Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/08/2015 - Data de atualização: 26/09/2018
As
opções de tratamento para pacientes com leucemia mieloide crônica
dependem do estágio da doença (crônica, acelerada ou blástica), idade do
paciente, fatores prognósticos e da disponibilidade de um doador
compatível.
Fase crônica
O tratamento padrão para LMC em
fase crônica é um inibidor da tirosina quinase, como imatinib,
nilotinibe, dasatinib ou bosutinib. Se o primeiro medicamento deixar de
responder, a dose pode ser aumentada ou o medicamento trocado por outro
inibidor da tirosina quinase. O ponatanib é uma opção após todos os
outros inibidores da tirosina quinase serem tentados ou se as células
leucêmicas posteriormente desenvolvem a mutação T315I.
Se o
paciente não puder tomar o primeiro medicamento devido aos efeitos
colaterais uma opção é trocar para outro inibidor de tirosina quinase.
Raramente,
os pacientes com leucemia mieloide crônica na fase crônica podem ser
tratados com transplante alogênico de células tronco.
Monitorando os resultados do tratamento
O
acompanhamento dos pacientes para verificar como eles respondem ao
tratamento é muito importante. São solicitados vários exames, como
hemograma, exame da reação em cadeia da polimerase, para medir a
quantidade do gene BCR-ABL ou a presença do cromossomo Filadélfia. As
taxas sanguíneas são verificadas com intervalos regulares, mas os exames
para o gene BCR-ABL ou o cromossomo Filadélfia é realizado geralmente
cerca de 3 meses após o início do tratamento com um inibidor da tirosina
quinase, e depois a cada 3 a 6 meses. Se os resultados mostram que o
paciente está respondendo bem, o tratamento continua com o mesmo
medicamento. Se os resultados mostram que o paciente não está
respondendo ao tratamento, pode ser necessário o uso de um novo
medicamento.
Se a leucemia mieloide crônica estiver respondendo bem ao tratamento, 3 meses após o início do o paciente deve ter:
Resposta hematológica completa, e
Algum tipo de resposta citogenética, e/ou
Redução de no mínimo 90% no número de cópias do gene BCR-ABL no exame de PCR.
Se o tratamento estiver respondendo bem, 18 meses após o início, o paciente deve ter:
Resposta hematológica completa, e
Resposta citogenética completa, e/ou
Resposta molecular maior.
Para
saber mais sobre esses diferentes tipos de resposta, acesse nosso
conteúdo Como saber se a Leucemia Mieloide Crônica está Respondendo ao
Tratamento.
Com que frequência o tratamento é bem sucedido?
Cerca
de 70% dos pacientes têm uma resposta citogenética completa após um ano
de imatinibe e taxa de resposta citogenética completa (RCC) ainda maior
com outros inibidores de tirosina quinase. Após um ano, ainda mais
pacientes terão tido uma RCC. Muitos destes pacientes também têm uma
resposta molecular completa (RMC).
Mas, até mesmo os pacientes nos
quais o gene BCR-ABL já não pode ser encontrado durante o tratamento
com uma tirosina quinase não parecem estar curados, então os médicos
recomendam que os pacientes façam uso de inibidores de tirosina quinase
indefinidamente. Para pacientes que têm uma resposta melhor e duradoura
ao tratamento, os médicos indicam interromper o medicamento por um
determinado tempo e o monitoramento com exames de sangue para verificar
uma possível recidiva da doença. Outra opção é diminuir a dose do
inibidor de tirosina quinase, o que pode reduzir os efeitos colaterais.
Se o primeiro tratamento não funcionar
Se a leucemia não responder bem ao tratamento, existem várias opções:
Aumento da dose do medicamento, o que ajuda alguns pacientes, embora
a dose mais elevada, muitas vezes potencializa os efeitos colaterais.
Trocar para outro inibidor, por exemplo, de imatinib para dasatinib,
nilotinib ou bosutinibe. A escolha do melhor medicamento é baseada nas
alterações genéticas das células leucêmicas.
Interferon ou
quimioterapia podem ser tentados nos pacientes que não podem tomar esses
medicamentos ou para aqueles que não estão respondendo ao tratamento.
Transplante de células tronco, especialmente para os pacientes mais jovens que têm um doador compatível.
Tratamento da leucemia mieloide crônica após o transplante
Alguns
pacientes que fizeram o transplante de células tronco podem não ter uma
resposta completa. Se eles apresentam a doença enxerto - hospedeiro, os
médicos podem tentar que o novo sistema imunológico lute contra a
doença. Uma maneira de fazer isso é diminuindo as doses lentamente ou
suspender os medicamentos supressores do sistema imunológico em uso.
Outra abordagem que ajuda alguns pacientes é uma infusão de linfócitos
do doador. Isto pode induzir uma reação imunológica contra a leucemia. O
uso de outros medicamentos também pode ser útil.
Em pacientes que
têm a doença enxerto - hospedeiro após o transplante, estimular o
sistema imunológico ainda pode não ajudar. Estes pacientes são
frequentemente tratados com um inibidor da tirosina quinase, como o
imatinib.
