Uma voz interna que não se cala. Dificuldade de estar no presente. Problemas de sono. Concentração comprometida. Pensamentos negativos. Se essa lista lhe parece familiar, é hora de buscar formas de acalmar a mente.
É claro que todos temos dias mais agitados, em que tudo precisa ser resolvido ao mesmo tempo. “O problema está quando não conseguimos nos desligar, quando dia após dia nossos pensamentos são um constante turbilhão, trazendo alto nível de estresse”, diz a terapeuta integrativa Aline Malaman.
O melhor é trazer os pensamentos para o presente e tentar acalmar os ruídos que estão dentro da cabeça, segundo o terapeuta Robson Hamuche. Mas e se isso não acontecer? Ele responde: “A maioria das decisões que tomamos em ‘estado de sofrimento’, ou seja, com a mente agitada, geram consequências nada positivas para nossas vidas”.
Mesmo as soluções mais simples são difíceis de serem encontradas quando há um estado de agitação. “Nós não enxergamos”, destaca Hamuche, coautor do livro “Um Compromisso por Dia – Pequenas Ações Diárias que Podem Mudar a Sua Vida” (Editora Gente).
Perde-se a capacidade de observar os próprios pensamentos, as emoções e os gestos. Há, inclusive, a “dificuldade de perceber as reações das pessoas ao redor”, relata Daniel Alan Costa, professor de fitoterapia na Universidade de São Paulo (USP) e coordenador da pós-graduação em naturopatia da Universidade Paulista (Unip).
“Quando você está nesse estado de agitação interior, sua mente fica poluída de pensamentos negativos, depreciativos, de baixa valia e falta de amor próprio. Além disso, você passa a vibrar em sintonias inferiores, compatíveis com todo o tipo de problema na vida”, complementa a treinadora mental Elainne Ourives.
O organismo também sofre. Programado para estar em alerta (com sobreposição do sistema simpático) e em relaxamento (sobreposição do sistema parassimpático), ele se adapta à condição de tensão permanente.
“Quando alimentamos os pensamentos e, com isso, agitamos a mente, nosso sistema biológico também responde ficando em alerta, liberando hormônios como cortisol e adrenalina, por exemplo”, explica o professor da USP. Num primeiro momento, isso é ótimo, já que dá condições para o enfrentamento dos desafios do dia a dia.
Mas, em longo prazo, a cronicidade desta condição leva a uma série de transtornos. Entre eles, segundo Costa, estão os riscos cardiovasculares, o rebaixamento do sistema imunológico e a fadiga das glândulas adrenais, que pode causar cansaço excessivo e dores no corpo.
Há mais. Sem conseguir acalmar a mente, é possível que a pessoa viva em ansiedade, com preocupações, fobias e angústias. E, assim, fique mais exposta a depressão.
Como acalmar a mente
1. Programar pausas
“Sabemos o quanto isto parece difícil nos dias de hoje, ainda mais para uma mente agitada. Mas dois minutos de pausa fazem uma enorme diferença”, indica Costa. Basta parar e observar, contemplando o local em que está sem julgamentos e sem alterar a respiração. “Se, ao final, julgar necessário, respire mais lenta e profundamente. Há uma relação direta do ritmo da nossa respiração com o ritmo da nossa mente.”
2. Buscar práticas integrativas
O professor explica que aromaterapia, fitoterapia, acupuntura, auriculoterapia, terapia floral, cristaloterapia e cromoterapia podem auxiliar. “Na naturopatia, muito embora existam intervenções pontuais, como ervas e óleos essenciais que sabidamente têm efeito calmante, sempre se faz necessária uma avaliação para que possamos indicar que recurso e aplicação trarão o melhor resultado para a pessoa agitada.”
3. Fazer respirações
Feche os olhos. Inspire e expire três vezes consecutivas, com intervalos de sete segundos entre cada ação. “Essa respiração libera endorfina e serotonina, que são os hormônios da alegria e da harmonização, provoca relaxamento e te coloca em conexão com sua natureza interior”, diz Elainne.
4. Mentalizar
“Porém, o que mais você precisa fazer é, diariamente, fechar os olhos, viver a realidade que deseja dentro de si como se fosse real, respirar com coerência cardíaca, que é quando você acalma seus pensamentos e percebe a respiração no mesmo ritmo do seu batimento cardíaco”, ensina Elainne. Segundo ela, o ideal é fazer isso ao acordar ou pouco antes de dormir.
5. Meditar
Aline recomenda, além de fazer exercícios de respiração, praticar meditações breves e “outras técnicas que tragam o foco para o agora”. “São excelentes ferramentas para acalmar a mente e diminuir a agitação.”
Crédito: Pormezz/Shutterstock
6. Conhecer-se
“Para acalmar a mente, é necessário que haja uma busca interna, de quem somos, de nossas raízes, do que nos faz bem e do que nos deixa feliz”, recomenda Hamuche. Para isso, vale reservar um tempo para si e, se for necessário, recorrer à psicoterapia.
7. Praticar esportes
A atividade física libera hormônios, como a endorfina e a serotonina, que provocam sensação de bem-estar. Além disso, melhoram o humor, aumentam a disposição e ajudam a ter uma mente mais calma.
8. Conversar com amigos
Marcar um bate-papo com pessoas de quem você gosta é uma boa opção para acalmar a mente. O importante é estar presente: prestar atenção no que o outro fala, sem deixar a conversa interna interferir. Desconectar-se durante esses momentos, mantendo o celular desligado ou sem som, também é valioso.
9. Praticar um hobby
Atividades que dão prazer colaboram para a redução do estresse. Incluir na rotina um hobby – dançar, tocar um instrumento, ler, cozinhar – ajuda a acalmar a mente e a aumentar a sensação de bem-estar.
10. Procurar ajuda especializada
Não se negligenciar e reconhecer que precisa de ajuda é fundamental, segundo Aline. “Se o indivíduo estiver em grande sofrimento, deverá procurar atendimento médico.”
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://institutomongeralaegon.org/longevidade-e-saude/saude-mental/acalmar-a-mente
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