge todos os sexos e idades, mas predomina em homens adultos. A ingestão de muita água é essencial na prevenção
- 50% das pessoas que tiveram pedras nos rins voltarão a ter o problema em até cinco anos,segundo o nefrologista Paulo Rossas Mota.
- 15% é o percentual da população mundial que teve ou terá pedras nos rins, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs,
Carla
extraído:http://www.sbn.org.br/midiaNoticia?id=510
e,2939083/rins-a-prevencao-pela-agua.shtml
Mariana Lazarimarianalazari@opovo.com.br
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