A demência caracteriza-se pela presença de alterações das funções cognitivas (memória, linguagem, planejamento, habilidades visuais-espaciais) e muitas vezes, também, do comportamento (apatia, agitação, agressividade, delírios, entre outros), que limitam progressivamente a pessoa nas suas atividades da vida diária, sejam profissionais, sociais, de lazer ou mesmo domésticas e de auto-cuidado.
Idosos que vivem de forma independente, mas que apresentam algum grau de dano cerebral, podem diminuir o seu risco de desenvolver demência permanecendo fisicamente ativos.Esta é a constatação de um estudo realizado por pesquisadores portugueses da Universidade de Lisboa.O estudo incluiu 638 pessoas (média de idade de 74,1 anos), sendo que 55% dos participantes eram do sexo feminino.
Os idosos que praticavam atividades físicas regulares apresentaram um risco significativamente menor de desenvolver qualquer tipo de demência ao longo de um período de 3 anos de acompanhamento.
"Nossos dados apoiam a tese de que os indivíduos mais velhos portadores de fatores de risco vascular são menos propensos a desenvolverem dano vascular cerebral quando permanecem fisicamente ativos.Acreditamos que a relação entre a prática regular de atividade físicas e o comprometimento da funções mentais deveria ser mais estudada através de novos estudos", disse a Dra. Ana Verdelho, autora principal do estudo.
Fonte: Stroke - Journal of the American Heart Association.
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