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sábado, 15 de outubro de 2022

Câncer de Fígado III

 Tratamentos:

 

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 04/10/2015 - Data de atualização: 14/04/2022

Imunoterapia para câncer de fígado

 

A imunoterapia vem sendo usada como tratamento em vários tipos de câncer e pode ser uma opção no câncer de fígado. Os imunoterápicos são medicamentos que estimulam o sistema imunológico de uma pessoa, a reconhecer e destruir as células cancerosas de forma mais eficaz.
 
Inibidores do controle imunológico
 
Uma função importante do sistema imunológico consiste em sua capacidade de atacar as células normais e anormais do corpo. Para fazer isso, ele usa pontos de verificação, as chamadas moléculas de controle imunológico em células imunológicas que precisam ser ativadas (ou desativadas) para iniciar uma resposta imunológica. As células cancerígenas, às vezes, usam esses pontos de controle para evitar serem atacadas pelo sistema imunológico. Os medicamentos imunoterápicos modernos têm como alvo esses pontos de controle, reestabelecendo a atividade destas células da imunidade no combate às células cancerígenas. Esses medicamentos se mostraram úteis contra muitos tipos de câncer nos últimos anos e são promissores para o tratamento do câncer de fígado.
 
Inibidores de PD-1 e PD-L1
 
O PD-1 é uma proteína de ponto de verificação nas células do sistema imunológico denominadas células T. Normalmente, age como um tipo de interruptor desligado que impede que as células T ataquem outras células do corpo. Quando a PD-1 se liga à PD-L1, basicamente diz à célula T para deixar a outra célula sozinha. Algumas células cancerígenas têm grandes quantidades de PD-L1, o que as ajuda a evitar um ataque imunológico. Medicamentos que têm como alvo PD-1 ou PD-L1 podem bloquear essa ligação e aumentar a resposta imunológica contra células cancerígenas.
O atezolizumabe tem como alvo a proteína PD-L1. O bloqueio dessa proteína aumenta a resposta imunológica contra as células cancerígenas. Isso pode diminuir o tamanho de alguns tumores ou retardar seu crescimento.
 
Esse medicamento pode ser usado junto com o bevacizumabe como primeiro tratamento para câncer de fígado que não pode ser tratado por cirurgia ou que se disseminou para outros órgãos.
 
Este medicamento é administrado por infusão venosa, normalmente, uma vez a cada duas, três ou quatro semanas.
 
O pembrolizumabe e o nivolumabe são medicamentos que têm como alvo a PD-1, o que aumenta a resposta imunológica contra as células cancerígenas. Isso pode reduzir o tamanho de alguns tumores ou retardar seu crescimento.
 
Esses medicamentos podem ser usados em pacientes com câncer de fígado avançado previamente tratados com sorafenibe. O pembrolizumabe pode ser administrado isoladamente, enquanto o nivolumabe é normalmente usado junto com o ipilimumabe.
 
Esses medicamentos são administrados por infusão intravenosa, a cada duas, três ou quatro semanas.
 
Inibidores de CTLA-4

 
O ipilimumabe é outro medicamento com um alvo diferente, que aumenta a resposta imunológica. Ele bloqueia o CTLA-4, outra proteína em algumas células T que normalmente a mantêm sob controle.
 
O ipilimumabe é administrado como infusão intravenosa, uma vez a cada três semanas por quatro ciclos. Ele pode ser usado em combinação com o nivolumabe no tratamento do câncer de fígado previamente tratado com sorafenibe.
 
Possíveis efeitos colaterais
 
Os efeitos colaterais desses medicamentos podem incluir:

  • Fadiga.
  • Febre.
  • Tosse.
  • Náusea.
  • Coceira.
  • Erupção cutânea.
  • Perda de apetite.
  • Dores musculares ou articulares.
  • Constipação ou diarreia.

Outros efeitos colaterais importantes que podem ocorrer com menos frequência:

  • Reações à infusão. Alguns pacientes podem apresentar uma reação alérgica à infusão enquanto recebem os medicamentos. Os sintomas podem incluir febre, calafrios, rubor facial, erupções cutâneas, coceira, sensação de tontura, chiado no peito e dificuldade respiratória.
  • Reações autoimunes. Esses medicamentos agem basicamente removendo os freios do sistema imunológico do corpo. Às vezes, o sistema imunológico ataca outras partes do corpo, o que pode provocar problemas importantes nos pulmões, intestinos, fígado, glândulas produtoras de hormônios, rins, pele ou outros órgãos.

