Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 18/05/2013 - Data de atualização: 26/06/2019
Como existem poucos estudos clínicos sobre o tratamento do câncer de mama em homens, a maioria dos médicos baseia suas recomendações de tratamento sobre a doença em resultados de estudos do câncer de mama em mulheres. Com algumas pequenas variações, o câncer de mama em homens é tratado da mesma forma que o câncer de mama em mulheres.
O estadiamento do tumor é um fator importante na tomada de decisões sobre as opções de tratamento. Em geral, quanto mais a doença estiver disseminada, mas tratamento será necessário. Entretanto, outros fatores também podem ser importantes, como:
- Se as células cancerígenas têm receptores hormonais.
- Se as células cancerígenas têm grandes quantidades da proteína HER2.
- Estado geral de saúde do paciente e preferências pessoais.
- Rapidez do desenvolvimento do tumor (medido por grau ou outras medidas).
Converse com seu médico sobre como esses fatores podem afetar suas opções de tratamento.
Estágio 0
O carcinoma ductal in situ é considerado um pré-câncer porque não se disseminou para os linfonodos ou outros órgãos. Ele é tratado cirurgicamente para remover o tumor. Na maioria dos homens, é geralmente realizada a mastectomia. Se a cirurgia de conservação da mama é feita, é realizada em seguida a radioterapia para destruir qualquer célula cancerígenas remanescente da cirurgia.
Como às vezes o carcinoma ductal in situ pode conter uma área de doença invasiva, os linfonodos axilares são investigados para determinar a disseminação da doença, na maioria das vezes com a biópsia do linfonodo sentinela. Se células cancerígenas são encontradas no linfonodo sentinela, o tumor deve conter câncer invasivo, e o paciente será tratado com base no estágio do câncer invasivo.
Estágio I
Estes cânceres são ainda relativamente pequenos e não se disseminaram para os linfonodos (N0) ou existe uma pequena área do tumor disseminada no linfonodo sentinela (N1mi).
O tratamento principal para o câncer de mama estágio I é a retirada por cirurgia. Embora isso seja feito geralmente por mastectomia, a cirurgia conservadora pode também ser uma opção. Se a cirurgia conservadora é realizada, geralmente é seguida por radioterapia.
Os linfonodos axilares serão estudados para a disseminação da doença, por dissecção do linfonodo axilar ou biópsia do linfonodo sentinela. Se o linfonodo sentinela contém câncer, pode ser necessário o esvaziamento axilar dependendo do tamanho do tumor no linfonodo, bem como dos outro tipos de tratamentos planejados.
A hormonioterapia, quimioterapia e/ou terapia alvo podem ser indicados após a cirurgia como terapia adjuvante (após a cirurgia), com base no tamanho do tumor e nos resultados dos exames laboratoriais. A hormonioterapia com tamoxifeno é geralmente indicada para tumores para receptores hormonais positivos. A quimioterapia adjuvante é comumente usada para tumores maiores que 1 cm e alguns tumores menores que podem ser mais propensos a se disseminar. Homens com tumores HER2+ também podem se beneficiar do trastuzumab.
Estágio II
Estes cânceres são maiores e/ou se disseminaram para alguns linfonodos próximos.
A terapia sistêmica é geralmente indicada para homens com câncer de mama em estágio II. Algumas terapias sistêmicas são administradas antes da cirurgia (terapia neoadjuvante) e outras após a cirurgia (terapia adjuvante). Os tratamentos neoadjuvantes podem ser uma opção para homens com tumores grandes, por reduzirem o tumor antes da cirurgia, possivelmente o suficiente para fazer uma cirurgia conservadora da mama. Os linfonodos axilares serão estudados para determinar a disseminação da doença, com dissecção do linfonodo axilar ou com biópsia do linfonodo sentinela. Se o linfonodo sentinela contém a doença, o esvaziamento axilar pode ser necessário, dependendo do tamanho do tumor no nódulo linfático, bem como dos outros tratamentos planejados.
A radioterapia pode ser administrada após a cirurgia se o tumor for grande ou se for confirmado disseminação para vários linfonodos. A radioterapia reduz o risco da recidiva.
Os medicamentos usados dependerão da idade do paciente, do status dos receptores hormonais e do status HER2 do tumor, podendo incluir:
Quimioterapia. A quimioterapia pode ser administrada antes ou depois da cirurgia.
Terapia alvo para HER2. Se o tumor for HER2+, as terapias alvo para HER2 são iniciadas junto com a quimioterapia. Tanto o trastuzumabe como o pertuzumabe podem ser usados como parte do tratamento neoadjuvante. O trastuzumab deve ser continuado após a cirurgia por um total de um ano de tratamento.
Hormonioterapia. Se o tumor é receptor hormonal positivo, a hormonioterapia com tamoxifeno é geralmente administrada por 5 anos após a cirurgia.
Estágio III
Este estágio inclui tumores mais avançados e com maior comprometimento linfonodal.
Na maioria das vezes, estes cânceres são tratados com quimioterapia antes da cirurgia (quimioterapia neoadjuvante). Para tumores HER2+, a terapia alvo com trastuzumab é administrada às vezes junto com pertuzumabe. Isto é seguido por cirurgia, geralmente mastectomia. A maioria dos pacientes neste estágio, precisa da dissecção completa dos linfonodos axilares. A radioterapia é geralmente indicada após a cirurgia. A hormonioterapia adjuvante com tamoxifeno é administrada durante pelo menos 5 anos após a cirurgia se o tumor for receptor de hormônio positivo. Homens com tumores HER2+ provavelmente também receberão trastuzumab até completar um ano de tratamento. A hormonioterapia adjuvante geralmente pode ser administrada simultaneamente ao trastuzumab.
Outra opção para tumores estágio III é tratar inicialmente com cirurgia, normalmente a mastectomia com dissecção do linfonodo axilar. A cirurgia é geralmente seguida por quimioterapia adjuvante. Se o tumor é HER2+ é administrado trastuzumab com quimioterapia, e em seguida continuado até completar um ano de tratamento. A radioterapia é indicada após cirurgia e quimioterapia. A hormonioterapia adjuvante é administrada em homens com câncer de mama com receptores hormonais positivos por pelo menos 5 anos.
Estágio IV
Os tumores estágio IV se disseminaram além da mama e linfonodos próximos para outras partes do corpo. O câncer de mama comumente se dissemina para os ossos, fígado e pulmões. Como o câncer continua a se desenvolver, ele pode se disseminar para o cérebro, mas pode afetar qualquer órgão e tecido.
A terapia sistêmica é o principal tratamento para o câncer de mama no estágio IV em homens. Dependendo de muitos fatores, isso pode ser hormonioterapia, quimioterapia, terapia alvo ou alguma combinação desses tratamentos.
A radioterapia e/ou a cirurgia também podem ser utilizadas em determinadas situações, como:
- Quando o tumor provocou uma ferida na mama.
- Para tratar um pequeno número de metástases em uma determinada área.
- Para prevenir fraturas ósseas.
- Quando uma área de disseminação do tumor está pressionando a medula.
- Para tratar uma obstrução no fígado.
- Para aliviar a dor ou outros sintomas.
Se o médico indicar esses tratamentos locais, é importante que você entenda se o objetivo é curativo ou para prevenir ou tratar os sintomas.
Em alguns casos, a quimioterapia regional também pode ser útil.
O tratamento para aliviar os sintomas depende do local para onde a doença se disseminou. Por exemplo, a dor de metástases ósseas pode ser tratada com radioterapia e/ou bisfosfonatos ou denosumab.
O tratamento para câncer de mama avançado pode muitas vezes reduzir ou retardar o crescimento do câncer, mas eventualmente depois de um tempo pode parar de responder. Um tratamento posterior depende de vários fatores, incluindo tratamentos anteriores, localização da doença, idade do homem, estado de saúde geral e desejo do paciente em querer continuar recebendo o tratamento.
Progressão durante a hormonioterapia. Para tumores receptores hormonais positivos que estavam sendo tratados com hormonioterapia, mudar para outro tipo de terapia hormonal às vezes pode ser útil. Alguns médicos também podem tentar outro medicamento hormonal como o everolimus, mas isso não foi estudado em homens. Se não, a quimioterapia é geralmente o próximo tratamento. Em homens cujo câncer tem uma mutação PIK3CA e se desenvolveu durante o uso do inibidor de aromatase, o fulvestranto com alpelisib pode ser considerado.
Progressão durante a quimioterapia. Para tumores que já não estão respondendo a um determinado esquema de quimioterapia, tentar outro pode ser uma opção. Muitos medicamentos e diferentes combinações podem ser usados no tratamento do câncer de mama. No entanto, se o tumor continua em progressão durante o tratamento torna-se menos provável que a terapia tenha algum efeito.
Progressão durante o tratamento com medicamentos HER2. Os tumores HER2+ que não respondem ao trastuzumab podem responder se o lapatinib for adicionado. Lapatinib ou ado-trastuzumab emtansina também pode ser administrado em vez do trastuzumab. Esses medicamento também agem sobre a proteína HER2. O lapatinib é geralmente administrado junto com a capecitabina, mas pode ser utilizado com outros medicamento quimioterápicos, hormonioterápicos ou mesmo isoladamente. Ado-trastuzumab emtansina é administrado sozinho.
É provável que com os tratamentos mais recentes não seja possível curar o câncer de mama avançado, assim uma opção terapêutica é a participação em estudos clínicos com novos e promissores tratamentos.
Recidiva
A doença é denominada recidiva quando volta após o tratamento, podendo ser:
Recidiva local. Quando a doença volta na mama ou na parede torácica, próximo da cicatriz da mastectomia. Se o paciente tem uma recidiva local e nenhuma evidência de metástases à distância, a cura ainda pode ser possível. O tratamento depende das terapias realizadas anteriormente. Se o tratamento inicial foi cirúrgico com uma mastectomia, a recidiva é tratada removendo, sempre que possível, o tumor. Isto pode ser seguido por radioterapia. Se a área já foi tratada com radioterapia, pode não ser possível irradiar novamente a mesma área sem danificar gravemente os tecidos normais próximos. A hormonioterapia, quimioterapia, trastuzumab ou alguma combinação destes podem ser utilizados após a cirurgia e/ou radioterapia.
Recidiva regional. Quando o tumor recidiva nos linfonodos próximos é realizada a retirada cirúrgica dos mesmos. Isto pode ser seguido por radioterapia. A hormonioterapia, quimioterapia, trastuzumab ou alguma combinação destes podem ser utilizados após a cirurgia e/ou radioterapia.
Recidiva à distância. Os pacientes que têm uma recidiva em outros órgãos como os ossos, pulmões ou cérebro são frequentemente tratados da mesma forma que aqueles pacientes em estágio IV com metástases da doença para esses órgãos quando diagnosticados inicialmente. A única diferença é que deve ser levado em conta os tratamentos que já foram realizados.
Fonte: American Cancer Society (31/05/2019)
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abs
Carla
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