O Pâncreas Artificial em 2011
O termo “Pâncreas Artificial” é hoje usado para designar metodologia tecnológica capaz de infundir insulina via subcutâneo de acordo com níveis de glicemia (ou melhor, da medição da glicose no sub-cutâneo), medida através de sensores de glicose, já conhecidos por nós. A decisão da dose aplicada fica por conta de Computadores altamente alimentados por algoritmos que estão sendo desenvolvidos há muitos anos.
As
bombas de insulina, seja as atualmente conhecidas ou as “patch-pumps”
que serão a coqueluche de um futuro próximo (aguarde matéria sobre este
assunto), já são uma realidade bem estabelecida. Cada vez mais
sofisticadas e cheias de complexos sistemas que ainda necessitam do ser
humano para quase todas as decisões terapêuticas, estes aparelhos
tendem a ficar cada vez menores, mais discretos, mais funcionais e
controlados a distância. Há uma enorme tendência (e eu já poderia dizer
que uma quase realidade) de se acoplar a infusão de insulina ao sensor
de glicose num só cateter.
Os
sensores de glicose, conhecidos hoje são peças pequenas (mas nem
tanto), que permanecem no corpo por 5 a 7 dias e medem a glicose
diuturnamente. Há claro diversos problemas a serem resolvidos (perda de
sinal, realidade com glicemia, lagtime, tamanho, acurácia, etc.), porém
já são largamente utilizados em diversos países com resultados
surpreendentes. No Brasil apenas a Medtronic comercializa sensores, e
em breve, após aprovação do FDA, lançará seu novo modelo de sensor, o
Enlite™ 69% menos volumoso que o atual, mais acurado nas hipoglicemias,
e mais discreto.
Veja foto:
Então,
está faltando mesmo é o software com algoritmos capazes de darem conta
das enormes flutuações de glicemias, e comandarem de forma exata as
bombas e os sensores, lembrando que é Possível que teremos bombas
bi-hormonais com insulina e glucagon acopladas. Aí é que reside um
desafio dos maiores: Aparentemente nenhum software consegue prever
todas as variáveis que afetam a glicemia como Stress, exercícios,
menstruação, Doenças, medicamentos, alimentação desbalanceada etc.
É
aí que os engenheiros estão trabalhando arduamente e muito ainda há que
se desenvolver. Porém ótimas notícias: O Pâncreas Artificial (Não sei
se este é o melhor nome) para reduzir as hipoglicemias noturnas já é
quase uma realidade. Bombas que desligam sozinhas quando se atinge um
determinado nível de glicemia no sensor já existem (Veo®) e vários
algoritmos também já foram desenvolvidos neste sentido.
Vejam algumas fotos de aulas do 4º ATTD em Londres, sobre este assunto. Opine, vamos trocar idéias e experiências.
Marcio Krakauer
Tecnologia em Diabetes – site SBD
Tecnologia em Diabetes – site SBD
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