É importante comunicar, imediatamente, qualquer novo efeito colateral ao seu médico. Se ocorrerem efeitos colaterais importantes, pode ser necessário interromper o tratamento devendo receber altas doses de corticosteróides para inibir seu sistema imunológico.
 
 
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
 
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 27/07/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 Quimioterapia para câncer de fígado

 

 

A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Pode ser uma opção para pacientes cujo tumor não pode ser tratado com cirurgia ou que não responde a outros tratamentos, como ablação, embolização ou terapia-alvo.
 
Infelizmente, o câncer de fígado resiste à maioria dos medicamentos quimioterápicos. Pesquisas recentes mostraram que uma combinação de medicamentos pode ser mais eficaz do que usar um      quimioterápico de forma isolada. Mas mesmo as combinações de medicamentos, reduzem apenas uma pequena porcentagem de tumores e as respostas são, geralmente, por um curto período de tempo. Além do que, a maioria dos estudos mostrou que a quimioterapia sistêmica não aumenta a sobrevida dos pacientes com câncer de fígado.
 
Os medicamentos quimioterápicos usados no tratamento do câncer de fígado incluem:

  • Gemcitabina.
  • Oxaliplatina.
  • Cisplatina.
  • Doxorrubicina.
  • 5-fluorouracil.
  • Capecitabina.
  • Mitoxantrona.

 
Às vezes, combinações de dois ou três medicamentos são usadas. GEMOX (gemcitabina mais oxaliplatina) é uma opção para pacientes com bom estado geral de saúde e que têm condições de tolerar mais de um medicamento. O esquema quimioterápico que tem como base o 5-FU, por exemplo, o FOLFOX (5-FU, oxaliplatina e leucovorina) é outra opção para pacientes com doença hepática grave.
 
A quimioterapia pode ser administrada de diferentes formas:

  • Quimioterapia sistêmica. Os medicamentos são administrados por via venosa ou oral. Esses medicamentos entram na corrente sanguínea e atingem todas as áreas do corpo, tornando o tratamento potencialmente útil para tumores que se disseminaram para outros órgãos. A quimioterapia venosa é administrada via cateteres, que são dispositivos de acesso venoso central. Eles também são usados para a injeção de medicamentos, sangue e derivados, e nutrientes diretamente no sangue. A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada período de tratamento seguido por um período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo de quimioterapia dura em geral algumas semanas.
  • Quimioterapia regional. Os medicamentos são administrados na artéria que leva sangue diretamente ao tumor, o que faz com que esse tipo de quimioterapia seja focado nas células cancerígenas da área do corpo que deve ser tratada. Isso reduz os efeitos colaterais, limitando a quantidade de medicamento que atinge o resto do corpo. A infusão da artéria hepática ou quimioterapia administrada diretamente na artéria hepática é um tipo de quimioterapia regional que pode ser usada no tratamento do câncer de fígado.

Infusão da artéria hepática
 
Devido à má resposta dos tumores de fígado à quimioterapia sistêmica, os médicos estudaram a injeção de quimioterápicos diretamente na artéria hepática para avaliar sua eficácia. Nessa técnica conhecida como infusão da artéria hepática, a quimioterapia chega ao fígado por meio da artéria hepática, mas o fígado saudável metaboliza (decompõe) a maior parte do fármaco antes que ele possa alcançar o resto do corpo. Isso libera mais quimioterapia ao tumor do que a quimioterapia sistêmica sem aumentar os efeitos colaterais. Os medicamentos frequentemente usados incluem a floxuridina, cisplatina e oxaliplatina. Essa técnica pode ser usada em pacientes com tumores grandes no fígado que não podem ser removidos cirurgicamente ou não podem ser tratados com TACE. Essa técnica pode não ser eficaz para todos os pacientes, porque é necessária a realização de uma cirurgia para a inserção de um cateter totalmente implantado, e muitos pacientes podem não ter condições físicas suficientes para tolerar o procedimento. Estudos preliminares mostraram que a infusão é geralmente mais eficaz na diminuição do tamanho dos tumores, mas ainda são necessários mais estudos.
 
