Powered By Blogger

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

DIABETES: Cientistas criam pílula de insulina oral que imita o pâncreas e reduz o risco de hipoglicemia; testes mostram resultados promissores

 

 

 pílula insulina  

Uma pílula de insulina oral capaz de imitar a ação do pâncreas e liberar o hormônio sob demanda, de acordo com os níveis de glicose no sangue, acaba de mostrar resultados promissores em testes com animais. O estudo, realizado por pesquisadores da Shanghai Jiao Tong University School of Medicine, foi publicado em 23 de dezembro de 2024 e pode representar um marco na busca por uma alternativa às injeções diárias de insulina. 

A tecnologia, chamada PPF-ins, combina nanotecnologia, resposta inteligente à glicose e uma estratégia que direciona a insulina primeiro ao fígado — exatamente como acontece no corpo humano.

Por que buscar uma insulina oral?

Apesar do avanço de sistemas automatizados, sensores e insulinas semanais, a insulina injetável continua sendo uma barreira importante para boa parte dos pacientes.

Entre os desafios que afetam a rotina estão:

  • Dor, medo e aversão às agulhas, que reduzem a adesão.
  • Risco de hipoglicemia por doses fixas, que não acompanham a variação real da glicose.
  • Absorção instável, influenciada por temperatura, fluxo sanguíneo e local da aplicação.

A busca por uma insulina oral é antiga, mas sempre esbarrou em obstáculos técnicos, como a degradação do hormônio no estômago e a baixa absorção intestinal.

A nova formulação foi criada justamente para superar essas barreiras.

Como funciona a pílula inteligente PPF-ins

A inovação está em uma cápsula microscópica de 50 nanômetros construída com um polímero especial que garante três funções fundamentais:

1. Proteção no estômago

A pílula evita que a insulina seja destruída pelo ácido gástrico e pelas enzimas digestivas.
Isso garante que o hormônio chegue intacto ao intestino.

2. Alta absorção

A superfície “zwitteriônica” permite que a cápsula atravesse o muco intestinal rapidamente, aumentando significativamente a absorção, um dos maiores desafios da via oral.

3. Liberação responsiva à glicose

Esse é o componente mais revolucionário:

  • em glicose normal, a liberação é lenta e estável;
  • quando a glicose sobe, moléculas de açúcar se ligam ao polímero e disparam a liberação rápida de insulina.

É um mecanismo que simula a resposta natural do pâncreas, reduzindo o risco de hipoglicemia.

Resultados dos testes com camundongos e porcos

A PPF-ins foi testada em dois modelos animais de diabetes tipo 1, e os resultados chamam atenção da comunidade científica:

Controle glicêmico por 24 horas

Uma única dose manteve a glicemia sob controle durante um dia inteiro, sem episódios de hipoglicemia.

Resposta inteligente comprovada

No teste clamp isoglicêmico, a liberação de insulina foi dez vezes maior quando a glicose estava alta, prova direta da resposta sensível ao açúcar.

Biodisponibilidade recorde

A formulação alcançou 18,9% de absorção, número superior ao de todas as insulinas orais testadas até hoje.
A maioria das tentativas anteriores não passava de 15%.

Segurança e eliminação

Exames mostraram:

  • ausência de toxicidade nos órgãos analisados;
  • nenhuma reação inflamatória;
  • eliminação completa da fórmula em 36 horas.

O que ainda precisa avançar

Apesar dos resultados animadores, a tecnologia ainda está em fase pré-clínica.

Dose elevada

Por ser oral, a quantidade de insulina usada ainda é muito maior do que a dose injetável.
Os pesquisadores buscam aumentar ainda mais a absorção para reduzir essa necessidade.

Segurança a longo prazo

Como o diabetes exige tratamento contínuo, ainda são necessários estudos prolongados para garantir segurança total em uso crônico.

Testes em humanos

A etapa seguinte será avaliar a segurança e a eficácia da pílula em ensaios clínicos. Ainda não há previsão de início.

Possível expansão para diabetes tipo 2

O estudo analisou apenas diabetes tipo 1.
A equipe sugere investigar também aplicações em tipo 2.

Um passo importante para um futuro sem agulhas

A nova insulina oral representa mais que conveniência.
Ela se aproxima do funcionamento natural do corpo humano e pode melhorar a segurança, a adesão e a qualidade de vida de milhões de pessoas.

Embora ainda leve tempo até chegar ao mercado, o estudo coloca a ciência mais perto de um futuro com menos agulhas e mais conforto para quem precisa de insulina todos os dias.

 

 


 

 

Advogado e Jornalista - Advogado apaixonado por Comunicação, fez do Jornalismo também profissão. Natural de Araraquara-SP, Daniel tem mais de 20 anos de atuação no meio jurídico e 10 anos de experiência como jornalista. Pós-graduado em Gestão e Comunicação em Jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, dedicou boa parte de sua carreira à televisão, em emissoras como a Record News, e colaborou com inúmeros veículos de imprensa escrita na produção de artigos e conteúdo que unem rigor técnico e linguagem clara. No Um Diabético, é responsável por matérias de interesse especial para as pessoas que convivem com o diabetes. Sua missão é trazer informação de qualidade e conhecimento útil que fortaleçam o leitor, mostrando que é possível, sim, viver de forma satisfatória e com bem-estar, mesmo diante dos desafios impostos pela doença.

 

FONTE: https://umdiabetico.com.br/2025

 

 

 

 

 

  Câncer de pele (laço preto)


obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla