O citomegalovírus (CMV) é um dos principais vírus oportunistas que podem afetar pacientes submetidos ao transplante de medula óssea. Como o procedimento exige a supressão do sistema imunológico, o paciente fica mais vulnerável a infecções — inclusive dentro das próprias instituições de saúde, durante o período de recuperação.
O Observatório de Oncologia analisou dados públicos do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/MS) no estudo “Infecção por citomegalovírus em pacientes submetidos ao transplante de medula óssea no Brasil na última década: uma análise descritiva”.
Principais dados do levantamento:
• Foram registrados 450 casos de internações por CMV como diagnóstico secundário após TMO nos últimos 10 anos.
• 98,2% dos pacientes não evoluíram para óbito durante a internação.
Quando o assunto é alimentação antes de dormir, pessoas
com diabetes costumam buscar listas de “alimentos permitidos”. Esse é
justamente o primeiro erro que precisa ser esclarecido.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), nenhum
alimento é liberado ou proibido de forma absoluta. O que define se uma
escolha é adequada são fatores como porção, contexto, glicemia no
momento, tipo de tratamento e resposta individual.
A
American Diabetes Association (ADA) e a International Diabetes
Federation (IDF) reforçam o mesmo princípio: não é o alimento isolado
que determina o controle glicêmico, mas o conjunto de escolhas ao longo
do dia.
Por isso, os alimentos listados a seguir não são melhores
por si só, não devem ser consumidos livremente e não servem para todas
as pessoas. Eles apenas costumam ser melhor tolerados no período noturno
quando há indicação clínica de lanche antes de dormir.
Por que a alimentação noturna exige cuidado
Durante o sono, o organismo continua consumindo energia.
Em pessoas que utilizam insulina ou medicamentos que aumentam a
liberação de insulina, esse período pode aumentar o risco de
hipoglicemia noturna.
Ao mesmo tempo, escolhas inadequadas, porções excessivas
ou alimentos ricos em açúcar podem levar à hiperglicemia durante a
madrugada, impactando a glicemia ao acordar.
O objetivo do lanche noturno, quando indicado, não é comer mais, mas evitar oscilações importantes da glicose.
1. Iogurte natural sem açúcar
O iogurte natural pode ser utilizado por conter proteína e menor teor de açúcar adicionado.
No entanto, ele não é neutro para a glicemia.
Porções grandes ou consumo frequente podem elevar a glicose, especialmente em pessoas sensíveis à lactose.
2. Leite
O leite é um alimento acessível e comum no Brasil, mas contém carboidratos.
Pode ser usado em pequena quantidade quando a glicemia está abaixo do alvo antes de dormir.
Não deve ser consumido automaticamente todas as noites.
3. Ovo cozido ou mexido com pouco óleo
O ovo é fonte de proteína e praticamente não eleva a glicemia.
Ainda assim, o consumo deve respeitar o contexto alimentar do dia.
Preparações com excesso de gordura não são recomendadas.
4. Queijo branco, como minas frescal ou ricota
Queijos brancos fornecem proteína e costumam ter menor teor de gordura.
Mesmo assim, são alimentos calóricos e devem ser consumidos em porções pequenas.
O excesso pode interferir no controle glicêmico e no peso corporal.
5. Castanha-do-pará ou amendoim
Oleaginosas fornecem gorduras saudáveis e fibras.
Mas isso não significa consumo livre.
Uma pequena quantidade é suficiente. Porções grandes aumentam calorias e podem impactar a glicemia indiretamente.
6. Abacate
O abacate tem baixo índice glicêmico e é comum na alimentação brasileira.
Apesar disso, é um alimento calórico.
O consumo deve ser moderado e inserido dentro do plano alimentar individual.
7. Pão integral em pequena quantidade, combinado com proteína
O pão integral pode ser utilizado quando há necessidade de carboidrato à noite.
Sempre em pequena quantidade e combinado com proteína, como queijo ou ovo.
Pães brancos, recheios doces ou exageros não são indicados.
Atenção: não é sobre o alimento, é sobre o contexto
Esses alimentos não são melhores em comparação absoluta, nem devem ser consumidos sem critério.
Eles não substituem orientação profissional e não funcionam da mesma forma para todas as pessoas.
O que define a melhor escolha é o contexto clínico, o monitoramento da glicemia e o tratamento utilizado.
Nem toda pessoa com diabetes precisa comer antes de dormir.
Quando há indicação, o lanche deve ser planejado com cautela, porções adequadas e orientação profissional.
Evitar hipoglicemia e hiperglicemia durante o sono é parte do cuidado contínuo com o diabetes.
Gerente de Conteúdo e Redes Sociais -
Jornalista mineira, natural de Uberlândia, Laura é descolada, sensível e
criativa. Traz para o projeto uma visão estratégica e conectada com as
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produção audiovisual. Desde que abraçou a causa do diabetes, há três
anos, mergulhou no universo do Um Diabético com dedicação e empatia.
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