Câncer de Boca
Última modificação: 26/08/2021 | 15h49
O câncer da boca (também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral) é um tumor maligno que afeta lábios, estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas) e a região embaixo da língua. É mais comum em homens acima dos 40 anos, sendo o quarto tumor mais frequente no sexo masculino na região Sudeste. A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados.
A parte posterior da língua, as amígdalas e o palato fibroso fazem parte da região chamada orofaringe e seus tumores têm comportamento diferente do câncer de cavidade oral.
Estatísticas
Estimativa de novos casos: 15.190, sendo 11.180 homens e 4.010 mulheres (2020 - INCA)
Número de mortes: 6.605 sendo 5.120 homens e 1.485 mulheres (2019 - Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM)
O que aumenta o risco?
- Tabagismo: Quem fuma cigarro ou utiliza outros produtos derivados do tabaco, como cigarro de palha, de Bali, de cravo ou kreteks, fumo de rolo, tabaco mascado, charutos, cachimbos e narguilé, entre outros,tem risco muito maior de desenvolver câncer de boca e de faringe do que não fumantes. Quanto maior o número de cigarros fumados, maior o risco de câncer.
- Consumo de bebidas alcoólicas.
- Exposição ao sol sem proteção representa risco importante para o câncer de lábios.
- Excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de boca.
- Exposição a óleo de corte, amianto, poeira de madeira, poeira de couro, poeira de cimento, de cereais, têxtil e couro, amianto, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxico está associada ao desenvolvimento de câncer de boca. Os trabalhadores da agricultura e criação de animais, indústria têxtil, de couro, metalúrgica, borracha, construção civil, oficina mecânica, fundição, mineração de carvão, assim como profissionais cabeleireiros, carpinteiros, encanadores, instaladores de carpete, moldadores e modeladores de vidro, oleiros, açougueiros, barbeiros, mineiros, canteiros, pintores e mecânicos de automóveis podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento da doença.
- Infecção pelo vírus HPV está relacionado a alguns casos de câncer de orofaringe.
Como prevenir?
- Não fumar
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
- Manter o peso corporal dento dos limites da normalidade
- Manter boa higiene bucal
- Usar preservativo (camisinha) na prática do sexo oral
Sinais e sintomas
- Lesões (feridas) na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem apresentar sangramentos e estejam crescendo.
- Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas
- Nódulos (caroços) no pescoço
- Rouquidão persistente
- Dificuldade de mastigação e de engolir
- Dificuldade na fala
- Sensação de que há algo preso na garganta
- Dificuldade para movimentar a língua
Detecção precoce
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de cavidade oral normalmente pode ser feito com o exame clínico (visual), mas a confirmação depende da biópsia. Esse procedimento, na grande maioria das vezes, pode ser feito de forma ambulatorial, com anestesia local, por um profissional treinado. Alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada, também auxiliam no diagnóstico, e, principalmente, ajudam a avaliar a extensão do tumor. O exame clínico associado à biópsia, com o estudo da lesão por tomografia (nos casos indicados) permitem ao cirurgião definir o tratamento adequado. As lesões muito iniciais podem ser avaliadas sem a necessidade de exame de imagem num primeiro momento. O diagnóstico inicial permite tratamento com melhor resultado funcional, visto que tumores diagnosticados em estágios mais avançados vão implicar em tratamentos mais agressivos com maior chance de sequelas.
Tratamento
Na grande maioria das vezes é cirúrgico, tanto para lesões menores, com cirurgias mais simples, como para tumores maiores. O cirurgião de Cabeça e Pescoço é o profissional que vai avaliar o estágio da doença. Essa avaliação, associada a exames complementares determinará o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia são indicadas quando a cirurgia não é possível ou quando o tratamento cirúrgico traria sequelas funcionais importantes e complicadas para a reabilitação funcional e a qualidade de vida do paciente.
A cirurgia normalmente consiste na retirada da área afetada pelo tumor associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução quando necessário. Nas lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas a retirada da lesão. Nos casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico, é necessária realização de radioterapia para complementar o tratamento e obter melhor resultado curativo. Em todas as etapas do tratamento é importante o aspecto interdisciplinar (com a participação de vários profissionais de saúde) visando a prevenir complicações e sequelas.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
http://bvsms.saude.gov.br/datas-da-saude
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