Você certamente já deve ter ouvido falar sobre dislexia! Outubro é o mês de conscientização que visa alertar a sociedade sobre a importância de um diagnóstico precoce para uma melhor qualidade de vida desde os anos iniciais de alfabetização.
Entretanto, você sabe, realmente, o que é a dislexia, como ela se desenvolve ou até mesmo tratamentos e sintomas mais comuns? Você, se for professor, sabe a importância da escola para essas crianças e também a necessidade de um banco de questões para professores?
Se a resposta for não, acompanhe esse artigo para que você possa entender mais sobre esse Transtorno Específico de Aprendizagem que afeta milhares de pessoas.
O que é dislexia?
Dislexia é um Transtorno do Neurodesenvolvimento, de base genética e hereditária e que afeta de 10% à 15%, de acordo com a International Dyslexia Association (IDA) da população mundial. Portanto, este é um Transtorno Específico de Aprendizagem, de origem neurobiológica, caracterizada pela dificuldade de decifrar a escrita ou símbolos.
Estas alterações funcionais comprometem, assim, a habilidade de aprender a ler ou escrever de forma correta, afetando também a compreensão de texto. Portanto, é um transtorno que dificulta a habilidade de leitura, escrita e, por consequência, a linguagem
A Dislexia, na maioria das vezes, é diagnosticada nos primeiros anos de vida da pessoa. Assim, como diversos transtornos, ela possui três graus, são eles: leve, moderado e severo. Por isso, é preciso ficar atento aos sinais durante a infância.
Principais sintomas
Embora sejam sintomas parecidos, em cada fase da vida é possível identificar uma série de traços que podem indicar a existência desse Transtorno Específico de Aprendizagem. Confira agora os sintomas em cada fase da vida:
Sintomas na infância (até os 7 anos)
-
Dispersão
-
Falta de atenção
-
Atraso no desenvolvimento da fala e linguagem
-
Dificuldade em aprender rimas e canções
-
Atraso na coordenação motora
Sintomas durante a fase escolar (depois dos 7 anos)
-
Dificuldade de leitura e escrita
-
Desatenção
-
Dificuldade em copiar de livros e quadros durante as aulas
-
Desorganização
-
Dificuldade em ler em voz alta
-
Baixa estima
Sintomas na fase adulta
-
Longo tempo para ler um texto ou livro
-
Pular os finais das palavras durante a leitura
-
Dificuldade em pensar o que escrever
-
Dificuldade em fazer anotações
-
Dificuldade em seguir orientações
-
Dificuldade no cálculo mental
-
Dificuldade de compreensão de texto
-
Necessidade de reler o mesmo texto repetidas vezes
-
Confundir números de telefone
-
Dificuldade de organização de tempo e atividades
Diagnóstico
O diagnóstico deve ser realizado por meio de uma equipe multi e interdisciplinar composta por neuropsicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, neurologistas e neuropediatras, além dos exames complementares de Audiometria, Processamento Auditivo Central e Processamento Visual. Quanto mais cedo constatada a Dislexia, mais eficiente será o tratamento, facilitando o desenvolvimento da pessoa a partir de suas limitações.
Para ter o diagnóstico confirmado é essencial que se realize testes específicos para descartar outras doenças visuais ou auditivas, assim como questionários que devem ser respondidos pelos pais e pessoas próximas da pessoa.
Testes de audição e visão, além de provas de desempenho cognitivo permitem avaliar a extensão das dificuldades. Com isso, caso seja comprovada a Dislexia, a equipe multidisciplinar pode classificar o grau e também iniciar o tratamento.
Qual o Tratamento – Intervenção sugerido?
Como a dislexia não é uma doença, não tem cura.. Portanto, é muito importante que ela seja diagnosticada o mais rápido possível. Com isso será possível oferecer uma maior qualidade de vida para o paciente, mediante as intervenções sugeridas após a conclusão do diagnóstico.
Mesmo que, ainda, não exista uma cura é possível que o paciente leve uma vida normal, caso seja acompanhado desde os primeiros anos de vida.
Tratamentos multidisciplinares buscam permitir o desenvolvimento de alternativas para superar as dificuldades com as palavras e outros percalços do dia a dia.
Tipos de dislexia
– Dislexia do Desenvolvimento:
De base genética e hereditária, 80% dos casos
– Dislexia Adquirida:
Como o próprio nome diz, é adquirida após um trauma, uma lesão, um AVC, por exemplo, na região do lobo temporal do cérebro.
Atividades para crianças com dislexia
Como já ficou claro, a dislexia é a dificuldade de aprendizagem, para isso é necessário que se implemente na rotina da criança com dislexia atividades que estimulem a leitura, a escrita e o aprendizado.
Para isso, é aconselhável que implemente uma rotina de atividades como caça-palavras, palavra cruzada, assim poderá ser trabalhado na criança a capacidade de memorização e o desenvolvimento do vocabulário.
Aulas e atividades com música também são indicadas para estimular o sistema auditivo e auxiliar na fixação das palavras pelas crianças. Música é sempre uma boa alternativa para diferentes problemas da vida, não é mesmo?
Pintura e jogo de rima também são outras atividades indicadas para crianças com dislexia. Portanto, é importante que todos esses afazeres sejam estimuladores para que a criança se acostume cada vez mais com sons, letras e palavras.
Famosos com dislexia
Segundo a Associação Britânica de Dislexia, Leonardo da Vinci, Albert Einstein, Steven Spielberg e Charles Darwin são alguns dos vários famosos que tiveram dislexia. Essa apresentação se mostra necessária para desmistificar o preconceito contra a doença.
Portanto, a dislexia não é sinônimo de incapacidade, muito pelo contrário. Apesar de terem limitações, em diferentes níveis, a pessoa com dislexia muitas vezes é capaz de desenvolver super habilidades decorrentes dos seguidos estímulos realizados.
Com isso, é comum ver pessoas com dislexia tendo grande sucesso em áreas de criação, pois desde cedo, por conta do distúrbio, são submetidas a um grande número de atividades estimuladores de criatividade.
Conclusão
Está claro que o diagnóstico precoce da dislexia é um ponto facilitador para o desenvolvimento da criança. Ou seja, é essencial que os pais, familiares e professores fiquem atentos aos mais singelos sinais destas dificuldades.
Agora que sabemos um pouco mais sobre a Dislexia, é hora de conscientizar as pessoas ao seu redor sobre a necessidade de estimular a criatividade das suas crianças.
FONTE:https://www.dislexia.org.br/outubro-o-mes-da-conscientizacao-da-dislexia/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla