O Dia Mundial da Psoríase é comemorado em 29 de outubro há mais de uma década e, a cada ano, a união da comunidade global em mais de 50 países vem procurando aumentar a conscientização e pedir ações em apoio às pessoas que vivem com doença psoriática.
O tema para esse Dia Mundial pretende chamar a atenção para a saúde e o e bem-estar mental, afetados fortemente entre as pessoas com psoríase.
Saúde e bem-estar mental são cada vez mais reconhecidos como partes essenciais da saúde. Depressão e ansiedade, transtornos mais comuns em todo o mundo, impactam profundamente a vida cotidiana, as relações e as interações sociais.
Os impactos psicológicos que a psoríase causa podem ser devastadores. O preconceito e a discriminação criam um sentimento de vergonha, fazendo com que os pacientes se isolem e sofram com dificuldades nos relacionamentos interpessoais, sexuais, vida familiar, lazer, emocionais, profissionais e nas atividades diárias.
A natureza crônica e incurável da psoríase, a inflamação sistêmica que ocorre no corpo e o fato de a doença ser visível na pele trazem riscos de desenvolver depressão e ansiedade. Estima-se que um quarto dos pacientes já vivenciem o problema e, quanto à ansiedade, o número salta para impressionantes 48%.
A boa notícia é que o tratamento oportuno e adequado tanto da doença psoriática quanto dos quadros mentais, podem efetivamente melhorar essas condições.
Psoríase é uma doença inflamatória da pele, sistêmica, crônica e autoimune que provoca o aparecimento de placas avermelhadas espessas na pele, cobertas por escamas esbranquiçadas ou prateadas. Essas lesões podem apresentar coceira, dor, queimação, descamação. Podem ocorrer, também, inchaço e rigidez nas articulações.
É causada por predisposição genética, mas fatores ambientais e estresse podem ser importantes agravantes. Apresenta-se de forma cíclica, com sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente.
Manifesta-se, na maior parte dos indivíduos, entre os 20 e os 40 anos de idade, porém, em 15% dos casos surge durante a infância. Tem gravidade variável, podendo apresentar desde formas leves e facilmente tratáveis a tipos mais graves (cerca de 30%), em que a inflamação acomete as articulações, levando à artrite psoriática que pode provocar incapacidade física.
É imprescindível ressaltar que a doença não é contagiosa e o contato com pacientes não precisa e não deve ser evitado!
O mesmo processo de auto inflamação que causa lesões na pele e nas
articulações parece ser o responsável pelo aparecimento de comorbidades,
como doenças cardiometabólicas, gastrointestinais, diversos tipos de
câncer e distúrbios do humor.
Sintomas:
Pele ressecada e rachada, às vezes com sangramento; coceira, queimação e dor; unhas grossas, descoladas, amareladas e com alterações da sua forma (sulcos e depressões); inchaço e rigidez nas articulações; em casos mais graves, destruição das articulações e deformidades.
Tratamento:
O tratamento ou combinação de terapias deve ser individualizado e varia de acordo com a gravidade e com o tipo de psoríase. Hoje, diversas opções terapêuticas disponíveis, já permitem que os pacientes vivam com uma pele sem ou quase sem lesões, mesmo que a doença se apresente de forma grave.
Tratar é essencial para manter uma boa qualidade de vida. Nos casos leves, hidratar a pele, aplicar medicamentos tópicos apenas na região das lesões e expor-se ao sol de forma orientada por dermatologista podem ser suficientes para melhorar o quadro clínico e promover o desaparecimento dos sintomas.
Devido ao impacto significativo na autoestima do paciente, o acompanhamento psicológico é indicado em alguns casos.
Prevenção e controle:
É importante estar atento aos sinais da doença. Pessoas com histórico familiar de psoríase devem procurar o dermatologista rapidamente, pois quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, menores os riscos de impacto sobre a qualidade de vida.
Outros fatores que impulsionam a melhora e até o desaparecimento dos sintomas são: estilo de vida saudável, alimentação balanceada, controle do peso e prática de atividade física. E, ainda, o paciente nunca deve interromper o tratamento prescrito sem autorização do médico sob o risco de piorar a psoríase e agravar a situação.
Desde 2016 a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) coordena a Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase, doença que afeta a pele de cerca de 3% da população mundial – 125 milhões de pessoas em todo o mundo.
No Brasil, a prevalência é de 1,3%, variando entre 0,9 a 1,1% nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e 1,9% no Sul e Sudeste, o que representa 5 milhões de brasileiros afetados.
Fontes:
International Federation of Psoriasis Associations (IFPA)
Psoríase Brasil
Sociedade Brasileira de Dermatologia
FONTE: https://bvsms.saude.gov.br/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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