Fase acelerada
Quando a leucemia mieloide crônica
está em fase acelerada, as células leucêmicas se acumulam no corpo mais
rapidamente, provocando sintomas. As células leucêmicas, muitas vezes
adquirem novas mutações genéticas, que podem tornar o tratamento menos
eficaz.
As opções de tratamento para a fase acelerada da leucemia
mieloide crônica dependem dos tratamentos realizados anteriormente. Em
geral, as opções são semelhantes às dos pacientes com leucemia mieloide
crônica em fase crônica. Mas, os pacientes com leucemia mieloide crônica
de fase acelerada são menos propensos a ter uma resposta a longo prazo
com qualquer tipo de tratamento.
Se o paciente não realizou
qualquer tratamento, um inibidor de tirosina quinase será utilizado. O
imatinib, muitas vezes em doses mais altas do que as utilizadas para a
leucemia mieloide crônica em fase crônica, é uma opção para esses
pacientes. A maioria dos pacientes nesta fase respondem ao tratamento
com imatinib, mas as respostas não são tão duradouras como para aqueles
na fase crônica. Os medicamentos mais recentes, como dasatinib e
nilotinib, são muitas vezes utilizados nessa fase.
Se o paciente
já está usando imatinib, a dose pode ser aumentada. Outra opção é trocar
para um dos outros inibidores de tirosina quinase. Às vezes, nas
células leucêmicas são verificadas a presença de alterações genéticas
que podem mostrar que determinado inibidor da tirosina quinase tem mais
ou menos chance de responder. Para a leucemia mieloide crônica sem
mutação, ponatanib é uma opção após todos os outros inibidores já terem
sido tentados.
O interferon é outra opção, mas também é muito
menos eficaz nesta fase do que na fase crônica. Alguns pacientes têm
alguma resposta quando a quimioterapia é adicionada aos inibidores de
tirosina quinase, mas essas respostas são geralmente menores que 6
meses.
Um transplante alogênico de células tronco pode ser a
melhor opção para a maioria dos pacientes jovens. A maioria dos médicos
prefere que a leucemia seja controlada, de preferência em remissão,
antes do transplante. Para alcançar este objetivo, realiza-se a
quimioterapia.
Em alguns casos, o transplante autólogo pode ser
uma opção para tentar levar a leucemia mieloide crônica de volta à fase
crônica, mas é muito pouco provável que leve à cura.
Fase blástica
Na
fase blástica, as células leucêmicas tornam-se mais anormais. A doença
age como uma leucemia aguda, com taxas sanguíneas altas e sintomas mais
severos.
Para os pacientes em fase blástica que não foram tratados
antes, altas doses de imatinib podem ser úteis, embora para um número
menor de pacientes e por pouco tempo. Os medicamentos mais recentes,
como dasatinib, nilotinib e bosutinibe, parecem ser melhores nesta fase,
especialmente se não tiverem sido utilizados anteriormente. O ponatanib
também pode ser usado, mas apenas após todos os outros inibidores já
terem sido tentados. Os pacientes que respondem a estes medicamentos
podem considerar, se possível, o transplante.
Na maioria das
vezes, as células leucêmicas nesta fase atuam como células da leucemia
mieloide aguda, mas são muitas vezes resistentes aos medicamentos
quimioterápicos geralmente utilizados no tratamento da leucemia mieloide
aguda. A quimioterapia padrão para leucemia mieloide aguda trará uma
remissão para 1 em 5 pacientes, mas geralmente de curta duração. Se a
remissão ocorrer, pode ser considerado o transplante de células tronco.
O
transplante alogênico não é tão bem sucedido para a leucemia mieloide
crônica na fase blástica como nas outras fases e a taxa de sobrevida a
longo prazo é inferior a 20%. Ainda assim, é a única opção conhecida que
pode tratar a doença. É mais provável que seja eficaz se a leucemia
mieloide crônica voltar para a fase crônica, antes do transplante.
Como
a maioria dos doentes com leucemia mieloide crônica blástica não é
curável, o tratamento paliativo é importante. Por exemplo, a
radioterapia ajuda a diminuir um aumento do baço ou reduz a dor óssea
provocada pela doença. A químio com hidroxiureia pode aliviar alguns dos
sintomas por um tempo.
Os estudos clínicos com novas combinações de quimioterápicos, terapia alvo e terapias biológicas são opções importantes.
Leucemia mieloide crônica com mutação T315I
Em
alguns pacientes em tratamento com inibidores de tirosina quinase, as
células cancerígenas desenvolvem a mutação T315I, que retém a maior
parte da ação desses medicamentos. Se a leucemia mieloide crônica deixa
de responder ao tratamento com um inibidor, outro pode ser tentado. O
médico deverá verificar se as células cancerígenas desenvolveram a
mutação T315I. Se sim, o paciente deverá usar o ponatinib, que é o único
inibidor de tirosina quinase que responde à leucemia mieloide crônica
com essa mutação. Se isso não funcionar ou se o paciente não puder usar
esse medicamento devido aos efeitos colaterais, pode ser iniciada a
quimioterapia. A omacetaxina é um medicamento quimioterápico recente
que, às vezes, ajuda nesta situação, mas outros medicamentos
quimioterápicos também podem ser usados.
Fonte: American Cancer Society (19/06/2018)
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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