Sabemos que, com o aumento no número de idosos, cresce também o
número de doenças neurodegenerativas. A mais frequente é a doença de
Alzheimer (DA). O quadro clínico inicial da DA
é o declínio de memória episódica, acompanhada do comprometimento
progressivo de outros domínios cognitivos. Exemplos são afasia (declínio
de linguagem), apraxia (declínio em funções motoras) e orientação.
A doença foi inicialmente descrita por Alois Alzheimer em 1907. Mas, recentemente, o grupo de pesquisa National Institute on Aging – Alzheimer’s Association workgroups (NIA-AAW) (Mckhann et al., 2011) estabeleceu critérios diagnósticos para a DA.
Este Instituto recomenda que o diagnóstico da doença deve ser baseado
em uma série de déficits em duas ou mais áreas da cognição com piora
progressiva da memória e outras funções cognitivas.
As recomendações propostas por Mckhann et al. (2011) está em concordância com os critérios abordados no DSM-5
(Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – APA, 2013). O
diagnóstico é predominantemente clínico. Exames laboratoriais e de
neuromimagem são solicitados para afastar outras hipóteses diagnósticas.
Por exemplo, tumor cerebral que pode manifestar-se como quadro
demencial.
Muitas vezes o geriatra (ou neurologista ou psiquiatra) solicita
exames de neuroimagem (Tomografia ou Ressonância de Crâneo) e o exame
aparece “atrofia compatível com a idade”. Ou seja, esse resultado
significa dizer que o exames está normal. Contudo, os familiares
queixam-se de esquecimentos para fatos recentes, dentre outros sintomas.
É nesse momento que a Avaliação Neuropsicológica (conhecida também como testes cognitivos) torna-se imperativa.
A Avaliação Neuropsicológica é importante em qualquer fase da vida.
Seu objetivo é descrever e compreender alterações comportamentais,
cognitivas e funcionais e sua relação com áreas cerebrais que possam
estar comprometidas. “Áreas cerebrais comprometidas” significa que parte
do cérebro (ou o cérebro como um todo) não está funcionando como
deveria. Isso não acontece necessariamente por lesão (estrutura). O
cérebro pode estar acometido por uma doença neurodegenerativa.
A Avaliação Neuropsicológica com o paciente idoso engloba áreas
cognitivas (como memória, atenção, funções executivas, linguagem, dentre
outras), aspectos emocionais (ansiedade e/ou depressão) e atividades de
vida diária. Esta última área é avaliada através de questionário com um
familiar de convívio diário.
O neuropsicólogo é o profissional especializado para aplicar esse tipo de avaliação. Além de aplicar os teste, o neuropsicólogo tem a responsabilidade de interpretar os resultados e auxiliar a investigação diagnóstica de alterações das funções cerebrais.
Quer testar seu pai, sua mãe, seus avós? Pergunte o dia em que estamos,
pergunte o dia da semana ou o ano. Pergunte o que comeu no almoço ou
jantar. Verifique se o idoso consegue responder as perguntas sobre o que
acabou de acontecer. E, mesmo se o seu idoso conseguiu responder, não
hesite em procurar um neuropsicólogo para fazer uma avaliação fidedigna
de suas condições mentais.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://idosos.com.br/avaliacao-neuropsicologica-e-da/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla