Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 17/05/2013 - Data de atualização: 26/06/2019
A hormonioterapia é outra forma de terapia sistêmica. Pode ser usada após a cirurgia (tratamento adjuvante) para ajudar a reduzir o risco de recidiva da doença ou antes da cirurgia (tratamento neoadjuvante). Também pode ser usada para tratar recidivas ou disseminação da doença.
Alguns cânceres de mama crescem em resposta aos hormônios estrogênio ou progesterona. O estrogênio e a progesterona são geralmente considerados hormônios femininos, mas os homens também têm em seus corpos, apenas em níveis mais baixos. Cerca de 90% dos cânceres de mama em homens são receptores de hormônios positivos, o que os torna mais propensos a responder a hormonioterapia. Os cânceres de mama podem ser positivos para o receptor de estrogênio (ER) ou para o receptor de progesterona (PR), ou ambos. A hormonioterapia não ajuda pacientes cujos tumores ER- e PR-.
Várias abordagens para bloquear os efeitos do estrogênio ou reduzir os níveis de estrogênio são usadas no tratamento do câncer de mama em mulheres. Embora muitos deles possam responder também em homens, geralmente não foram bem estudados.
Tamoxifeno e toremifeno
Estes medicamentos agem bloqueando os receptores de estrogênio nas células cancerígenas da mama, impedindo que o estrogênio se ligue a elas e estimule seu crescimento. São administrados por via oral diariamente.
O tamoxifeno é a hormonioterapia mais estudada para o câncer de mama em homens e geralmente mais utilizada. Se o tamoxifeno não responder (ou parar de responder), outras hormonioterapias podem ser usadas, mas isso é baseado nas respostas dos tratamentos em mulheres com câncer de mama. Em pacientes com câncer de mama receptor de hormônio positivo, a administração de tamoxifeno após a cirurgia durante 5 anos reduz em 50% a chances de uma recidiva. Tomá-lo por 10 anos pode ajudar ainda mais. Poucos estudos em homens com câncer de mama têm sido feitos, mas indicam que tomar tamoxifeno após a cirurgia para o câncer de mama em estágio inicial pode diminuir a chance da recidiva e aumentar a sobrevida.
O toremifeno age como o tamoxifeno, mas não é usado com tanta frequência e só está aprovado para pacientes com câncer de mama metastático.
Os efeitos colaterais mais comuns incluem fadiga, ondas de calor e problemas sexuais.
Efeitos colaterais raros, porém importantes também são possíveis:
- A formação de coágulos de sangue é outro efeito raro, que geralmente aparecem nas veias da perna o que se denomina trombose venosa profunda. Entre em contato com seu médico em caso do aparecimento de dor, vermelhidão ou inchaço na parte inferior da perna, falta de ar ou dor no peito.
- Raramente, o tamoxifeno tem sido associado a acidentes vasculares cerebrais. Esses em sua maioria têm sido vistos em mulheres na pós-menopausa, o risco em homens ainda não é claro. Entre em contato com seu médico se tiver dor de cabeça súbita e intensa, confusão ou problemas na fala ou nos movimentos.
O tamoxifeno também pode aumentar o risco de problemas cardíacos em alguns pacientes, no entanto esta relação ainda não é clara.
Inibidores de aromatase
Este grupo de medicamentos inclui o anastrozol, letrozol e exemestano. Eles bloqueiam a produção de pequenas quantidades de estrogênio pelas glândulas suprarrenais. Os inibidores de aromatase são administrados por via oral diariamente. Eles são eficazes no tratamento do câncer de mama em mulheres, mas ainda são necessários mais estudos para uso em homens. Ainda assim, alguns médicos usam para tratar o câncer de mama avançado em homens, muitas vezes combinados com um análogo do hormônio liberador de hormônio luteinizante para desativar a produção de hormônios pelos testículos. Esses medicamentos geralmente são usados se o tamoxifeno deixar de responder.. Os principais efeitos colaterais destes medicamentos são enfraquecimento dos ossos e dor nas articulações e músculos.
Fulvestranto
O fulvestranto é um medicamento que atua no receptor de estrogênio, mas em vez de bloqueá-lo, elimina-o. É utilizado no tratamento do câncer de mama avançado, após outras hormonioterapias, como o tamoxifeno e geralmente um inibidor da aromatase, pararem de responder. Ele é administrado por via intravenosa a cada 2 semanas por um mês e, em seguida, mensalmente. Os efeitos colaterais mais comuns são ondas de calor, náusea, dor no local da injeção e dor de cabeça.
Antiandrógenos e análogo do hormônio liberador do hormônio luteinizante (LHRH)
Os análogos de LHRH, como leuprolide e goserelina afetam a glândula pituitária, que regula a produção de testosterona nos testículos. Esses medicamentos e barram o sinal que o organismo envia para os testículos produzirem andrógenos. Eles são administrados mensalmente ou a intervalos de alguns meses. Esses medicamentos podem ser usados isoladamente ou combinados com inibidores de aromatase ou anti-andrógenos no tratamento do câncer de mama avançado em homens.
Os antiandrógenos, como flutamida e bicalutamida, agem bloqueando o efeito dos hormônios masculinos nas células do câncer de mama. Estes medicamentos são administrados por via oral diariamente.
Megestrol
O megestrol é uma medicamento similar à progesterona. Não está claro como ele impede que as células cancerígenas cresçam, mas parece competir com os receptores de hormônios nas células. Esse é um medicamento reservado aos homens que não respondem a outras formas de hormonioterapia. O megestrol pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos e ganho de peso através do aumento do apetite.
Orquiectomia
A remoção cirúrgica dos testículos reduz significativamente os níveis de testosterona e outros andrógenos no corpo. Este tratamento já foi muito comum, mas atualmente é menos utilizado devido às novas abordagens não cirúrgicas para reduzir os níveis de andrógeno, como os análogos de LHRH.
Possíveis efeitos colaterais
Apesar de alguns desses medicamentos terem efeitos colaterais específicos, em geral, eles podem causar perda do desejo sexual, dificuldade de ereção, ganho de peso, ondas de calor e alterações no humor. Converse com seu médico sobre qualquer efeito colateral que tiver e as possíveis maneiras de tratá-los.
Fonte: American Cancer Society (27/04/2018)
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abs
Carla
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