03/07/2020
Você descobriu que tem diabetes tipo 2. E agora?
Normalmente, receber o diagnóstico da doença implica em uma série de fatores, e todos eles envolvem uma mudança de vida. Seja melhorar a alimentação, começar a praticar exercícios ou inserir uma nova medicação na rotina, ser diagnosticado com diabetes tipo 2 significa que é hora de mudar
Não podemos nos esquecer, no entanto, que o ambiente familiar do diagnosticado também pode ser afetado nesse processo. A família ou as outras pessoas que convivem com quem tem diabetes tipo 2 acabam tendo um papel importante na hora de ajudar no tratamento e nos cuidados diários.
Um alerta quando menos se espera
Ao contrário do diabetes tipo 1, o tipo 2 é mais frequente em adultos e está relacionado principalmente com a obesidade, a má alimentação e a falta de atividade física. De acordo com Alex Galoro, médico patologista e gestor do Grupo Sabin, a mudança de hábito é essencial para quem tem a doença.
“Quando alguém é diagnosticado com o diabetes tipo 2, normalmente o início não é tão crítico, costuma ser mais insidioso”, explica o médico. “Às vezes, o diagnóstico pode surgir durante um exame laboratorial, quando é percebida uma alteração na glicemia, ou com o surgimento de alguns sinais, como beber muita água ou urinar em excesso”.
Ou seja, são pequenos sinais que mostram que algo não vai bem com o organismo dessa pessoa e que algumas coisas precisam ser diferentes. Para Galoro, esse diagnóstico positivo também pode servir como um alerta para toda a família e o engajamento de todos pode ser essencial para evitar complicações futuras.
O que fazer após o diagnóstico do diabetes tipo 2
O principal cuidado que as pessoas precisam passar a ter após o diagnóstico é controlar a doença para prevenir outros distúrbios mais graves, como a doença arterial periférica, a neuropatia diabética ou até mesmo complicações oculares. “Depois, aumentam os cuidados e as necessidades da pessoa com o diabetes”, aponta Galoro.
As principais mudanças devem incluir a alimentação,
que precisa ser mais saudável e leve, e os exercícios físicos, mesmo que
de pequena intensidade. De acordo com o médico, a perda de peso já pode
ajudar muito.
“Se o controle não for feito dessa forma, haverá a evolução para o tratamento medicamentoso. Começa com a metformina, que é o mais comum. Dependendo da evolução da doença ou da dificuldade do controle, haverá a necessidade de outras intervenções, como o uso da insulina e até mesmo a cirurgia bariátrica, que tem sido uma opção para muitas pessoas fazerem o controle”, explica Galoro.
Como o diabetes 2 afeta toda a família?
Uma das formas de controle é a participação da família. “Temos estudos que mostram que existe mais sucesso no tratamento quando a família toda está engajada”, comenta o médico. E existem dois motivos para isso.
Crédito: New Africa/shutterstock
Em primeiro lugar, o histórico familiar também é um dos fatores responsáveis pelo surgimento do diabetes tipo 2. Se uma pessoa descobrir que tem a doença, existe uma grande possibilidade de que os filhos também tenham um diagnóstico positivo no futuro. Por isso, o cuidado e a mudança de hábitos devem ser realizados precocemente, a fim de evitar a condição.
Em segundo lugar, quando todos da família acompanham as mudanças, fica mais fácil para a pessoa diagnosticada se cuidar. Por exemplo, durante uma refeição todos podem compartilhar os mesmos alimentos. “Imagina que na hora de comer a pessoa com diabetes tipo 2 tem uma salada, enquanto todos em volta comem alimentos gordurosos. É difícil para ela”.
Por isso, quando toda a família está engajada, a mudança ocorre mais facilmente e todos se mantêm saudáveis juntos.
obs. conteúdo meramente informativo
abs
Carla
https://institutomongeralaegon.org/longevidade
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