TEMA: MEDICAMENTOS E PESSOAS IDOSAS
1º DIA - Introdução
Os medicamentos, para os idosos, podem ser tanto uma fonte de alívio e cura para seus males, como um verdadeiro calvário de sofrimento e dor, pelos efeitos colaterais que podem produzir.
São eles os responsáveis por uma boa parcela do grande avanço que a medicina desfruta hoje, juntamente com as novas técnicas cirúrgicas e os exames complementares de últimas gerações.
A medicina, atualmente, está dividida em várias especialidades. Até mesmo as especialidades médicas estão se dividindo em várias sub-especialidades. Lembramos, apenas como ilustração, da cardiologia pediátrica, da cirurgia cardíaca, da cardiologia intervencionista (cateterismo cardíaco), da arritmologia (marca-passo e arritmias), da cardiogeriatria, da cardiologia…ufa!
Muitas vezes, o médico pode ser a maior autoridade numa determinada doença, mas não apresenta qualificação para tratar ou interagir com outros profissionais médicos, no que diz respeito ao resto do corpo humano. O cliente é visto, nesses casos, como a senhora do enfisema pulmonar ou o idoso da próstata grande.
O geriatra, ao contrário, olha o seu cliente de uma forma holística, olha-o como uma pessoa idosa, que requer um olhar gerontológico, procurando não somente tratar e curar doenças, mas melhorar a sua qualidade de vida. Para isso, implica principalmente tratar os problemas principais (as doenças principais ou a principal), evitando passar medicamentos para todos os sintomas que vierem aparecer.
Exemplo: o idoso está tratando de dor coluna, de coração e de glaucoma, toma quatro tipos de medicamentos e um colírio. Só que um dos medicamentos (o antiinflamatório) está causando gastrite. Queixou com o médico, que lhe passou omeprazol e bromoprida. Mas a bromoprida está dando muito sono e tonteira. Foi à um plantão de porta de hospital e lhe receitaram um medicamento para labirintite, que lhe deu mais sono ainda. Entenderam a confusão? É o que chamamos de cascata medicamentosa, isto é, o efeito colateral de um medicamento provoca a prescrição de outro medicamento.
Também os rins e o fígado da pessoa idosa não têm a mesma capacidade de metabolização e filtração de medicamentos, como nos joven e adultos. Muitos medicamentos como os antibióticos, os antinflamatórios, os medicamentos sedativos e os medicamentos para coração e hipertensão deverão ter suas doses reduzidas e individualizadas para cada idoso, pois dependendo do rim e do fígado, poderão estar com doses muito acima daquela que poderiam ser benéficas.
Portanto, cuidado ao adminstrar muitos medicamentos às pessoas idosas de sua família. Sempre converse com o médico sobre a necessidade real de cada medicamento.
fonte:http://www.facebook.com/cuidardeidosos
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