Possíveis efeitos colaterais
 
Os medicamentos quimioterápicos atacam as células que se dividem rapidamente, razão pela qual agem sobre as células cancerígenas. Mas outras células no corpo, como as da medula óssea, revestimento da boca, dos intestinos e os folículos pilosos, também se dividem rapidamente, e são suscetíveis de serem afetadas pela quimioterapia, o que pode conduzir a efeitos colaterais.
 
Os efeitos colaterais da quimioterapia dependem do tipo de medicamento, da dose administrada e do tempo de tratamento. Os efeitos colaterais mais frequentes incluem:

  • Perda de cabelo.
  • Inflamações na boca.
  • Perda de apetite.
  • Náuseas e vômitos.
  • Diarreia.
  • Infecções, devido a diminuição dos glóbulos brancos.
  • Hematomas ou hemorragias, devido a diminuição das plaquetas.
  • Fadiga, devido a diminuição dos glóbulos vermelhos.

Muitas vezes pode ser necessária a prescrição de medicamentos para aliviar os efeitos colaterais. No entanto, estes efeitos colaterais são geralmente de curto prazo e tendem a desaparecer com o término do tratamento.

Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
 
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/04/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

Tratamento do câncer de fígado por estágio

 

Embora o sistema de estadiamento TNM da AJCC seja usado, frequentemente, para descrever a disseminação de um câncer de fígado, os médicos utilizam um sistema mais prático para determinar as opções de tratamento de cada paciente. Os cânceres de fígado são categorizados como: potencialmente ressecável ou transplantável, irressecável e avançado.
 
Câncer de fígado potencialmente ressecável ou transplantável
 
Potencialmente ressecável. Se o tumor está em estágio inicial e o restante do fígado é saudável, a cirurgia (hepatectomia parcial) pode ser realizada para curar a doença. Apenas uma pequena porcentagem de pacientes com câncer de fígado são enquadrados nessa categoria. Um fator importante que influencia o resultado é o tamanho do tumor e se invadiu os vasos sanguíneos próximos. Tumores maiores ou aqueles que invadem os vasos sanguíneos são mais propensos a recidivar ou a se disseminarem após a cirurgia. Também são importantes, a função do resto do fígado e o estado geral de saúde do paciente. Para alguns pacientes com câncer de fígado em estágio inicial, o transplante de fígado pode ser outra opção de tratamento. Atualmente, estudos clínicos estão avaliando se os pacientes submetidos a hepatectomia parcial podem obter melhores resultados se fizerem, também, outros tratamentos além da cirurgia. Alguns estudos mostraram que o uso de quimioembolização ou outros tratamentos, junto com a cirurgia aumenta a sobrevida de alguns pacientes. Ainda assim, são necessárias mais pesquisas para confirmar se a adição de outros tratamentos à cirurgia potencializa o resultado do tratamento.
 
Potencialmente transplantável. Se o tumor está em estágio inicial e o restante do fígado não está saudável, pode ser necessária a realização de um transplante de fígado. O transplante hepático pode também ser uma opção se o tumor está localizado em uma parte do fígado de difícil remoção. Muitas vezes, os candidatos ao transplante de fígado recebem outros tratamentos, como ablação ou embolização, enquanto aguardam um órgão para transplante.
 
Câncer de fígado irressecável que não se disseminou
 
Os cânceres irressecáveis incluem os tumores que ainda não se disseminaram para os linfonodos ou outros órgãos, mas que não podem ser removidos com segurança por hepatectomia parcial porque:

  • O tumor é muito grande.
  • O tumor está localizado numa parte do fígado de difícil acesso.
  • Existem vários tumores ou a doença se disseminou por todo o fígado.
  • O paciente não tem condições físicas para a cirurgia.

As opções de tratamento incluem ablação, embolização ou ambos. Outras opções podem incluir terapia-alvo, imunoterapia, quimioterapia (sistêmica ou por infusão da artéria hepática) e/ou radioterapia. Em alguns casos, o tratamento reduz o tamanho do tumor possibilitando a cirurgia (hepatectomia parcial ou transplante).
 
Esses tratamentos não são curativos, mas podem reduzir os sintomas e até mesmo aumentar a sobrevida. Como o câncer de fígado pode ser difícil de ser tratado, participar de estudos clínicos com novos tratamentos pode ser uma opção em muitos casos.
 
Câncer de fígado avançado
 
O câncer de fígado avançado ou disseminado para os linfonodos ou outros órgãos não pode ser tratado cirurgicamente.
 
