Entrevista com a endocrinologista Hermelinda Cordeiro Pedrosa, da SBD
O número de amputações causadas por complicações do diabetes caiu mais da metade nos Estados Unidos desde meados da década de 90, segundo estudo publicado na revista Diabetes Care. A taxa de amputação era de 11,2 por 1 mil pessoas em 1996 e diminuiu para cerca de 4 por 1.000 em 2008. No Brasil, não há dados estatísticos que revelem com exatidão como essas taxas estão se comportando, informa a endocrinologista Hermelinda Cordeiro Pedrosa, diretora do Departamento de Pé Diabético da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
A redução das amputações é basicamente resultado do controle dos fatores de risco que levam à perda dos pés e membros inferiores, na opinião dos pesquisadores norte-americanos, ligados aos U.S. Centers for Disease Control and Prevention, órgão do governo norte-americano. Outro fator que contribuiu para o bom resultado é o melhor tratamento e prevenção do pé diabético.
"Salvo algumas iniciativas particulares, não temos no Brasil um programa oficial voltado à prevenção e tratamento do pé diabético", explica Hermelinda, ela própria criadora do Projeto Salvando o Pé Diabético, que está prestes a comemorar 20 anos de existência. A partir do final do ano, o projeto poderá receber apoio para novos programas do Grupo Internacional do Pé Diabético, da International Diabetes Federation (IDF), com o objetivo de intensificar o treinamento de profissionais, tornando-os habilitados a tratar as ocorrências relacionadas ao problema.
A maior disseminação de informações voltadas ao paciente sobre como prevenir o pé diabético também é importante ferramenta de prevenção, acredita a endocrinologista. Ela lembra que o diabético deve examinar diariamente seus pés para verificar a presença de feridas, principalmente entre os dedos. Secar bem os pés após o banho e mantê-los bem hidratados com a ajuda de um creme - evitando passar o produto entre os dedos - também são boas medidas preventivas.
"O uso de calçados confortáveis, sem costuras que possam ferir os pés, deve ser um cuidado constante", ensina Hermelinda, acrescentando que é essencial que pelo menos uma vez por ano o médico examine os pés do paciente para verificar se não há comprometimento da sensibilidade ou a presença de feridas.
fonte:www.diabetesnoscuidamos.com.br
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