Momento Diabetes | 05/07/2024
Conheça as diferenças entre a primeira e a última versão do FreeStyle Libre e o que mudou no monitoramento da glicemia ao longo dos anos.
Por Sarah Almeida*
Após o diagnóstico de diabetes, é essencial que a pessoa acompanhe os valores da glicemia regularmente para um melhor controle da condição.
Assim, é possível evitar complicações, como retinopatia e neuropatia diabéticas. Uma das formas de verificar a taxa de açúcar no sangue é fazendo o teste com o glicosímetro, que consiste em pequenos furos na ponta do dedo para extrair uma gota de sangue.
Mas desde 2016, isso mudou no Brasil, com a chegada de um sensor de glicose prático de usar e que não depende das picadas diárias.
A primeira versão do FreeStyle Libre foi lançada pela Abbott naquele ano e revolucionou tanto o jeito de checar a glicose, quanto a relação das pessoas com diabetes com o próprio tratamento, como conta a professora aposentada Carmem Wills, de 94 anos, diagnosticada com diabetes tipo 1 (DM1) há 73 anos.
“Naquela época, a glicemia era medida a partir da urina. Depois, veio o glicosímetro, mas o primeiro modelo era muito grande. Eu tinha dificuldade até de passar tranquila no aeroporto, porque o tamanho grande dos equipamentos para medir a glicemia gerava desconfiança. Hoje é muito mais fácil”, completou Carmen.
Dra. Denise Franco, endocrinologista e pesquisadora clínica, comenta as mudanças trazidas pelo sistema de monitoramento contínuo de glicose. “Antes do uso do sensor Libre 1, os ajustes no tratamento eram feitos baseados em fotos noturnas, mas não acompanhávamos a madrugada.
Hoje, com o sensor, a dosagem de insulina é baseada no minuto atual. Isso faz toda a diferença”, declarou a médica.
De fato, a tecnologia não para de avançar. No dia 24 de junho, a Abbott lançou o novo sistema FreeStyle Libre® 2 Plus no Brasil, que faz o monitoramento contínuo de glicose, sem que o usuário precise escanear o sensor com o celular.
As leituras de glicose são enviadas automaticamente para o smartphone do usuário, oferecendo mais praticidade para ele. Essa é uma das principais diferenças da versão recém-lançada para a pioneira.
Alarmes opcionais para hipo e hiperglicemias
Outro ponto é que o aplicativo da segunda versão do sensor possibilita a programação de alarmes para hipoglicemia e hiperglicemia.
Os alertas sonoros são opcionais, isto é, definidos pelo próprio usuário, garantindo melhores noites de sono sem preocupações com as hipoglicemias.
De acordo com o endocrinologista Dr. Douglas Barbieri, diretor médico da Divisão de Cuidados para Diabetes da Abbott para a América Latina, o novo sensor possibilita que os médicos e os próprios pacientes possam observar quais foram os gatilhos nas variações glicêmicas, promovendo um empoderamento dos pacientes e também uma melhor relação com o profissional de saúde.
“Sabemos que determinados alimentos vão impactar de maneira negativa o controle do diabetes, mas nada como a pessoa que tem diagnóstico de diabetes saber se foi o suco de laranja ou o pão francês que causou o impacto. Essa informação é o que traz valor e empoderamento para as pessoas”, disse.
Além disso, é possível que até 20 smartphones possam escanear o mesmo sensor, o que contribui para que familiares, cuidadores e equipe de saúde dividam os cuidados com o diabetes.
“Principalmente para mães e pais de crianças pequenas será um grande alívio”, ressalta Dra. Denise.
O tempo de duração do FreeStyle Libre 2 Plus aumentou em um dia, ou seja, o usuário pode ficar com o sensor até 15 dias no corpo.
A expectativa é que futuramente existam tecnologias e sensores com maior tempo de duração.
O sensor FreeStyle Libre 2 Plus está disponível no Brasil para uso em pessoas a partir de 2 anos de idade.
* Sarah Almeida é jornalista colaboradora da Momento Diabetes
FONTE: https://web.facebook.com/photo?fbid=977836681016537&set=pcb.977836727683199
https://www.momentodiabetes.com.br/noticias/
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