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sábado, 23 de outubro de 2021

Câncer de Mama em Homens > Tratamentos: Cirurgia para

 Equipe Oncoguia

  • - Data de cadastro: 17/05/2013 - Data de atualização: 26/06/2019



A maioria dos homens com câncer de mama fará algum tipo de cirurgia como parte de seu tratamento. Existem diferentes tipos de cirurgia de mama, e isso pode ser feito por diferentes razões, dependendo de cada situação. Por exemplo, a cirurgia pode ser feita para:

  • Remover o máximo possível do tumor (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia).
  • Diagnosticar se a doença se disseminou para os linfonodos axilares (biópsia do linfonodo sentinela ou dissecção de linfonodos axilares).
  • Aliviar os sintomas da doença avançada.

Tipos de cirurgia

Os dois principais tipos de cirurgia realizadas no câncer de mama em homens são:

  • Mastectomia. Na mastectomia é retirado todo o tecido mamário, às vezes junto com outros tecidos próximos. A técnica utilizada depende do tamanho do tumor:
  1. Mastectomia simples ou total. Retira toda a mama, incluindo o mamilo.
  2. Mastectomia radical modificada. Retira toda a mama e os linfonodos axilares.
  3. Mastectomia radical. Retira toda a mama, linfonodos axilares e os músculos da parede torácica localizados sob a mama.
  • Cirurgia conservadora da mama. A cirurgia conservadora, assim como a mastectomia é uma opção de tratamento para o câncer de mama em mulheres. Não é usualmente realizada em homens, em função do tamanho da mama masculina. A cirurgia do câncer de mama em homens requer a retirada de quase a totalidade do tecido mamário, devido a menor quantidade do mesmo, o que faz com que a doença possa atingir o mamilo, a pele da mama ou da parede torácica já em um estágio inicial, exigindo uma cirurgia mais extensa.

Possíveis efeitos colaterais

Além da dor pós-operatória, inchaço temporário e uma alteração na aparência da mama, os possíveis efeitos colaterais da cirurgia incluem hemorragia, infecção no local cirúrgico, hematoma e seroma.

Cirurgia do linfonodo

Para determinar se a doença se espalhou para os gânglios linfáticos axilares, um ou mais desses linfonodos podem ser removidos e enviados para análise. É uma etapa importante do estadiamento e ajuda a determinar o tipo de tratamento a ser realizado.

Os dois principais tipos de cirurgia para remover os linfonodos são:

  • Biópsia do linfonodo sentinela (BLS). É um procedimento no qual se retira apenas o linfonodo que seria o primeiro para o qual o câncer provavelmente se disseminaria. Retirar apenas um linfonodo reduz o risco de efeitos colaterais da cirurgia.
     
  • Dissecção dos linfonodos axilares. Neste procedimento, são retirados linfonodos axilares (em média 20) e enviados para análise. Atualmente, o procedimento não é realizado com tanta frequência, mas ainda feito em alguns casos.

Qualquer um desses procedimentos geralmente pode ser feito ao mesmo tempo que a mastectomia, mas também podem ser feitos em uma segunda cirurgia.

Para a BLS é injetado na mama do paciente um fármaco marcado com tecnécio99m, através de localização por estereotaxia (mamografia), ultrassom ou por palpação.

Cerca de 3 horas mais tarde, o paciente é levado até o serviço de medicina nuclear para fazer uma cintilografia das mamas. Essa imagem, fornecida pelo radiofármaco, é levada ao cirurgião para a visualização do linfonodo comprometido. A cirurgia realizada após 24 horas da injeção será acompanhada também por médicos da medicina nuclear, que com um detector de radiação especial localizam o primeiro linfonodo comprometido. Após a retirada do linfonodo, o mesmo é encaminhado para a equipe de patologia para congelamento e análise.

A atividade do radiofármaco introduzida na região é extremamente baixa, não acarretando risco de relevância nas mamas do paciente ou para a equipe médica participante da cirurgia.

Efeitos colaterais da cirurgia do linfonodo

Assim como em qualquer procedimento cirúrgico, a retirada do linfonodo também pode causar efeitos colaterais como dor, inchaço, sangramento e infecção.

Linfedema. É um possível efeito colateral da remoção dos linfonodos a longo prazo. O linfedema é causado pelo acúmulo anormal de proteínas e líquidos nos tecidos; costuma ser resultante de uma falha de drenagem no sistema linfático, que vem a se manifestar por inchaço, principalmente nas extremidades dos membros superiores e inferiores. Este efeito não foi bem estudado em homens, mas acredita-se que o risco de desenvolver linfedema esteja na faixa de 3 a 7% para mulheres que fazem a biópsia do linfonodo sentinela e de 20 a 30% em mulheres que fazem a linfadenectomia. O linfedema parece ser mais comum se a radioterapia for administrada após a cirurgia. Às vezes, o inchaço dura apenas algumas semanas, mas pode perdurar por um longo tempo.

Movimentos do braço e ombros. O paciente também pode apresentar limitação nos movimentos do braço e ombros após a cirurgia. Entretanto isso é mais comum após a dissecção dos linfonodos do que na cirurgia do linfonodo sentinela. Converse com seu médico sobre a prescrição de exercícios para garantir que você não tenha problemas permanentes com o movimento do braço e ombros.

Dormência. É outro efeito colateral comum porque o nervo que controla a sensibilidade segue o mesmo trajeto da área do linfonodo.

Dor cônica após a cirurgia da mama

Alguns pacientes apresentam neuropatia e dor na parede torácica, axila ou braço após a cirurgia que não desaparece com o tempo. Isso é chamado de síndrome da dor pós-mastectomia. Entre 20% e 30% das mulheres desenvolvem sintomas dessa síndrome após a cirurgia. Ainda, não está claro se essa síndrome também ocorre em homens.

Os sintomas clássicos incluem dor e formigamento na parede torácica, axila ou braço; dor no ombro ou cicatriz cirúrgica; dormência; dor aguda; sensação de agulhadas e coceira intensa.

A maioria dos pacientes com essa síndrome relata que os sintomas não são severos, mas com o tempo a síndrome pode fazer com que o paciente diminua a movimentação do membro afetado. Portanto, informe seu médico se você estiver tendo dor ou outros sintomas.

Fonte: American Cancer Society (27/04/2018)








obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla 

http://www.oncoguia.org.br

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