Linfoma não Hodgkin
Os linfomas são neoplasias malignas,
originárias dos gânglios (ou linfonodos), organismos muito importantes
no combate a infecções. Há mais de 20 tipos diferentes de linfoma
não-Hodgkin. Entre os linfomas, é o tipo mais incidente na infância.
Por razões ainda desconhecidas, o número de casos duplicou nos últimos
25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos.
Estimativa de novos casos: 9.640, sendo 5.190 homens e 4.450 mulheres (2009)
Número de mortes: 3.735, sendo 2.054 homens e 1.681 mulheres (2009)
Atenção:
a informação existente neste portal pretende apoiar e não substituir a
consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da
sua confiança.
Prevenção, genética e outros fatores de risco
Assim como em outras formas de câncer, dietas ricas em verduras e
frutas podem ter efeito protetor contra o linfomas não-Hodgkin. Os
fatores de risco para o desenvolvimento da doença incluem sistema imune
comprometido e exposição química e/ou a altas doses de radiação.
Pessoas com deficiência de imunidade, em consequência de doenças
genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressoras e infecção pelo
HIV, têm maior risco de desenvolver linfomas. Pacientes portadores dos
vírus Epstein-Barr, HTLV1 e da bactéria Helicobacter pylori (que causa
úlceras gástricas), têm risco aumentado para alguns tipos de linfoma.
Exposição a certos agentes químicos, incluindo pesticidas,
solventes, fertilizantes, herbicidas e inseticidas tem sido relacionada
ao surgimento de linfomas em estudos com agricultores e outros grupos
que se expõem a altos níveis desses agentes.
Diagnóstico
Entre os exames para a detecção do linfoma não-Hodgkin, estão a biópsia
(retirada de pequena porção de tecido, em geral gânglios, para análise
em laboratório de anatomia patológica), punção lombar, tomografia
computadorizada e ressonância magnética.
Após
a confirmação do diagnóstico, a doença é classificada de acordo com o
tipo de linfoma (indolente, de crescimento relativamente lento; ou
agressivo, de alto grau e desenvolvimento rápido) e o estágio em que se
encontra. Os linfomas indolentes correspondem a aproximadamente a 40%,
e os agressivos, aos 60% restantes.
Tratamento
A maioria dos linfomas é tratada com
quimioterapia, radioterapia, ou ambas. A quimioterapia consiste na
combinação de duas ou mais drogas. A radioterapia é uma forma de
radiação usada, em geral, para reduzir a carga tumoral em locais
específicos, para aliviar sintomas, ou também para reforçar o
tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de volta da doença em
localizações mais propensas à recaída.
No caso dos linfomas indolentes, as opções
de tratamento variam desde apenas observação clínica, até tratamentos
bastante intensivos, dependendo da indicação médica.
Para linfomas com maior risco de invasão do
Sistema Nervoso Central – SNC (cérebro e medula espinhal), faz-se
terapia preventiva (injeção de drogas quimioterápicas diretamente no
líquido cérebro-espinhal, e/ou radioterapia que envolva cérebro e
medula espinhal). Nos pacientes já com o SNC, ou que desenvolvem esta
complicação durante o tratamento, são realizados esses mesmos
tratamentos.
Mais recentemente, a imunoterapia está sendo cada vez mais incorporada ao tratamento, isoladamente ou associada à quimioterapia.
Sintomas
Gânglios aumentados no pescoço, axilas e/ou virilha, sudorese noturna
excessiva, febre, coceira na pele e perda de peso sem motivo aparente
podem ser sinais de alerta e devem ser investigados pelo médico.
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