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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

DIABETES: 5 problemas que podem afetar a vida sexual de quem tem diabetes

 

 

 

  A ansiedade pode inibir o desejo, sendo essencial conversar abertamente sobre dores e limitações para encontrar o tratamento adequado. 

 

A relação entre vida sexual e diabetes ainda é um tema cercado de tabus. Muitas pessoas desconhecem que o controle inadequado da glicose pode impactar diretamente a saúde íntima, tanto de homens quanto de mulheres. Para esclarecer esse assunto fundamental, o jornalista Tom Bueno recebeu no DiabetesCast dois grandes especialistas: a endocrinologista Dra. Denise Franco e o urologista Dr. Ricardo Vita.

Durante o episódio, os médicos explicaram como a condição age no organismo e listaram os principais desafios enfrentados por quem convive com o diabetes. O objetivo não é assustar, mas alertar. Afinal, a informação é a melhor ferramenta para buscar tratamento e recuperar a qualidade de vida.

O Dr. Ricardo Vita destaca que o problema costuma ser silencioso no início. “O diabetes é uma condição sistêmica, atinge todo o organismo. Mesmo controlado, pode haver alterações, mas o descontrole acelera esse processo”, explica o urologista.

LINK:https://youtu.be/0BVEsWuLZt8

 

 


 

 

Por que o diabetes afeta o sexo?

Antes de entrarmos nos cinco problemas específicos, é preciso entender o mecanismo. O excesso de açúcar no sangue, a longo prazo, danifica duas estruturas essenciais para a resposta sexual: os vasos sanguíneos e os nervos.

Segundo os especialistas ouvidos por Tom Bueno, ocorre uma lesão no revestimento interno dos vasos (endotélio), o que dificulta a circulação. Além disso, a parte neurológica sofre com a “descascação” dos nervos, prejudicando a sensibilidade e a transmissão de sinais vitais para a excitação.

Portanto, a vida sexual e diabetes estão interligadas pela saúde vascular e neurológica. A boa notícia, reforçada pela Dra. Denise Franco, é que muitas dessas complicações são reversíveis com o tratamento adequado e o controle glicêmico.

1. Disfunção erétil (Impotência sexual)

Este é, frequentemente, o primeiro sinal de alerta que leva os homens ao consultório médico. A dificuldade em obter ou manter a ereção ocorre devido à má circulação nas artérias cavernosas e à falha no mecanismo que deveria prender o sangue no pênis durante o ato.

O Dr. Ricardo detalha que o homem pode sofrer com a perda de rigidez durante a relação. “Às vezes ele consegue ter o começo, mas não consegue manter até o fim”, pontua. Além disso, a impotência pode ser um sinal preditivo de problemas cardíacos, exigindo atenção redobrada à saúde do coração.

2. Disfunção sexual feminina

Nas mulheres, o impacto na vida sexual se manifesta de forma diferente, mas igualmente incômoda. A falta de lubrificação é uma das queixas mais comuns. Isso ocorre pelos mesmos danos vasculares e neurológicos que afetam os homens.

A secura vaginal pode causar dor durante a penetração (dispareunia), dificultando o relaxamento e o prazer. “Você tem um assoalho pélvico hiperativo, contraído, e isso gera uma dificuldade da mulher relaxar”, explica o Dr. Ricardo. Consequentemente, muitas mulheres podem ter dificuldade em atingir o orgasmo.

3. Baixa libido

O desejo sexual também sofre impactos. Além das questões hormonais, o fator psicológico pesa bastante. Conviver com uma condição crônica pode gerar ansiedade e, segundo a Dra. Denise, a depressão é duas vezes mais comum em quem tem diabetes.

O medo de hipoglicemias durante o ato ou a vergonha das alterações no corpo podem diminuir o interesse sexual. A dor física, citada anteriormente, também cria um ciclo vicioso que afasta a mulher — e o homem — da intimidade.

4. Infecções genitais frequentes

A glicose alta cria um ambiente perfeito para a proliferação de fungos e bactérias. Tanto homens quanto mulheres com diabetes descompensado têm maior risco de desenvolver infecções, como a candidíase.

Nas mulheres, o excesso de açúcar no muco vaginal altera a flora natural. “O diabetes vai desequilibrar a flora vaginal”, afirma o médico. Isso gera corrimento, odor e desconforto, o que naturalmente inibe o desejo sexual. Além disso, alguns medicamentos modernos para o diabetes, que eliminam açúcar pela urina, exigem higiene redobrada para evitar esses quadros.

5. Ejaculação retrógrada

Este é um problema menos conhecido, mas que afeta alguns homens com neuropatia diabética. Ocorre quando o colo da bexiga não se fecha adequadamente durante o orgasmo. Assim, o sêmen, em vez de sair pela uretra, volta para dentro da bexiga.

O Dr. Ricardo descreve a sensação como um “orgasmo seco”. O homem sente o prazer do clímax, mas não há saída de fluido ou sai em pouca quantidade. Embora não cause dor física, pode gerar estranhamento e afetar a fertilidade, caso o homem deseje ter filhos.

Buscando ajuda e soluções

A mensagem final do DiabetesCast é de esperança. Ter diabetes não significa o fim da vida sexual. A Dra. Denise Franco reforça: “Não é porque você tem diabetes que a gente não pode ter uma vida sexual saudável. Vida sexual é saúde também”.

Se você notar qualquer alteração, converse com seu endocrinologista, urologista ou ginecologista. Existem tratamentos eficazes, que vão desde o ajuste da glicemia até terapias específicas. Não deixe o tabu impedir o seu bem-estar.

 

 

 

 

 

Advogado e Jornalista - Advogado apaixonado por Comunicação, fez do Jornalismo também profissão. Natural de Araraquara-SP, Daniel tem mais de 20 anos de atuação no meio jurídico e 10 anos de experiência como jornalista. Pós-graduado em Gestão e Comunicação em Jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, dedicou boa parte de sua carreira à televisão, em emissoras como a Record News, e colaborou com inúmeros veículos de imprensa escrita na produção de artigos e conteúdo que unem rigor técnico e linguagem clara. No Um Diabético, é responsável por matérias de interesse especial para as pessoas que convivem com o diabetes. Sua missão é trazer informação de qualidade e conhecimento útil que fortaleçam o leitor, mostrando que é possível, sim, viver de forma satisfatória e com bem-estar, mesmo diante dos desafios impostos pela doença.

 

FONTE: https://umdiabetico.com.br/2025

 

 

 

 

 

 

 

  Câncer de pele (laço preto)


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abs

Carla

 

 

 

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