Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 20/11/2014 - Data de atualização: 15/02/2018
A
cirurgia é o principal tratamento para a maioria dos carcinomas de
células renais. Mesmo pacientes cuja doença se disseminou para outros
órgãos poderão se beneficiar do tratamento cirúrgico. Dependendo do
estadiamento e da localização do tumor e de outros fatores, a cirurgia
pode ser realizada para a retirada do tumor e de uma parte do tecido
renal adjacente, ou de todo o rim. A glândula suprarrenal e o tecido
adiposo ao redor do órgão também podem ser removidos.
Os tipos de cirurgia renal são:
Nefrectomia Radical. Na nefrectomia radical são removidos o rim, a
glândula adrenal e o tecido adiposo ao redor do rim. A maioria das
pessoas vive normalmente com apenas um rim. Neste procedimento a incisão
pode ser feira em vários locais, sendo os locais mais frequentes a
parte central do abdome, abaixo das costelas do mesmo lado do tumor ou
mesmo nas costas, logo atrás do rim.
Nefrectomia Parcial. Na
nefrectomia parcial é removida apenas a parte do rim contendo a doença.
Assim como na nefrectomia radical e dependendo da localização do tumor
podem ser feitas várias incisões. Atualmente, este tipo de cirurgia é a
técnica preferida para pacientes com câncer renal em estágio inicial.
Muitas vezes, é realizada para remover tumores únicos entre 4 e 7 cm de
diâmetro. Alguns estudos demonstram que, a longo prazo, esse método
apresenta resultados similares à retirada de todo o rim. As nefrectomias
parciais geralmente não são realizadas para tumores muito grandes, para
os casos de vários tumores no mesmo rim, ou se a doença se disseminou
para os gânglios linfáticos ou outros órgãos.
Nefrectomia
Laparoscópica e Nefrectomia Laparoscópica Assistida por Robótica. Nesta
cirurgia são feitas várias incisões pequenas, por onde são inseridos
instrumentos especiais para auxiliar durante o procedimento. Um desses
instrumentos tem um laparoscópio com uma câmara de vídeo na extremidade,
que permite a visualização do interior do abdome. No momento da remoção
do órgão, uma dessas incisões é aumentada para facilitar a retirada do
rim. Esta abordagem pode ser utilizada para tratar tumores renais, mas
que não podem ser tratados com nefrectomia parcial. Uma abordagem mais
recente é a cirurgia laparoscópica remota usando uma interface robótica.
Para o cirurgião, o sistema robótico pode proporcionar mais precisão no
movimento dos instrumentos do que na cirurgia laparoscópica padrão.
Esta abordagem pode não ser uma opção para tumores maiores que 10 cm de
diâmetro ou que aqueles que se desenvolveram na veia renal ou ainda se
disseminaram para os linfonodos ao redor do rim.
Nefrectomia
Laparoscópica Parcial e Nefrectomia Laparoscópica Parcial Assistida por
Robótica. Atualmente muitos médicos realizam nefrectomias parciais
laparoscopicamente ou usando um robô conforme descrito acima.
Linfadenectomia Regional. Nesta técnica são removidos os gânglios
linfáticos próximos para verificar algum sinal de doença nos linfonodos,
muitas vezes este procedimento é realizado durante a nefrectomia
radical. Isto é importante para ter um prognóstico mais preciso da
doença.
Remoção da Glândula Adrenal (Adrenalectomia). Se nos
exames de imagem se constatar que a glândula adrenal não foi afetada,
pode não ser necessária sua remoção. Neste caso, semelhante à retirada
dos linfonodos, este procedimento é decidido de forma individual e deve
ser discutido com o médico antes da cirurgia.
Remoção de Metástases
Aproximadamente
25% dos pacientes com carcinoma de células renais já tem metástases
quando são diagnosticados. Os órgãos mais comuns a apresentar metástases
são os pulmões, ossos, cérebro e fígado. Em alguns pacientes, a
cirurgia ainda pode ser útil:
Cirurgia curativa. Em casos
raros, nos quais existe apenas uma única metástase ou apenas poucos
tumores que podem ser facilmente removidos sem causar efeitos
colaterais. A metástase pode ser removida, quando é realizada a
nefrectomia radical ou posteriormente se houver uma recidiva da doença.
Cirurgia paliativa. Quando outros tratamentos não são suficientes, a
remoção cirúrgica das metástases pode, às vezes, aliviar a dor e outros
sintomas que se apresentam com a doença.
Riscos da Cirurgia
Os
riscos a curto prazo de qualquer tipo de cirurgia incluem reações à
anestesia, sangramento, formação de coágulos sanguíneos e infecções. A
maioria dos pacientes sentirão pelo menos um pouco de dor após a
cirurgia, e, se necessário, serão administrados medicamentos contra a
dor.
Outros possíveis riscos da cirurgia podem incluir:
Danos em órgãos internos e vasos sanguíneos durante a cirurgia.
Pneumotórax (presença de ar dentro da cavidade torácica).
Hérnia incisional.
Escoamento de urina pelo abdome (após nefrectomia parcial).
Insuficiência renal.
Fonte: American Cancer Society (20/11/2017)
Fonte: American Cancer Society (01/08/2017)
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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