13/3/2019, 12:52
Segundo o
Instituto Português do Sangue e da Transplantação, no primeiro semestre
do ano passado foram realizados 235 transplantes renais, menos do que em
igual período do ano anterior (262).
O Serviço de Nefrologia do CHUC
registou no ano passado um total de 14.447 sessões de hemodiálise e
hemodiafiltração, em 1.926 doentes tratados
BALAZS MOHAI/EPA
Mais
de 1.960 doentes aguardavam no final do ano passado por um transplante
renal, segundo dados do Instituto Português do Sangue e da
Transplantação (IPST) divulgados na véspera do Dia Mundial do Rim, que
se assinala quinta-feira.
De acordo com os dados a que a agência
Lusa teve acesso, no primeiro semestre do ano passado foram realizados
235 transplantes renais, menos do que em igual período do ano anterior
(262).
Numa resposta enviada à Lusa, o IPST considera que as
presentes taxas de utilização de órgãos e o aumento da idade média dos
dadores podem explicar a diminuição do número de transplantes, pela
menor quantidade de órgãos disponíveis.
Os dados do IPST indicam
ainda que os números do primeiro semestre de 2017 são inferiores aos de
2016 (277 transplantes renais) e que nos primeiros seis meses de 2015
foram realizados 241 transplantes renais, mais dois do que em igual
período do ano anterior.
Na quinta-feira, a Associação Nacional de
Centros de Diálise (ANADIAL) e a Sociedade Portuguesa de Nefrologia
(SPN) vão apresentar, no Centro Cultural de Belém (Lisboa), o maior
prémio de investigação na área da nefrologia em Portugal, no valor de 10
mil euros.
O galardão, segundo o presidente da ANADIAL, pretende
“incentivar a realização de trabalhos científicos que permitam estudar e
diminuir a elevada incidência de doentes com insuficiência renal
crónica em Portugal, sobretudo nos estádios mais avançados, e, por outro
lado, colmatar a ausência de investigações clínicas e estudos
epidemiológicos nesta área”.
O prémio “ANADIAL-SPN”, de atribuição
anual, visa promover a realização de estudos clínicos e avaliações
epidemiológicas na área da Investigação em Insuficiência Renal Crónica,
com particular relevância para a identificação de fatores de risco e
intervenções preventivas da evolução da doença renal crónica.
A
insuficiência renal crónica é uma doença provocada pela diminuição
progressiva da função dos rins e Portugal tem uma das mais elevadas
incidências de doença renal crónica terminal com indicação para iniciar
diálise, sem que exista uma explicação de caráter epidemiológico
plausível”, refere a ANADIAL em comunicado.
Também no âmbito do
Dia Mundial do Rim, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
(CHUC) vai promover na quinta-feira um encontro, no Centro de Congressos
do polo HUC-CHUC, em que junta os serviços de nefrologia da Região
Centro e os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) dos Cuidados de
Saúde Primários.
De acordo com o CHUC, em Portugal o predomínio de
doentes sob tratamento substitutivo da função renal tem vindo a
aumentar anualmente e a incidência de doentes em diálise continua a ser
das mais elevadas da Europa.
O Serviço de Nefrologia do CHUC
registou no ano passado um total de 14.447 sessões de hemodiálise e
hemodiafiltração, em 1.926 doentes tratados. Foram ainda tratados 128
doentes em diálise peritoneal, 43 dos quais oriundos de outras unidades
de diálise peritoneal. O número de transplantes renais no CHUC no ano
passado foi de 109.
A nível mundial, estima-se que 850 milhões de pessoas apresentem doenças renais de várias causas.
Tanto
a doença renal crónica como a lesão renal aguda concorrem para o
aumento considerável da morbilidade e mortalidade e aparecem
maioritariamente nos grupos de maior risco – doentes com diabetes,
hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, obesidade, doenças
autoimunes ou com história familiar de doenças renais.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://observador.pt/2019/03/13/mais-de-1-960-doentes-aguardavam-transplante-renal-no-final-do-ano-passado/?fbclid=IwAR13BhyO-MeY548VYVD2K64R3VoHKTslMb5qrrvo05xjgQiAFsj6pvBdwpE
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