Se o fígado estiver funcionando bem (classificação de Child-Pugh A ou B), as opções iniciais de tratamento podem incluir:

  • Imunoterapia com atezolizumabe mais terapia-alvo com bevacizumabe.
  • Qualquer uma das terapias-alvo: sorafenibe ou lenvatinibe.

Se esses medicamentos deixarem de responder, as terapias-alvo com outros medicamentos como regorafenibe, cabozantinibe ou ramucirumabe podem ser úteis. Outras opções são os imunoterápicos pembrolizumabe ou nivolumabe combinados com ipilimumabe.
 
Assim como com o câncer de fígado inoperável não disseminado, estudos clínicos com novas terapias-alvo, imunoterapia, novas técnicas para a administração de quimioterapia, novas formas de radioterapia e outros novos tratamentos podem ajudar. Os estudos clínicos também são importantes para melhorar o resultado do tratamento de futuros pacientes.
 
A radioterapia também pode ser feita para ajudar a aliviar a dor e outros sintomas. Converse com seu médico sobre quaisquer sintomas que você apresentar, para que possa ser tratado de forma eficaz.
 
Recidiva
 
A recidiva pode ser local (na mesma área onde se iniciou) ou à distância (disseminação para órgãos, como pulmões ou ossos). O tratamento da recidiva da doença depende de muitos fatores, como lugar da recidiva, tipo de tratamento realizado anteriormente e do funcionamento do fígado no momento da recidiva.
 
Os pacientes com recidiva ressecável podem ser elegíveis para uma nova cirurgia ou tratamentos locais como ablação ou embolização.
 
Se a recidiva é generalizada, terapia-alvo, imunoterapia ou quimioterapia podem ser opções de tratamento. Os pacientes também podem considerar a participação em um estudo clínico.
 
O tratamento também pode ser realizado para aliviar a dor e outros efeitos colaterais. Converse com seu médico sobre quaisquer sintomas que apresentar, para que possam ser tratados de forma rápida e eficaz.
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 27/07/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 

Converse com seu médico sobre câncer de fígado

 

 

Preparamos um roteiro de perguntas que podem lhe orientar numa conversa com o médico. Alguns pontos são muito importantes e não devem ser deixados de lado.
 
No diagnóstico

  • Que tipo de câncer de fígado eu tenho?
  • Onde está localizado o tumor? A doença já se disseminou?
  • Como meu fígado está funcionando?
  • Qual é o estadiamento da minha doença? O que isso significa?
  • É necessária a realização de exames adicionais ou biópsias?
  • O resultado demora muito para sair?

 Antes do tratamento

  • Quais as opções de tratamento disponíveis para o meu caso?
  • É necessário que o tratamento seja realizado no hospital?
  • Quanto tempo dura o tratamento?
  • Qual o tratamento que você recomenda? Por quê?
  • Qual é o objetivo do meu tratamento?
  • Será necessário fazer uma cirurgia?
  • Vou precisar de um transplante de fígado?
  • Quais são os possíveis efeitos colaterais desse tratamento a curto e longo prazo?
  • De que forma o tratamento afetará minhas atividades do dia a dia?
  • Como o tratamento será planejado? Que tipos de exames serão realizados?

 Durante o tratamento

  • Como saberemos se estou respondendo ao tratamento?
  • Como posso gerenciar os efeitos colaterais?
  • Quais sintomas ou efeitos colaterais devo lhe comunicar imediatamente?
  • Como posso entrar em contato com você à      noite, feriados e finais de semana?
  • Preciso mudar minha alimentação durante o tratamento?
  • Existem limites para o que eu posso fazer?
  • O tratamento afetará minhas atividades diárias?
  • Posso praticar atividade física durante o tratamento?
  • Você pode sugerir algum terapeuta para que eu possa fazer acompanhamento, caso me sinta sobrecarregado, deprimido ou angustiado?

 Após o tratamento

  • Vou precisar de uma dieta especial após o tratamento?
  • Existem limites para o que eu posso fazer?
  • Quais sinais e sintomas devo prestar atenção?
  • Poderei voltar a realizar minhas atividades normalmente?
  • Com que frequência devo fazer as consultas de retorno?
  • Quais são as chances do câncer voltar?
 É muito importante perguntar e esclarecer todas suas dúvidas, a informação é um direito seu!
 
Texto originalmente publicado no site da American Cancer S

 

 

 

câncer de pele melanoma 

 

 

 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

http://www.oncoguia.org.br/


 

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