Nem todo mundo que é diagnosticado com pré-diabetes fica diabético.
Estudos internacionais têm mostrado que mudanças no estilo de vida, com
perda de peso, alimentação saudável e prática de atividades físicas
estão conseguindo preservar a função do pâncreas e evitar ou retardar a
evolução para o diabetes. O essencial, defende o professor livre docente
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Antônio
Carlos Lerário, é ter acompanhamento profissional para manter a
programação saudável.
Starbem – O que caracteriza o pré-diabetes?
Antônio
Carlos Lerário - O diabetes tipo 2, que acomete principalmente
indivíduos maduros, acima dos 40 a 50 anos, tem característica
progressiva: o pâncreas vai perdendo gradativamente a capacidade de
produzir insulina. Estima-se que, ao ser diagnosticada, a pessoa já
perdeu cerca de 50% da capacidade de produção de insulina pelo pâncreas.
Define-se que alguém tem diabetes quando sua glicemia de jejum apresenta nível superior a 126 mg/dL. A partir de 100 mg/dL, a classificação é de pré-diabetes. Sem tratamento, a tendência é que o pré-diabético evolua gradativamente para o diabetes.
Starbem – O pré-diabetes sempre evolui para diabetes?
Antônio
Carlos Lerário - Alguns grandes estudos científicos internacionais vêm
demonstrando que é possível retardar - ou até evitar - essa evolução. O
estudo norte-americano Diabetes Prevention Programme, por exemplo,
acompanhou 4 mil indivíduos e chegou a essa conclusão. Os participantes
foram divididos em dois grupos, sendo o primeiro apenas instruído sobre a
necessidade de mudança de vida. O segundo grupo foi acompanhado por
profissionais de saúde durante 10 anos, período em que recebeu apoio
psicológico, nutricional e médico. Esse grupo teve 60% menos casos de
pré-diabéticos que se tornaram diabéticos do que aquele que não teve
acompanhamento. É possível até que eles não venham a desenvolver a
doença no futuro, mas precisamos de mais tempo para chegar a essa
conclusão.
Starbem – O que é possível fazer para evitar essa evolução?
Antônio
Carlos Lerário - O que essa e outras análises mostram é que para evitar
ou retardar o surgimento da doença o pré-diabético precisa do
acompanhamento profissional, porque a tendência é que, sozinho, ele não
adote ou não mantenha as mudanças de estilo de vida necessárias e que
são até mais importantes para se evitar diabetes do que o uso de
medicamentos isoladamente.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs,
Carla
extraído: http://www.starbem.com.br/Novidades/Especialista/4
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