Alimentação para quem tem problemas renais: confira 5 pontos essenciais
O cuidado com a alimentação para quem tem problemas renais é essencial, uma vez que tal aspecto pode auxiliar no controle da evolução dessas condições. Em diferentes graus, isso vale tanto para aqueles em tratamento conservador, quanto para os pacientes em terapia renal substitutiva (como diálise, hemodiálise ou transplante renal).
Os aspectos que precisam ser observados de perto com envolvem principalmente a limitação à presença de certos nutrientes na dieta, evitando que eles se acumulem no sangue e comprometam ainda mais a função renal. Assim, é possível proteger a saúde dos rins e contribuir para evitar a progressão do problema.
- Reduza a quantidade de sal e sódio
A ingestão de sal e sódio em excesso contribui para a elevação da pressão arterial, prejudicando o controle da doença renal. Por isso, quem convive com esta condição deve limitar o consumo de alimentos ricos nesses componentes1.
De acordo com a orientação do médico e/ou nutricionista, é possível definir um limite seguro para a ingestão desses itens. A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), por exemplo, recomenda que a adição de sal às refeições não supere 1 g no almoço e 1g no jantar2.
Também é preciso tomar cuidado com alimentos industrializados e ultraprocessados, já que eles costumam conter muito sódio em suas fórmulas. Exemplo disso são os embutidos, as conservas (doces ou salgadas) ou alimentos com longos prazos de conservação (como refeições congeladas). Na dúvida, olhe com cuidado as tabelas nutricionais das embalagens e os rótulos 1.
- Controle as porções de proteínas
Embora seja um nutriente essencial, a alimentação para quem tem problemas renais deve estabelecer uma restrição na quantidade de proteínas, quando indicado3. O metabolismo das proteínas gera toxinas, que em pacientes com a função renal comprometida são mais difíceis de serem devidamente eliminadas pela urina. Mais uma vez, o acompanhamento do médico e/ou nutricionista é fundamental para quantificar a meta proteica ideal.
De qualquer maneira, a SBN aponta que existem dois caminhos para que pacientes com doenças renais controlem a quantidade de proteínas na alimentação2. O primeiro deles envolve controlar a quantidade no consumo de alimentos proteicos (carnes, leite e derivados) de forma individualizada.
Na segunda alternativa, o paciente pode receber a recomendação de uma dieta muito pobre em proteína associada a uma suplementação de aminoácidos (as moléculas que compõem as proteínas), sempre conforme orientação médica/nutricional2. Esse processo é chamado de cetodieta.
- Observe a ingestão de fósforo e potássio
O fósforo é importante para a composição dos ossos e dos vasos sanguíneos1. O potássio, por sua vez, contribui para o correto funcionamento de músculos e nervos1. Porém, pacientes com problemas renais podem ter que restringir ambos os minerais da dieta. Em excesso, o fósforo pode prejudicar a composição da massa óssea. Já potássio demais pode atrapalhar funções cardiovasculares1.
Portanto, em ambos os casos é preciso observar a composição dos alimentos e monitorar a ingestão daqueles ricos em fósforo e potássio. Isso vale, inclusive, para alimentos frescos (como frutas e legumes), já que muitos deles têm alta concentração destes minerais1. É necessário ainda observar a formulação de produtos industrializados, uma vez que eles podem ter estes componentes nas suas receitas.
Por fim, em alguns casos o médico pode prescrever ao paciente medicamentos que impedem que o corpo absorva o fósforo dos alimentos. Chamados de quelantes ou aglutinantes de fósforo, essas substâncias são ingeridas antes das refeições e fazem com que o excesso de fósforo seja eliminado com mais facilidade pelo organismo2.
- Entenda as necessidades de água
Pacientes com problemas renais, sobretudo em processo de diálise, podem ter que passar por uma restrição na ingestão de água. Com isso, a recomendação da SBN é que esse grupo restrinja o consumo do líquido a 500 mililitros somados a quantidade de urina eliminada no dia anterior2.
Nessa conta devem estar incluídas também outras bebidas (com chás e sucos, por exemplo). Para reduzir a sensação de sede, os pacientes podem dar preferência a líquidos gelados. Outra orientação é evitar refeições com grande quantidade de água (como sopas e caldos). Dessa forma, a cota diária reservada para a ingestão de água pode ser maior2. Vale ainda tomar cuidado para não comer alimentos muito salgados ou muito doces, já que eles elevam a sensação de sede.
- Converse com seu médico e nutricionista sobre a necessidade de suplementação na alimentação para quem tem problemas renais
De acordo com a evolução da doença renal, é possível que o corpo passe a apresentar deficiências nutricionais decorrentes às restrições na dieta. É o que acontece, por exemplo, com o cálcio e a vitamina D.
Além disso, a redução da função renal leva a uma baixa produção do hormônio responsável pela produção de células no sangue (eritropoetina), que quando associadas as condutas terapêuticas indicadas (como a prescrição de determinados medicamentos e a realização de hemodiálise) leva a perda sanguínea no processo, contribuem para o desenvolvimento de quadros de anemia, devido a deficiência de ferro3.
Diante disso, quadros de hipovitaminose D, hipocalcemia e anemia devem ser acompanhados de perto. Se for o caso, o médico e/ou nutricionista podem prescrever e orientar a ingestão de suplementos capazes de contornar essa deficiência, contribuindo para a manutenção das funções essenciais do organismo2.
Ainda que a alimentação para quem tem problemas renais possa apresentar restrições, é preciso proporcionar que o momento das refeições sejam o mais agradável possível. Com isso em mente, é preciso estabelecer os devidos cuidados e manter uma rotina alimentar equilibrada, saudável e atrativa.
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Referências:
- Eating right for chronic kidney disease. . NIDDK - National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases. Disponível em: https://www.niddk.nih.gov/health-information/kidney-disease/chronic-kidney-disease-ckd/eating-nutrition Acesso em 12. abril 2023.
- Orientações Nutricionais - SBN. (n.d.). Sociedade Brasileira de Nefrologia. Disponível em: https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/orientacoes-nutricionais/ Acesso em 12. abril 2023.
- Malkina, A. Doença renal crônica. Manuais MSD. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7a-renal-cr%C3%B4nica/doen%C3%A7a-renal-cr%C3%B4nica?query=Doen%C3%A7a%20renal%20cr%C3%B4nica Acesso em 12. abril 2023.
FONTE: https://www.fresubin.com/br/alimentacao-problemas-renais
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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