A sintomatologia mais comum se apresenta nos tremores periféricos, principalmente nas mãos, rigidez muscular, o que pode levar a pessoa ao movimento em bloco, letargia de movimento e alterações na fala, escrita e memória, anedonia, cansaço, distúrbios do sono. Ansiedade e depressão também são comumente associadas à doença neurodegenerativa, que é progressiva e uma das mais frequentes no mundo, ficando atrás apenas do Alzheimer. Dessa maneira, Valcarenghi (2017, pág 295) relata em seu estudo que: “O convívio com as medicações ocorre de forma positiva quando é percebida a diminuição dos sinais e sintomas; porém, muitas pessoas referem que é necessário conviver também com os efeitos colaterais, de modo que isso se torna mais um desafio a enfrentar”. O autor ainda relata que a doença possui forte simbologia nas atividades do trabalho, principalmente para aqueles que adoecem em idade precoce e que devido às características da doença, como tremor e rigidez e dificuldade na marcha, percebem preconceito e se sentem estigmatizadas.
A equipe de enfermagem possui papel relevante no cuidado às pessoas com Parkinson. Devem se atentar, lembrando sempre de construir um projeto terapêutico singular (PTS) com suas etapas: diagnóstico, metas, divisão de responsabilidades e reavaliação. Importante pensar em alguns cuidados, de acordo com os principais sinais e sintomas da doença. Para isso o enfermeiro deve conhecer a fisiopatologia da doença, principalmente em relação a condição debilitante causada pela diminuição da dopamina no núcleo acumbes, conhecida região negra do cérebro. A doença não possui cura e é importante compreender que o cuidado é essencial para uma qualidade de vida. Desta forma, vamos conhecer alguns cuidados de enfermagem.
11 de abril, Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson
Cuidados de enfermagem a pessoas com Parkinson
Realizar o acolhimento do usuário, compreendendo o seu processo de adoecimento, tratando-o com empatia, sendo sensível aos comprometimentos causados pela doença na pessoa;
Orientar quanto o processo de saúde-doença ao paciente, cuidador e familiar, objetivando melhores práticas de cuidado no ambiente domiciliar, enfatizando o comprometimento motor;
Avaliar e orientar quanto à alimentação, considerando dificuldade motora, criando estratégias de cuidado. Considerar o uso de espessantes e alimentos que minimizem riscos de aspiração para o paciente;
Avaliar o comprometimento cognitivo e motor, criando estratégias de cuidado, compreendendo as principais dificuldades da pessoa, seja no ambiente domiciliar, laboral ou escolar e criar sempre junto à pessoa possíveis intervenções;
Avaliar a deambulação do usuário e o risco de queda, criando estratégias de cuidado;
Avaliar as medicações e orientar quanto à administração, doses e horários;
Realizar exame da condição cognitiva e motora rotineiramente;
Abordar a questão do isolamento social provocado pelos sintomas da doença, como sintomas motores, locomoção, sialorreia e dificuldade de fala;
Avaliar trânsito intestinal, uma vez que a constipação é um problema comum, a ingestão de alimentos ricos em fibra e a maior ingestão de água. Esses cuidados podem ser ofertados de maneira fácil.
O conhecimento da doença pode modificar o comportamento social frente ao processo de interação com as pessoas que possuem Parkinson, valorizando o respeito e melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. A PEBMED apóia essa iniciativa e também informa sobre o evento realizado no próximo dia 11 de Abril, Dia Mundial De Conscientização da Doença de Parkinson, pela Associação Brasil Parkinson(ABP), que fará um simpósio internacional online pelo Facebook. Confira a programação e participe!!! Fonte: PebMed.
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