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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Mal de Alzheimer: Tratamento melhora qualidade de vida e capacidade funcional de pacientes

27/4/2012 - CorreiodoNorteonline  

A Doença de Alzheimer (DA) é a causa mais frequente de demência em idosos, ocorre em cerca de 1% da população entre 65 e 69 anos. De acordo com o médico geriatra, João Danilo Rudey, a DA aparece em 30% dos idosos com idade entre 80 e 85 anos e em 50% dos idosos com mais de 95 anos. “Sua prevalência aumenta muito entre os 65 e 95 anos, dobrando a cada 05 anos, a partir dos 60 anos”, explica. Segundo Rudey, a doença se deve as lesões neuropatológicas, com perda neuronal e degeneração sináptica intensas, através do acúmulo de restos celulares e proteínas hiperfosforiladas. “As substâncias acumuladas são chamadas de proteína Tau e Peptídeo Beta-Amilóide, que formam lesões chamadas de Emaranhados Neurofibrilares e Placas Senis no cérebro. Estas lesões vão se acumulando durantes os anos e promove a perda neuronal, redução das sinapses e atrofia cerebral”, comenta. O médico ressalta que essas lesões também são encontradas no envelhecimento normal, sem demência, porém a densidade é muito mais alta em pessoas com DA.



HISTÓRIA

A doença foi descrita, pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome. É a principal causa de demência em pessoas com mais de 60 anos no Brasil e em Portugal, sendo cerca de duas vezes mais comum que a demência vascular, sendo que em 15% dos casos ocorrem simultaneamente. De acordo com Rudey, pacientes com Diabetes do tipo 1 estão associados a um maior risco para desenvolver a doença. “Fatores vasculares como hipertensão arterial e hipercolesterolemia também estão associados à doença”, diz.



SINTOMAS

Cada paciente de Alzheimer sofre a doença de forma única, mas existem pontos em comum. O sintoma primário mais comum é a perda de memória. Muitas vezes os primeiros sintomas são confundidos com problemas de idade ou de estresse. Quando a suspeita recai sobre a doença, o paciente é submetido a uma série de testes cognitivos e radiológicos. Com o avançar da doença aparecem novos sintomas como confusão mental, irritabilidade e agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem e perda de memória em longo prazo. O paciente começa a desligar-se da realidade. Antes de se tornar totalmente aparente, o Mal de Alzheimer se desenvolve por um período indeterminado de tempo e pode manter-se não diagnosticado e assintomático durante anos. De acordo com o médico geriatra, João Danilo Rudey, existe tratamento para o mal de Alzheimer, contudo ainda não estão disponíveis medicamentos capazes de interromper ou modificar o desenvolvimento da doença e nem sequer impedir sua eclosão. “Mesmo assim, muito se pode fazer pelo paciente e por seus familiares. Em outras palavras, embora ainda incurável a doença é tratável.” Para o médico, o tratamento eficaz requer a abordagem multidisciplinar do paciente, dos familiares e dos cuidadores em conjunto. Tendo como meta melhorar a qualidade de vida, a capacidade funcional e autonomia pelo maior tempo possível. “O tratamento farmacológico é paliativo e serve também para aliviar sintomas desagradáveis”, ressalta. Contudo, o tratamento não farmacológico é tão importante quanto às medicações. O médico explica que por meio de atividades físicas, intelectuais e sociais é possível fazer uma abordagem multidisciplinar do paciente com ajuda de um médico, enfermeiro, psicólogo, nutricionista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, educador físico, musico terapeuta, terapeuta ocupacional, assistente social, coordenadores de grupos sociais, entre outros.



PREVENÇÃO

Rudey destaca que não há métodos ou medicamentos que impeçam o surgimento da doença, mas alguns fatores podem contribuir para diminuir o risco do mal. “Podemos citar alguns fatores protetores, como: nível educacional elevado, vida ativa com estimulação cognitiva constante, engajamento em atividades sociais e de lazer, suporte e redes sociais, atividade física regular e uma dieta saudável”, indica. Além disso, evitar traumas cranianos, manter o controle da diabetes e da pressão alta e os níveis baixos de colesterol também colaboram para o impedimento da doença.















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